
🌈 Tel Aviv lança campanha internacional para se firmar como capital gay do Oriente Médio
Tel Aviv, julho de 2010 – A cidade israelense de Tel Aviv está de olho no público LGBTQIA+ — e agora isso é oficial. Com o lançamento da campanha internacional "Tel Aviv Gay Vibe", a Associação de Turismo local quer posicionar a cidade como um dos principais destinos queer do planeta.
Com um investimento de 57 mil libras (cerca de 88 mil dólares), a campanha será veiculada ao longo de seis meses em diversos países, apostando forte no que Tel Aviv tem de melhor: liberdade, estilo e hedonismo à beira-mar.
Segundo a CEO da associação, Etti Gargir, o público LGBTQIA+ é estratégico:
"O mercado gay tem dinheiro para gastar e adora a vida estilizada de Tel Aviv. Eles gostam da boa vida", afirmou ela ao site Pink News.
E o site oficial da campanha, GayIsrael.org, não economiza na sedução:
"Este agitado pedaço de céu gay oferece uma combinação perfeita de férias: lindos homens dançando nos clubes mais quentes, belíssimas mulheres aproveitando os litorais puros, arte moderna, moda de vanguarda, culinária sofisticada, ruas históricas misturadas com o chique urbano e pores do sol espetaculares dando início a noites inesquecíveis numa cidade que nunca dorme.”
Tel Aviv: divertida, livre e fabulosa
A estratégia gira em torno de três pilares: apresentar Tel Aviv como uma cidade divertida, livre e fabulosa. E não é exagero: apesar de estar num dos pontos mais conservadores do planeta, Tel Aviv já tem fama de ser uma bolha progressista dentro de Israel, com praias gay-friendly, uma parada LGBTQIA+ que atrai dezenas de milhares de pessoas, vida noturna pulsante e legislação relativamente avançada em relação a direitos civis.
Contrastes e tensões
A campanha, no entanto, também levanta discussões importantes. Em um país onde as tensões religiosas e políticas são constantes, e onde outras regiões mantêm legislações profundamente conservadoras (inclusive criminalizando comportamentos LGBTQIA+), Tel Aviv contrasta fortemente com o restante do Oriente Médio.
Essa movimentação também levanta críticas sobre o chamado pinkwashing — quando governos tentam melhorar sua imagem internacional promovendo direitos LGBTQIA+ enquanto outras violações de direitos humanos continuam a ocorrer. Ainda assim, para muitas pessoas queer, a possibilidade de viajar para um destino onde se sintam bem-vindas não deixa de ser algo poderoso — especialmente numa região em que tantos ainda vivem sob repressão.
Turistar e resistir
Enquanto muitos países fecham portas para o turismo LGBTQIA+, Tel Aviv tenta abrir seus braços com festa, mar, arte e liberdade. Resta saber se, além de atrair viajantes queer, essa energia vibrante também pode ajudar a inspirar transformações reais e duradouras na vida das pessoas LGBTQIA+ da região.
Atualização (05/04/25): O site gayisrael.org não está mais no ar. Porém, esse site oferece apoio a pessoas LGBT no Estado de Israel: https://www.lgbt.org.il/english-new
Olá Sérgio! Tudo bem?
ResponderExcluirVim aqui pedir uma ajuda...
Como vc deve saber, o IBGE este ano, pela primeira vez, vai contabilizar os casais gays no Censo Demográfico. Sendo uma contagem oficial, vai ser de muita importância para a visibilidade dos LGBT’s e cobrança de políticas públicas.
Pensando nisso, eu criei 2 banners com a frase criada pela ABGLT:
“IBGE…Se você for LGBT diga que é! ”
e estou convocando os amigos blogueiros gays para colocarem estes banners em seus blogs e espalharem pela net como incentivo.
Espero contar com a ajuda do seu blog!
Os banners estão neste link da minha página:
http://kikoriaze.com/2010/07/22/campanha-lgbt-ibge-2010/
Abração!
Kiko Riaze
gente civilizada é outra coisa
ResponderExcluirIsso, garotos! Vcs são demais! Serginho, fiel seguidor do blog, sempre me dando a alegria dos comentários, além das perguntas no formspring.
ResponderExcluirKiko, trazendo essa idéia fantástica e politicamente relevante!!! Já está aí a resposta, Kiko. A campanha já faz parte do "Fora do Armário". Vamos sair do armário para o IBGE e mostrar que o Brasil não é um país de meia-dúzia de gays, mas de milhões! Provavelmente, a minoria more sob o mesmo teto, mas será bom mostrar o crescimento desse número - essa pergunta é inédita no Censo!!!
Abração, garotos!
Sergio Viula