
A polícia de Inhumas diz que capturou o assassino e que este confessou o crime. Muitos de nós, porém, desconfiamos dessa confissão, uma vez que parece improvável que uma pessoa sozinha pudesse dominar e assassinar um jovem saindo dessa suposta 'luta corporal' quase sem arranhões e deixando para trás um cadáver extremamente ferido, com sinais de asfixia e mensagem escrita em papel enfiado na boca da vítima - depois de morta - com a seguinte frase: "vamos acabar com essa praga".
A manifestação se concentrou em frente ao Copacabana Palace e caminhou até o Forte de Copacabana ao som de gritos e marchinhas exigindo a criminalização da homofobia, o fim dos discursos de ódio, denunciando a pregação homofóbica de pastores fundamentalistas como motivadora de violência, etc. No final da caminhada, houve mais alguns discursos por parte dos participantes, um minuto de silêncio em memória dos mortos, e uma explosão de balões brancos.
Veja as fotos do protesto e coloque-se definitivamente contra a homofobia e a transfobia.
Atualização em 05/01/2025:
Em setembro de 2014, o jovem João Antônio Donati, de 18 anos, foi encontrado morto em um terreno baldio na cidade de Inhumas, Goiás. As investigações da Polícia Civil levaram à prisão de Andrie Maicon Ferreira da Silva, de 20 anos, que confessou o assassinato. O assassino manteve relações sexuais com a vítima, mas a agrediu e estrangulou. Depois de cometer o crime, ele ainda colocou pedaços de plástico na boca da vítima, segundo a confissão.
O caso chamou a atenção de autoridades nacionais. A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República na época, Ideli Salvatti, manifestou preocupação com crimes de ódio e defendeu uma legislação mais rigorosa para coibir e punir casos de homofobia.
A manifestação foi muito produtiva. Estive lá e junto comigo uma multidão de jovens e adultos que uniram as suas vozes em prol da igualdade, do respeito, do direito de ser com segurança, sem ações destrutivas externas. Cantamos e gritamos contra todo discurso e ação homofóbicos. A população que estava no local parou para ouvir. Muitos aplaudiram, cantaram junto conosco e muitos outros, apenas, pararam para ouvir. Foi uma tarde para muitos refletirem sobre as questões LGBT e a violência a qual a comunidade em questão está exposta.
ResponderExcluirFoi muito produtivo mesmo, Katita. Beijos.
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