POLÔNIA E LGBT+: UMA HISTÓRIA DE RESTRIÇÕES, RESISTÊNCIA E CONQUISTAS
POLÔNIA E LGBT+: UMA HISTÓRIA DE RESTRIÇÕES, RESISTÊNCIA E CONQUISTAS
Por Sergio Viula

A trajetória das pessoas LGBTQ+ na Polônia é marcada por silêncios, repressões e resistências, mas também por conquistas importantes ao longo dos séculos.
Dos povos eslavos à imposição cristã

O Renascimento e a clandestinidade

- Império Russo: criminalizava rigidamente atos homoeróticos.
- Prússia (Alemanha): usava o temido §175 para perseguir homossexuais.
- Império Austro-Húngaro: também penalizava relações homoafetivas masculinas.
- A independência e a Segunda Guerra

Com a independência em 1918, sob liderança de Józef Piłsudski, a Polônia descriminalizou a homossexualidade em 1932 — uma conquista notável para a época. Mas a homofobia social persistiu, especialmente nas grandes cidades como Varsóvia.

Durante a Segunda Guerra Mundial, homossexuais foram presos, torturados e assassinados pelos nazistas. O triângulo rosa que os identificava nos campos de concentração se tornou um símbolo da dor e da resistência LGBTQ+.
O período comunista e a Operação Hyacinth

Após a guerra, a Polônia ficou sob regime comunista (1945–1989). Em 1985, o governo lançou a Operação Hyacinth, que coletou dados pessoais de milhares de homossexuais, alimentando chantagens e vigilância estatal. A Netflix produziu um filme sobre esse episódio sombrio da história polonesa.
A Polônia de hoje: desafios e vozes de resistência


Atualmente, as relações homoafetivas são legais na Polônia, mas o país ainda enfrenta forte oposição de setores ultraconservadores. Organizações como a Kampania Przeciw Homofobii (KPH) lideram a luta pelos direitos LGBTQ+.
Ativistas poloneses têm sido vozes poderosas contra a repressão:

- Bart Staszewski: “O governo está tentando apagar a nossa existência da esfera pública. Mas nós não vamos desaparecer.”
- Margot (Małgorzata Szutowicz): “A verdadeira violência é viver num país onde o ódio é patrocinado pelo Estado.”
- Krzysztof Śmiszek: “Não há democracia verdadeira onde os direitos das minorias são negociáveis.”

A história LGBTQ+ na Polônia mostra que, mesmo diante de perseguições religiosas, ditaduras e extremismos, a resistência continua viva — e cada vez mais visível.










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