Bain, estrela do K-pop, sai do armário e emociona fãs: um marco para a visibilidade LGBTQ+ na Coreia do Sul

Bain, estrela do K-pop, sai do armário
Bain, estrela do K-pop, sai do armário e emociona fãs: um marco para a visibilidade LGBTQ+ na Coreia do Sul
A reação da plateia foi imediata e calorosa, e o gesto reverberou nas redes sociais com a hashtag #ProudOfBain. O momento tocou profundamente fãs ao redor do mundo, especialmente aqueles que pertencem à comunidade LGBTQ+ e vivem em contextos de invisibilidade ou repressão.
Quero compartilhar algo verdadeiro com você. Tenho orgulho de fazer parte da comunidade LGBTQ+ — como uma pessoa gay. E minha rainha Lady Gaga me mostrou que ser diferente é algo bonito.
Para qualquer pessoa que faça parte da comunidade LGBTQ+ ou que ainda esteja se descobrindo — isso é para você. Você é visto, você é amado, e você nasceu assim.
Para qualquer pessoa que faça parte da comunidade LGBTQ+ ou que ainda esteja se descobrindo — isso é para você. Você é visto, você é amado, e você nasceu assim.
O peso dessa revelação na cultura sul-coreana
A importância desse gesto vai muito além do palco. A Coreia do Sul é uma sociedade marcadamente conservadora quando se trata de sexualidade e identidade de gênero. Embora a homossexualidade não seja criminalizada, o país não reconhece o casamento entre pessoas do mesmo sexo e ainda não possui leis robustas contra a discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero.
Uma pesquisa da Gallup realizada em 2021 revelou que apenas 38% dos sul-coreanos apoiam o casamento homoafetivo, sendo que esse número cai ainda mais entre as gerações mais velhas. O cenário é agravado por uma forte influência religiosa e por uma cultura midiática onde ainda são raros os artistas que se assumem publicamente.
Visibilidade e resistência no K-pop
No universo do K-pop, onde a imagem dos idols é cuidadosamente gerenciada pelas agências, assumir uma identidade LGBTQ+ pode ser visto como arriscado para a carreira. Casos como o do ator Hong Seok-cheon, que revelou ser gay no início dos anos 2000, mostram como o preconceito pode levar ao ostracismo.
No entanto, nos últimos anos, o K-pop tem dado sinais de abertura. Artistas como Jo Kwon (do grupo 2AM) e CL (ex-2NE1) já demonstraram apoio explícito à comunidade queer, e eventos como o Festival de Cultura Queer de Seul têm atraído dezenas de milhares de participantes.
Bain como símbolo de coragem e mudança
Ao se assumir em um show internacional, Bain não apenas rompe com o silêncio que ainda paira sobre o K-pop, como também abre caminho para que outros artistas LGBTQ+ se sintam representados e validados. Ele se junta a uma nova geração de vozes que ousam desafiar normas culturais e sociais em prol da autenticidade.
Seu gesto tem potencial para se tornar um divisor de águas — não só para a indústria do entretenimento, mas também para a juventude sul-coreana e para milhares de fãs queer ao redor do mundo. Mais do que um ato individual, sua saída do armário é um chamado coletivo: nós existimos, resistimos e merecemos ser celebrados.










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