Japão elege primeiro homem gay para o parlamento nacional
Taiga Ishikawa (centro) comemorando a vitória com amigos e amigas ativistas.
Fonte da foto: https://www.asahi.com/articles/ASM7Q1S2FM7QUTIL001.html
Japão elege primeiro homem gay para o parlamento nacional
"Isso confirma que estamos aqui", disse Taiga Ishikawa sobre as pessoas LGBTI quando ganhou uma cadeira na Casa Superior do Japão
Taiga Ishikawa, eleito para o parlamento nacional do Japão
(Foto: Facebook)
Com informações de Rik Glauert
GayStar News em 22 de julho de 2019
https://www.gaystarnews.com/article/japan-elects-first-openly-gay-politician-to-national-parliament/#gs.rexaod
Parcialmente traduzido e adaptado por Sergio Viula
Na segunda-feira, 22/07, o Japão elegeu seu primeiro homem assumidamente gay para o parlamento nacional.
O ativista pelos direitos LGBTI, agora legislador, Taiga Ishikawa ganhou uma cadeira através do Partido Democrático Constitucional do Japão (PDCJ) na Casa Superior.
"Eu pedi pelo reconhecimento das pessoas LGBT na eleição", disse Taiga depois de sua vitória ser anunciada, de acordo com Asahi Shimbun. "Muitas pessoas por todo o Japão reuniram toda sua coragem para votarem em mim. Reconhecem que estamos aqui."
Fonte: http://www.asahi.com/ajw/articles/AJ201907220044.html
Os japoneses elegeram pelo menos oito políticos abertamente LGBTI para postos nos conselhos regionais e parlamentos.
O Japão ainda não permite o casamento homoafetivo. As leis nacionais não protegem pessoas LGBTI de discriminação.
O Partido Democrático Liberal (PDL) é notoriamente anti-LGBTI. Mas, o PDCJ tem desenhado leis que protejam os direitos LGBTI.
Taiga Ishikawa, na segunda-feira, prometeu fazer avançar projetos de lei que visam a garantir a igualdade nos direitos ao casamento e proteger as pessoas LGBTI de discriminação.
Os japoneses elegeram pelo menos oito políticos abertamente LGBTI para postos nos conselhos regionais e parlamentos.
O Japão ainda não permite o casamento homoafetivo. As leis nacionais não protegem pessoas LGBTI de discriminação.
O Partido Democrático Liberal (PDL) é notoriamente anti-LGBTI. Mas, o PDCJ tem desenhado leis que protejam os direitos LGBTI.
Taiga Ishikawa, na segunda-feira, prometeu fazer avançar projetos de lei que visam a garantir a igualdade nos direitos ao casamento e proteger as pessoas LGBTI de discriminação.
Mais sobre Taiga Ishikawa: https://en.wikipedia.org/wiki/Taiga_Ishikawa
'Eu gostaria de fazer meu melhor para fazer vigorar ambos os projetos de lei", disse Ishikawa. "Quero apoiar as pessoas vulneráveis nesta sociedade como político."
De acordo com matéria publicada pelo site nippon.com em abri deste ano, uma revista publicou um artigo escrito pelo PDL em 2018, no qual a legisladora Sugita Mio gerou tumulto ao alegar que a comunidade LGBT recebe apoio demais. Fonte: https://www.nippon.com/en/japan-topics/c05904/scapegoats-not-the-solution-an-interview-with-otsuji-kanako.html
'Eu gostaria de fazer meu melhor para fazer vigorar ambos os projetos de lei", disse Ishikawa. "Quero apoiar as pessoas vulneráveis nesta sociedade como político."
Kanako Otsuji tornou-se o primeiro membro LGBTI da Casa de Conselheiros em 2013.
Foto: https://www.nippon.com/en/japan-topics/c05904/scapegoats-not-the-solution-an-interview-with-otsuji-kanako.html
De acordo com matéria publicada pelo site nippon.com em abri deste ano, uma revista publicou um artigo escrito pelo PDL em 2018, no qual a legisladora Sugita Mio gerou tumulto ao alegar que a comunidade LGBT recebe apoio demais. Fonte: https://www.nippon.com/en/japan-topics/c05904/scapegoats-not-the-solution-an-interview-with-otsuji-kanako.html
Quando a revista chegou às bancas em julho de 2018, Otsuji Kanako (foto acima), a primeira mulher lésbica eleita para a Casa de Conselheiros, tuitou a seguinte resposta:
"Em seu artigo na Shinchō 45, Sugita Mio, membro do PDL, questiona se o dinheiro dos contribuintes deveria ser gasto com casais 'não reprodutivos'. Eu quero destacar que as pessoas LGBT pagam impostos também. Sob o risco de declarar o óbvio, todo ser humano tem valor simplesmente por estar vivo."
“Eu não acho que exista alguém lá fora que possa dizer que ele ou ela é um membro da maioria em todos os aspectos", continua ela.
“Não importa quem você seja, é provável que algum aspecto seu o torne uma minoria de alguma maneira. Além disso, você pode ter um filho que caia nessa categoria. Você pode ser jovem e saudável agora, mas todo mundo fica velho um dia, e nunca sabemos quando poderemos ser derrubados por uma doença. Se vocês continuarem atacando diferentes grupos minoritários será apenas uma questão de tempo até que vocês mesmos estejam do lado que recebe os ataques que vocês fazem. Nesse sentido, os direitos das minorias são algo que outorgamos não para o benefício dos outros, mas para a nossa própria paz de espírito. Pessoas que distorcem os fatos e ignoram a diversidade inerente à nossa sociedade em favor de bodes expiatórios não resolvem nada.”
Depois da reação de Sugita ao artigo, a editora Shinchōsha, que publicou a revista Shinchō 45, suspendeu a publicação.
Mas Sugita não se deu por satisfeita. Segundo ela, “o último ataque aconteceu para atingir a comunidade LGBT. A [revista] Shinchō 45 pode ter sido banida, mas os fanáticos simplesmente escolherão um novo fórum para seu novo ataque. Da próxima vez, uma minoria diferente poderá ser o alvo. Precisamos pensar sobre como devemos responder a essa tendência.”
Ela tem razão. E, felizmente, novos parlamentares LGBT foram eleitos. Pelo que se vê, há muito trabalho a ser feito no Japão.
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