
Carlos Drummond de Andrade
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A bunda que engraçada
A bunda, que engraçada.
Está sempre sorrindo, nunca é trágica.
Não lhe importa o que vai
pela frente do corpo. A bunda basta-se.
Existe algo mais? Talvez os seios.
Ora – murmura a bunda – esses garotos
ainda lhes falta muito que estudar.
A bunda são duas luas gêmeas
em rotundo meneio. Anda por si
na cadência mimosa, no milagre
de ser duas em uma, plenamente.
A bunda se diverte
por conta própria. E ama.
Na cama agita-se. Montanhas
avolumam-se, descem. Ondas batendo
numa praia infinita.
Lá vai sorrindo a bunda. Vai feliz
na carícia de ser e balançar.
Esferas harmoniosas sobre o caos.
A bunda é a bunda,
rebunda.
nada é tao lindo que uma bela bunda
ResponderExcluirok, um belo pau, talvez...
Eis que abro o meu programa de e-mail, já que eu assino o RSS do seu blog, e de repente me aparece um poema acompanhado de uma bunda...
ResponderExcluirE que bunda mais fofa essa que você escolheu para ilustrar, hein? Dá vontade de agarrar e não largar nunca.
Abração.
kkkkkkkkk Só vocês mesmo, Fantôme e Serginho!!! Adorei os comentários!!! Dá vontade de agarrar mesmo e não soltar nem com trovoada... kkkk
ResponderExcluirAbração,
Sergio Viula