Estudo de Gênero Versus Ideologia: Desafios da Teologia - por Luís Corrêa Lima
Infelizmente, muitos dos meus amigos religiosos (ou não) embarcam no engano que alguns extremistas andam espalhando por aí acerca da luta por igualdade e por liberdade de expressão identitária. Esse texto pode ser bastante útil para esses amigos.
Também pode ser útil para aqueles amigos religiosos ou não que acreditam que a Igreja Católica seja só retrocesso. Na verdade, existem pessoas esclarecidas no clero, e até mesmo no alto clero, que não veem as revoluções culturais como incompatíveis com a essência do evangelho ou com as estruturas que a própria igreja desenvolveu ao longo dos séculos.
Como sempre existe alguém que pensa que, como cãezinhos amestrados, alguns de nós abanam os rabinhos assim que a igreja sacode qualquer biscoitinho de simpatia. Quero antecipar, em função disso, que há 12 anos vivo minha própria sexualidade, amores e prazeres sem qualquer crise de consciência por causa de fantasmas produzidos pelo preconceito de quem quer seja, especialmente de instituições ou de pessoas religiosas.
Porém, é um fato que a Igreja Católica exerce muita influência sobre as vidas de milhões de pessoas, não tanto quanto ela gostaria, é óbvio, pois há católicos que usam camisinha (glória a deus!), católicas tomam a pílula (aleluia!), casamentos católicos também terminam em divórcio, muitos dos que são batizados na Igreja Católica nunca fazem crisma, há católicos 100% evolucionistas, ao mesmo tempo em que outros acreditam piamente em reencarnação - doutrina absolutamente incompatível com o ensino da igreja, e por aí vai.
Assim como há católicos tão fanáticos como alguns extremistas evangélicos que bem conhecemos, existem também muitos católicos que reconhecem a legitimidade das diversas expressões de gênero e das relações homoafetivas tanto quanto os estudiosos do tema nos ambientes mais secularistas e humanistas.
E como a Igreja Católica ainda exerce grande influência, é bom ver gente que areja - em vez de abafar - as mudanças culturais que celebram nossa diversidade.
Sobre a influência da Igreja Católica, até mesmo entre os que não são católicos, basta ver a celeuma criada por evangélicos fundamentalistas em Angola, quando o Papa os visitou recentemente. Estavam todos com as calças na mão, temendo que o Papa falasse alguma coisa contra as violações dos direitos humanos que o governo angolano e as igrejas pentecostais têm praticado no que diz respeito às pessoas LGBT naquele país. O papa não falou, mas o que eles falaram, pensando que o papa fosse falar, já foi suficiente para chamar a atenção do mundo para o problema mais uma vez.
Assim, poder ler um artigo escrito por um padre do quilate do padre Luís Correa Lima, é um prazer, especialmente para quem deseja que o mundo seja povoado de mentes mais abertas para a diversidade.
Luís está apenas seguindo os passos de seu irmão de ordem e líder espiritual, o Papa Francisco. Nada que não combine com o evangelho que Francisco quer resgatar dentro da Igreja.
Teólogos e estudantes de teologia deveriam ler atenciosamente o que Luís tem a dizer.
O artigo encontra-se no link abaixo:
https://www.metodista.br/revistas/revistas-metodista/index.php/MA/article/viewFile/6117/5074
Boa leitura a todos, todas e todxs!!! ;)
Me deu vontade de comprar o livro.
ResponderExcluir:)
A publicação é uma revista, queridão, mas vale muito a leitura. São vários autores contribuindo com reflexões sobre gênero, identidade, orientação sexual, temas femininos, etc. Se clicar na revista, você será direcionado para o artigo do Padre Luís. Abração, amigão.
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