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Travesti agredida por policiais em Alagoas

 
Violência policial transfóbica


🚨 Violência policial e transfobia em Penedo: não vamos nos calar!

No último domingo, 16 de agosto, durante a Parada do Orgulho LGBT em Penedo, litoral norte de Alagoas, uma transexual foi brutalmente arrastada pelos cabelos por dois policiais militares. A agressão só chegou ao conhecimento das autoridades porque foi filmada e publicada na internet, causando revolta e comoção.

No vídeo, os PMs aparecem arrastando a vítima pelos cabelos e pelo chão, jogando-a no asfalto por duas vezes, antes de levá-la para a delegacia. A justificativa? Os policiais alegaram que ela estaria sem roupa, praticando atos obscenos e que teria desacatado a autoridade. Mas as imagens dizem outra coisa.

Em resposta, os dois policiais foram afastados das ruas e colocados para cumprir tarefas administrativas no quartel. A PM abriu sindicância e afirmou que vai apurar a atuação dos militares. O próprio coronel José Praxedes, comandante de Policiamento do Interior, reconheceu o absurdo da ação:

“Verificamos que houve excessos. Não é esse o procedimento indicado para a condução de presos. Queremos dar uma resposta rápida à sociedade, pois um policial não tem direito de fazer o que ele fez.”

Já o coordenador da Rede GLBT no Nordeste, Bizan Velô, declarou que vai levar o caso à Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República:

“Foi uma situação arbitrária: agredir um cidadão, independente dele ser transexual, que estava em um evento dele. Ali era um espaço GLTB. Vamos acionar a Secretaria para ver a situação desse caso.”


✍️ Comentário do blogueiro (revoltado):

Fiquei indignado. Irado mesmo. Quando vi na TV a cena daqueles policiais arrastando a travesti pelos cabelos e roupas, senti nojo. Sim, nojo dessa corporação que, em vez de proteger, humilha. Como ela poderia estar nua se foi arrastada pelas roupas? E mesmo que estivesse — nada, absolutamente nada, justifica a violência.

O Brasil está acostumado a ver criminosos perigosos sendo presos sem um arranhão, sem espetáculo. Por que, então, uma travesti em plena Parada Gay é tratada como se fosse um animal? Só tem uma resposta: homofobia.

Se fosse uma mulher cisgênero, alguém acredita que ela seria arrastada pelos cabelos assim? Esses policiais não estavam promovendo segurança pública — estavam promovendo vergonha pública. Vergonha para a instituição que representam e para o país inteiro.

E agora? Colocá-los para cuidar de papelada no quartel? Isso é punição? Isso é quase conivência. Eles precisam de mais: precisam ser treinados para lidar com a comunidade LGBTQIAPN+ — e esse treinamento deve vir de pessoas LGBTQIAPN+ capacitadas. E se reincidirem, devem ser exonerados.

Não se pode confiar num policial que arrasta uma pessoa trans pelo cabelo em plena luz do dia, diante de uma multidão. Imagine o que ele faz na calada da noite, longe das câmeras.

Espero, com toda a força, que Bizan Velô leve esse caso até as últimas consequências. Isso não pode cair no esquecimento. E é exatamente para isso que temos líderes gays neste país: para exigir justiça quando tentam nos apagar!


🛑 Não há liberdade possível enquanto travestis, mulheres trans e homens trans forem tratados como inimigos do Estado.

Fora do Armário está de olho. Estamos de pé. E estamos na luta.

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