Psiquiatra que defendeu que SER GAY NÃO É UMA PATOLOGIA morre aos 82 anos
Richard Green foi um dos primeiros aliados das pessoas LGBT na área de saúde mental.
Matéria original por TRUDY RING
Em 18 de abril de 2019 para o site da revista The Advocate
Fonte: https://www.advocate.com/news/2019/4/18/psychiatrist-who-argued-being-gay-not-disorder-dies-82?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=news
Tradução e adaptação de Sergio Viula
19/04/19.
Psiquiatra que defendeu que SER GAY NÃO É UMA PATOLOGIA morreu aos 82 anos
Richard Green, um aliado LGBTQ de longa data, que foi um dos primeiros psiquiatras a falarem contra a classificação da homossexualidade como desordem mental, morreu aos 82 anos de idade.
Green morreu de câncer no esôfago em 06 de abril em sua casa em Londres, disse seu filho, Adam Hines-Green, ao The New York Times.
19/04/19.
Psiquiatra que defendeu que SER GAY NÃO É UMA PATOLOGIA morreu aos 82 anos
Richard Green, um aliado LGBTQ de longa data, que foi um dos primeiros psiquiatras a falarem contra a classificação da homossexualidade como desordem mental, morreu aos 82 anos de idade.
Green morreu de câncer no esôfago em 06 de abril em sua casa em Londres, disse seu filho, Adam Hines-Green, ao The New York Times.
Fonte: https://www.nytimes.com/2019/04/17/obituaries/dr-richard-green-dead.html?smid=nytcore-ios-share
Em 1972, Green escreveu um artigo no Periódico Internacional de Psiquiatria (The International Journal of Psychiatry) questionando a "premissa de que a homossexualidade é uma doença ou que o homossexual é inferior." No ano seguinte, a Associação Americana de Psiquiatria retirou a homossexualidade de sua lista de desordens mentais.
"Aqueles eram tempos nos quais, se você falasse em apoio aos homossexuais, as pessoas imediatamente pensavam que você mesmo era um homossexual secretamente, ou que tinha questões sexuais não resolvidas", disse Jack Drescher, um professor de psiquiatria clínica na Columbia University, disse ao Times. "Richard era muito heterossexual, e teve coragem de discutir em favor das pessoas gays.”
Ainda mais cedo, uma década antes, no ano de 1962, Green havia testemunhado em favor de um homem nicaraguense que estava sendo deportado dos Estados Unidos por ser gay. O homem conquistou o direito de continuar nos Estados Unidos. Mais tarde, Green,"testemunhou em favor de uma mulher transgênero que estava movendo um processo para manter seu emprego como piloto, e um progenitor trans que estava movendo um processo para manter as visitas parentais", relata o Times.
Green veio a se formar em Direito e passou a aplicar seu conhecimento das leis em favor dos direitos da comunidade LGBTQ também. Em 1990, ele se voluntariou para atuar no caso apresentando pela União pelas Liberdade Civis Americanas (American Civil Liberties Union) contra a proibição promulgada pelos Escoteiros da América contra a participação de líderes escoteiros gays. Apesar dos Escoteiros terem vencido o processo, a proibição foi finalmente derrubada em 2015.
Green também foi o autor do livro Sissy Boy Synbrome e o Desenvolvimento da Homossexualidade, um livro que reúne suas pesquisas e descobertas de que "muitos garotos efeminados crescem gays", destaca o Times. Cidadão de Nova York, ele ensinou em universidades nos EUA e no Reino Unido e fundou a Academia de Pesquisa sobre Sexo (International Academy of Sex Research).
Como não sermos gratos a aliados desse quilate? Obrigado, Richard Green!
Que outros se inspirem no seu exemplo, seja na área de saúde mental, do direito ou qualquer outra área onde os direitos humanos possam ser PLENA e INDISCRIMINADAMENTE garantidos a todas as pessoas. Lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer, etc. (LGBTQ+), INCLUSIVE.
Em 1972, Green escreveu um artigo no Periódico Internacional de Psiquiatria (The International Journal of Psychiatry) questionando a "premissa de que a homossexualidade é uma doença ou que o homossexual é inferior." No ano seguinte, a Associação Americana de Psiquiatria retirou a homossexualidade de sua lista de desordens mentais.
"Aqueles eram tempos nos quais, se você falasse em apoio aos homossexuais, as pessoas imediatamente pensavam que você mesmo era um homossexual secretamente, ou que tinha questões sexuais não resolvidas", disse Jack Drescher, um professor de psiquiatria clínica na Columbia University, disse ao Times. "Richard era muito heterossexual, e teve coragem de discutir em favor das pessoas gays.”
Ainda mais cedo, uma década antes, no ano de 1962, Green havia testemunhado em favor de um homem nicaraguense que estava sendo deportado dos Estados Unidos por ser gay. O homem conquistou o direito de continuar nos Estados Unidos. Mais tarde, Green,"testemunhou em favor de uma mulher transgênero que estava movendo um processo para manter seu emprego como piloto, e um progenitor trans que estava movendo um processo para manter as visitas parentais", relata o Times.
Green veio a se formar em Direito e passou a aplicar seu conhecimento das leis em favor dos direitos da comunidade LGBTQ também. Em 1990, ele se voluntariou para atuar no caso apresentando pela União pelas Liberdade Civis Americanas (American Civil Liberties Union) contra a proibição promulgada pelos Escoteiros da América contra a participação de líderes escoteiros gays. Apesar dos Escoteiros terem vencido o processo, a proibição foi finalmente derrubada em 2015.
Green também foi o autor do livro Sissy Boy Synbrome e o Desenvolvimento da Homossexualidade, um livro que reúne suas pesquisas e descobertas de que "muitos garotos efeminados crescem gays", destaca o Times. Cidadão de Nova York, ele ensinou em universidades nos EUA e no Reino Unido e fundou a Academia de Pesquisa sobre Sexo (International Academy of Sex Research).
Ainda vivos estão seu filho e sua companheira Claire Loveday.
Como não sermos gratos a aliados desse quilate? Obrigado, Richard Green!
Que outros se inspirem no seu exemplo, seja na área de saúde mental, do direito ou qualquer outra área onde os direitos humanos possam ser PLENA e INDISCRIMINADAMENTE garantidos a todas as pessoas. Lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer, etc. (LGBTQ+), INCLUSIVE.
Comentários
Postar um comentário
Deixe suas impressões sobre este post aqui. Fique à vontade para dizer o que pensar. Todos os comentários serão lidos, respondidos e publicados, exceto quando estimularem preconceito ou fizerem pouco caso do sofrimento humano.