Como o governo Trump deportou um homem gay para ser estuprado — e mentiu ao tribunal duas vezes



Como o governo Trump deportou um homem gay para ser estuprado — e mentiu ao tribunal duas vezes


Em mais um episódio sombrio da história recente dos Estados Unidos, o governo Trump deportou ilegalmente um solicitante de asilo gay para o México — mesmo sabendo que ele enfrentava risco real de estupro e morte. A decisão contrariou uma ordem judicial e levou a mais uma violação brutal de seus direitos humanos. Esta é a história de O.C.G., um homem cuja única “culpa” foi amar alguém do mesmo sexo e buscar proteção em um país que se diz defensor da liberdade.

Uma deportação ilegal — com consequências devastadoras

O.C.G., um homem gay não identificado pelo nome completo por razões de segurança, fugiu da Guatemala após ser perseguido, estuprado e ameaçado por ser quem é. Ao chegar aos Estados Unidos, em vez de acolhê-lo, o governo Trump o colocou sob custódia do ICE (Serviço de Imigração e Alfândega) e iniciou um processo de deportação sumária para o México, onde ele já havia sido violentado anteriormente.

Seu pedido de asilo foi feito com base no risco real de sofrer tortura e estupro se fosse devolvido à Guatemala ou ao México. Mesmo assim, ele foi deportado ilegalmente — duas vezes, desobedecendo a ordens judiciais que proibiam essas ações.

O resultado? O.C.G. foi novamente estuprado no México e acabou se escondendo na Guatemala, temendo por sua vida.

Mentiras ao tribunal

Um juiz federal de imigração determinou que o ICE deveria permitir que O.C.G. retornasse imediatamente aos EUA. Em vez disso, a administração Trump forneceu informações falsas ao tribunal, alegando que ele havia sido removido legalmente e sem saber da decisão judicial — o que documentos judiciais provam ser mentira.

O juiz responsável pelo caso, David W. Crosland, expressou incredulidade e indignação com a atitude do governo. Ele descreveu as ações do ICE como "perturbadoras" e ordenou sua anulação.

Uma política de crueldade deliberada

O caso de O.C.G. não é isolado. Durante a administração Trump, diversas políticas anti-imigrantes e anti-LGBTQ+ foram implementadas, resultando em traumas, prisões arbitrárias, separação de famílias e deportações injustificadas. A crueldade era uma ferramenta de governo — e, no caso de pessoas LGBTQ+ em busca de asilo, essa crueldade teve consequências especialmente devastadoras.

Grupos de direitos civis e organizações LGBTQ+ têm denunciado esses abusos há anos. Agora, com a eleição de 2024 se aproximando e Trump tentando voltar ao poder, precisamos manter a memória viva e a resistência acesa.

Por que contar essa história?

Porque amar não é doença. E deportar alguém por amar — ou por existir — é um crime.

O caso de O.C.G. é um símbolo das violações cometidas em nome da “segurança nacional” que mascaram preconceito, xenofobia e homofobia institucionalizada. Ele nos lembra que o retrocesso pode voltar com força total se não estivermos atentos e ativos.

O que podemos fazer?

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Fonte: LGBTQ Nation - How the Trump administration deported a gay man to be raped and lied to the court twice

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