Gay assumido passa a chefiar o Exército norte-americano
Foto do Site Terra
Por Sergio Viula
O site Terra noticiou ontem, dia 18 de maio, um marco na história das Forças Armadas norte-americanas e mais uma vitória para a igualdade LGBT em termos de oportunidades de carreira: Eric Fanning tornou-se o primeiro homem declaradamente homossexual a assumir o cargo de secretário do Exército dos Estados Unidos.
Obviamente, seria preferível que o mundo nem tivesse exércitos, soldados, guerras, armas ou coisas do tipo, mas uma vez que as nações como entidades políticas são tão beligerantes quanto os povos que as constituem e que a segurança nacional tornou-se um fator da mais alta importância para a manutenção das sociedades que constituem esses países, podemos dizer que é um avanço de considerável importância que as Forças Armadas de vários países tenham deixado de lado o preconceito e a discriminação -- quando não as punições e expulsões de suas respectivas corporações -- e tenham passado a reconhecer o valor de seus membros a partir de sua capacidade pessoal e compromisso com as mesmas. Não só isso, mas o próprio reconhecimento de seus casamentos e filhos, quando se tratam de casais homoafetivos, com os mesmos critérios que os casamentos e filhos de seus membros heterossexuais.
Mees Soffers - Canal Parade
Na Holanda, tive a oportunidade de conhecer Mees Soffers, uma oficial transexual que abriu novos horizontes aos seus colegas e às suas colegas transexuais na Força ou ainda fora dela, querendo ingressar em seus quadros. Soffers entrou no Exército como homem, mas fez a transição já na farda. É uma mulher de extraordinária coragem e absolutamente comprometida com a inclusão LGBT em sua Força.
Mees Soffers e Sergio Viula - 2012
De acordo com o site Terra, o novo comandante [das Forças americanas] vai coordenar os trabalhos das tropas terrestres norte-americanas. Neste cargo, Fanning responde diretamente ao secretário de Defesa do país.
Eric Fanning era até agora vice-secretário da Defesa, considerado conselheiro próximo do chefe do Pentágono, Ashton Carter.
Fanning recebeu o cargo em meio à política de integração dos homossexuais às Forças Armadas. As minorias sexuais receberam a oportunidade de servir no Exército depois da abolição da norma “não pergunte, não diga”, segundo a qual os homossexuais podiam entrar no serviço militar se não ostentassem a sua orientação.
A nomeação de Eric Fenning já foi saudada pela comunidade gay norte-americana.
No Brasil, avanços têm sido feitos também. As Forças Armadas passaram a reconhecer os casamentos de seus membros homoafetivos desde que o Supremo Tribunal Federal (2011) e o Conselho Nacional de Justiça (2013) reconheceram a isonomia entre as uniões civis de pessoas heterossexuais e todas as demais (gays, lésbicas, trans, etc.).
No entanto, ainda temos muito que avançar. Mas vamos continuar trabalhando até que todos os direitos sejam garantidos igualmente a todos os cidadãos.
Enquanto tem parlamentar brasileiro desrespeitando todas as noções de igualdade de direitos na diversidade se subjetividades, tem muita gente trabalhando para viabilizar meios para que tenhamos uma sociedade realmente admirável no quesito igualdade.
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