Mostrando postagens com marcador jonathan. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador jonathan. Mostrar todas as postagens

EXCLUSIVO: Lembra do garoto da tatuagem? Conheça o outro pai dele.

Por Sergio Viula


ENGLISH VERSION HERE: https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2018/05/exclusive-remember-boy-whose-tattoo.html



No dia 27 de abril de 2018, o blog Fora do Armário publicou uma versão portuguesa(adaptada) da matéria do portal Pink News sobre um pai gay que ficou chocado quando soube que seu filho tinha feito uma tatuagem, mas só até ver que tatuagem ele tinha feito. 

Na matéria original, porém, não constavam informações sobre Vincent Levesque, o outro pai de Jonathan. Havia apenas informação sobre Richard, o pai que havia conversado com o site Gays with Kids sobre esse assunto. 

Gay with Kids: https://www.gayswitkids.com/when-his-son-got-a-tattoo-he-freaked-out-then-he-saw-what-it-was-2561223991.html

Um brasileiro que havia lido a matéria, e que conhecia o pai que havia ficado ausente do texto, colocou-me em contato com ele. A entrevista que você verá abaixo é foi concedida por Vincent Lesque ao blog Fora do Armário. Ela é exclusiva e inédita! 


Vincent Levesque, direita, é pai de Jonathan e ex-marido de Richard. Ele é americano, tem 48 anos, e mora em Mount Holly, Nova Jersey. Vincent trabalha como gerente de integração de sistemas. 


Fora do Armário: Quando foi que você decidiu adotar uma criança? Quais eram seus sentimentos sobre isso naquele momento?

Vincent Levesque: Meu parceiro Richard e eu estávamos juntos havia aproximadamente 6 anos quando ele chegou para mim e expressou interesse em ter filhos. Eu realmente nunca havia pensado sobre isso nem achado que seria possível que casais gays adotassem em Nova Jersey. Ele tinha conhecido um casal que trabalhava como farmacêutico e que adotou duas irmãs, e logo nos tornamos amigos. Mesmo então, eu ainda não tinha certeza que queria ser pai ou mesmo tentar, por medo de rejeição. Vários meses se passaram e um dia eu simplesmente acordei com um desejo irresistível de ser pai. Então, Rich e eu falamos sobre isso e decidimos tentar.

Richard, à esquerda, Vincent and Jonathan.


Fora do Armário: Como foi o processo? O Jonathan foi adotado com o nome dos dois pais ou com o nome de um só?

Vincent Levesque:  Primeiro, procuramos em agências particulares de adoção e pesquisamos online. Encontramos uma em Trenton. Marcamos um encontro para conversar com alguém de lá, mas não saímos com os sentimentos acalentados. Eles falaram sobre uma criança perfeita que eles tinham para nós, mas não podiam nos mostrar fotos ou qualquer histórico sobre ela. Mas, queriam que preenchêssemos a papelada referente às nossas finanças e sobre os custos para adotá-lo. Depois que saímos, falamos com nossos amigos que haviam adotado as irmãs, e eles nos falaram sobre como adotar através do estado de Nova Jersey, como eles haviam feito. Então, decidimos aceitar o conselho deles e procuramos o Departamento de Crianças e Serviços de Família (Department of Children and Family Services). Preenchemos a papelada e frequentamos aulas sobre paternidade, que são uma exigência, ministradas por uma fantástica assistente social.

Treinamos por vários meses enquanto buscávamos uma criança que melhor se encaixasse conosco. Era uma espera agoniante. Eles nos apresentaram algumas crianças como possibilidades, mas por causa das circunstâncias para além do nosso controle, nunca conseguimos encontrar com qualquer uma delas. Então, um dia, a assistente social nos contatou para nos falar de Jonathan que, naquele tempo, estava morando num orfanato havia quase quatro anos. A assistente social encontrou conosco em nossa casa e nos explicou tudo sobre a história de Jonathan. Ela não encobriu nada. Ouvimos sobre o que era bom e que era mau, e ela nos deu algumas fotos dele. Ouvir a história dele e ver que garotinho adorável ele era simplesmente derreteu nossos corações, e eu acho que soube naquele momento que eu queria seguir adiante e marcar um encontro com a assistente social dele para conhecer Jonathan.

O dia em que conhecemos Jonathan foi o melhor dia de nossas vidas. Ali estava esse lindo garotinho com um sorriso incrível precisando de alguém para amá-lo e tomar conta dele, e nós simplesmente nos apaixonamos por ele. Continuamos a nos encontrar com Jonathan e sua assistente social por alguns meses antes de marcarmos a transferência dele para a nossa casa. Tivemos que arrumar seu quarto, contatar escolas para matriculá-lo e preparar mudanças em nossas vidas para sempre. Jonathan foi oficialmente colocado conosco em meados de agosto de 2005. Recebemos outro assistente social para nos ajudar com sua acomodação, e depois de alguns atrasos no processo governamental, nós finalmente pudemos chamá-lo de nosso e adotá-lo em outubro de 2006.

Jonathan: Eu amo meus pais gays - Nova Jersey.


Fora do Armário: Como você descreveria a experiência de ser pai de um filho que tinha sete anos de idade no momento da adoção, depois se tornou um adolescente e agora é um jovem adulto? O que você diria que foi seu maior desafio? E as maiores recompensas?

Vincent Levesque:  Ser pai de uma criança não é fácil em qualquer idade, principalmente quando é seu primeiro filho. Tivemos muitos desafios. Quando se adota uma criança mais velha, perde-se todos aqueles estágios na vida da criança nos quais sua personalidade é formada, especialmente se a criança estava no sistema [de orfanatos]. Jonathan não confiava nas pessoas e representava muito. Porém, Richard e eu líamos uma tonelada de livros sobre paternidade e sobre paternidade de crianças adotadas mais velhas. Muitas crianças no sistema, quando são colocadas com uma família em potencial, passam pelo estágio inicial de uma lua-de-mel, quando agem como perfeitos anjinhos. Isso dura algumas semanas e até meses. No estágio seguinte, elas vão testar você até o seu limite. Você vai passar por uma onda de emoções muito maior do que tudo que já experimentou. Você vai se sentir como se estivesse fracassando como pai e vai derramar muitas lágrimas. Mas por fim, você terá que ser forte, definir suas fronteiras, e ainda mais importante, você terá que cumprir o que diz, das promessas até a disciplina. 

À medida que Jonathan se tornava um adolescente, alguns problemas foram superados, mas comportamentos adolescentes com os quais todo pai tem que lidar começaram. A única diferença era que Jonathan tinha pais homoafetivos e isso o tornava um alvo mais visível para seus colegas do ensino fundamental. Fomos do ponto em que tínhamos um adolescente orgulhoso de seus dois pais ao ponto dele se esconder um pouco. Era difícil para ele e era difícil para nós vermos que ele estava enfrentando algum tipo de bullying. Durante esse tempo, nós nos certificamos de que Jonathan pudesse se abrir sobre seus sentimentos e nos mantínhamos envolvidos com sua escola para ver se a questão estava sendo tratada. A partir dessas experiências, começamos a ver Jonathan defendendo crianças que estavam sendo alvos de bullying também. Eu creio que foram essas sementes plantadas que fizeram Jonathan querer se juntar às Forças Armadas.

Jonathan se juntou ao programa das Tropas de Treinametno de Oficiais da Reserva (ROTC - Reserved Officer Training Corps) no ensino médio, seguindo os passos de meu pai que serviu por 26 anos na Marinha. Eles tinham um relacionamento muito próximo e Jonathan adorava suas histórias e o admirava. Infelizmente, meu pai faleceu e nunca pôde ver Jonathan crescer e amadurecer para se tornar o homem que ele é hoje


Vincent Levesque (direita), Richard e Jonathan.


Fora do Armário: Você e o Jonathan são próximos hoje? O que vocês geralmente gostam de fazer juntos em seu tempo livre?

Vincent Levesque:  Jonathan e eu somos muito próximos. E sempre incentivei uma comunicação aberta com ele, e ele sabe que pode me pedir conselho sobre qualquer coisa. Agora que ele é um homem, é difícil deixar de ser um pai super protetor mas, mesmo assim, eu o encorajo a fazer e a ser o que ele desejar. Infelizmente, eu não fui o pai divertido, então eu não posso dizer que fui à praia ou que andei de montanha-russa. Eu deixei isso para o Richard. Nós tivemos e ainda temos nossas longas conversas sobre a vida, visitamos parentes, vamos a exibições de automóveis, e rimos muito. Eu ainda sou um garoto bobo de coração - piadas sobre puns ainda me fazem rir.

Vincent Levesque e Jonathan


Fora do Armário: Seu relacionamento com Richard chegou ao fim, mas vocês dois são pais do Jonathan. Essa é a experiência de muitos casais, especialmente casais heterossexuais, quero dizer, pais se separam e têm que seguir adiante com sua paternidade. Como vocês lidam com o tempo juntos e outros aspectos da paternidade depois do seu divórcio? 

Vincent Levesque:  Uma das decisões mais difíceis que eu já tive que tomar foi terminar nosso relacionamento. Como muitos casais, gays ou heterossexuais, você descobre que suas esperanças, desejos e sonhos não se alinham mais. Trabalhamos em muitos desses problemas juntos, mas descobrimos que não éramos mais felizes. Você nunca deve sacrificar sua felicidade ou pedir que alguém sacrifique a dele/dela. Então, quando eu decidi sair, quando eu senti que Jonathan não precisava mais de mim tanto assim, eu fiz isso e continuei por perto. Eu me mudei para um apartamento de dois quartos a apenas cinco quilômetros de distância. Jonathan tinha a certeza de que eu estava próximo. Juntos, Richard e eu ainda cuidávamos dele da melhor maneira que podíamos. Sua responsabilidade como pai nunca acaba depois de uma separação ou divórcio. Você ainda tem que estar lá e mostrar que você se preocupa e ama seu filho. O principal é se certificar que seu filho saiba que ele não foi a causa e que você não está se divorciando dele.

Talvez, tenhamos tido sorte. Não tivemos muito drama depois disso e ainda apoiamos um ao outro como amigos. Mantivemos as coisas na maior normalidade possível e ambos estávamos lá para o Jonathan. Compartilhamos responsabilidades e fizemos coisas juntos como fazíamos antes. Eu simplesmente não estava mais morando na mesma casa.

Da esquerda para a direita: Richard, Jonathan e Vincent Levesque em Roma.



Fora do Armário: Aliás, há quanto tempo você se divorciou? Como o Jonathan reagiu a essa nova realidade? 

Vincent Levesque: Jonathan tinha 16 anos quando Richard e eu nos separamos e já se passaram 4 anos. Nossa parceria doméstica foi dissolvida dois anos depois de nos separarmos. Foi difícil principalmente para o Jonathan, mas ele estava maduro o suficiente para ver e entender as mudanças em nosso relacionamento. Conversamos extensamente sobre isso e respondemos todas as perguntas da melhor maneira que podíamos. Infelizmente, houve alguma encenação da parte de Jonathan, mas apenas do mesmo jeito que havia acontecido quando o adotamos. Tivemos que assegurar-lhe que ainda estávamos ali para ele.

Vincent Levesque e Jonathan.


Fora do Armário: Quais são os traços de personalidade mais especiais em Jonathan na sua opinião?

Vincent Levesque: Jonathan é um jovem engraçado e carismático. Apesar de ter sido adotado, eu acho que ele tem meu senso de humor e o carisma de Richard. Ele sabe conversar com qualquer pessoa e fazer amigos instantaneamente. Eu admiro muito isso nele, especialmente porque eu fico meio desconfortável em situações sociais.

Fora do Armário: Quais são seus planos para o futuro próximo, digamos, cinco anos ou coisa assim?

Vincent Levesque: Para mim, eu estarei "leve" depois de me aposentar em julho próximo. Desde minha separação, eu comecei a viajar muito para a América do Sul. Estive na Colômbia, no Peru, na Guatemala, na Argentina, e no Paraguai, mas eu me apaixonei pelo Brasil. Eu estive lá oito vezes em sete cidades diferentes. Uma vez que Jonathan se juntou às Forças Armadas e que estou solteiro, não havia nada me prendendo aqui. Então, na primavera de 2017, eu decidi mudar minha vida. Vendi minha casa e aluguei o quarto de um amigo, vendi meu carro e poupei o máximo que pude para que pudesse me mudar para São Paulo, Brasil, em agosto de 2018 para aprender português e, eventualmente, espanhol em outro país. Fiz alguns amigos maravilhosos lá e conheci alguém especial que eu espero que desabroche como meu próximo relacionamento maravilhoso.  Para os próximos 5 anos, eu ainda não tenho planos definidos. Eu só quero aproveitar a vida e sentir o aroma das rosas ao longo da jornada da vida. E desde que eu esteja feliz, isso é tudo o que importa.

Jonathan em seu aniversário de 19 anos. Camisa do Brasil!


Fora do Armário: Você pode deixar uma palavra para os leitores do Fora do Armário?

Vincent Levesque: Eu passei algum tempo pensando em algumas palavras de sabedoria, mas sou terrível nisso. A primeira coisa que eu direi é que se você quer adotar, você deveria. Haverá desafios e não serão fáceis. Mas é tão recompensador ver e saber que você ajudou a moldá-los na pessoa que eles se tornaram. A segunda coisa é: Seja quem você for, tenha orgulho. Viva a vida ao máximo, mas sempre confie nos seus instintos mais do que em seu coração ou mente. Eles nunca vão te deixar mal na vida.

Jonathan e Vincent - Instagram

EXCLUSIVE: Remember the boy whose tattoo moved his father? Meet his other father - Vincent Levesque

By Sergio Viula
Rio de Janeiro, Brazil


Portuguese version here: https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2018/05/exclusivo-lembra-do-garoto-da-tatuagem.html



On April 27th, 2018, Out of the Closet (Fora do Armário) issued a version (slightly adapted) from a report by Pink News about a gay father who was shocked at his son getting a tattoo done only until he came across what it was.

PinkNews: https://www.pinknews.co.uk/2018/04/26/this-gay-dads-adopted-son-got-the-most-heartwarming-tattoo/

The original article, however, did not bring any information about Jonathan's other gay father. Out of the Closet had the privilege of interviewing Vincent Levesque, Jonathan's other father, who gracefully granted us all with this heartwarming talk.



Vincent Levesque, right, is Jonathan's father and Richard's ex-husband. He is American, 48, and lives in Mount Holly, Nova Jersey. Vincent works as Systems Integration manager. 


Fora do Armário: When did you decide to adopt a child? What were your feelings about it at that time?

Vincent Levesque: My partner Richard and I were together for about 6 years when he came to me and expressed interest in children. I really never thought about it nor thought that it was possible for gay couples to adopt in the state of New Jersey. He had met a couple while working as a Pharmacist who adopted sisters and soon we became friends. Even then I wasn’t sure if I wanted to be a parent or even try for the fear of rejection. Several months went by and one day I just woke up and had an overwhelming feeling that I wanted to be a parent. So Rich and I spoke about it and we decided to try.

Richard, left, Vincent and Jonathan.


Fora do Armário: What was the process like? Was Jonathan adopted under the names of two dads or only one?

Vincent Levesque:  First, we looked at private adoption agencies and researched online and found one in Trenton. We setup an appointment to talk to someone there but we didn’t go away with warm fuzzy feelings. They talked about a perfect child they had for us but couldn’t provide a picture or background on him. They were, however, willing to give us the paperwork to fill out in regards to our finances and the expenses involved in order to adopt him. After we left we spoke to our friends who adopted the sisters and they told us about adopting through the state of New Jersey like they had. So we decided to take their advice and reached out the Department of Children and Family Services. We filled out the paperwork and took parenting classes which are required and were assigned an amazing caseworker. 

We waited several months while she searched for a child that would be the best fit for us. It was an agonizing wait. We were presented with a few kids as possibilities but because of circumstances beyond our control, we never met any of them. Then one day the caseworker contacted us of about Jonathan who at the time was living in foster care for almost four years. The caseworker met with us at our home and explained all of Jonathan’s history to us. She didn’t sugarcoat anything. We heard the good and the bad and then she gave us a few pictures of him. Hearing his story and seeing that adorable little boy just melted our hearts and I think we knew at that point that we wanted to move forward and set up a meeting with his caseworker and to meet Jonathan. 

The day we met Jonathan was one of the best days of our lives. Here was this cute little boy with an amazing smile needing someone to love and take care of him and we just fell in love with him. We continued to meet with Jonathan and his caseworker for a few months before setting up his transition to our home.  We had to set up his room, contact the schools to have him enrolled and prepared to change our lives forever. Jonathan was officially placed with us in the middle of August of 2005. We were assigned a new local caseworker to help with him settling in but after some delays in the government process we finally made him ours and adopted him in October of 2006.


Jonathan: I love my gay dads - Nova Jersey.

Fora do Armário: How would you describe the experience of being a father to a son that was a Seven-year-old child at the moment of adoption, then a teenager and now a young man? What would you say the biggest challenge is? What about the biggest rewards?

Vincent Levesque:  Being a parent of a child isn’t easy at any age and even more so with your first child. We had many challenges. When adopting an older child you have missed all those stages in a child’s life where their personality formed especially one that was in the system. Jonathan didn’t trust people and acted out a lot. However, Richard and I read a ton of books on parenting and parenting an older adopted child. Many kids in the system when they are placed with a potential family first go through a honeymoon stage where they are perfect little angels. This will last a few weeks to a few months. The next stage they will test you to your limits. You will ride a wave of emotions far greater than anything we have experienced. You will feel like you are failing as a parent and you will shed a lot of tears. But in the end, you have to stay strong, define your boundaries, and most importantly follow through with what you say from promises to discipline.

As Jonathan became a teenager the issues we hadstarted to subside but the normal teenage behaviors that every parent deals with starts. The only difference was that Jonathan having same-sex parents made you a little more of a target by his junior High school peers. We went from having a proud adolescent who had two dads to being hidden a little. It was tough for him and it was very hard for us see him go through some bullying. During this time we made sure Jonathan was open about his feelings and we were very involved with the school to see to that it was being addressed. From these experiences, we started to see Jonathan advocating and defending kids that were being bullied as well. I believe these were the seeds that were planted that made Jonathan want to join the military. 

Jonathan joined the ROTC (Reserved Officer Training Corps) program in high school following in the footstep of my father who had served for 26 years in the Navy. They had a close relationship and Jonathan loved his stories and looked up to him. Sadly, my father passed away and never got to see Jonathan grow and mature into the man he had become. 

Vincent Levesque (right), Jonathan and Richard.

Fora do Armário: Are you and Jonathan close to each other? What do you usually like to do together in your free time?

Vincent Levesque:  JJonathan and I are very close. I’ve always fostered open communication with him and he knows he can ask my advice about anything. Now that he is a man it’s hard to stop being an overprotective parent but still, encourage him to do and be who and what he wants. Unfortunately, I wasn’t the fun parent so I can’t say we went to the beach and rode roller coasters. I left that to Richard. We did and still have our long talks about life, go visit family members, go to car shows, and laugh a lot. I’m still a goofy kid at heart and fart jokes make me laugh. 

Vincent Levesque and Jonathan.

Fora do Armário: Your relationship to Richard came to an end but you both are Jonathan's fathers. This is the experience of many couples, especially straight couples, I mean, parents get divorced and they have to keep up with their fatherhood. How do you handle time together and other aspects of fatherhood after your divorce? 

Vincent Levesque:  One of the hardest decisions I’ve ever had to make was to end our relationship. As like many couples, gay and straight you find that your hopes, wants, and dreams no longer align. We worked on issues together but found ourselves not being happy. You should never sacrifice your happiness or ask someone else to sacrifice theirs.  So when I decided to leave, when I felt Jonathan didn’t need me as much, I saw to it that I stayed close by. I moved into a two bedroom apartment 3 miles away. Jonathan had the security of knowing that I was close. Together, Richard and I still co-parented as best as we could. Your responsibility as a parent never ends after a separation or a divorce. You still have to be there and show that you care and love your child. The biggest thing is to make sure that they know that they weren’t the cause and that you aren’t divorcing them. 

Maybe we were lucky, we didn’t have much drama afterward and still supported each other but as friends. We kept things normal as possible and we’re both there for Jonathan. We shared responsibilities and did things together as we had before I just was no longer living in the same home. 


Jonathan and his two fathers in Rome.


Fora do Armário: By the way, how long ago did you divorce? How did Jonathan react to that new reality? 

Vincent Levesque: Jonathan was 16 when Richard and I separated and it’s been 4 years. Our domestic partnership was dissolved 2 after we separated.  It was tough for Jonathan at first but at that time he was mature enough to see and understand the changes in our relationship. We talked extensively about it and answered all his questions the best that we could. Unfortunately, there was some acting out on Jonathan’s part but just like when we adopted him we had to assure him that we were still there for him. 

Jonathan and Vincent Levesque

Fora do Armário: What are Jonathan most special personality traits in your opinion? 

Vincent Levesque: Jonathan is a funny and charismatic young man. Even though he was adopted I think he has my sense of humor and Richard’s charisma. He can talk to anyone and make friends instantly. I admire that in him a lot especially since I become awkward in social situations. 

Fora do Armário: What are your plans for the near future, say, within the next 5 years or so?

Vincent Levesque: For me, I will be “Soft” retiring this July. Since my separation, I started to travel a lot to South America. I’ve been to Colombia, Peru, Guatemala, Argentina,and Paraguay but I fell in love with Brazil. I have been 8 times and to 7 different cities. Since Jonathan joined the military and I was single I didn’t have anything anchoring me here. So the spring of 2017 I decided to change my life. I sold my house and rented a room from a friend, sold  my car and saved as much as I could so that I can move to Sao Paulo, Brazil in August 2018 to learn Portuguese and eventually Spanish in another country. I have made some great friends there and a special someone that I hope blossoms into my next great relationship. As for 5 years out, I have no definitive plans. I just want to enjoy life and smell the roses along this life’s journey and as long as I am happy that’s all the matters.

Jonathan on his 19th birthday. Brazil's shirt!


Fora do Armário: Can you leave a word to the readers of Fora do Armário?

Vincent Levesque: I spent some time thinking of some words of wisdom but I’m terrible at that. The first thing that I’ll say is that if you want to adopt, you should. It will have its challenges and won’t be easy. But it is so rewarding to see and know you help mold them into the person they will become.  The second thing is, be who you are, be proud, live your life to the fullest but always trust your gut over your heart and head. It will never steer you wrong in life. 

Jonathan and Vincent - Instagram

Postagens mais visitadas