
Estava caminhando pela orla de Copacabana, na maior tranquilidade, quando ouvi música ao longe. Pensei: Pelo estilo da música, deve ser alguma coisa gay. Não era exatamente gay. Pelo menos, não no sentido de "homens gays". Eram lésbicas.
Percebi pelo cartaz "Não somos meninas gays, somos lésbicas" que uma parte das lésbicas não encara a palavra gay como aplicável a homens e mulheres que amam o mesmo gênero, mas somente aos homens que amam o mesmo gênero. Isso é o de menos. ;) O interessante mesmo foi ver aquela multidão de mulheres assumindo seu amor publicamente.
Alguns "meninos" gays também estavam lá. Encontrei minha amiga Claudinha (Cláudia Machado). Dei um beijinho, mas não fiquei ali na frente. A marcha era das lésbicas. Elas é que tinham que aparecer, não eu. :) E foi o que aconteceu. Segui até o Copacabana Palace só pela lateral, feliz por ver aquelas mulheres dizendo ao mundo que "a namorada tem namorada" (música que finalizou o evento).
Tudo isso aconteceu hoje, 30 de agosto de 2009, entre 13h e 17h, na orla de Copacabana. O evento foi organizado pelo Fórum Estadual de Mulheres Lésbicas e Bissexuais do Rio de Janeiro. E eu tive o privilégio de ver essa primeira caminhada ao vivo. Foi a primeira, mas tomara que o número de mulheres cresça a cada ano e que tenhamos vários eventos do porte das paradas GLBT, cada qual enfocando uma das muitas formas de amar. As formas G, as formas L, as formas B, as formas T, e todas as formas legítimas que puderem se enquadrar nesse "etc." aqui.
Visibilidade para o amor é uma boa estratégia de combate à intolerância, ao ódio e à violência! Não pode ser a única! ;)
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