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Minha Criança Trans? — o livro e a ONG que estão mudando vidas no Brasil

Minha Criança Trans? — o livro e a ONG que estão mudando vidas no Brasil


No Amazon:




Por Sergio Viula



Quando a filha de Thamirys Nunes começou a se reconhecer como menina aos quatro anos de idade, ela descobriu que, no Brasil, não existiam caminhos fáceis para mães e pais de crianças trans. A falta de informação, a desinformação disseminada e o preconceito foram obstáculos reais — mas também sementes de um ativismo poderoso que vem ganhando visibilidade e transformando vidas.


O livro que abriu conversas: Minha Criança Trans?


Publicada de forma independente em 2020, a obra Minha Criança Trans? – Relato de uma mãe ao descobrir que o amor não tem gênero nasceu da necessidade de contar uma história real — uma história de amor, descobertas e enfrentamento de preconceitos.

No livro, Thamirys compartilha sua jornada desde os primeiros sinais de identidade de gênero da filha, passando por momentos de confusão, aprendizado e aceitação. Com honestidade e coragem, ela fala sobre a importância de ouvir a criança, respeitar sua vivência e lutar por direitos básicos: nome social, retificação de documentos, acolhimento escolar e respeito nos espaços públicos.

A publicação se tornou uma referência para famílias, educadores, profissionais da saúde e pessoas interessadas em compreender, com empatia, a realidade de crianças e adolescentes trans no Brasil.


“Aprendi que o amor não tem gênero, e que minha missão como mãe é garantir que minha filha seja livre e respeitada”, escreve Thamirys em um dos trechos mais marcantes da obra.



A primeira ONG dedicada a crianças trans no Brasil


Do impacto do livro nasceu uma organização pioneira: Minha Criança Trans, fundada por Thamirys em 2022. É a primeira ONG brasileira dedicada exclusivamente aos direitos de crianças e adolescentes trans.


A entidade atua em várias frentes:

Acolhimento de famílias que estão iniciando a jornada de compreensão e apoio a seus filhos e filhas trans.

Suporte psicológico e informativo, ajudando a combater a desinformação e o isolamento familiar.

Incidência política, com o objetivo de criar e fortalecer políticas públicas que garantam dignidade e direitos às infâncias trans.

Produção de dados — como no projeto “Quem Somos?”, que mapeia a realidade de crianças trans em São Paulo para embasar políticas públicas.

A ONG já reúne centenas de famílias pelo país, ampliando a rede de apoio e dando visibilidade a um tema muitas vezes silenciado. Como diz Thamirys:


“Pessoas trans não nascem com 18 anos. Elas existem desde a infância — e merecem ser respeitadas e amadas desde cedo.”


Um movimento que inspira


O trabalho de Thamirys e da ONG Minha Criança Trans tem repercutido nacional e internacionalmente, ajudando a romper preconceitos e ampliando debates sobre diversidade de gênero, direitos humanos e família.

É um lembrete poderoso de que aceitação, informação e amor podem — e devem — caminhar juntos.


Para saber mais sobre o livro: Minha Criança Trans? na Amazon: https://www.amazon.com.br/Minha-Crian%C3%A7a-Trans-Relato-descobrir-ebook/dp/B08BQZJ2Y3/ref=sr_1_1

Para conhecer e apoiar a ONG: https://minhacriancatrans.org/



Queremos ouvir você: se você é mãe, pai, educador ou simplesmente alguém que acredita no direito de todas as crianças de viverem com dignidade, deixe seu comentário ou compartilhe esta postagem.

Visibilidade salva vidas.


#InfânciasTrans #DireitosHumanos #MinhaCriançaTrans #ThamirysNunes #ForaDoArmário #Diversidade #AmorSemGênero

Ateu com Orgulho: Bate-papo sobre ativismo ateísta e LGBTQIA+

 Por Sergio Viula

Bate-papo no perfil do @ateucomorgulho
Tema: Ativismo ateísta e LGBTQIA+


Ontem, participei desse bate-papo com a querida Karina do canal Ateu com orgulho - https://g1.globo.com/consciencia-negra/noticia/2020/11/19/nefrologista-carioca-descobre-a-primeira-medica-negra-do-brasil-e-fala-de-representatividade-numero-ainda-e-baixo.ghtml. Foi uma conversa deliciosa. Começamos com um assunto triste, que foi a morte de Karol Eller em função de seu envolvimento com uma igreja que pregava a cura gay - o que deve ter sido agravado pela convivência com bolsonaristas e fundamentalistas da bancada evangélica, com quem ela mantinha estreitas relações. 

Em seguida, fomos avançando no tema LGBTQIA+, assim como em questões referentes à militância ateísta, à laicidade do Estado e à resistência frente aos ataques da bancada fundamentalista da Câmara dos Deputados contra os direitos fundamentais dos seres humanos sempre que eles são aplicados ao cidadão ou à cidadã LGBTQIA+. 

A conversa durou uma hora e quarenta minutos, aproximadamente, mas passou tão rápido que eu mesmo nem me dei conta de que havíamos ido tão longe.

Recomendo que assistam à gravação da live que sigam o perfil da Karina em Ateu com Orgulho lá no Instagram. 

Vereador defende a pedofilia



A fala é do vereador Lúcio Campelo (PR)



Leia a matéria de O Globo na íntegra aqui:

https://g1.globo.com/to/tocantins/noticia/2018/11/22/sou-e-a-favor-da-pedofilia-diz-vereador-em-votacao-de-projeto-sobre-violencia-sexual-veja-video.ghtml


COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

As igrejas costumam se colocar como grandes defensoras das crianças e das famílias. Contudo, a recordista de crimes de pedofilia é, sem sombra de dúvida, a Igreja Católica. Ela, porém, é uma instituição de proporções internacionais e centralizada. Entre as igrejas evangélicas, espalhadas mundo afora e geralmente sem lideranças centralizadas com o nível de poder do Vaticano, crimes como o de abuso de menores acabam sendo tratados de modo pontual.

Veja abaixo o resultado de um relatório que venho fazendo com base nas prisões de pastores por crimes cometidos no Brasil. Aqui, só tem casos levantados em território brasileiro. Veja que a pedofilia foi a campeã de ocorrências no segundo semestre deste ano.

Só para constar, a pedofilia também foi a campeã de ocorrências no primeiro trimestre.

Portanto, nos primeiros seis meses de 2019, o crime mais praticados por pastores evangélicos foi o de pedofilia.


No segundo trimestre de 2019, foram presos 42 pastores, alguns deles cometendo o mesmo crime mais de uma vez ou agregando violências para além daquela que deu nome ao crime principal. A média foi de quase 3,5 pastores preso por semana nesse período.

Foram 12 tipos de crimes diferentes.

Os mais praticados foram pedofilia (28,5%) e golpes financeiros (21%), seguidos de estupro de adultos e violência doméstica (empatados em 9,5% cada).

Pedofilia: 12 pastores presos. Em alguns casos, foram várias vítimas diferentes ou várias vezes com a mesma vítima.

Golpes financeiros: 9 pastores presos.
Um dos casos envolvia 8 pastores (sete já presos e um foragido), e se tratava de venda e viagens a Israel.

Estupro de adultos: 4 pastores.

Violência doméstica: 4 pastores. Três das quatro acusações de violência incluíam requintes de crueldade. Num deles, a mão de esposa foi decepada; em outro a esposa levou uma martelada na cabeça; em outro, ela foi agredida durante o Congresso dos Gideões; e no último, ela ficou em cárcere privado, submetida a contínuas agressões.

PERCENTUAIS DOS CRIMES MAIS PRATICADOS:


28,5% dos crimes foram de pedofilia
21% dos crimes foram de golpes financeiros
9,5% dos crimes foram estupro de adultos e violência doméstica

Atualização em 26/12/24:
Esses dados constavam no Blog Mais um Pastor na Cadeia, agora extinto. https://pastorespresos.blogspot.com.br/

#Eu_JeanWyllys: Um filme que vai tocar corações e despertar mentes



A caminhada de Jean Wyllys como deputado federal é o fio condutor da história do filme ‪#‎Eu_JeanWyllys‬, que revela os bastidores da sua atividade parlamentar. O objetivo é levar às telas a luta por direitos da comunidade LGBT e a reação dos conservadores e fundamentalistas religiosos.

Assista o trailer e, aqui, saiba como colaborar: www.catarse.me/eujean

ASSISTA:

Se o vídeo não rodar aqui, acesse esse link:
https://www.facebook.com/CartaCapital/videos/1009244985763582/


#Eu_JeanWyllysA caminhada de Jean Wyllys como deputado federal é o fio condutor da história do filme #Eu_JeanWyllys, que revela os bastidores da sua atividade parlamentar. O objetivo é levar às telas a luta por direitos da comunidade LGBT e a reação dos conservadores e fundamentalistas religiosos. Assista o trailer e, aqui, saiba como colaborar: www.catarse.me/eujean

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

Assisti ao trailer, fiquei emocionado. Vou colaborar e conto com você, leitor do Fora do Armário, para tornar esse projeto uma realidade que retumbará nas salas de projeção desse Brasil, quiçá, do mundo. O obscurantismo não prevalecerá.

Belo trecho da prova para o magistério da Prefeitura de Saquarema: "Os Direitos Humanos Nas Escolas"


Como diz meu querido Edson Amaro, leitor desse blog e professor que me enviou esse trecho da prova: é uma saudável massagem no ego ler isso na prova da Prefeitura de Saquarema, especialmente num momento em que extremistas católicos e evangélicos lançam uma verdadeira inquisição contra as políticas nacionais, estaduais e municipais de inclusão que promovam a boa convivência entre os alunos, sob diversos aspectos, inclusive o da sexodiversidade e das transgeneridades.

Não vou me alongar aqui, porque já tenho um post sobre isso aqui no blog, e vale muito a pena lê-lo, porque a briga é feia.

Parabéns à Prefeitura de Saquarema pela inclusão do tema na prova para o magistério. Professores não têm desculpa. Ele têm que ser inclusivos ou não deveriam sequer ser professores.

Corte Europeia dos Direitos Humanos: Itália viola direitos humanos por não reconhecer uniões homoafetivas

Pesquisas de opinião na Itália mostram crescimento no apoio ao casamento gay


A Itália viola direitos conjugais de LGBT - Corte Europeia
Publicado em 21 de julho de 2015 pela BBC em Europe
https://www.bbc.com/news/world-europe-33611955

Traduzido por Sergio Viula e levemente adaptado


A Itália viola direitos humanos ao não oferecer proteção legal suficiente para casais do mesmo sexo, sentenciou a Corte Europeia.

Os juízes disseram que o governo tem violado os direitos de três casais homoafetivos ao recusar-lhes o casamento ou qualquer outra forma de reconhecimento de sua união.

A Itália é o único dos maiores países da Europa Ocidental sem parcerias civis ou casamento para pessoas homoafetivas.

O Primeiro Ministro Matteo Renzi prometeu há muito tempo aprovar uma lei sobre uniões civis.

Ao falhar em introduzir nova legislação, o governo fracassou em "atender as necessidades centrais, relevantes para um casal em relacionamento comprometido e estável," decidiu a Corte Europeia de Direitos Humanos (ECHR) na última terça-feira. PDF aqui: 
https://acrobat.adobe.com/id/urn:aaid:sc:VA6C2:809452e9-4bd1-423e-96f3-2e527b5c3f84

A corte disse que a Itália está violando o Artigo 8 - o direito ao respeito à vida privada e familiar - da Convenção Europeia de Direitos Humanos.

Um pequeno número de municípios na Itália permite uniões civis locais, mas existe uma proibição nacional sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo e os benefícios da provisão existente são limitados.

A corte disse que a proteção legal existente "não é suficientemente confiável".

Ela destacou que 24 dos 47 estados membros do Concílio da Europa aprovaram leis em favor de reconhecimento legal, e que a corte constitucional italiana tem repetidamente solicitado tal proteção e reconhecimento.

Os três casais no caso têm vivido juntos por anos, e todos tiveram seus requerimentos de casamento rejeitados.

A Corte Europeia de Direitos Humanos decidiu que o governo italiano deve pagar aos seis homens cinco mil euros, ou o equivalente a 3.500 libras ou 5.500 dólares cada em indenização, assim como as custas judiciais.

O primeiro ministro disse que o governo deveria introduzir leis sobre uniões civis entre pessoas do mesmo sexo esse ano.

Centenas de milhares de pessoas marcharam em Roma em junho contra a legislação proposta.

Mas uma pesquisa de opinião demonstra um aumento no apoio ao casamento igualitário.

O padrão parece ser o mesmo da Irlanda - um país extremamente católico como a Itália - onde votantes apoiaram efusivamente a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo em maio passado.

Depois disso, um oficial senior do Vaticano disse que o resultado do referendo irlandês foi uma "derrota para a humanidade": https://www.bbc.co.uk/news/world-europe-32900426


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

Somente fascistas e aqueles que lucram com a hierarquização das diferenças em meio à nossa comum humanidade podem considerar o reconhecimento de direitos civis (direitos humanos!!!) uma derrota para a humanidade.

Felizmente, as pessoas percebem isso cada vez mais claramente em muitas partes do mundo, e vai ficando cada vez mais difícil para esses hipócritas manterem seu abominável discurso segregador.

A Itália que os homoafetivos Da Vinci e Michelangelo ajudaram a embelezar durante a Renascença não ficará sob o domínio desses LGBTfóbicos por muito tempo. A população já vai percebendo a incoerência, injustiça e violência envolvidas nessa trama secular.

Um recenseamento feito pelo Instituto de Estatísticas italiano (Istat) encontrou em 2011 que 7.513 casais do mesmo sexo viviam na Itália, principalmente na região noroeste do país. De lá para cá, esse número provavelmente cresceu. E quando a legislação devida for aprovada, esse número deverá aumentar e os dados virão imediatamente dos cartórios ou seus equivalentes naquele país.

Uma última observação: traduzi gay marriage como casamento homoafeivo e gays rights por direitos LGBT, porque considero que os brasileiros não entendem a abrangência do termo gay em inglês. Ele não se refere exclusivamente aos homossexuais masculinos, como erroneamente pensa a maioria dos falantes de português. Entretanto, destaco que os três casais na linha de frente nessa batalha judicial, levada finalmente à Corte Europeia, são casais de homens. São três casais gays no sentido de três casais feitos por homens homossexuais. O direito que eles tão bravamente pleiteiam, quando reconhecido, beneficiará todos os tipos de casais: lésbicas, exclusivamente transexuais, transgêneros com cisgêneros, e quaisquer outros que se possa conceber em sua diversidade sexual e de gênero. Isso não os torna melhores que ninguém, mas deveria dar o que pensar àqueles e àquelas que se ressentem muito quando a palavra gay, referindo-se a toda essa diversidade, é confundida como dizendo respeito apenas aos homens que amam outros homens.

Um viva a esses três bravos casais que não enfiaram a bandeira no rabo, como provavelmente fizeram tantos outros, simplesmente porque parecia mais fácil do que encarar todo o sistema. Nos EUA também foi um homem gay que provocou toda a discussão na Suprema Corte que resultou na aprovação do casamento igualitário. E tudo porque foi impedido de acompanhar seu parceiro nos momentos derradeiros e de ter acesso ao funeral e ao que deveria ser direito seu, por causa da família homofóbica do falecido.

Não aguento mais alguns chatos de galocha me dizendo para não falar em casamento gay, direitos gays ou homofobia, como se isso diminuísse em alguma medida os direitos ou o reconhecimento de outras minorias, não importando quantas vezes eu tenha falado sobre lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis em diversas outras ocasiões, com a terminologia cabível em cada caso. Esse blog está cheio de exemplos. Basta colocar na ferramenta de busca as palavras chaves desejadas para conferir. ;)

E parabéns a todas as lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, intersexuais e outros que fazem diferença nos seus contextos. Felizmente, temos muitos deles e delas por aqui.

Supremo Tribunal Federal: isonomia na adoção por casais homoafetivos é garantida

Minista Cármen Lúcia, do STF: a ministra argumentou que o conceito de família 
não pode ser restrito por se tratar de casais homoafetivos


A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou recurso do Ministério Público do Paraná e manteve decisão que autorizou a adoção de crianças por um casal homoafetivo.

Na decisão, a ministra argumentou que o conceito de família não pode ser restrito por se tratar de casais homoafetivos.

No entendimento de Cármen Lúcia, o conceito de família, com regras de visibilidade, continuidade e durabilidade, também pode ser aplicado a pessoas do mesmo sexo.

"O conceito contrário implicaria forçar o nosso Magno Texto a incorrer, ele mesmo, em discurso indisfarçavelmente preconceituoso ou homofóbico”, justificou a ministra na decisão.

Segundo ela, “a isonomia entre casais heteroafetivos e pares homoafetivos somente ganha plenitude de sentido se desembocar no igual direito subjetivo à formação de uma autonomizada família”.

A decisão de Cármen Lúcia foi baseada na decisão do plenário do Supremo que reconheceu em 2011, por unanimidade, a união estável para parceiros do mesmo sexo.

Na ocasião, o ministro aposentado Ayres Britto, então relator da ação, entendeu que “a Constituição Federal não faz a menor diferenciação entre a família formalmente constituída e aquela existente ao rés dos fatos. Como também não distingue entre a família que se forma por sujeitos heteroafetivos e a que se constitui por pessoas de inclinação homoafetiva".

A decisão foi assinada no dia 5 de março e publicada na última terça-feira (17).

Fonte: Revista Exame


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Parabéns ao Supremo Tribunal Federal, especialmente à Ministra Cármen Lúcia, pela lucidez e compromisso com o humanismo que caracteriza a Constituição brasileira.

A decisão foi um passo importante para a manutenção dos direitos civis dos cidadãos homoafetivos e de suas famílias que, assim como eles, são formadas por cidadãos brasileiros e/ou aqueles que o Brasil acolheu. Somos desde sempre um caldeirão de povos diferentes, e isso já desde que os indígenas eram os únicos habitantes dessas terras. Chamados de índios pelo invasor, eles não formavam apenas uma etnia, senão várias.

Num tempo de tanta ignorância, preconceito, desonestidade e má vontade por parte de congressistas (capazes até de usar seus mandatos para promoverem "boicote" a uma novela por causa de um casal de senhoras), é muito bom ver que o Supremo Tribunal Federal se coloca ao lado da Constituição e acima, muito acima, da mesquinhez dessa corja fundamentalista, garantindo que o país funcione de acordo com os princípios que inspiraram a nossa Constituição: o da isonomia dos direitos civis.

A garantia de que casais homoafetivos possam adotar - e que os que já adotaram não terão seus filhos tirados deles - é fundamental para o bem de todos os envolvidos e da própria sociedade de um modo geral, uma vez que cada criança acolhida, amada, nutrida, educada, protegida terá mais chances de ser um adulto saudável, pacífico, produtivo e feliz.

De que modo, isso pode ser ruim, exceto para quem vive da vampirização dos infelizes, dos miseráveis, dos ignorantes, daqueles que não têm a menor perspectiva? Felizmente, cada criança que tiver a sorte de ser adotada por um casal amoroso e capaz de lhe dar um bom lar será uma criança a menos condenada a um futuro desses.

Agora, aos casais que ainda não têm filhos e pretendem adotar, um lembrete: não é fácil, não é por um alguns dias, mas pode ser extremamente compensador. Sugiro a leitura desse texto sobre paternidade que eu escrevi em 2011:


https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2011/07/paternidade-um-misto-de-alegria-e.html


Estamos pensando em pais gays e mães lésbicas que adotam filhos que podem ser qualquer coisa, inclusive heterossexuais, mas o que dizer de pais heterossexuais que maltratam filhos gays?

Sim, aqueles pais e mães biológicos, heterossexuais, que torturam seus filhos e filhas por serem simplesmente LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis, etc.) ou que os expulsam de casa.

Quem vai cuidar desses filhos abandonados, geralmente na adolescência, ou seja, num período em que a adoção se torna mais difícil, e que por serem menores de idade ainda não respondem legalmente por si mesmos?

Um casal de heterossexuais deu um linda demonstração do que fazer num caso desses.

Se não viu essa comovente história, veja. Vale a pena:


https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2014/03/conheca-emocionante-historia-desse.html



Veja também essa matéria:

Adoção por dois pais - lindas fotos e entrevistas


https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2014/01/adocao-por-dois-pais-lindas-fotos-e.html

TONI REIS - 65.123 - fala sobre Estado Laico e outros temas. Vídeos curtinhos.



TONI REIS É CANDIDATO A DEPUTADO ESTADUAL PELO PARANÁ.
PARANAENSES, VOTEM EM QUEM É REALMENTE LAICO E INCLUSIVO.

TONI REIS - 65.123


Assista outros vídeos de Toni Reis - todos curtinhos https://www.youtube.com/watch?v=cUJHbfVabWM&list=UUC_M-TDGa6ALhkKZRIwlifw&index=8

Jean Wyllys e Claudio Nascimento participam de seminário do Rio Festival Gay de Cinema no MAR


O MAR (Museu de Arte do Rio) recebeu eventos do Rio Festival Gay de Cinema (03 a 13 de julho/14). Nesta sexta, dia 11, por exemplo, um seminário reuniu o Deputado Federal Jean Wyllys e o Superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos, ligado à Secretaria de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro. A mesa foi moderada por Priscila. A jovem com o microfone na foto acima.

Os dois apresentaram suas falas, depois Priscila abriu para um bloco de cinco perguntas. Os participantes perguntaram sobre temas diversos, incluindo política, cultura, educação e movimento LGBT. Algumas foram direcionadas a um dos participantes, enquanto outras foram direcionadas aos dois. As respostas foram bastante ricas em conteúdo, apesar da limitação do tempo.



Cláudio Nascimento (à esquerda) falou sobre os avanços das políticas públicas voltadas para os cidadãos LGBT do Rio de Janeiro, começando pelos movimentos civis, como os grupos Atobá, Pela Vida, ABIA, Arco-Íris, etc, chegando à Secretaria de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro, com a Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos, especialmente o programa Rio sem Homofobia. 

Cláudio focou principalmente sobre o os Centros de Cidadania LGBT e sobre o Disque Cidadania LGBT, que já recebeu mais de 20 mil ligações ao longo de seus cinco anos de existência, dos quais 30% são denúncias de homofobia e transfobia e os 70% restantes se dividem em atendimentos para aconselhamento jurídico e psicológico. 

Os Centros de Cidadania LGBT estão presentes em quatro municípios do Estado: na capital, em Duque de Caxias, em Niterói e em Friburgo. Os Centros são equipamentos de estrutura da Secretaria de Estado de Direitos Humanos com o apoio de três universidades. 

Veja muitas outras novidades sobre o Rio sem Homofobia nesse post escrito durante uma sessão na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro.





O Deputado Jean Wyllys falou sobre homofobia, esclarecendo que o termo homo-lesbo-transfobia ainda não foi assimilado pela sociedade, criando dificuldades à comunicação com as massas. E mantendo isso em mente, explicou que a homofobia, do ponto de vista político, precisa ser enfrentada pelos três poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) na esfera dos três entes federados (União, Estados e Municípios), lembrando que o Brasil tem 5.564 municípios, de acordo com o IBGE.

Falando sobre o Executivo, Jean Wyllys fez questão de recordar o valor simbólico que teve a atitude do presidente Lula ao receber uma bandeira do arco-íris, bem como a importância da realização de conferências estaduais que deram origem ao Plano Nacional de Políticas LGBT. Porém, poucos avanços políticos propriamente ditos foram feitos, apesar disso. Já a presidente Dilma não se pronuncia sobre o tema e quando disse alguma coisa tentando justificar a suspensão do kit de vídeos e debates do programa Escola sem Homofobia declarou que o governo não faria propaganda de opção sexual (sic). Além de não tocar o ponto em questão que era o combate ao bullying escolar e a retenção dos alunos LGBT que deixam a escola por causa do assédio moral a que são expostos frequentemente. 

Sobre o Judiciário, Jean apontou que houve alguns avanços: reconhecimento da união estável, com possibilidade da sua conversão em casamento - o que abriu ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) um caminho para a determinação de que os cartórios aceitassem requerimentos de casamento civil entre pessoas do mesmo sexo nos mesmos termos que pessoas de sexos diferentes. 

A respeito do Legislativo, Jean fez questão de sublinhar que NENHUM avanço favorável aos cidadãos LGBT foi feito de 1995, quando Marta Suplicy apresentou a proposta de parceria civil, que caducou em função de várias manobras da parte dos opositores. Aproveitou para explicar que projetos de parceria civil não atendem às legítimas demandas da comunidade LGBT por direitos iguais. Daí, a criação da campanha pelo casamento igualitário encabeçada pelo Deputado Jean Wyllys.

Apesar de não ter havido avanços legislativos propriamente dito, é importante ressaltar que houve avanços políticos - duas coisas distintas. A presença do Deputado Jean Wyllys na Câmara, com sua agenda positiva e abrangente sobre direitos humanos, pautou discussões, colocou essas questões na ordem do dia na imprensa com uma abordagem muito mais progressista do que qualquer momento no legislativo. 

Além disso, cada deputado pode destinar recursos a projetos que considere relevantes. Jean Wyllys informou que todas as emendas que ele podia fazer foram para ações relevantes para as minorias, inclusive LGBT. Como exemplo, citou o Hospital Gaffrée Guinle, contemplado com recursos para aprimoramento e ampliação de enfermarias e para compra de equipamentos para diagnosticar o vírus e acompanhar o quadro sorológico dos pacientes. Houve outras instituições contempladas, inclusive no campo da cultura.

Jean Wyllys apresentará o programa Cinema em Outras Cores, pelo Canal Brasil. O foco será a temática LGBT nos filmes da oitava arte. 

Esse blogueiro apoia francamente a candidatura à reeleição de Jean Wyllys como Deputado Federal por reconhecer sua competência, bem como seu franco comprometimento com os direitos LGBT e de outras minorias. E para deputada estadual do Rio de Janeiro, uma parceira que trabalha nessa mesma linha: Ivone Pita. Se você é do Estado do Rio de Janeiro, vote nos dois e divulgue.

Foi graças ao meu querido Jean Honorio que eu pude ir ao MAR ver Claudio Nascimento e Jean Wyllys discorrendo sobre temas variados e super importantes. De lá, fomos almoçar e passamos na Livraria Travessa da Av. Rio Branco, próximo à Praça Mauá. Aproveitei para comprar dois livros: Tempo Bom, Tempo Ruim, de autoria do Deputado Jean Wyllys, e Águas Turvas, de Helder Caldeira. Na verdade, eu já tenho e já li os dois livros, mas esse estudante extremamente antenado ainda não tinha lido nenhum dos dois. Decidi presenteá-lo com um de cada. 

Tempo Bom, Tempo Ruim:
https://www.amazon.com.br/Tempo-tempo-ruim-Jean-Wyllys/dp/8565530647

Águas Turvas:
https://www.amazon.com.br/%C3%81guas-turvas-Helder-Caldeira-ebook/dp/B00M323KGY


Fica a dica: leiam, divulguem, presenteiem com livros que abordem a temática LGBT. O do Jean também fala de outras questões progressistas, humanistas e libertárias.

Livro de Jean Wyllys: 
Não dá vontade de parar de ler. 

Livro de Helder Caldeira: Excelente para todos, 
especialmente jovens e adolescentes.

Claudio Nascimento (direita) e Sergio Viula

Jean Wyllys (esquerda) e Sergio Viula

Jean Honorio (esquerda) e Jean Wyllys (direita): 
Sorte minha conhecer esses xarás lindos!

Jean Honorio, já em casa e com suas novas leituras.

44ª Assembleia Geral da OEA: Direitos LGBTIII avançam a despeito da oposição fundamentalista

44ª Assembleia Geral da OEA - foto Reuters




Traduzido e adaptado por Sergio Viula


Em 29 de outubro de 2008, Luiz Warken publicava em seu site detalhes sobre a primeira audiência temática sobre as violações dos direitos humanos relacionados à orientação sexual, expressão e identidade de gênero na Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Era um marco no começo de uma longa jornada.

Seis anos depois, a 38ª Assembleia Geral da OEA aprovou por consenso a Resolução AG/RES - 2435 (XXXVIII-O/08), "Direitos Humanos, Orientação Sexual e Identidade de Gênero, apresentado pela delegação do Brasil.

Agora, a 44ª Assembleia Geral da OEA aprovou sua sétima resolução "Direitos Humanos, Orientação Sexual, e Identidade de Gênero e de Expressão", que condena todas as formas de discriminação, atos de violência e violações dos direitos humanos baseadas em orientação sexual, identidade de gênero, e expressão de gênero.

A Resolução convida os Estados membros a:

* Eliminarem barreiras ao acesso igualitário para pessoas LGBTTTI quanto à participação política e outras áreas da vida pública, assim como eliminar a interferência em suas vidas privadas.

* Adotarem políticas públicas contra a discriminação que ajudem a prevenir a violência contra LGBTTTI e garantir proteções jurídicas contra a violência motivada por orientação sexual e/ou identidade de gênero.

* Pesquisarem e publicarem estatísticas sobre violência motivada por homofobia e transfobia e garantirem proteção aos defensores dos direitos humanos.

* Garantirem proteção adequada para pessoas intersexuais e implementarem políticas e procedimentos, quando apropriados, de modo a garantirem a conformidade de práticas médicas com padrões reconhecidos de direitos humanos.

Esse ano, grupos fundamentalistas e contrários aos direitos humanos organizaram um esforço de lóbi (lobbying) concentrado tanto dentro como fora das sessões da Assembleia Geral para se oporem à aprovação da Resolução acima e apoiarem agendas chamadas "pró-vida" e da "família tradicional". Eles receberam apoio de senadores e legisladores paraguaios. À luz dessa forte oposição, a participação da Coalição LGBTTI na Assembleia Geral foi um fator decisivo para alcançar a aprovação da Resolução.


Reconhecimentos:

A Coalizão LGBTTTI estende sua gratidão a Astrea Lesbian Foundation for Justice, COC Netherlands, UNDP, Heartland Alliance’s Global Initiative for Sexuality and Human Rights, AIDS Alliance, Arcus Foundation, and the Department of International Affairs at the OAS pelo apoio à participação da Coalição na 44ª Assembleia Geral da OEA.

Organizações Participantes

As seguintes organizações participaram em nome da América Latina e da Coalizão de Organizações LGBTTTI Trabalhanod na OEA:

Argentina AKAHATA Equipo de Trabajo en Sexualidades y Género
Belize United Belize Advocacy Movement (UNIBAM)
Bolivia Red Nacional de Mujeres Trans en Bolivia (REDTREBOL)
Fundación Diversencia
Chile Organización de Transexuales por la Dignidad de la Diversidad (OTD)
Sindicato Amanda Jofré
Colombia Asociación Lideres en Acción
Colombia Diversa
Costa Rica Mulabi - Espacio Latinoamericano de Sexualidades y Derechos
Ecuador Asociación Alfil
Taller de Comunicación Mujer
El Salvador Asociación Aspidh Arcoiris
Guatemala Organización Trans Reinas de la Noche (OTRANS)
Guyana Society Against Sexual Orientation Discrimination (SASOD)
Honduras Colectivo Unidad Color Rosa
Mexico Letra S SIDA, Cultura y Vida Cotidiana
Nicaragua Red Nicaragüense de Activistas Trans (REDTRANS)
Panama Asociación Panameña de Personas Trans
Paraguay Aireana Grupo por los Derechos de las Lesbianas Asociación Escalando
Republica Dominicana Colectiva Mujer y Salud
St. Lucia United & Strong
Suriname Women's Way
Trinidad and Tobago Coalition Advocating for Inclusion of Sexual Orientation (CAISO)
Uruguay Asociación Trans del Uruguay (ATRU)

Parceiros Regionais da Coalizão:

Caribbean Forum for Liberation and Acceptance of Genders and Sexualities (CARIFLAGS)

Global Initiative for Sexuality and Human Rights - Heartland Alliance for Human Needs & Human Rights (GISHR-HA)

Red Latinoamericana y del Caribe de Personas Trans (REDLACTRANS)

VOCÊ JÁ SE PERGUNTOU SOBRE COMO O DEBATE SOBRE OS DIREITOS LGBT TEVE INÍCIO NA ONU?




A chefe da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, faz um panorama da evolução do debate sobre os direitos LGBT nas Nações Unidas. A alta comissária deixa claro que a Declaração Universal dos Direitos Humanos é verdadeiramente universal e se aplica a todos nós – não importando quem somos, como parecemos ou com quem compartilhamos nossas vidas.

MINISTÉRIO PÚBLICO SE PRONUNCIA SOBRE O LIVRO "A ESTRATÉGIA" LANÇADO NO BRASIL PELA EDITORA DE SILAS MALAFAIA

Há mais de um ano, eu fiz um vídeo como resposta ao horrível livro A Estratégia, publicado no Brasil pela Central Gospel. O livro não é de Silas Malafaia. É de Louis Sheldon, pastor americano. Mas foi amplamente divulgado pelo Pr. Malafaia em seus programas Vitória em Cristo. Fui pessoalmente à Central Gospel, adquiri um exemplar, li-o todo e fui em busca das fontes que pudessem refutar o que tão claramente não passava de uma campanha de difamação e discurso de ódio.

O Ministério Público acaba de se pronunciar sobre o assunto. A ação foi de autoria da ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais.

Veja o parecer escaneado por mim, página por página, para que todos tenham acesso e possam compartilhar esse post. O PDF só poderia ser enviado por e-mail ou outras mensagens diretas. 

Para conhecer apenas a decisão do Ministério Público, leia as duas últimas páginas. Para entender as razões da decisão, leia tudo. Sugiro que você coloque um zoom na tela do seu computador para ler com letras maiores. Não seria possível publicar em tamanho original aqui.

Você também pode clicar uma, depois outra vez na figura da página, mas terá que usar a seta (voltar) para acessar o post de novo e fazer o mesmo com a próxima página. O comando de zoom na tela do seu computador evitará isso.

ASSISTA, LEIA E COMPARTILHE.
























Obama adverte Uganda sobre Lei Antigay



O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, advertiu ontem, o presidente de Uganda, Yoweri Museveni, que a aprovação de uma lei antigay iria complicar as relações dos EUA com Uganda e seria um “enorme passo para trás” para todos os ugandenses.

Obama, em folga de fim de semana no sul da Califórnia, emitiu um comunicado denunciando os planos de Museveni para assinar uma lei que impõe duras penas para os condenados por atos homossexuais.

Sua conselheira de segurança nacional, Susan Rice, disse via Twitter que havia falado por telefone com Museveni, na noite de sábado, para protestar depois que ele disse aos membros de seu partido que iria assinar a lei. “Como já transmitimos ao presidente Museveni, promulgar esta legislação vai complicar o nosso valorizado relacionamento com Uganda”, disse Obama.

O projeto foi apresentado pela primeira vez em 2009 e, inicialmente, propunha sentença de morte para atos homossexuais, mas foi alterado para prescrever prisão perpétua para o que chamou de homossexualidade agravada.

A homossexualidade é um tabu em muitos países africanos, considerada ilegal em 37 países do continente. Ativistas dizem que poucos africanos são abertamente gays, temendo a prisão, violência e a perda de seus empregos.

Obama, um democrata que apoia o casamento homossexual e que tem feito lobby para expandir os direitos dos gays norte-americanos, disse que estava profundamente decepcionado com os planos de Uganda. No mês passado, Museveni havia indicado que estava planejando engavetar o projeto de lei, que tinha gerado críticas ferozes por parte dos doadores ocidentais e grupos de direitos humanos.

“O Projeto Anti-Homossexualidade em Uganda, uma vez lei, será mais do que uma afronta e um perigo para a comunidade gay em Uganda. Será um passo para trás para todos os ugandeses e irá refletir negativamente o compromisso da Uganda de proteger os direitos humanos de seu povo”, disse Obama.

As pessoas devem ser tratadas igualmente e “devem ter a oportunidade de atingir seu pleno potencial, independente de quem sejam ou quem amem”, disse Obama.

Reuters (via DM)

Escócia aprova casamento entre pessoas do mesmo sexo



Casal se beija durante uma celebração simbólica de casamento em frente ao parlamento escocês, em Edimburgo, após aprovação do casamento entre homossexuais no país

A revista Exame, assim como a mídia de vários países do mundo, noticiou que a Escócia aprovou por esmagadora maioria nesta terça-feira (04/02/12) a autorização a casamentos entre pessoas do mesmo sexo, tornando-se assim o 17º país a dar luz verde à essa união, apesar da oposição de suas principais organizações religiosas.

CASAMENTO IGUALITÁRIO NO GRAMMY 2014

Casamento no Grammy


Lindo e emocionante!

Madonna, Queen Latifah, Macklemore & Ryan Lewis casam 34 casais de diferentes orientações sexuais no Grammy 2014.


Assista:

https://youtu.be/bd89XtK4JWg
(legendado)
☝☝☝

"Chorei vendo esse show de humanidade." - Sergio Viula

Toni Reis - Direitos humanos: não se pergunta, se respeita.

Ilustração de Ziraldo, parte da cartilha sobre
Direitos Humanos lançada pela Secretaria de Direitos Humanos



Direitos humanos: não se pergunta, se respeita
 
“É uma afronta em todos os sentidos propor a realização de um plebiscito para ‘decidir sobre a união civil de pessoas do mesmo sexo’. Os direitos humanos das pessoas não podem ser questionados”, diz Toni Reis



Toni Reis
https://congressoemfoco.uol.com.br/author/tonireis/


“É longo o caminho para a liberdade” (Nelson Mandela.)
 
A lei máxima no Brasil é a Constituição Federal. Tem entre seus princípios, direitos e garantias fundamentais a igualdade, a não discriminação, a dignidade humana, a privacidade, a proteção jurídica e a liberdade de expressão e de crença. Entre os diversos acordos internacionais que o Brasil tem ratificado está a Plataforma de Ação da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (Cairo, 1994), que reafirmou a existência dos direitos sexuais das pessoas (entre outros direitos), inclusive o direito de viver e expressar livremente a sexualidade sem violência, discriminações e imposições, o direito de expressar livremente a orientação sexual: heterossexualidade, homossexualidade, bissexualidade (Ministério da Saúde, 2006).
 
Dentro deste quadro, em 5 de maio de 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou por unanimidade que a união estável homoafetiva tem de ser reconhecida em perfeita igualdade com a união estável entre um casal heterossexual. O STF nada mais fez do que garantir que os direitos constitucionais acima mencionados fossem acessados com igualdade pela população homossexual, e ninguém no Brasil perdeu nada com isso. Aliás, a decisão do STF não foi insólita: outros 34 países, inclusive os vizinhos Argentina e Uruguai, já reconhecem o casamento e/ou a união estável entre pessoas do mesmo sexo (ILGA, 2013).
 
No entanto, a decisão do STF não agradou a todos. Entre outras reações, surgiram no Congresso Nacional proposições legislativas apresentadas principalmente por parlamentares de convicção religiosa, inclusive a de “convocar um plebiscito para decidir sobre a união civil de pessoas do mesmo sexo” (PDC 232/2011, entre outras).
 
Diante dessa ocorrência, é preciso voltar a princípios básicos consagrados na legislação brasileira. Desde 1890 o Brasil é um Estado Laico, significando – grosso modo – que o país não tem uma religião oficial, as pessoas têm liberdade de escolha e prática de suas religiões, o Estado não deve interferir e nem apoiar as religiões e que estas também não devem interferir em qualquer uma das esferas e níveis do governo. Laicidade significa a efetiva separação entre todas as instâncias do governo e as religiões.
 
A partir dessa perspectiva, quem é eleito pelo povo para exercer função pública, inclusive no parlamento, tem a obrigação de respeitar o princípio da laicidade do Estado. Quem legisla deve apresentar proposições alicerçadas na lei maior do país, e não em convicções pessoais em contrário, inclusive as de cunho religioso. Isso não quer dizer que a pessoa não tem liberdade de crença, apenas que ela precisa saber distinguir entre o foro pessoal e o foro público.
 
Antes da decisão do STF, os casais homoafetivos não dispunham dos mesmos direitos que suas contrapartes heterossexuais, prevalecendo uma situação de injustiça e ausência de proteção jurídica, ferindo a Constituição e o princípio da universalidade e indivisibilidade dos direitos humanos, termos estes que significam que os direitos são iguais para todas as pessoas, sem distinção e sem exceção, sendo iníquo tratar diferentes setores da população de um mesmo país de forma diferenciada perante a lei. Como afirmou o ministro do STF, Celso de Mello, “Ninguém pode ser privado de seus direitos políticos e jurídicos por conta de sua orientação sexual.”
 
Neste sentido, é uma afronta em todos os sentidos propor a realização de um plebiscito para “decidir sobre a união civil de pessoas do mesmo sexo”. Os direitos humanos das pessoas não podem ser questionados – muito menos decididos – desta forma. Têm de ser garantidos e respeitados, de maneira indiferenciada. Isto é o que estabelece a Constituição que rege nosso país.
 
Por famílias de todas as cores e todos os amores!


Atualizada em: 11/01/2014 ás 8:48
fonte https://congressoemfoco.uol.com.br/temas/direitos-humanos/direitos-humanos-nao-se-pergunta-se-respeita/

UNAIDS: RELATÓRIO DE REUNIÃO/2013 - ATENDENDO ÀS NECESSIDADES DE SAÚDE E TRATAMENTO DO HIV DE HOMENS GAYS E OUTROS HOMENS QUE FAZEM SEXO COM HOMENS




Em alusão ao Dia Mundial de Luta contra a AIDS, 01 de dezembro, o blog Fora do Armário quer chamar sua atenção para esse importante relatório da UNAIDS - a organização das Nações Unaids para o combate à AIDS.

A camisinha continua sendo sua melhor amiga, seja você LGBT ou heterossexual, portador ou não do HIV, tanto em relações avulsas, como em relações estáveis, inclusive no casamento.

Amando ou apenas se divertindo, aja com responsabilidade.

Se não tem HIV, não pegue.

Se tem, não se re-contamine nem adquira doenças oportunistas.

Viva intensamente, sempre com o menor risco possível, mas nunca deixe de viver tudo o que há para viver. 


Onde procurar ajuda:

Dica do Mix Brasil

Fórum de Ongs/Aids do Estado de São Paulo

O site do Fórum traz informações sobre as reuniões do coletivo de ONGs do estado, as deliberações, publicações, manifestações de ativismo, endereços e contatos das entidades filiadas.

Site: http://www.forumaidssp.org.br

Agência de Notícias da Aids

Coordenado pela jornalista Roseli Tardeli, o site é produzido por jornalistas profissionais e especializado em noticiário sobre a epidemia da Aids no país e no mundo. Produz diariamente notícias, sugere pautas e mantém cadastro de dezenas de jornalistas.
Site: http://www.agenciaaids.com.br

Grupo de Incentivo à Vida (GIV)

Página oficial do GIV, que dirige seus esforços ao ativismo, a assegurar a defesa dos direitos, a convivência e a auto-estima das pessoas que vivem com HIV e Aids. O site traz as atividades do grupo, notícias, projetos e posicionamentos.
Site: http://www.giv.org.br

Grupo Pela Vidda Rio de Janeiro

O flash de abertura é uma atração à parte dessa página que traz informações sobre o grupo, suas atividades, campanhas e publicações. Um dos destaques vai para a história de todos os Encontros Nacionais de Pessoas Vivendo com Aids, o Vivendo, evento organizado pelo grupo em conjunto com o Pela Vidda Niterói.
Site: http://www.pelavidda.org.br

Associação Brasileira Interdisciplinar da AIDS (Abia)

Sediada no Rio de Janeiro, a Abia tem por objetivos a educação, prevenção, produção de conhecimentos e de informações, a luta pelos direitos das pessoas que vivem com HIV/Aids. Realiza debates, estudos, possui boletim periódico e um ótimo centro de documentação on line.
Site: http://www.abiaids.org.br

GAPA São Paulo

Home-page da pioneira ONG de luta contra a AIDS do país, o GAPA-SP, traz informações sobre os projetos do grupo, com destaque para a prevenção, atividades jurídicas a consultorias a empresas.
Site: http://www.gapabrsp.org.br

Grupo de Apoio e Prevenção à Aids (GAPA/Bahia)

Página institucional que traz os projetos e ações desenvolvidos pela ONG, suas premiações e reconhecimento, uma lojinha virtual, além das campanhas locais do GAPA/Bahia, sempre criativas.
Site: http://www.gapabahia.org.br

Sociedade Viva Cazuza

Na home-page desta ONG dedicada ao apoio a crianças com HIV encontra-se um leque de assuntos relacionados à AIDS. Destaque para o Fórum Científico e o tira-dúvidas, na seção "Pergunte ao Especialista", espaço útil a profissionais e pacientes.
Site: http://www.vivacazuza.org.br

Programa Nacional de DSTs/Aids


Aqui você encontra todas as informações oficiais do Ministério da Saúde sobre os números da epidemia, regras de tratamento e farto material de prevenção em AIDS. Além de diversos links, há divisões que facilitam o trabalho de navegação. A página, sempre atualizada, já ganhou prêmios pela qualidade.
Site: http://www.aids.gov.br




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