Temendo ser morto, diplomata saudita gay pede asilo nos EUA



Diplomata saudita gay pede asilo nos EUA: “Se eu voltar, eles vão me matar à luz do dia”

Ali Ahmad Asseri, diplomata da Arábia Saudita que vivia e trabalhava em Los Angeles, nos Estados Unidos, fez um pedido urgente de asilo político ao governo americano após ser afastado do cargo e ameaçado de deportação por ser gay.

Em uma série de e-mails enviados a veículos e organizações de direitos humanos nos EUA, entre eles o Los Angeles Times, Asseri relatou estar em perigo iminente de vida.

“Minha vida está em grande perigo aqui e, se eu voltar para a Arábia Saudita, eles vão me matar à luz do dia”, escreveu.

O preço de ser quem se é

A homossexualidade é considerada crime na Arábia Saudita e pode ser punida com prisão, flagelação pública ou até pena de morte, segundo a lei islâmica (sharia) aplicada no país.

Ali Ahmad Asseri já vivia nos EUA há cinco anos quando foi removido de seu posto diplomático após as autoridades sauditas descobrirem sua orientação sexual. O governo recusou-se a renovar seu passaporte e ordenou seu retorno imediato ao país. Desde então, ele está escondido.

Um grito por justiça e liberdade

Antes mesmo da denúncia formal, Asseri já havia feito um apelo público ao rei Abdullah da Arábia Saudita em um site popular, criticando religiosos muçulmanos que, segundo ele, “distorcem a tolerância do Islã” para justificar o preconceito e a violência.

Seus posicionamentos — somados ao fato de ser abertamente gay — tornaram sua situação ainda mais crítica.

O que está em jogo

O caso de Ali Ahmad Asseri não é isolado. Em diversos países, pessoas LGBTQIA+ ainda são perseguidas, presas, torturadas ou mortas por viverem sua identidade. Ser quem se é pode custar a liberdade — ou a vida.

Ao buscar asilo nos Estados Unidos, Asseri não está apenas tentando se proteger. Ele está também levantando um espelho para o mundo: quantos diplomatas, professores, estudantes, artistas e trabalhadores LGBTQIA+ seguem vivendo sob ameaça constante, silenciados por medo ou por leis que legitimam o ódio?


Histórias como essa nos lembram por que a luta por direitos LGBTQIA+ é também uma luta internacional por sobrevivência, dignidade e liberdade.

Continue acompanhando o Fora do Armário para mais relatos e reflexões sobre direitos humanos, visibilidade e resistência.


Saiba mais em: https://oglobo.globo.com/mundo/temendo-ser-morto-diplomata-saudita-gay-pede-asilo-nos-eua-2952159

Comentários

  1. é uma distorção, como podem julgar a vida de uma pessoa por sua tendencia sexual, digo tendencia, pq nao acredito em opção e sim, que ng tem culpa por gostar de alguem do mesmo sexo, minha ex professora de política social, é casada com outra mulher, e nem por isso deixa de ser digna, maravilhosa,adorável!abço pra vc, continue com seu trabalho, sou hetero, assistente social, cristã, e por isso mesmo, nao julgo, admiro a coragem de vcs, q sofrem muitos preconceitos de pessoas hipócritas, fanáticas e q se acham donas da verdade!!abçoo, ótimo restinho de semana!

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  2. Que bom, Elane! Como é bom receber um comentário justo e equilibrado como esse!!!! E que bom saber que vem de uma pessoa que, tendo convicções cristãs, não se deixa levar pelo fanatismo reinante.

    Parabéns por colocar o ser humano em perspectiva.

    Beijo grande,
    Sergio Viula

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