Por Sergio Viula - 12/03/2023 É uma aposta certa: Fale sobre os riscos envolvidos em encontros por aplicativos de namoro e logo haverá uma dezena de pessoas dizendo que não é nada disso. O inferno é sempre o negacionismo dos outros, não é verdade? Se existe algo de negativo, perigoso ou até mortal numa coisa que eu gosto, só pode ser mentira ou exagero. Não é exatamente assim que funciona com todo negacionista? Acredite ou não, existem negacionistas no reino dos aplicativos. São aqueles que juram que o Tinder, Gindr e outros são os melhores amigos do homem. O argumento mais usado é: "Eu já encontrei com pessoas via app e nunca me aconteceu nada." Outro muito comum é: "Eu conheço gente que se conheceu pelos apps de encontros e está namorando pra valer até hoje ou já está até casada agora." Isso não chega nem a ser um argumento de fato. É como dizer: "Eu já transei sem camisinha várias vezes e nunca peguei nada. Logo, transar sem camisinha não é arriscado."
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Rocketman - As glórias e dores de Elton John
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Elton John e Taron Egerton em Cannes. Imagem: Alberto Pìzzoli/AFP - Fonte: UOL
Por Sergio Viula
Rocketman chegou às telas dos cinemas do Rio de Janeiro ontem, mas, infelizmente, não pudemos vê-lo debutar na sexta-feira, e foi por um bom motivo - trabalho. Todavia, neste sábado, 01 de junho, marcamos presença na única sessão do dia oferecida pelo Itaú Artplex de Botafogo (21h). A sessão anterior havia sido suspensa por causa de um jogo da copa UEFA, mas garanto que se tivesse sido mantida, estaria cheia. A sessão de 21h estava LOTADA!!! E ninguém conseguiu abandonar a poltrona antes do final de suas 2 horas e 1 minuto de duração. Elton John, representado pelo brilhante ator Taron Egerton, é desnudado literal e metaforicamente diante da audiência. Ele é visto em (quase) toda sua glória. Digo 'quase', porque não há tela de cinema que possa suportar o esplendor de sua grandeza e talento. Mas, ele também é visto em (quase) toda sua dor. Digo 'quase', porque há dores que não podem ser traduzidas em palavras, mesmo quando cantadas ou banhadas em lágrimas. O filme retrata um homem que não vivia em paz porque não conseguia se amar. E não conseguia se amar porque fora ensinado desde cedo que ninguém o amaria de verdade. O filme mostra esse homem se reconciliando consigo mesmo depois de um longo processo de desintoxicação e de perdão aos que o feriram, bem como de reencontro consigo mesmo. O próprio Elton John disse que não via Taron na tela, mas a si. "Não achei que fosse Taron, achei que fosse eu". Esse é, sem sombra de dúvida, o maior e melhor reconhecimento que o ator poderia ter recebido. Concordo com o astro da música - Taron Egerton é simplesmente irresistível em seu poder de nos hipnotizar do começo ao fim. Veja o Trailer.
O filme conta com efeitos especiais surpreendentes para uma biografia musical. A edição está deslumbrante. E se você é o tipo de fã que não se cansa de ver e ouvir seu astro, confira essa matéria do G1, que traz uma linda radiografia da trilha sonora que costura o filme. São 21 músicas ao todo.
Censura homofóbica na Rússia Essa semana, a Rússia reafirmou sua homofobia estatal. Cinco minutos de cenas da cinebiografia de Elton John foram cortadas porque retratavam alguma demonstração de homoafetividade. Coisas tão singelas quanto um beijo do tipo "selinho", dado pelo integrante de uma banda, ainda no começo de sua carreira, até a primeira relação que ele manteve com um homem que veio a ser seu empresário e que quase o levou ao suicídio por causa do modo abusivo como o tratava. A justificativa para o corte por parte da distribuidora russa foi a lei "anti-propaganda gay" do país - uma lei que pode colocar uma pessoa na cadeia por simplesmente assumir-se gay ou não esconder sua homoafetividade.
Eu e Andre, meu marido, vimos o filme do início ao fim, e garantimos que as cenas estão muito bem colocadas. É um desrespeito à história do cantor fazer qualquer corte. Na verdade, trata-se de algo mais que desrespeito - configura-se numa verdadeira mutilação a aplicação de censurar a qualquer parte dessa obra de arte que é, antes de tudo, um magnífico relato biográfico. Não há razão alguma que justifique tamanha desfaçatez.
Segundo o site Omelete, especializado em cinema e celebridades, "o crítico de cinema Anton Dolin relatou que o texto final do longa, que conta o que aconteceu com Elton John após os eventos retratados, também foi editado. Na versão russa, não há qualquer menção ao fato de que ele mora com o marido, com quem cria seus filhos."
O site diz que "na sexta-feira, o artista e a equipe do filme divulgaram uma nota condenando a atitude. 'A decisão da distribuidora local de editar certas cenas, negando ao público a oportunidade de ser o filme como ele foi concebido, é um reflexo triste do mundo dividido em que ainda vivemos e como ele pode cruelmente recusar o amor entre duas pessoas. Acreditamos em construir pontes e diálogos abertos e continuaremos a pressionar para derrubar as barreiras até que as pessoas sejam ouvidas igualmente ao redor do mundo'."
O ator Taron Egerton, em seu Instagram, também se manifestou: "Estou abatido com essa decisão de censurar nosso filme para o mercado russo. Estou ainda mais desapontado em saber isso em segunda mão, no dia do lançamento doméstico. Eu, de modo algum, desculpo essa decisão e me sinto decepcionado por não não haverem avisado, nem terem me dado a chance de lutar contra essa medida. Amor é amor. Sem exceção".
Elton John, 71 anos, o marido David Furnish, 55, e os Zachary, de sete anos, e Elijah, de cinco, em 2018. Fonte: Revista Caras.
Resumindo O filme é um libelo à superação da homofobia internalizada, aos traumas da infância e da adolescência perpetrados por um pai insensível e uma mãe ressentida, bem como da dependência química e de outros comportamentos autodestrutivos. É uma celebração à vida, ao amor e à autoestima resultante da paz consigo mesmo. É a conscientização de que não é preciso provar nada para ninguém. E não haverá fascismo, censura ou repressão que possam deter esse movimento que mergulha em si mesmo para sair mais forte e decolar como um verdadeiro rocketman. Parabéns, Elton John! Parabéns a todos os envolvidos na produção desse registro fantástico! Assistam, mas comprem seus ingresso com antecedência. E faça isso antes que o filme saia de cartaz. Veja aqui onde o filme está sendo exibido. Lembre-se de alterar a busca para a sua cidade, caso não seja do Rio de Janeiro: INGRESSO.COM
Resgate histórico Representação de auto-felação. Uma possível referência ao ciclo da vida ou sustentabilidade do planeta. Organizado por Sergio Viula Fontes no final do post. Os seres humanos são bissexuais, homossexuais e heterossexuais desde sempre. E não apenas os humanos, mas outros animais também demonstram interesse sexual e afetivo por membros do mesmo sexo em suas respectivas espécies. Uma das mais antigas e admiradas civilizações é, sem dúvida, a civilização egípcia. Por isso, o Blog Fora do Armário foi atrás de informações sobre a homossexualidade, mais especificamente, nas terras dos Faraós. O objetivo é mostrar como a homossexualidade, que é um dado natural, é encarada e vivida ou reprimida de acordo com a cultura de cada povo em cada época. Nem mesmo os regimes mais repressores conseguiram impedir seu fluxo, mas alguns povos conviveram com a homoafetividade sem grandes problemas. A dificuldade em levantar esses dados em tempos tão an
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Por Sergio Viula DIA 28 DE JUNHO é o Dia Internacional ORGULHO LGBT! E temos muito do que nos orgulhar! A maioria de nós sobreviveu a uma infância e adolescência onde era cada um por si e todos contra nós. Se você foi criança antes da década de 1990, arrisco-me a dizer que você não tinha referências positivas que representassem a sua individualidade enquanto pessoa sexodiversa na TV, no rádio ou nas publições impressas. Às vezes, eu me pego pensando: Quem dera eu pudesse ter assistido algo como Heartstopper quando eu tinha 12 anos, por exemplo. Se você ainda não ouviu falar nessa série da Netflix, ela foi inspirada nessa HQ aqui . Teaser official da série na Netflix Família, escola, igreja e trabalho A família, ambiente onde devíamos ter sido acolhidos e incentivados ao pleno desenvolvimento de nossas habilidades e de nossos afetos, foi justamente onde encontramos mais incompreensão e repressão. Se nos enfiamos no armário - muitos de nós por décadas -, foi justamente por causa de algum
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