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STF: VITÓRIA DA VIDA E DA CIDADANIA!

Por Sergio Viula



A vitória conquistada pela comunidade LGBT nesta quinta-feira, 13/06/19, é um marco histórico para os direitos fundamentais dos seres humanos no Brasil, desta vez representados na pessoa de cada cidadão LGBT que passa a estar protegido pelo reconhecimento dos crimes de homofobia e transfobia como sendo isonômicos com os crimes de racismo.


Saiba mais aqui: 
https://foradoarmario2.blogspot.com/2019/06/supremo-tribunal-federal-e.html





Supremo Tribunal Federal e criminalização da homofobia



Por Sergio Viula

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ATUALIZAÇÃO EM 13/06/19, ÀS 23:10: 

O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL DECLAROU A HOMOFOBIA E A TRANSFOBIA ISONÔMICAS COM OS CRIMES DE RACISMO COM OITO DOS 11 VOTOS DE SEUS MINISTROS.

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Está agendada para dia 13 de junho, próxima quinta-feira, uma nova sessão para o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 26, proposta pelo PPS, e do Mandado de Injunção (MI) 4733, protocolado pela Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros (ABGLT). 



A sessão será retomada nesta quinta-feira, depois de cinco adiamentos feitos pelo ministro Dias Tófoli, presidente do Supremo. Esperamos sinceramente que Tófoli não faça como fez na última sessão, quando permitiu que apenas dois ministros votassem. Ainda faltam cinco ministros. Mas, a maioria já votou a favor da equiparação da homofobia e da transfobia aos crimes de racismo. Que o julgamento prossiga até o final e chegue-se a um veredito oficialmente promulgado.

A ADO 26 acusa o Congresso Nacional de morosidade - o que é absolutamente justificável, dado o fato de que passaram-se 30 anos desde que nossa Constituição foi promulgada sem que fosse aprovada qualquer lei que protegesse a população LGBT contra discursos de ódio e agressões físicas. Muitas vezes, tais crimes são praticados com tortura e outros requintes de crueldade.

A decisão da maioria dos ministros do STF pela equiparação da homofobia e da transfobia ao racismo é um marco histórico e fundamental para o Direito no Brasil. Que seja promulgada a decisão final sem mais delongas.

O que não podemos aceitar agora?

1. Não podemos aceitar que o Congresso apresse a aprovação de qualquer lei menor do que o que foi determinado como constitucional pelo STF. Leis que apenas considerem a homofobia ou a transfobia como meros agravantes de pena para crimes de homicídio não são suficientes. Queremos a tipificação do crime homofóbico e transfóbico ipsi letteris;

2.  Não podemos aceitar que o Congresso faça concessões à injúria, seja ela qual for, ainda que ela se disfarce de discurso religioso para evocar o princípio da liberdade de crença. Injúria é injúria seja praticada onde for ou por quem quer que seja. Queremos que a injúria e o discurso de ódio sejam criminalizados incondicionalmente;



3. Não podemos aceitar que o Congresso redija qualquer lei a respeito dos crimes homofóbicos e transfóbicos sem explicitar com absoluta nitidez os termos 'orientação sexual' e 'identidade de gênero' na redação da lei que venha a criminalizar a homofobia e a transfobia. Queremos que orientação sexual e identidade de gênero constem no texto da lei, visto que a homofobia é crime contra a primeira, e transfobia é crime contra a segunda.

4. Não podemos aceitar nenhum direito a menos, ainda que sob alegação de que o sistema carcerário está sobrecarregado ou de que o Brasil já pune muito. Tal alegação não pode sequer ser considerada um argumento racional, razoável ou cientificamente embasado para se justificar a ausência de penalidades compatíveis com a gravidade dos crimes homofóbicos e transfóbicos no Brasil, especialmente quando se trata de um segmento populacional discriminado, perseguido, torturado e morto por motivos torpes como o mero ódio a existência de tais pessoas, como é o caso da população LGBT, que morre em função do ódio a sua orientação sexual e a suas identidades/expressões de gênero no Brasil. Queremos penalidades severas para tais crimes, ainda que com variações em grau dependendo do ato criminoso praticado.



Sobre a movimentação atípica
no Congresso depois das primeiras sessões do STF

O Congresso se movimentou bastante depois de ouvir os seis primeiros votos dos seis ministros do STF.

Houve deputados pastores criticando os votos da Suprema Corte. Obviamente, esses indivíduos homofóbicos e transfóbicos adorariam continuar empurrando tais crimes para baixo do tapete. Afinal, eles lucram eleitoralmente em cima desses preconceitos em seus nada sagrados currais eleitorais.

Também houve quem desejasse acelerar a tramitação de projetos de lei que pudessem criminalizar a homofobia e a transfobia de uma vez por todas, mas atropelando certas coisas já pontuadas acima. Não podemos aceitar nada menos que a proteção plena da lei.

É claro que, com ou sem lobby a favor da criminalização, as decisões serão tomadas pelos deputados e por mais ninguém. 

Além disso, a lei terá que ser submetida à sanção ou ao veto do presidente mais homofóbico que o Brasil já teve. 

Aos militantes que estão trabalhando com advocacy ou orientando a redação das emendas e substitutivos aos projetos de lei que já tramitam tanto no Senado como na Câmara, solicito que deixem bem claro que não aceitaremos a imoralidade de se consagrar a injúria fundamentalista homofóbica e transfóbica por meio de legislação produzida justamente para combater essas e outras violações dos direitos fundamentais das pessoas LGBT. 

O que for crime fora do templo não terá a MENOR razão plausível para ser considerado virtuoso ou aceitável dentro dele. Não se precisa de um especialista em teologia para entender que o altar não santifica o crime da injúria homofóbica ou transfóbica, mas, sim, que o crime de injúria homofóbica e transfóbica profana o altar. 

A pergunta que não se cala é:

O que tem a teologia deste ou daquele segmento religioso a ver com leis que só fazem sentido se garantirem de fato a VIDA e a DIGNIDADE dos indivíduos LGBT que vivem nesse país? 

O direito à vida e o direito à dignidade arvoram-se como os próprios limites de qualquer outra liberdade. Lembrem-se disto, queridos lobistas LGBT e deputados em geral. 

Finalizo, reforçando o que já disse: Deixem o STF chegar à conclusão de seu julgamento sem as pressões que os senhores, deputados fundamentalistas, principalmente, costumam fazer contra todos e tudo o que vise a garantir os direitos fundamentais da população LGBT nesse país. Pelo jeito, vocês continuam os mesmos. 



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Em meio a discussão sobre criminalização da homofobia, 
casos de violência seguem impunes.

Matéria do Fantástico:
10 min - exibição em 19 Mai 2019

https://globoplay.globo.com/v/7627504/




STF e homofobia: SEIS VOTOS CONTRA O ÓDIO (até agora)

SEIS VOTOS CONTRA O ÓDIO 
Obrigado, Supremo Tribunal Federal!



Por Sergio Viula

A bancada fundamentalista até tentou, mas não conseguiu impedir a continuidade do julgamento sobre a criminalização da homofobia no Supremo Tribunal Federal (STF). Ora, se é justamente por causa das diabólicas manobras dessa mesma bancada que o caso foi parar no STF, como é que um ministro da Suprema Corte, em SÃO JUÍZO, atenderia a um pedido de suspensão da sessão da Suprema Corte? 

Bem, o ministro Tófoli até pensou em ceder e o ministro Marco Aurélio concordou, mas vários outros ministros, depois da manifestação de Celso de Melo pela continuação, firmaram posição a favor do prosseguimento do julgamento. PARABÉNS aos ministros que não morderam essa isca demoníaca!

Graças à continuação da sessão nesta quinta-feira, 23 de maio de 2019, a maioria dos ministros do STF votaram a favor do enquadramento da homofobia e da transfobia como crimes de racismo. Seis dos 11 ministros já votaram favoravelmente à criminalização, formando a maioria.
__________________

Relembre as sessões dos dias 13 e 14 de fevereiro:

1ª Sessão:  https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2019/02/stf-discute-agora-criminalizacao-da.html
2ª Sessão: https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2019/02/criminalizacao-da-homofobia-2-sessao-do.html
__________________


O julgamento continua agora no dia 05 de junho par que os outros cinco ministros também apresentem seus votos.

O jornal O Globo faz os seguintes destaques:

Na sessão desta quinta, a ministra Rosa Weber também votou para criminalizar atos violentos contra homossexuais. Para ela, há temas que "a palavra se impõe, e não o silêncio". "E este é um deles", disse.

"A mora do Poder Legislativo em cumprir a determinação da Constituição está devidamente demonstrada. Entendo que o direito à própria individualidade, identidades sexual e de gênero, é um dos elementos constitutivos da pessoa humana", votou a ministra, acompanhando o voto dos relatores.

Em seguida, o vice-presidente do STF, ministro Luiz Fux, deu o sexto voto a favor, formando maioria para reconhecer a omissão do Legislativo e enquadrar a homofobia como crime.

"Delitos homofóbicos são tão alarmantes quanto a violência física", afirmou Fux, citando "níveis epidêmicos de violência homofóbica".


"Depois do Holocausto, jamais se imaginou que um ser humano poderia ser alvo dessa discriminação e violência", disse o ministro.

Fonte: https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/05/23/stf-forma-maioria-para-enquadrar-homofobia-como-crime-de-racismo.ghtml



A sessão pode ser assistida aqui.
Os votos da ministra Rosa Weber e do ministro Luiz Fux:
https://m.youtube.com/watch?v=UFUa1EJeDMo


A LUTA CONTINUA!


JUNTO COM AS GARANTIAS JURÍDICAS, PRECISAMOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS, ESPECIALMENTE NAS ÁREAS DE EDUCAÇÃO E SAÚDE. MAS, ESTA VITÓRIA FOI, SEM DÚVIDA, FUNDAMENTAL PARA A GARANTIA  DOS DIREITOS HUMANOS NO BRASIL!



Pulse: Sobrevivente organiza dia para lembrar crimes de ódio

Para que nunca nos esqueçamos

Christopher Hansen via Facebook



Por Sergio Viula


Com informações de JACOB OGLES
Para The Advocate
https://www.advocate.com/crime/2019/3/14/pulse-survivor-organizes-day-remember-hate-crimes


Um sobrevivente do atentato contra a Pulse, Orlando, quer liderar seu país num dia que celebra a resiliência e a reflexão sobre crimes de ódio contra pessoas LGBT.

Christopher Hansen, que estava dentro da Pulse no dia 12 de junho de 2016, quando tiros deram início ao maior assassinato em massa da história moderna, quer envolver as cidades americanas no dia para "Reflexões de Resilência", que será 11 de junho.

Graças aos esforços de Christopher, o prefeito de North Little Rock, Joe Smith, já declarou o dia 11 de junho como Dia de Reflexões de Resiliência, e a ponte, conhecida como Junction Bridge, estará iluminada pelas cores do arco-íris durante aquele dia em memória das vítimas de crimes de ódio.


Junction Bridge


Christopher continua conversando com a cidade de Orlando, e a resolução já está em construção. Ele também já começou a dialogar com Salém, Massachussets, e Akron, Ohio.

“[Esse dia] é legitimamente focado no ódio contra LGBTQ,” disse Christopher, que anunciou seu projeto exclusivamente a The Advocatehttps://www.advocate.com/crime/2019/3/14/pulse-survivor-organizes-day-remember-hate-crimes

Enquanto isso, no Brasil

Esse tipo de ódio não está restrito ao infeliz assassino em massa que atacou a Pulse, mas não viveu para pagar pelos seus crimes. A homofobia e a transfobia se manifestam de muitas maneiras e em diversos graus de intensidade, especialmente em nosso país, agora liderado por um homem ignorante, insensível e incompetente, que sempre se mostrou LGBTfóbico. 

Saído de um ninho de cobras na Câmara dos Deputados, popularmente conhecido como bancada evangélica, mas muitas vezes melhor designado como bancada fundamentalista, especialmente quando se une à bancada católica, igualmente fanática, para perseguirem juntos a comunidade LGBT e impedirem qualquer avanço na conquista de seus direitos dentro do Congresso, Bolsonaro não nega suas origens. É produtor e/ou divulgador de informações falsas, vive caluniando a comunidade LGBT, e nunca foi solidário com o sofrimento dos que já foram vítimas de crimes de ódio dentro desse segmento populacional.

Não bastassem todas essas mazelas, seu partido, o PSL, está se movimentando para tentar impedir que os ministros do STF criminalizem a homofobia e a transfobia. 

De acordo com o site Yahoo e a Folha de São Paulo, 16 deputados, a maioria do PSL, protocolaram um pedido de impeachment contra os quatro ministros que já votaram a equiparação da homofobia com os crimes de racismo até que o Congresso produza legislação pertinente. (Yahoo: https://br.noticias.yahoo.com/stf-quer-investigacao-de-deputados-que-pediram-impeachment-de-ministros-161149426.html)

De acordo com o Yahoo, "entre os que pedem o impeachment estão os deputados Nelson Barbudo (PSL-MT), Alexandre Frota (PSL-SP), General Peternelli (PSL-SP), Pastor Gildenemyr (PMN-MA) e Luiz Philippe Orleans e Bragança (PSL-SP)". E acrescenta: "O requerimento foi entregue no dia 27 de fevereiro ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP)."

Mas, os magistrados não se fizeram de rogados. Eles já entraram em ação. 

O site Yahoo destaca: "...ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) cobram da PGR (Procuradoria-Geral da República) a abertura de um inquérito para investigar o crime de denunciação caluniosa contra os parlamentares que assinaram o pedido de impeachment de quatro magistrados."  (grifo meu)

O alvo desse inquérito são justamente os 16 deputados que protocolaram o pedido de impeachment em mais uma demonstração de ódio de parlamentares federais contra a comunidade LGBT e de seu empenho em negar-lhes de qualquer direito, inclusive o direito à dignidade e à vida, que é o que está em questão.

A tática é a mesma que eles usam no Congresso: Fazem de tudo para impedir qualquer reconhecimento dos direitos dos cidadãos LGBT, enquanto negam que sua motivação seja a homofobia e a transfobia.

Todavia, essa denunciação caluniosa, ora questionada pelo STF junto à PGR, só reforça, com cores berrantes, a necessidade de que se incluam os crimes com motivação de ódio às pessoas LGBT entre os crimes de racismo. 

Portanto, criminaliza, STF! Excelentíssimo ministros, não deem munição a esses irresponsáveis e cúmplices de criminosos para ferirem ainda mais a ensanguentada população LGBT do Brasil.  A omissão do STF seria insumo para a produção de mais abusos e violações aos direitos humanos dessas pessoas.

Assista o voto do Ministro Celso de Mello na íntegra, começando a partir do minuto 28:24 do vídeo abaixo. Sem a menor sombra de dúvida, o voto do ministro é a mais bela pérola discursiva já produzida sobre a homofobia e a transfobia no Brasil, mas aprofunda diversas questões correlatas, muitas vezes ignoradas por outros oradores que se debruçam sobre o tema.

STF, criminalize a homofobia no Brasil. ASSINE.



Em alguns dias, o Supremo vai decidir: a discriminação contra pessoas LGBT+ deve ser crime no Brasil? 

O Brasil já é um país muito perigoso pra pessoas LGBT+. E com um presidente que prefere "um filho morto a um filho gay", as coisas devem ficar ainda mais difíceis. 

Então #AHoraÉAgora para dizer não à discriminação contra pessoas LGBT+! 

Assine a petição: 

https://www.stf.alloutbrasil.org



É super rápido, mas muito importante.

Suíça: Transfobia e homofobia passam a ser crimes como o racismo

Suíça torna transfobia e homofobia
tão ilegais quanto o racismo

Transfóbicos e homofóbicos enfrentarão
sentença de três anos na cadeia


Mathias Reynard (L) liderou a campanha para tornar 
a homofobia e a transfobia ilegais na Suíca
Foto: Twitter/Mathias Reynard


Com informações do Gay Star News 
por Shannon Power - 30/09/18
https://www.gaystarnews.com/article/switzerland-made-transphobia-and-homophobia-as-illegal-as-racism/#gs.Ub8bcro


Traduzido e adpatado por Sergio Viula

A Suíça votou pela alteração de seu código penal para tornar a homofobia e a transfobia tão ilegais quanto o racismo.

O Conselho Nacional votou 118 a 60 para tornar a discriminação com base em orientação sexual ou identidade de gênero crime punível com cadeia.

Qualquer um condenado por transfobia ou homofobia pode passar três anos atrás das grades.

"Vitória", escreveu o parlamentar Mathias Reynard no Twitter.

O parlamentar socialista liderou a campanha para a mudança na lei daquele país europeu. Reynard trabalhou mais de cinco anos para mudar a lei.

"Homofobia não é uma opinião", disse ele.

"É um crime. Um em cada cinco homossexuais já tentaram suicídio, metade antes dos vinte anos. Essa vitória envia um sinal poderoso. Eu já recebi centenas de reações."

Grupos LGBTI suíços celebraram a decisão.

"A decisão de hoje é um passo importante. Ela provavelmente levará a Suíça de volta aos [ao topo] da classificação da Associação Internacional de Pessoas LGBTI, na qual nosso país atualmente encontra-se na 22ª posição, atrás da Estônia e da Hungria’, disse ao Le Temps o secretário geral do Pink Cross.

GayStar News: https://www.gaystarnews.com/article/lgbti-friendly-every-country-europe/#gs.Aqakg2w

Le Temps: https://www.letemps.ch/suisse/vers-une-loi-suisse-contre-lhomophobie

Reynard disse que o objetivo agora é a igualdade nos direitos conjugais na Suíça. O país permite a união civil homoafetiva desde 2007, mas os direitos à adoção e benefícios ainda não estão assegurados.

LUTO E LUTA: Erga sua voz em memória de João Antônio Donati e tantos outros

https://www.facebook.com/events/336294336531594/336466523181042/?notif_t=event_mall_reply 

CONFIRME PRESENÇA NO GRUPO, COMPARTILHE E COMPAREÇA:
https://www.facebook.com/events/336294336531594/336466523181042/?notif_t=event_mall_reply 

A concentração começa às 14h (duas da tarde, com previsão de início da caminhada as 15h).

Concentração no Copacabana Palace e andaremos até o Forte de Copacabana, com discursos voltados ao tema.



GOIÂNIA: 20 de setembro, 17h.  https://www.facebook.com/events/285315368341564/?ref_notif_type=plan_user_invited&source=1

MARINGÁ: 04 de outubro, 10:00:
https://www.facebook.com/events/1464610857135896/


RECIFE: 21 de setembro, 9:00: https://www.facebook.com/events/980520055308475/?notif_t=plan_user_invited

LAVRAS: 13 de setembro, 11:00: https://www.facebook.com/events/564681490302931/?fref=ts  

CURITIBA: 15 de setembro, 13:00: https://www.facebook.com/events/1485515735030332/?fref=ts

CEILÂNDIA:
28 de setembro, 16:00: https://www.facebook.com/events/331100730398561/ 

PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA DEFENDE CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA


PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
DEFENDE CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA


Para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a homofobia deve ser tratada como crime de racismo até que o Congresso Nacional aprove uma lei específica para disciplinar as punições; parecer foi enviado para o Supremo Tribunal Federal; "Razões de equivalência constitucional, ancoradas no princípio de igualdade, impõem a criminalização da discriminação e do preconceito contra cidadãos e cidadãs lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais", sustenta o PGR; parecer atende recurso da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais contra decisão do ministro Ricardo Lewandowski, que arquivou, no ano passado, o mesmo pedido para tratar a homofobia como crime de racismo

Veja mais aqui: 
https://publisher.brasil247.com/brasil/pgr-defende-criminalizacao-da-homofobia


VEJA MUITO MAIS DETALHES NO SITE DO GADVS (Grupo de Advogados pela Diversidade Sexual/SP):
https://www.gadvs.com.br/?p=1894

Veja também porque uma ação do Supremo Tribunal Federal poderá criminalizar a homofobia no Brasil:

CRIME HEDIONDO - O Clamor de uma mãe por justiça

Igor Xavier atuando


CRIME HEDIONDO



No dia 1º de março de 2002, a cidade de Montes Claros foi surpreendida com a notícia do bárbaro assassinato do bailarino e ator IGOR LEONARDO LACERDA XAVIER, cometido pelo assassino confesso RICARDO ATHAYDE VASCONCELOS, tendo como comparsa seu filho DIEGO RODRIGUES ATHAYDE VASCONCELOS.

O assassino encontrando Igor em um bar, o convidou para ir até seu apartamento, com o pretexto de lhe emprestar material que o ajudaria na produção de seu próximo espetáculo.

Lá com a ajuda do próprio filho, torturou e matou o meu filho com cinco tiros.

O crime aconteceu em um prédio de apartamentos no centro da cidade. Os moradores ligaram com insistência para a polícia. Mas esta não se fez presente.

Os criminosos arrastaram o corpo do meu filho por três andares escada abaixo, maltratando terrivelmente o seu corpo; colocaram o mesmo na carroceria do carro de um parente chamado para ajudar no ato criminoso, lavaram o sangue do apartamento e das escadas, lançaram o corpo em uma estrada vicinal, desmontaram e jogaram fora as armas e fugiram para Belo Horizonte.

Não sei quanto tempo levaram para fazer tudo isso; mas a polícia só apareceu de manhã quando os bandidos já estavam em segurança a caminho da capital do estado.

Foi pedida a prisão preventiva dos assassinos. Eles fugiram e pediram Habeas Corpus que foi negado no TJ MG e concedido no STJ, supostamente por meios fraudulentos, pois todos sabem do poderio econômico e político dos assassinos, que escorados na impunidade, desafiam a nossa família e a sociedade, andando livremente pelas ruas.

“Desde 2002 a família, amigos e a classe cultural montesclarense vêm lutando ininterruptamente por justiça, respeito aos direitos humanos e diferenças, colocando o caso IGOR XAVIER como uma bandeira de reflexão e luta permanente por direitos iguais, não só em Montes Claros e no Norte de Minas, mas também em todos os lugares em que o ser humano vem sendo ultrajado.

Entretanto, os assassinos alicerçados na tradição familiar e no poder do dinheiro, ainda hoje se encontram em liberdade, pelo fato de seus advogados estarem impetrando recursos seguidamente mesmo perdendo todos.”

Sendo um crime hediondo, onde os bandidos demonstraram premeditação, frieza e crueldade e que por respeito à justiça já era para estarem na cadeia, o caso se arrasta, pois a todo momento a defesa aproveita as brechas nas leis brasileiras para requerer embargos, recursos especiais, extraordinários entre outras invenções jurídicas protelando o julgamento.

Finalmente o júri foi marcado para o dia 27/06/2007. Com todo o aparato e prontas todas as demandas que envolvem um julgamento, o mesmo foi cancelado no dia 25/06/2007 dois dias antes de acontecer; trazendo com isso, mais angustia e decepção com os poderes públicos.

Nova esperança se vislumbra em 2011. O júri foi marcado para o dia 07/06/2011. O juiz responsável pela vara, Dr. Antonio de Souza Rosa, retira o processo da pauta alegando que as minhas lamúrias e declarações do meu repúdio contra a demora, iriam interferir na decisão do júri.

Começa para a família e a comunidade uma espera angustiante por pronunciamento do tal juiz marcando uma nova data para o júri; até que em 25/08/2011, o processo é suspenso. O tiro de misericórdia veio em 14/10/2011 quando acontece o desaforamento do caso para Belo Horizonte, dificultando ainda mais o nosso acesso a informações, já que, por absoluta falta de condições financeiras, não temos advogado constituído.

O jogo macabro novamente se inicia em 2012. Nova data para julgamento é marcada para o dia 29/11/2012. O pingue-pongue justiça X bandidos continua e o júri é desmarcado; e como das outras vezes o motivo permanece em segredo. No dia 05/09/2012 é designada nova data, agora para 27/08/2013.

Enquanto isso assassino pai e assassino filho vão adquirindo cada vez mais vantagens; e a justiça cada vez mais cega agora dorme placidamente em berço esplêndido.

Infelizmente o Código Penal Brasileiro, caduco e ultrapassado, permite todos esses abusos, facilitando que criminosos continuem em liberdade enquanto o processo fica parado e mofando nas prateleiras dos órgãos responsáveis até cair no esquecimento e talvez nem haver julgamento. É o império da impunidade.

IGOR XAVIER, profissional da arte, batalhador incansável pelo avanço da cultura em sua cidade natal – Montes Claros. Bailarino, coreógrafo, produtor e diretor de espetáculos. Impressionava a todos pela retidão de caráter, humildade e responsabilidade.


Motivo do crime: Homofobia.


Eu sou a mãe de Igor Xavier e não me conformo. Em março deste ano de 2012, se completaram dez anos em que não sinto o abraço do meu filho, não vejo o brilho dos seus olhos e o som da sua risada cristalina nunca mais chegou aos meus ouvidos.

Há muito nossa família convive com a dor, a saudade e a decepção com a justiça, enquanto os assassinos desfilam de cabeça erguida apostando na impunidade. Seus advogados afogados em rios de dinheiro providenciam para que não aconteça julgamento.

Apelo ao PODERES CONSTITUIDOS que façam com que a lei seja cumprida e esse julgamento aconteça o mais rápido possível. É preciso que façamos alguma coisa que mostre ao mundo nosso repúdio contra a covardia, a violência e o desrespeito aos Direitos Humanos. Enquanto isso não acontece, e enquanto me restar um sopro de vida, lutarei para que a justiça seja feita. É preciso não se curvar diante da injustiça.

O estado brasileiro está em dívida com seus filhos; e eu me envergonho disso.


Marlene Xavier

Trecho da Sentença de Pronúncia dos réus no caso Igor Xavier; onde fica provada toda a covardia praticada contra o meu filho sem nenhuma chance de defesa da parte dele e que lhe tirou a vida.





Enviado por e-mail por:
Osmar Rezende
Libertos Comunicação, Saúde e Cidadania
www.libertos.com.br

UNAIDS e outras agências da ONU: Pela criminalização da homofobia no Brasil

UNAIDS e outras agências da ONU no Brasil recomendam em carta à Presidenta Dilma que Governo criminalize homofobia





17 de outubro de 2012 · Comunicados


O Grupo Temático Ampliado sobre HIV/AIDS no Brasil (GT/UNAIDS), em conjunto com parceiros nacionais e internacionais, encaminhou ontem (16) uma carta para a Presidenta Dilma Rousseff e outras autoridades, solicitando prioridade para o enfrentamento da violência e da discriminação por orientação sexual e identidade de gênero.

A carta é assinada pelos membros do GT/UNAIDS – formado por ACNUR, OIT, ONU Mulheres, OPAS/OMS, PNUD, UNAIDS, UNESCO, UNFPA, UNICEF, UNODC, além do Ministério da Saúde, Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids (RNP+ Brasil), entre outros –, que alertam para a desproporção com que a epidemia de Aids no Brasil afeta a população de homens que fazem sexo com homens. No documento, o GT/UNAIDS afirma que a prevalência do HIV nesse grupo é superior a 10% comparativamente àquela observada na população geral – 0,6%.

O texto, assinado por quase trinta instituições e profissionais, também foi encaminhado a outras autoridades do Governo brasileiro e faz recomendações aos Poderes Legislativo e Judiciário.

Ao Congresso Nacional é pedido maior agilidade no tramite do Projeto de Lei n.122/2006, que altera a lei que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor e dá nova redação ao Código Penal e ao artigo 5° da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). Nesta quinta-feira (18), o Projeto completa um mês à espera da definição de um relator.

As agências também apontam para a necessidade de o Poder Executivo garantir o fomento a linhas de pesquisa sobre a população LGBT no Brasil, para orientar a implantação de políticas públicas adequadas. E para o Poder Judiciário o GT/UNAIDS faz um apelo para que sejam ampliados os esforços de investigação e punição dos crimes de caráter homofóbico.

A íntegra do documento pode ser acessada em http://bit.ly/GT-UNAIDS_Carta

Acesse o Projeto de Lei n.122/2006 em http://bit.ly/S3VuNg
Saiba mais sobre o GT/UNAIDS em www.onu.org.br/onu-no-brasil/unaids

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PLC 122/06 não foi anexado à proposta de reforma do Código Penal

Mais de cem projetos foram anexados à proposta de reforma do Código Penal


Por Augusto Castro e Paola Lima






A Comissão Especial de senadores que analisa o projeto de reforma do Código Penal Brasileiro (PLS 236/2012), proposto por um grupo de juristas, ganhou tarefa adicional. Os senadores vão analisar 101 outros projetos de lei que tramitavam no Senado e que foram anexados à proposta de reforma do Código.
 
A medida está prevista no Regimento Interno do Senado. Tão logo é protocolado na Casa um projeto de reforma de código, todas as matérias relacionadas a esse código passam a tramitar em conjunto com ele.
Entre os projetos que passam a ser analisados juntamente com a proposta de reforma do Código Penal está o PLS 232/2012, de iniciativa do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que aumenta as penas para condenados por fraudes em concursos e exames públicos. Atualmente, a lei prevê para esses casos reclusão de um a quatro anos e multa. Pela proposta, passaria a reclusão de dois a seis anos e multa. O projeto estava em discussão na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
 
Também na CCJ estava o PLS 310/1999, que aumenta o tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade. O mais antigo dos projetos apensados à proposta do novo Código Penal eleva de 30 para 60 anos a pena máxima de prisão no Brasil. De autoria do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), a matéria estava sob relatoria de Aloysio Nunes (PSDB-SP) e já havia recebido emendas baixando o limite máximo para 50 anos de reclusão. Na hipótese de o condenado ter mais de 50 anos no início do cumprimento da pena, esta não poderá ser superior a 30 anos.
 
Mais trabalho
 
Apesar do aumento no volume de trabalho, o presidente da comissão que analisa o projeto do novo Código Penal, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), está confiante. Ele explicou que as matérias serão agrupadas por assunto, anexadas quando convergirem com o código e incorporadas, ou não, quando trouxerem sugestões diferentes das propostas apresentadas pelos juristas. Eunício também não está preocupado com o tempo a mais que o apensamento dessas propostas poderá exigir da comissão.
- Não podemos fazer nada de forma açodada. Nosso Código Penal tem 70 anos, é composto de mais de 120 leis e sua revisão vai disciplinar a convivência entre pessoas. Isso não pode ser definido em 70 dias – enfatizou, lembrando que a comissão, que teve esta semana o prazo de conclusão dos trabalhos prorrogado para o início de novembro, pode ter essa data prorrogada outras três vezes.
 
Tramitação independente
 
Mesmo tratando de alterações no Código Penal, no entanto, oito projetos de lei ficaram de fora do apensamento ao PLS 236/2012. Em comum eles têm o fato de que alteram ou acrescentam artigos não somente do Código Penal, mas também de outras normas jurídicas que não estão sob análise da Comissão Especial. É o caso, por exemplo, do Projeto de Lei da Câmara 122/2006, que criminaliza a homofobia.
 
Uma das proposições mais polêmicas que passaram pela Casa, o PLC 122/06, mais conhecido como a lei anti-homofobia, altera o Código Penal para incluir orientação sexual no rol de discriminações criminosas como cor de pele, etnia, origem nacional ou religião. A proposta faz alterações semelhantes também na Lei do Racismo (Lei 7.716/1989) e na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
 
O projeto está em discussão na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), sob relatoria da senadora Marta Suplicy (PT-SP). A relatora trabalha para conseguir um relatório de consenso entre os senadores, que atendam militantes do movimento LGBT e evangélicos. Os dois segmentos têm tido atuação apaixonada no caso. Os militantes pelos direitos LGBT lutam para acabar com os constantes episódios de violência com motivações homofóbica.
 
Outra proposta desapensada da reforma do Código Penal é o Projeto de Lei do Senado 38/2012, de autoria do senador José Sarney (PMDB-AP). O texto propõe um endurecimento das leis que tratam de homicídio, tipificando homicídio simples como crime hediondo e igualando-o ao homicídio qualificado ou praticado por grupo de extermínio.
 
A proposição altera o Código Penal e a Lei de Execução Penal (Lei 7.210/84) e aumenta automaticamente o limite de cumprimento da pena no regime fechado necessário para que presos tenham direito aos benefícios, como regime semiaberto, liberdade condicional, prisão domiciliar. O projeto trata também do aumento das penas para homicidas. O homicídio simples, que atualmente tem pena de seis a 20 anos, passaria a ter de pena de reclusão, de oito a 24 anos. Já a o homicídio culposo, que hoje tem pena de detenção, de um a três anos, passaria a pena de reclusão, de dois a cinco anos.
 
O PLS 38/2012 está pronto para ser votado na CCJ, onde já recebeu voto favorável do relator, Flexa Ribeiro (PSDB-PA).
 
Também terão tramitação independente da reforma do Código os PLSs 404/2008, de autoria do ex-senador Renato Casagrande, e 176/2009, de autoria do ex-senador Artur Virgílio, que transformam em o crime o “trote vexatório” em instituições de ensino, inclusive academias militares; e os PLSs 177/2009, 660/2011 e 111/2012.
 
Enviado por:
Thiago G. Viana

Advogado

Presiddente do Conselho Jurídico da Liga Humanista Secular do Brasil - LiHS
Twitter: https://twitter.com/#!/Thiago_Fiago

Blog: http://frutoproibido.ligahumanista.org/


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COMENTÁRIO DO DR. JORGE MARCOS FREITAS
(VIA E-MAIL)


A decisão de desapartar o PLC122/2006 do PLS236/2012 – Reforma Código Penal - foi uma decisão técnica.

O regimento interno do Senado art. 374, que trata da reforma de código d elei, estabelece no inciso II que serão a ela apensados todas as matérias que tratem de alteração no código.

O PLC 122/2006, embora pretenda alterar dispositivos do Código Penal, também se propõe a alterar outros dispositivos de lei, por exemplo, a Lei do racismo e a CLT, institutos que não estão sendo objeto da Comissão Especial.

O PLC 122/2006 seguirá sua tramitação regular, sem qualquer prejuízo. Ao contrário, poderemos atacar a questão das condutas homofóbicas em duas frentes, quais sejam: no PLC122 e na PLS 236.

Aquele que for aprovado em primeiro prejudica o remanescente naquilo que for coincidente, por isso a desapensação.

Imaginem o PLSS236 aprovado, restaria pendente no PLC 122 as modificações que tratam da lei do racismo e da CLT.

Evidentemente que o texto contido na proposta do projeto de reforma pode não agradar, neste caso há a possibilidade de emendamento.

Politicamente ambas as propostas são objeto de rejeição dos fundamentalistas, mas considero que tenhamos maior possibilidade de aprovar a criminalização da homofobia, via PLS236, afinal, cai por terra o argumento da inconstitucionalidade, que verdade nunca existiu, muito usado pelos religiosos, pois uma comissão de notáveis, presidida por um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, não iria propor ao Senado uma projeto de lei com vício de inconstitucionalidade.

A senadora Marta está atenta a ambos os movimentos, inclusive estudando a possibilidade de apresentar emendas, sendo que já estou determianndo pela senadora, AA acolher as sugestões que forem enviadas até o final de setembro.

Grande abraço;

Jorge Marcos

Homofobia na Baixada Fluminense

Morte de gays alerta a Baixada

Fonte: Jornal O Dia


Assassinato de dois homossexuais em cinco dias em Nova Iguaçu mobiliza entidades


Rio - As entidades LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis) que defendem os direitos dos homossexuais estão em estado de alerta na Baixada Fluminense.
Eles apontam um aumento na frequência de casos de homofobia em Nova Iguaçu. Foram registrados dois assassinatos em menos de cinco dias na cidade.
 
A primeira vítima, Carlos Oliveira Machado, conhecido como Carlitos, de 45 anos, foi assassinado a tiros no dia 15 de julho, no bairro do Cabuçu. Já Manuel Germano, de 25 anos, foi encontrado morto a pauladas e com marcas de tiros, em Marapicu, quatro dias depois.

 

Manuel e Carlitos eram homossexuais assumidos
e parentes acreditam que eles foram mortos por preconceito 
Foto: Reproduções
 

Carlitos trabalhava como cozinheiro e, segundo relatos de amigos, era muito querido em Cabuçu, onde morava. A outra vítima, Manuel Germano, estava em casa e foi chamado no portão por um grupo, que o espancou.
 
Entidades LGBT afirmam que os dois casos foram registrados pela 56ª DP (Comendador Soares) e que os autores ainda não foram identificados. Em comum, as duas vítimas tinham apenas o fato de serem homossexuais assumidos e morarem em Nova Iguaçu.
 
A polícia investiga e os grupos gays da região acreditam que eles foram vítimas de criminosos homofóbicos que estariam agindo na cidade nos últimos anos.
 
É o que afirma o presidente do Grupo 28 de Junho e fundador do Movimento LGBT da cidade, Eugênio Ibiapino. Ele conta que também já foi agredido em Nova Iguaçu duas vezes. A última agressão aconteceu no dia 22 de janeiro do ano passado.
 
“Nunca se matou tanto homossexual no Brasil por causa de preconceito e ódio como agora. É preciso tomar uma providência rapidamente contra essa violência”, diz. Ibiapino pede com urgência a criação de um centro de referência para homossexuais na cidade.
 
Em dois anos, 16 gays mortos na região
 
Nesta sexta-feira, o coordenador do Rio Sem Homofobia do Governo do Estado, Claúdio Nascimento, anunciou que Nova Iguaçu vai ganhar um Centro de Referência até dezembro.

Nascimento também confirmou que a situação da Baixada é preocupante e que o Estado está em alerta. “Muitos presenciam agressões e não denunciam”, comentou.
 
Segundo ele, no período de 1º de junho de 2009 a 30 de setembro de 2011, 16 homossexuais morreram na Baixada. Foram registradas 167 ocorrências homofóbicas na região.
 
O coordenador lembra que muitos gays e famílias não admitem a homossexualidade na hora de registrar crimes.

Reportagem de Diego Valdevino

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

Até quando essa cambada de homofóbicos que vive aterrorizando a sociedade vai continuar agindo? Digo aterrorizando a sociedade, porque para cada LGBT assassinado, existe uma mãe, um pai, um irmão, uma irmã, às vezes até filhos que ficam devastados emocionalmente e socialmente desamparados.

Cada gay, lésbica, bissexual ou transgênero, seja travesti ou transexual, que perde a vida por causa de ataques homofóbicos deixa uma lacuna importante na sociedade. Porém, muito mais do que o valor 'funcional' do indivíduo no esquema da engrenagem social, estamos falando de vida humana - valor incontestável e inestimável.

Nós, LGBT, somos seres humanos que - como qualquer outro - temos direito à vida, à afetividade, à privacidade, à interações sociais sem qualquer forma de discriminação, além de outros direitos humanos que também são reconhecidos pela Constituição brasileira.

Até quando vai haver gente vociferando contra as pessoas homoafetivas e/ou transgêneras impunemente. Até quando serão ignorados pelos bons e justos esses discursos de ódio propagados por políticos mal-intencionados ou líderes religiosos ávidos por popularidade, dinheiro e poder político?

Até quando a presidentA do Brasil, a Exma. Sra. Dilma Rousseff vai continuar ignorando as necessidades da população LGBT? Muito dessa homofobia poderia ser cortada pela raiz com ações simples, tais como: educação inclusiva que celebre a diversidade sexual e de gênero; criminalização da homofobia; e casamento igualitário.

Alguns podem dizer: "Ah, mas isso não é trabalho da presidenta; é do Legislativo". Eu respondo: Esse argumento só é válido até certo ponto. E explico:

Quem foi que vetou o projeto Escola sem Homofobia para agradar à meia-dúzia de homofóbicos no Congresso e no Senado? A resposta é: a presidenta Dilma Rousseff.

Quem foi que tentou justificar essa estupidez com outra, dizendo que "o governo não fará propaganda de opção sexual"? A resposta é Dilma Rousseff.

Aqui ela errou pelo menos duas vezes:

1º erro: Dizer que não fará 'propaganda...'.
O governo não está fazendo propaganda de nada quando trabalha para que a educação cumpra efetivamente seu papel socializador. Estimular a boa convivência e a amizade entre os alunos LGBT e os demais é levar a socialização do alunado ao patamar que se espera: respeito e cooperação sem preconceito. Isso, portanto, não é propaganda de coisa alguma.

2º erro: Chamar orientação sexual de opção.
Dizer que a sexualidade, seja ela homo ou hetero, é uma 'opção' demonstra ignorância sobre o tema ou má-vontade para com as pessoas cuja sexualidade não se encaixa no minúsculo padrão heteronormativo. Será que a presidenta pensa que a sexualidade do indivíduo é definida a partir de um menu de opções do tipo atendimento automático em certas operadores de telemarketing? Coisa tipo: "Para ser heterossexual, tecle 2; para ser homossexual, tecle 3; para ser bissexual, tecle 4; para ser transgênero, tecle 5. Para falar com um de nossos operadores, tecle 9."

Esse disparate da presidenta é tão ridículo que dispensa explicações.

Outra coisa, quem é que 'dá um boi' para jamais mencionar a sigla LGBT ou as palavras 'gay', 'lésbica', 'bissexual', 'transgênero' em seus discursos, mesmo diante do assustador crescimento dos crimes de homofobia no Brasil? É papel da presidentA se dirigir a essa parcela vulnerável da população também. Ela poderia aprender alguma coisa sobre isso com Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, ou com as diversas autoridades holandesas, cujas entrevistas e discursos, por ocasião do Canal Parade (Orgulho LGBT com desfile de barcos nos canais de Amsterdã), eu publiquei aqui mesmo nesse blog.

Algumas pessoas podem dizer que o que acontece na Baixada Fluminense é da competência do Estado do Rio de Janeiro, mas ela não é presidenta do Brasil todo? A Baixada Fluminense não é parte do território brasileiro? O governo federal não arrecada uma gorda parcela de impostos oriundos da Baixada Fluminense, inclusive dos bolsos de cidadãos LGBT? Onde está o Estado, com sua instância federal de poder, agora que esses mesmos cidadãos precisam de proteção para a preservação da própria vida?

Além disso, crimes de homofobia não são exclusividade da Baixada Fluminense. Eles estão ocorrendo em diversos estados da federação, nas cinco regiões do país. E esse ódio, volto a dizer, é abastecido por conservadores mau-caráter, tanto políticos como religiosos. Eles são os mesmos que desrespeitam outras minorias, tais como os seguidores de religiões afro-brasileiras, os ateus, os negros, as mulheres, etc.

Aproveito para ressaltar que o conceito de minoria do ponto de vista das ciências humanas não é quantitativo. Ele leva em conta diversos fatores, sendo o principal deles a vulnerabilidade social, política e econômica desses grupos humanos.

Chega de derramamento de sangue inocente!

Chega de discursos de ódio propagados por mentes que beiram à loucura.

Chega de omissão por parte do governo eleito e muito bem pago para administrar o país e transformar em concretude aquilo que é - teoricamente - da responsabilidade do Estado. E esse Estado é laico, a despeito das convicções dos governantes. É um Estado laico e pluralista. Portanto, deve contemplar toda a diversidade sexual, de gênero, étnica, cultural, regional, e outras sem qualquer ressalva ou juízo de valor. Isso é igualmente válido para os imigrantes que aqui vieram buscar abrigo. E não só abrigo, mas possibilidades de subsistência e crescimento - o que, se bem conduzido pelo governo, pode redundar em crescimento para todo o país.

ACORDA DILMA!

O BRASIL É OU NÃO É UM PAÍS DE TODOS?

NÃO É A PROPAGANDA PAGA PELO SEU GOVERNO QUE DIZ QUE 'UM PAÍS RICO É UM PAÍS SEM MISÉRIA?'

QUE MISÉRIA PODE SER PIOR DO QUE ESSA MISÉRIA INTELECTUAL QUE ABASTECE O PRECONCEITO?

PRESIDENTA DILMA ROUSSEFF, PAÍS JUSTO E DESENVOLVIDO É PAÍS SEM HOMOFOBIA!

Para quem quiser ver o que significa governo e sociedade atuando para garantir uma sociedade pluralista, sugiro uma espiada na cidade de Amsterdam.

Bancada evangélica dificulta reformas na lei

Foto: Internet


Bancada evangélica combate a criminalização da homofobia e dificulta reformas na lei



Por: Redação da Rede Brasil Atual
Publicado em 08/08/2012, 09:45


São Paulo – A proposta de reforma do Código Penal, em tramitação no Congresso Nacional, tem caráter pedagógico ao indicar que a homofobia deve virar crime e ao ampliar a punição nos casos de discriminação. Essa é a afirmação da desembargadora aposentada e presidente da Comissão da Diversidade Sexual da OAB Federal, Berenice Dias, ao apontar a sua preocupação com as ações de bancadas evangélicas, que usam princípios religiosos contra os direitos da comunidade LGBT.
 
Segundo Berenice, o fundamentalismo religioso é um dos grandes empecilhos. “As formas de manter e ampliar as bases evangélicas no poder tem tomado conta do Congresso Nacional e dificultado avanços”, afirmou. Em sua atuação, ela defendeu não apenas mudanças no Código Penal, como o anteprojeto elaborado pela OAB e de iniciativa popular, que apresentou de maneira detalhada os crimes homofóbicos a serem punidos.
 
O preconceito contra a comunidade LGBT na legislação atual não é estabelecido diretamente como crime. Com o novo Código Penal, a homofobia seria considerada como crime imprescritível e inafiançável. As penas por homicídio, lesão corporal, tortura e injúria seriam aumentadas.
 
Segundo o presidente Toni Reis, da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), a criminalização e a educação são as principais estratégias para combater a homofobia. “São lutas que envolvem cultura, valores e, no nosso caso, inclusive o fundamentalismo religioso. Esperamos que essa lei seja aprovada para que possamos viver com maior paz, sendo respeitados como cidadãos”, disse.
 
Nos últimos 20 anos, a comunidade LGBT soma 3.744 assassinatos bárbaros. No ano passado, o disque 100 registrou quase sete mil denúncias de violação de direitos humanos.

ABGLT vai ao STF com Mandado de Injunção




ABGLT vai ao STF com Mandado de Injunção que visa o reconhecimento do dever constitucional do Congresso Nacional criminalizar a homofobia e a transfobia (mandado de injunção nº 4733).

A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) é uma entidade de abrangência nacional, fundada em 1995, que atualmente congrega 257 organizações congêneres e tem como objetivo a defesa e promoção da cidadania desses segmentos da população. A ABGLT também é atuante internacionalmente e tem status consultivo junto ao Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas. A missão da ABGLT é promover ações em prol da cidadania e os direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), contribuindo para a construção de uma sociedade democrática, na qual nenhuma pessoa seja submetida a quaisquer formas de discriminação, coerção e violência, em razão de suas orientações sexuais e identidades de gênero.

A ABGLT propôs mandado de injunção perante o Supremo Tribunal Federal, no qual pleiteia o reconhecimento do dever constitucional do Congresso Nacional em criminalizar a homofobia e a transfobia.

Passamos, assim, a explicar os motivos que justificaram a propositura da presente ação – sendo que todas as explicações técnico-jurídicas sobre as teses que a fundamentam e sobre a necessidade da criminalização aqui pretendida são explicadas pelo advogado constitucionalista Paulo Iotti, que assina a ação em nome da ABGLT, em artigo constante do seguinte link:http://pauloriv71.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=171&action=edit&message=6&postpost=v2 (que traz, no seu segundo parágrafo, link que leva à íntegra da petição inicial – e quem pretender nos criticar tem o dever ético de, no mínimo, ler a íntegra da ação para entender suas teses).

A violência e a discriminação contra pessoas LGBT em geral está aumentando absurdamente ano após ano. Os relatórios anuais do GGB – Grupo Gay da Bahia mostram que o índice de assassinatos cometidos por homofobia (crimes de ódio homofóbico) está em linha ascendente. A criminalização da homofobia e da transfobia, assim, mostra-se absolutamente necessária.

Contudo, o Congresso Nacional está assolado por uma bancada que, ao colocar suas convicções religiosas-fundamentalistas acima da Constituição (que consagra um Estado Laico, que não pode ser influenciado por motivações religiosas), opõe-se ferozmente tanto ao reconhecimento de direitos civis básicos à população LGBT quanto à criminalização da homofobia e da transfobia. Sequer reconhecer direitos previdenciários ou a entidade familiar formada por casais homoafetivos, o que é uma decorrência lógica da histórica decisão do STF de 05 de Maio de 2011 (ADPF 132 e ADI 4277), o Congresso Nacional tem se mostrado propenso a fazer – ao contrário, há projetos que pretendem "derrubar" ganhos conseguidos na via judicial...

Assim, essa situação de elevadíssima violência, ofensas e discriminações contra pessoas LGBT, que Paulo Iotti chama (parafraseando Hannah Arendt) de banalidade do mal homofóbico, demonstra que temos direitos fundamentais das pessoas LGBT já consagrados na Constituição e que demandam proteção pelo Supremo Tribunal Federal. Os direitos fundamentais à livre orientação sexual e à livre identidade de gênero, bem como o direito fundamental à segurança (art. 5º, caput) e à tolerância (art. 3º, inc. IV) da população LGBT estão inviabilizados nos dias de hoje, já que as pessoas LGBT estão com medo de serem reconhecidas como tais por medo de serem agredidas, ofendidas e/ou discriminadas por sua mera orientação sexual ou identidade de gênero (pessoas LGBT têm medo de andarem na Avenida Paulista, a avenida mais cosmopolita da mais cosmopolita de nossas capitais). Aliás, até mesmo heterossexuais estão sofrendo os efeitos nefastos da homofobia – basta lembrar do caso de pai e filho que foram agredidos no ano passado e o pai perdeu parte da orelha porque foram confundidos com um casal homoafetivo pelo simples fato de estarem abraçados... esse é o nível absurdo a que chega a homofobia hoje: basta estar abraçado com outro homem que isto é visto por homofóbicos como algo "inadmissível" e "passível" de agressões...

Por outro lado, como explicado na ação com base na lição de Luiz Carlos dos Santos Gonçalves (atual relator da Comissão de Juristas responsável pela elaboração de anteprojeto para o novo Código Penal), a criminalização de condutas, quando constitucionalmente obrigatória, torna-se pressuposto da cidadania, e o dispositivo constitucional relativo ao mandado de injunção diz que ele será concedido quando a ausência de norma regulamentadora (no caso, da punição criminal à homofobia e à transfobia) torne inviável o exercício de direitos ou liberdades constitucionais ou, ainda, de pressupostos inerentes à cidadania. Logo, plenamente cabível o mandado de injunção.

Como dito, o artigo jurídico de Paulo Iotti traz a explicação técnico-jurídica sobre os fundamentos da ação – que englobam desde o cabimento do mandado de injunção para criminalização de condutas com base no texto constitucional, a legitimidade ativa da ABGLT, as ordens constitucionais de criminalizar condutas que obrigam o Congresso Nacional a criminalizar de forma específica a homofobia e a transfobia e os pedidos da ação (sua criminalização como espécies do gênero racismo, entendido pelo STF como toda ideologia que pregue a inferioridade de um grupo relativamente a outro, como elas fazem com pessoas LGBT relativamente a heterossexuais que se identificam com seu sexo biológico, ou no mínimo como discriminações atentatórias a direitos e liberdades fundamentais; declaração de mora inconstitucional do Congresso em efetivar tal criminalização – que é o reconhecimento de que ele está atrasado, pois já deveria tê-la efetivado; fixação de prazo razoável para o Congresso aprovar a lei de criminalização da homofobia e da transfobia; exercício de função legislativa atípica pelo STF caso o Congresso não cumpra a decisão do Tribunal como ele fez quando regulamentou a greve dos servidores públicos civis (MI 670, 708, 712) ou a aposentadoria especial de pessoas com deficiência (MI 721); e, ainda, reconhecimento da responsabilidade civil do Estado Brasileiro em indenizar vítimas de homofobia e transfobia enquanto não se efetiva tal criminalização). Assim, remetemos o leitor ao link acima citado para entender a síntese das teses que justificam a ação e, ainda, para ter acesso ao link que leva à íntegra da petição inicial.

Com essa ação, pretendemos primordialmente o reconhecimento, pelo STF, de que o Congresso Nacional tem o dever constitucional de criminalizar a homofobia e a transfobia de forma específica, no sentido de que da mesma forma que as criminalizações genéricas do Código Penal de 1940 não são suficientes para coibir o racismo contra negros, não o são para coibir o racismo homofóbico e transfóbico – inclusive em razão de Resoluções Internacionais da ONU e da OEA, que vêm exigindo medidas específicas para proteção dos LGBT. Ou seja, a ABGLT espera que o Supremo Tribunal Federal reconheça o dever constitucional do Congresso Nacional em criminalizar de forma específica a homofobia e a transfobia. Se o STF julgar o mérito da ação, entendemos que a procedência desse pedido é inquestionável. Embora também acreditemos na sua procedência, reconhecemos que os demais pedidos provavelmente gerarão polêmica na comunidade jurídica, mas este primeiro nos parece inquestionavelmente procedente.

É importante destacar que a ABGLT não considera que o STF seja a panaceia para todos os males. Acreditamos nos fundamentos constitucionais apresentados por Paulo Iotti na referida ação e, portanto, acreditamos que a nossa Constituição Cidadã de 1988 demanda pela proteção penal das cidadãs e dos cidadãos LGBT, já que a mesma proíbe a proteção deficiente de cidadãs e cidadãos por força do princípio da proporcionalidade, que é notório entre os juristas – logo, acreditamos que a Constituição exige uma proteção eficiente também da população LGBT, o que demanda pela punição da homofobia e da transfobia pelo Direito Penal na medida em que as leis administrativas estaduais e municipais hoje existentes não têm se mostrado suficientes para proteger as pessoas LGBT no Brasil mediante as penas (administrativas) que impõem a tais condutas (como advertências, multas, suspensões e cassações de licenças empresariais de funcionamento). Assim, entendemos que a própria ideologia do Direito Penal Mínimo justifica a criminalização específica da homofobia e da transfobia, pois temos aqui o que ela chama de bens jurídicos relevantes (os citados direitos fundamentais à livre orientação sexual, livre identidade de gênero, segurança e tolerância) e a ineficácia dos demais ramos do Direito para protegê-los.

Assim, a ABGLT tem a certeza de que está atuando a favor da democracia e da cidadania em geral com esta demanda, pois, como se sabe, não se pode dizer que o Estado respeita os direitos humanos enquanto uma pessoa ainda tiver seus direitos humanos violados, como ainda lamentavelmente ocorre com a população LGBT na atualidade.


https://www.abglt.org/


Informações adicionais:

Toni Reis (presidencia@abglt.org.br); celulares: 41 9602 8906 / 61 8181 2196), presidente da ABGLT, e Carlos Magno, Secretário de Comunicação da ABGLT (31 8817 1170) ficam à disposição para maiores esclarecimentos sobre os aspectos políticos da ação – e Paulo Iotti, advogado que a elaborou e assinou, fica igualmente à disposição para maiores esclarecimentos sobre os aspectos jurídicos da mesma (pauloriv71@abglt.org.br).

Três Coisas que Malafaia Não Responde...

Programa Vitória em Cristo, sábado, 07 de abril de 2012


Três coisas que Malafaia não responde:

1. Por que ele gasta milhões em horário de TV para perseguir os homossexuais se a mensagem que ele alega pregar é a do evangelho, e o evangelho não tem uma só palavra contra os homossexuais?

2. De que maneira o reconhecimento pleno da cidadania de pessoas LGBT pode impedir o trabalho da igreja, seja ela qual for? Diversos países do mundo reconhecem os direitos LGBT e as igrejas continuam funcionando como sempre funcionaram.

3. Que razão legitimamente política, jurídica, filosófica ele apresenta (nunca apresentou!) para dizer que uma lei que criminalize a homofobia é menos válida do que uma lei que criminalize o racismo, a discriminação contra a mulher, contra o idoso, etc? Se dizer apenas 'não matarás' fosse suficiente, não teríamos um denso código penal. Além disso, homofobia não é só matar, mas discriminar, humilhar, ridicularizar, demitir, impedir acesso, recusar serviço, etc., com base em orientação sexual ou identidade de gênero.

Nada disso, Silas Malafaia explicou no meio da cortina de fumaça que ele criou contra Toni Reis, ABGLT e Ministério Público. Felizmente, a Justiça desse país não se ilude com aquela papagaiada (ou malafaiada) do programa 'Vitória em Cristo', que deveria ser - se considerado sob os princípios cristãos mais elevados - 'Vergonha para Cristo'.

Firme, Toni! Siga firme.

Vale para Mott e todos os outros militantes que corajosamente têm enfrentado essa ala de conservadores da morte.

Sergio Viula





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Assassinatos de homossexuais batem recorde em 2012



Assassinatos de homossexuais batem recorde em 2011, diz entidade

AGUIRRE TALENTO
DE BELÉM

Folha de São Paulo
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2012/04/1071307-assassinatos-de-homossexuais-batem-recorde-em-2011-diz-entidade.shtml

O número de assassinatos de homossexuais no Brasil atingiu o ápice em 2011, chegando a 266, segundo o GGB (Grupo Gay da Bahia), que acompanha os casos desde a década de 1970.

Houve crescimento pelo sexto ano consecutivo e, de acordo com a entidade, 2012 deve registrar novo recorde. Isso porque, nos três primeiros meses deste ano, já houve 106 assassinatos.

Os dados divulgados pelo GGB se baseiam em notícias sobre os crimes veiculadas em jornais e na internet.

Para o antropólogo Luiz Mott, fundador da entidade, o número real de mortes deve ser maior. Mott criticou o governo federal por não criar um banco de dados específico sobre crimes contra gays. "Esse banco de dados estava previsto desde o Plano Nacional de Direitos Humanos 2, de 2002. Nem Lula nem Dilma cumpriram essa obrigação", disse.

De acordo com o relatório, a maior parte dos assassinatos foi contra gays (60%), seguido de travestis (37%) e lésbicas (3%).

"A maior visibilidade dos homossexuais --estimulados pelas paradas gays e pela presença de personagens gays e travestis em novelas-- provoca maior agressividade dos homófobos", disse Mott.

Os Estados com mais mortes foram Bahia (28), Pernambuco (25) e São Paulo (24).

Para o GGB, 99% desses homicídios têm relação com homofobia. Segundo o antropólogo, há também uma "homofobia cultural, que expulsa as travestis para a margem da sociedade, onde a violência é mais endêmica" e uma "homofobia institucional, quando o governo não garante a segurança dos espaços frequentados pela comunidade LGBT".

Em 2010, 260 homossexuais foram mortos. As estatísticas começaram a subir a partir de 2006, quando foram registrados 112 assassinatos.

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ONU pede Chile aprovação de lei contra a discriminação sexual

Foto: Internet



ONU pede a Chile aprovação de lei contra a discriminação sexual


O pedido da Organização das Nações Unidas (ONU) foi feito após a morte de Daniel Zamudio. Se trata de um jovem chileno que foi espancado por supostos neonazistas por ser homossexual.

Rupert Colville afirmou que a entidade rechaça “o violento ato criminoso que custou a vida” do jovem chileno. Ele falou em nome de Navi Pillay, Alta Comissionada da ONU para os Direitos Humanos. Por este motivo, destacou que o Congresso chileno deve sancionar com urgência uma lei contra a discriminação por razões de gênero.

De acordo com padrões internacionais, esta nova norma deve estabelecer que a incitação ao ódio por motivos de orientação sexual e identidade de gênero constitui agravante para processos penais.

Além disso, Colville ressaltou que uma lei desse tipo está pendente de aprovação na Câmara de Deputados do Congresso do Chile desde 2005. Ele afirmou que o caso do jovem assassinado mostra a gravidade e prevalência da homofobia. Expressou ainda que o aconteceu no Chile se replica em diversas partes do mundo.

Daniel Zamunio morreu na semana passada após ficar 25 dias em coma no hospital. Ele, que tinha 24 anos, foi espancado por um grupo de supostos neonazistas. O motivo do ataque seria o fato de Daniel ser homossexual.

Daniel foi atacado no dia 3 de março. Os agressores bateram na cabeça do jovem e o queimaram com cigarros. Também marcaram seu corpo com símbolos nazistas. Depois da morte do jovem, organizações sociais exigem que o governo do Chile agilize o projeto de lei contra a discriminação sexual.

Fonte: Agência Pulsar


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Você pensou a mesma coisa que eu?

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Sul-africanos que assassinaram lésbica pegam 18 anos de cadeia




Sul-africanos são condenados a 18 anos de prisão por morte de lésbica


Publicado pela BBC Brasil 
em 1 de fevereiro, 2012 


Quatro sul-africanos foram condenados a 18 anos de prisão pelo assassinato de uma lésbica de 19 anos. Em 2006, a jovem Zoliswa Nkonyana foi apedrejada e esfaqueada até a morte perto de sua casa na Cidade de Cabo, na África do Sul.

Ao proferir a sentença, o juiz, Raadiyah Wathen, afirmou que a longa pena é um alerta de que violência baseada em discriminação por orientação sexual não será tolerada no país.

O tribunal entendeu que os homens assassinaram a jovem porque ela vivia abertamente como homossexual. A setença foi comemorada por ativistas do lado de fora do tribunal.


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


PresidentAAA Dilma, por que a senhora não faz um curso intensivo sobre direitos civis da população LGBT e criminalização da homofobia na África do Sul? Quem sabe assim nosso subdesenvolvido Legislativo - no que diz respeito ao tema - funcionaria melhor? Afinal, se a senhora mesma não fizesse vista grossa para os disparates da Câmara e do Senado, esse assunto já estaria resolvido.

A senhora mesma, PresidentAAA, poderia aprender muito com os herdeiros de Nelson Mandela, e parar de vetar iniciativas governamentais que promovam a igualdade, como a senhora fez com o Projeto Escola sem Homofobia (2011) e - esta semana - com a vinheta que recomendava o uso da camisinha entre homens gays, às vésperas do carnaval 2012.

Brasileiros e brasileiras LGBT e heterossexuais conscientes, não perdoem a conivência governamental com o assassinato motivado por homofobia, o bullying homofóbico nas escolas, a discriminação de LGBT em TV aberta - promovida por alguns políticos e por religiosos fundamentalistas -, os vetos a projetos de lei que promovam a cidadania LGBT, etc. Não esqueçam dessas coisas e das pessoas que apoiam tais atrocidades positivamente ou que simplesmente se calam diante delas. As urnas em breve estarão abertas aos seus votos. Escolham candidatos que não temam promover a igualdade de todos os brasileiros, sem qualquer exceção.

NOVE ANOS de mandato presidencial nas mãos do PT (Lula e Dilma - 2012) e os crimes de homofobia continuam sem legislação que viabilize a devida punição dos culpados. Muitos crimes teriam sido evitados se os criminosos tivessem certeza de que iriam para a cada por muitos anos. Cada novo crime entra na conta da omissão governamental.

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