Marrocos ganha clandestinamente revista gay




🌈 Resistência em forma de revista: nasce a "Mithly", a primeira publicação gay do Marrocos — mesmo sob risco de prisão


📍 Abril de 2010


No Marrocos, país onde ser gay ainda pode te levar da cadeia ao exílio, um gesto silencioso está fazendo barulho — e criando esperança: acaba de nascer a “Mithly”, a primeira revista voltada ao público LGBTQIA+ em solo marroquino.

E o mais impressionante: a revista é clandestina, gratuita e distribuída de mão em mão, como se fosse um segredo precioso compartilhado entre iguais. Com apenas 200 exemplares impressos em Madri e levados ao país discretamente, a circulação da Mithly pode ser pequena — mas seu impacto é gigantesco.

🌐 Mesmo sob repressão, a versão online já acumula mais de 1 milhão de acessos!


🗣 Por que "Mithly"?

O nome "Mithly" significa "igual a mim" em árabe. Os editores da revista explicaram que não havia no idioma uma palavra neutra e respeitosa para pessoas gays. O que existia eram ofensas disfarçadas de vocabulário:

  • "Zamel" = efeminado (usado de forma pejorativa)

  • "Chaddh" = perverso

Escolher Mithly foi um ato de resgate e de identidade. Um lembrete de que ser LGBTQIA+ não é perversão nem desvio — é humanidade.


⚖️ Um ato de coragem

No Marrocos, a homossexualidade ainda é crime. O Código Penal pune com 6 meses a 3 anos de prisão quem cometer “atos licenciosos ou contra a natureza com indivíduos do mesmo sexo”. Em outras palavras, viver seu amor pode te levar à cadeia.

A publicação da revista, portanto, é um ato político, cultural e existencial. Uma tentativa de abrir espaço para diálogo, visibilidade e acolhimento onde o silêncio e o medo predominam.


✊ Um sinal de que a resistência floresce

A Mithly não está sozinha. Ela faz parte de um movimento global que vem crescendo mesmo nos contextos mais hostis. Ela mostra que mesmo onde o armário é reforçado por lei e preconceito, a voz LGBTQIA+ encontra seus jeitos de ecoar.

Seja em papel contrabandeado, seja em cliques online, a mensagem é clara:
Nós existimos. Nós amamos. E temos orgulho disso.


💬 Fora do Armário saúda essa coragem e convida você a compartilhar essa história. Porque cada palavra impressa nessa revista é uma faísca contra a escuridão da intolerância.


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