Mostrando postagens com marcador mães lésbicas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador mães lésbicas. Mostrar todas as postagens

Alta Corte de Israel: Pais LGBT têm que ser listados nas certidões de nascimento

Ambos os parceiros do mesmo sexo devem ser listados 
nas certidões de nascimento dos filhos que eles adotarem, 
determinou a Alta Corte de Justiça



Alta Corte de Israel determina que pais LGBT sejam listados em certidões de nascimento



Traduzido e adaptado por Sergio Viula
Texto original de Trudi Ring
para o site de The Advocate
em 13/12/18.
https://www.advocate.com/families/2018/12/13/israeli-high-court-lgbtq-parents-must-be-listed-birth-certificates



The Advocate, um dos maiores sites de notícias LGBT, publicou na última quinta-feira que a Alta Corte de Israel decidiu que parceiros do mesmo sexo devem ser listados nas certidões de nascimento das crianças que adotarem. A decisão dá isonomia jurídica à parentalidade dos casais, independentemente do gênero dos parceiros.

A decisão foi tomada por um painel de três juízes da Alta Corte de Justiça na quarta-feira (12/12/18) como resposta ao processo movido por um casal homoafetivo masculino que teve sua solicitação de inclusão de ambos como pais negada pelo Ministério do Interior de Israel.

Segundo os juízes, a inclusão de ambos na certidão de nascimento não apenas reconhece os pais juridicamente, mas está de acordo com o melhor interesse da criança.

De acordo com Hen Arieli, diretor do Aguda-Israel's LGBT Task Force, que apoiou o casal em seu processo, "é hora de acabar com a discriminação ilegítima contra nós. Nós continuaremos a lutar nas ruas, nas cortes e no Knesset [o parlamento de Israel] até que não sejamos mais cidadãos de segunda classe."

Casal lésbico ganha mais de 3 milhões de dólares depois que o filho reclamado pelos pais biológicos foi assassinado pelo pai

Casal lésbico ganha mais de 3 milhões de dólares depois que o filho foi reclamado pelos pais biológicos e assassinado pelo pai

O casal disse que o advogado agiu negligentemente em não suspender os direitos parentais dos pais biológicos


O casal pensava que estava começando uma família, 
mas os pais biológicos tinham outros planos.



23 de agosto de 2017
Por Joe Morgan
Gay Star News
https://www.gaystarnews.com/article/lesbian-couple-wins-3-25m-adopted-son-reclaimed-birth-parents-killed-father/#gs.fKO3tqU

Tradução: Sergio Viula



Um casal lésbico ganhou milhões de dólares depois que seu filho adotivo foi reclamado pelos pais biológicos e morto pelo pai.

Heidi e Rachel McFarland, do estado de Iowa, levaram o menino Gabriel, com quatro meses de nascido, do hospital para casa, acreditando que aquele seria o começo de sua família feliz.

Depois que o casal ajudou a cortar o cordão umbilical, elas passaram cada momento acordadas com Gabriel até que ele foi devolvido aos pais biológicos.

"Era como se ele soubesse instantaneamente", disse Rachel McFarland, "que nós éramos suas mães".

Mas apenas 11 dias antes que elas pudessem finalizar a adoção, a mãe do menino, uma garota de 16 anos chamada Markeya Atkins mudou de ideia sobre abrir mão do filho.


Pai biológico mata o bebê


Em Iowa, pais biológicos têm até três meses para mudarem de ideia sobre a concessão de um filho para adoção.

O pai da criança, Drew James Wheeler-Smith, com 17 anos, ficou encarregado de cuidar da criança enquanto a mãe biológica foi dar um errado a alguém.

Menos de uma hora mais tarde, em April 22, 2014, a mãe biológica de Gabriel voltou e encontrou o bebê inconsciente em sua cadeira. O menino tinha espuma branca em volta da boca e o pai havia sumido.

Um perito médico identificou mais tarde que Gabriel morreu de trauma craniano.




Rachel disse que quando elas descobriram, "Heide gritava, e eu olhei para a papelada e lá estava o endereço. Eu enviei uma mensagem de texto para Markeya e ela confirmou que havia sido ele.’

O pai, Weehler-Smith, agora com 20, foi considerado culpado por assassinato em segundo grau em 2015 e sentenciado a 50 anos de prisão, de acordo com o registro.

Mas o casal McFarland decidiu processar o advogado formal da mãe biológica, Jason Rieper, por negligência processual. O juri decidiu a favor delas.

O casal disse que o advogado agiu negligentemente em não suspender os direitos parentais dos pais biológicos. O advogado de Rieper, David R Brown, questionou essa caracterização.

O advogado disse que está desapontado com o veredito do juri. Ele alega que o julgamento focou sobre o envolvimento de Rieper no caso de adoção e não na morte ocorrida posteriormente.

"Você não pode controlar as emoções de uma mãe biológica de 16 anos", disse Brown à revista People.


Advogado julgado por ter agido negligentemente


"Eu acho que se tivesse forçado a barra e a pressionado a abrir mão de seus direitos", acrescentou eIe, "Eu acho que alguém poderia alegar que teria sido inapropriado".

Em 2014, Atkins disse que queria Gabriel de volta porque ela sentia que as McFarlands haviam se distanciado desde que o receberam. Ela tinha medo de que ele deixasse de ser parte de sua vida para sempre.

E ao mesmo tempo que o casal nunca esquecerá seu amor por Gabriel, a família delas está crescendo.

Rachel e Heidi foram abordadas por outra mulher grávida logo depois da morte de Gabriel, e elas adotaram um bebê chamado London.

Heidi também deu à luz uma outra filha recentemente, chamada Vienna.

Escócia: Adoções por casais do mesmo sexo dobra em três anos



Casais do mesmo sexo dobram número de adoções 
em apenas três anos na Escócia.



Por Sergio Viula
Com informações de
Jessica Glass (Pink News)
http://www.pinknews.co.uk/2017/08/23/scottish-same-sex-adoptions-double-in-three-years/


Os números revelados esse mês demonstram que as adoções por casais homoafetivos na Escócia dobraram entre 2013 e 2017, informa Jessica Glass no site Pink News.

Foram 97 adoções por casais homoafetivos na Escócia até agora, o que pode indicar que a centésima adoção poderá ser anunciada ainda esse ano. As estatísticas vêm da National Records Scotland, que identificou um aumento no índice de adoções homoparentais de 4,4 % em 2015 4,4% para 5,7% em 2016. Enquanto em 2012/2014, foram apenas 14 adoções homparentais, em 2015/2016, esse número chegou a 30.

Casais homoafetivos passaram a poder adotar na Escócia em 2009, seguindo legislação semelhante na Inglaterra e no País de Gales em 2005. A República da Irlanda também aprovou a adoção homoparental, só que em 2015, com o significativo placar de 20 votos a favor e apenas 2 contra no senado.

Estudo: Pais Adotivos Homossexuais Dão Ótimos Pais

Estudo: Pais Adotivos Homossexuais Dão Ótimos Pais


Traduzido por Sergio Viula
para o Blog Fora do Armário
Original aqui: https://www.theatlantic.com/health/archive/2012/10/study-gay-adoptive-parents-make-great-adoptive-parents/263893/




 
libertygrace0/Flickr


PROBLEMA: Devemos permitir que crianças em alto risco no sistema de apoio que precisam de lares e famílias amáveis sejam adotadas por casais homossexuais? A resposta rápida é "sim," mas é sempre bom ter o apoio da ciência.

METODOLOGIA: Este é o primeiro estudo a comparar crianças que são adotadas a partir do sistema de amparo (abrigos) por homens gays, mulheres lésbicas, e casais heterossexuais, e traçar seu progresso ao longo do tempo, explica o autor e líder do projeto Justin Lavner, um candidato a doutorado na UCLA (Universidade da Califórnia, Los Angeles). Os pesquisadores acompanharam 82 crianças no Condado de Los Angeles - 22 das quais foram adotadas por pais ou mães homossexuais, com a idade média de quatro anos - e avaliaram-nas depois de dois meses, um ano, e dois anos a contar de sua alocação nas famílias adotivas.

Enquanto os estudos prévios haviam sido feitos com crianças adotadas por pais gays ainda bebês, as crianças acompanhadas nesse estudo começaram com uma série de fatores biológicos e ambientais de risco já atuando contra elas - tais como nascimento prematuro, exposição a substância pré-natal, e abuso ou negligência - identificados pelos pesquisadores a partir de registros públicos.

RESULTADOS: As crianças nos três tipos de lares se beneficiaram da adoção: em média, elas obtiveram ganhos significativos no desenvolvimento cognitivo - seus índices de QI aumentaram 10 pontos em média - e elas mantiveram níveis estáveis de problemas de comportamento. Além disso, as crianças adotadas por pais gays ou mães lésbicas começaram, na verdade, com mais fatores de risco, e tinham mais probabilidade de ser de uma etnicidade diferente de seus pais adotivos, mas depois de dois anos elas estavam em pé de igualdade com seus colegas heterossexualmente adotados.

CONCLUSÃO: A co-autora Letitia Anne Peplau colocou sucintamente: "Não existe evidência científica para discriminar pais gays e mães lésbicas."

IMPLICAÇÕES: Mais de 100.000 crianças em abrigos nos EUA precisam de lares. Um potencial de 2 milhões de casais homossexuais estão interessados em adotar, de acordo com um estudo de 2007. Somente 19 estados (e o Distrito de Columbia) permitem que casais gays adotem. Mesmo em estado onde é legal, acrescenta Lavner, a discriminação contra pais homossexuais torna menos provável que se consiga a adoção. Os números - e agora a evidência científica - falam por si mesmos.

O estudo completo, "Can Gay and Lesbian Parents Promote Healthy Development in High-Risk Children Adopted From Foster Care?" pode ser encontrado aqui: https://psycnet.apa.org/doiLanding?doi=10.1111%2Fj.1939-0025.2012.01176.x



**************

LINDSAY ABRAMS - Lindsay Abrams é parceira editorial do The Atlantic Health channel. Seu trabalho também apareceu no The New York Times.

-------------------------------------------
COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

E o Brasil?

No Brasil, mais de 37 mil crianças vivem em abrigos, de acordo com o portal do Conselho Nacional de Justiça. Esse número pode ser ainda maior. O IBGE identificou 60 mil casais homoafetivos no último censo brasileiro. Se apenas metade desses casais adotassem, o número de crianças em abrigos chegaria próximo ao zero.

Vale lembrar que muitos casais ainda não se identificaram no Censo por conta do preconceito da família. Muita gente vive uma relação estável sem assumir que é um casamento, apenas aparentando amizade (para a família) ou parentesco (para os amigos). Estes precisam superar essa 'fase' para tornarem-se aptos a assumir qualquer responsabilidade paterna ou materna.

O Supremo Tribunal Federal equiparou as uniões civis homoafetivas às heteroafetivas - o que facilita a conversão em casamento e também abre caminho para a adoção, apesar de ser ainda um processo lento. O Jornal O Globo fez matéria comemorando o Dia dos Pais com primeiro casal gay a adotar no Brasil.

Os desafios de criar um ou mais filhos, sejam biológicos ou adotivos, são sempre enormes, qualquer que seja o tipo de casal. Tempos atrás escrevi um post sobre paternidade. Recomendo a leitura para quem gosta de pensar no assunto ou já é pai/mãe.

Espero pelo dia em que o Brasil não terá mais filhos abandonados ou órfãos sem lar. Trabalhemos duro até que vejamos esse dia raiar.

Mortes de gays motivam mães a pedir providências ao Governo federal

Mães de gays pedem proteção às pessoas LGBT após oito mortes em uma semana


Fonte: Mix Brasil


O Brasil registrou somente na última semana pelo menos oito assassinatos de pessoas LGBT, o que motivou a iniciativa “Mães Pela Igualdade” formulasse uma carta pública para dar um basta à tanta violência homofóbica. Na mensagem, elas reconhecem que “não é fácil passar por isso, mas essa violência é fato, e acontece todos os dias em nosso país”.

A carta também será enviada à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e ao Ministério da Justiça pedindo providências quanto à questão da violência homofóbica. As Mães Pela Igualdade são mães de LGBT que decidiram dar suas caras em uma campanha que pede mais tolerância e respeito. 

Confira a carta das Mães Pela Igualdade:

Carta às Mães e Pais Brasileiros

Nós, Mães pela Igualdade, gostaríamos de pedir dois minutos de silêncio e atenção para refletirmos sobre o Brasil que queremos. Dois minutos para lembrar nossos filhos e filhas. Durante esses minutos, busquem em suas memórias o momento em que viram pela primeira vez o bebê tão esperado e desejado com amor por sua família. Os pequenos olhos, a boca, os pezinhos. Lembre-se daquele instante mágico em que, após meses de espera, a pequenina pessoa esteve em seus braços.

Lembram-se do balbuciar das primeiras palavras e dos primeiros passos? O primeiro dia na escola; as festas de aniversário, as noites mal dormidas quando adoeciam; o carinho com que prepararam os presentes na escola, no dia das mães ou no dia dos pais? Lembram da janelinha no sorriso banguela?

Mal nos damos conta e as nossas crianças crescem e passam a ter vida social própria: os piqueniques, os churrascos, tardes no shopping, as baladas, a faculdade ou a escola noturna. Jovens, lindos, sensíveis, solidários, cheios de vida e de alegria.

Agora imaginem que um dia, voltando para casa, seu filho ou filha é vítima de um ataque covarde na calçada, sem motivo nenhum além de ser quem é. Você pode ouvir seus gritos clamando ‘’Mãe, me ajuda!’’, mas aquelas pessoas não param de bater, chutar, pisar e escarnecer; outras pessoas passam ao lado e nada fazem. Sua criança grita por ajuda enquanto sua pele é rasgada, seus dentes arrebentados, seus olhos feridos, seus ossos quebrados até a morte, banhada em sangue, e você impotente do outro lado da rua, ou mesmo em outra cidade. Aquele rostinho de outrora, agora deformado pelas pancadas. Essa imagem não sai da nossa cabeça. O sentimento é de desespero, angústia e vazio absoluto.

Respirem. Não é fácil passar por isso, mas essa violência é fato, e acontece todos os dias em nosso país. Nossas filhas e filhos têm sido agredidos, torturados e mortos. Nossas ‘’crianças’’, tem sido humilhadas, discriminadas, ofendidas, xingadas nas ruas simplesmente porque têm orientação sexual ou identidade de gênero diferente da maioria. Não escolheram ser lésbicas, gays, transexuais, travestis ou bissexuais, não se trata de uma opção. Simplesmente são assim: pessoas corajosas, dignas e honradas que assumem quem são, não sabem ser de outra forma e não querem viver atrás de máscaras.

As palavras de Marlene Xavier, uma Mãe pela Igualdade, resume com precisão o resultado extremo da homofobia descontrolada no Brasil: "Quando perdemos um filho, nos tornamos eternamente mutiladas e a nossa imagem é o reflexo da dor e da saudade, que serão nossas eternas companheiras". Algumas de nós carregamos no peito essa cicatriz, por isso pedimos que cada um e cada uma de vocês que estão lendo esta carta se pergunte: “e se meu filho ou filha fosse gay, lésbica, travesti ou transexual? Compreenderiam então a insegurança em que nós, mães de homossexuais e pessoas trans, vivemos cada vez que nossos filhos e filhas saem às ruas, viajam, vão ao cinema ou à escola. E, se amam seus filhos como nós amamos os nossos, entenderão a dor de uma mãe que perdeu seu rebento para a homofobia.

—Mães pela Igualdade de todo o Brasil

Sociologia: A reconfiguração da família e as novas formas de ser do lar




A reconfiguração da família e as novas formas de ser do lar

Mudanças comportamentais e nas concepções morais da sociedade implicam uma importante alteração do padrão familiar tradicional


Opinião por Ádima Domingues da Rosa
Bacharel e mestranda em Ciências Sociais na Unesp
E-mail: adimarosa@yahoo.com.br


O trecho da famosa música Pais e Filhos, da banda de rock Legião Urbana, sintetiza, em uma ótica estética, muitas das transformações sociais pelas quais a instituição familiar contemporânea tem atravessado. "Eu moro na rua, não tenho ninguém, eu moro em qualquer lugar, já morei em tanta casa que nem me lembro mais, eu moro com meus pais". Essa mensagem demonstra com sutileza e claridade o sofrimento dos filhos que são muito afetados pela separação dos pais, fato que tem se tornado cada vez mais comum, conforme apontam os dados do IBGE .

No entanto, esse rearranjo da família atual não pode ser negado e deve, inclusive, ser celebrado como uma transformação positiva nos padrões e nas relações afetivas, rumo às vivências mais plurais e democráticas. A sua aceitação é fonte destacada de reflexão social e implica ainda a necessidade de se repensar a elaboração de políticas públicas.

Com as grandes transformações observadas nas últimas décadas no campo da sexualidade, da afetividade e das dinâmicas sociais, a família nuclear, heterossexual, não deve ser mais tida como o modelo único, ou mesmo o padrão referencial, mas apenas como mais uma forma de arranjo familiar. Afinal de contas, o número de mulheres e homens que coordenam sozinhos seus lares junto com os seus filhos é altíssimo. Além disso, cresce a percepção social de que é fundamental reconhecer o direito de casais homossexuais de constituírem uma família e terem filhos.

Neste quesito, as políticas públicas brasileiras são avançadas, pois refletem a família a partir de sua função, levando em consideração a solidariedade entre seus membros, o desencadeamento das relações entre eles e a importância no desenvolvimento que cada indivíduo exerce sobre o outro. Não há e não deve haver qualquer juízo de valor acerca de qual a orientação sexual "ideal" dos cônjuges. Ao contrário, deve existir apenas um reforço no papel da família como instituição central para a proteção social.

É fundamental reconhecer o direito de casais homossexuais de constituírem uma família e terem filhos

O rearranjo da família atual deve ser celebrado como uma transformação positiva nos padrões e nas relações afetivas, rumo a vivências mais plurais e democráticas

Essa visão de família não unilinear está substanciada tanto na realidade quanto em diversos documentos governamentais, principalmente aqueles voltados à assistência social, onde o apoio, a orientação e a manutenção da família constituem a prioridade. Mas não é aquela família "quadradinha", que muitas vezes imaginamos à luz de preconceitos e visões heteronormativas do mundo.

As políticas públicas atuais levam em consideração modelos diferenciados de famílias, partindo do pressuposto de que as mulheres ganharam não apenas a sua independência financeira, mas também a de seus destinos, passando a coordenar as suas famílias, sem receios de fracasso, porém muitas vezes enfrentando o preconceito da sociedade - situação comum também aos casais homossexuais.

Neste caso em particular, nos parece que, muitas vezes, as concepções das políticas públicas compreendem um nível avançado até de absorção de novos padrões comportamentais. Mas, no âmbito das dinâmicas cotidianas, as relações caminham a passos lentos e nem sempre percorrem o mesmo caminho das legislações. Em alguns casos, porém, a legislação parece bastante retrógrada, principalmente quando observamos a dificuldade de adoção de filhos por parte de casais homossexuais.

Quando isso ocorre, se transforma em notícia nacional, num acontecimento que "está para além desta sociedade", pois parece ofender os valores de setores conservadores da sociedade, sobretudo os religiosos. É utilizando esse tipo de exemplo que podemos perceber com mais clareza o quanto a sociedade como um todo é preconceituosa, o quanto idealizamos um tipo de família heterossexual, em que o pai exerce o papel de coordenador do lar. O enfrentamento a essa dominação masculina e heterossexual da instituição familiar serve de bandeira para diversos movimentos sociais, tais como o feminista e o GLBTT. Como bem podemos notar, a realidade social está mil anos à frente de alguns valores que ainda persistem.

O que insiste em permanecer é a sombra do preconceito que, no decorrer de nossa formação, enquadra o sexo feminino e masculino em caixinhas de titânio, vinculadas à identidade sexual heterossexual, que são quase impossíveis de serem quebradas. A formação das crianças ainda é dividida em meninos e meninas, a dominação de gênero ainda está impressa em cada brinquedo infantil, que irá, de certa forma, determinar as habilidades a serem desenvolvidas em cada um de nós. Assim, a divisão social do trabalho é naturalizada, como se homens já nascessem conhecendo matemática e a estrutura completa de um computador, enquanto as meninas nascem sabendo fazer uma deliciosa feijoada, aprendendo bem as técnicas de manejo com o fogão e com a lavadora de roupas.

É preciso, porém, compreender que a diversidade sexual, com sua pluralidade afetiva e de experiências, constitui, sobretudo, um positivo elemento de integração dos laços sociais e de vivência civilizada. A orientação sexual do indivíduo não influencia de forma negativa o seu caráter. Pelo contrário, só traz benefícios à sociedade, pois um indivíduo satisfeito no seu relacionamento afetivo-sexual será uma pessoa feliz e tranquila em todos os ambientes sociais, seja de trabalho, escola ou família. A comprovação do bem-estar social causado pela aceitação das diferentes orientações sexuais é a própria verificação do que ocorre quando ela não existe.

As pessoas podem se isolar, se destruir, ficar atormentadas. Outras podem até se suicidar por não aguentarem a pressão da sociedade, que neste caso tende a sufocar os indivíduos, fazendo que eles, muitas vezes, vivam se escondendo do grupo social. O isolamento é comum entre os indivíduos homossexuais que tentam evitar o preconceito. No entanto, os movimentos sociais já lutam de todas as formas para que os homossexuais não tenham de se isolar e possam viver sua afetividade e sexualidade como os heterossexuais, já que a ideia é sufocar o preconceito e não o indivíduo.

Um em cada quatro casais gays americanos está criando filhos

Famílias Gays nos EUA: Um Retrato das Mudanças na Estrutura Familiar e a Ascensão das Famílias LGBTQ+


Colagem feita por Sergio Viula a partir de fotos disponíveis na Internet.


Big Gay News
24 de junho de 2011


Estima-se que um quarto de todos os casais do mesmo sexo estão criando filhos nos EUA, de acordo com as informações do U.S. Census (censo americano), o que fornece um dos primeiros retratos da família gay americana. Pela primeira vez na história, o censo conta os casais do mesmo sexo e seus filhos, e destaca estado por estado, revelando que mais famílias gays estão sendo formadas no Sul.  


Nos últimos anos, temos acompanhado uma mudança significativa na estrutura familiar nos Estados Unidos. Um dado importante do U.S. Census (censo americano) revela que, pela primeira vez, os casais do mesmo sexo e seus filhos foram contados em um levantamento oficial. E a descoberta é surpreendente: estima-se que um quarto de todos os casais do mesmo sexo nos EUA estão criando filhos.

O Crescimento das Famílias Gays

De acordo com o U.S. Census, a inclusão dos casais do mesmo sexo no levantamento demográfico é uma das primeiras iniciativas a fornecer um retrato claro da composição dessas famílias. O que antes poderia ser uma realidade marginalizada ou invisível, agora está sendo reconhecido com dados que refletem as novas dinâmicas sociais e familiares da comunidade LGBTQ+.

Além disso, um estudo do Williams Institute, faculdade de direito da UCLA especializada em questões LGBTQ+, aprofundou o levantamento, revelando dados interessantes. Por exemplo, em estados como o Havai e o Alabama, 27% e 23% dos casais do mesmo sexo estão criando filhos, respectivamente. Isso é significativo, especialmente em estados do Sul dos EUA, onde a aceitação da comunidade LGBTQ+ tem sido historicamente mais desafiadora.

A Diversificação das Famílias no Sul

O aumento de casais do mesmo sexo criando filhos no Sul dos Estados Unidos pode ser considerado uma verdadeira revolução cultural. Em estados como o Alabama, conhecidos por sua postura conservadora e religiosa, os casais gays estão começando a criar filhos em um número mais expressivo, desafiando as normas tradicionais de formação familiar. A tendência no Havai, por outro lado, reflete uma realidade diferente, mas igualmente importante, já que as famílias LGBTQ+ têm encontrado um espaço maior para crescer e florescer.

Esses dados são extremamente reveladores e devem ser vistos como um reflexo da crescente aceitação, mas também das questões que ainda persistem. Para muitos casais do mesmo sexo, formar uma família é um processo que envolve não apenas o desejo de ter filhos, mas também uma batalha por reconhecimento e direitos. A inclusão de casais gays nas estatísticas oficiais é um passo fundamental nesse caminho de visibilidade e aceitação.

Desafios e Barreiras para as Famílias LGBTQ+

Apesar dos avanços, a luta das famílias LGBTQ+ nos Estados Unidos não está concluída. Apesar do crescente número de famílias gays em diversas regiões, muitas ainda enfrentam discriminação, desafios legais e sociais. Em alguns estados, casais do mesmo sexo ainda precisam lutar para garantir seus direitos parentais, especialmente quando se trata de adoção e reconhecimento de ambos os pais ou mães.

Ademais, a questão da saúde mental e do bem-estar de crianças em famílias LGBTQ+ também tem sido um tema de debate. Diversos estudos indicam que crianças criadas por casais do mesmo sexo não enfrentam maiores dificuldades do que aquelas criadas em famílias heterossexuais, desde que o ambiente seja estável e amoroso. No entanto, a sociedade ainda precisa superar preconceitos e estigmas para permitir que essas crianças cresçam sem as barreiras psicológicas impostas pela discriminação.

A Importância da Visibilidade

O impacto do censo americano e dos estudos realizados pelo Williams Institute é inegável, pois são os primeiros passos para construir uma sociedade mais inclusiva e menos polarizada. A visibilidade dessas famílias ajuda a combater estereótipos e desinformações, além de contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas que protejam os direitos das famílias LGBTQ+.

A luta pelos direitos civis e pela aceitação das famílias gays nos Estados Unidos reflete uma batalha global que se estende por diversas nações, com a comunidade LGBTQ+ buscando reconhecimento e igualdade de direitos em diferentes contextos. No Brasil, por exemplo, a questão das famílias LGBT também é um tema em ascensão, com muitas famílias ainda enfrentando desafios similares aos vividos nos EUA.

A Caminho da Igualdade

Embora ainda haja um longo caminho a percorrer, o simples fato de que dados oficiais estão sendo coletados e divulgados sobre as famílias gays é um grande passo em direção a uma maior aceitação e compreensão. O futuro promete mais representatividade e, com isso, um apoio maior para que casais do mesmo sexo possam criar seus filhos sem medo de discriminação.

Por enquanto, devemos continuar celebrando os avanços e lutando para garantir que todas as famílias, independentemente de sua composição, tenham o direito de serem tratadas com respeito, dignidade e igualdade.


Referências:

U.S. Census Bureau
Williams Institute – UCLA School of Law
Estudos sobre famílias LGBTQ+ e a aceitação nos EUA


-------------------------------------------------
COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Cadê aqueles profetas da desgraça que vivem dizendo que a família está em perigo? Ou que os LGBT vão destruir a família? Será que eles não tomam vergonha na cara? Será que a má-fé desses pregadores da morte é tanta que são capazes colocar a própria credibilidade (que já não é grande) em perigo de perder-se totalmente diante dos inegáveis fatos?

Esses caras que dizem que os gays vão destruir a família são geralmente os que têm as famílias mais problemáticas. Também pudera, com pais como esses fundamentalistas, quem poderia ser realmente equilibrado e feliz?

Brasil ainda luta para combater intolerância contra homossexuais

Foto meramente ilustrativa.
Fonte: Internet (blog A Nova Era Gay)



Matéria apresentada no Fantástico 
Janeiro de 2011



Agora, casais do mesmo sexo podem recorrer a técnicas de reprodução assistida. No Rio, único estado com estatística oficial de agressão contra gays, foram 378 casos de homofobia em 2010.

Esta semana, o Conselho Federal de Medicina deu um importante passo contra a discriminação aos homossexuais. Agora, casais do mesmo sexo podem recorrer a técnicas de reprodução assistida para ter filhos. Antes esses procedimentos só podiam ser feitos em casais heterossexuais.

“O importante é que todas as pessoas, independente da qualidade ou do estado civil da suas uniões, tenham acesso a esta técnica”, afirmou Roberto d’Ávila, presidente do Conselho Federal de Medicina.

Este é mais um de uma série de avanços recentes no reconhecimento dos direitos de gays e lésbicas, num país que infelizmente ainda luta para combater a intolerância.

Um espancamento brutal. “Eu tenho essas marcas que estão aqui, meus dentes saíram do lugar. Eu estou sempre com a sensação de que algo de ruim vai me acontecer. Sempre em pânico”, conta Bruna Freire Silva, vítima de agressão.

Um tiro a queima-roupa. “A bala entrou aqui e saiu aqui”, lembra outra vítima.

De acordo com o Grupo Gay da Bahia, organização que monitora casos de violência em todo o país, a cada dois dias, um homossexual é assassinado no Brasil.

No Rio de Janeiro, único estado com estatística oficial de agressão contra gays, foram 378 casos de homofobia em 2010, mais de um por dia. E nove assassinatos.

“Ele foi apedrejado, ele foi torturado. O caso do Alexandre se tornou um símbolo nacional da luta contra a homofobia”, lembra Marco Duarte, primo de Alexandre. Alexandre Ivo morreu em junho deste ano.

Todos os acusados respondem em liberdade. “É um garoto de 14 anos. Ele perdeu o direito dele de viver”, destaca Marco.

A intolerância pode acontecer à luz do dia. Felipe foi expulso de um ônibus a ponta pés só porque tentava ajudar um cadeirante a embarcar. “As três pessoas que estavam reclamando se voltaram contra mim alegando que eu não era homem”, lembra ele.

Ele procurou a polícia imediatamente. Se fosse em outra época, talvez Felipe ficasse calado.

“O que acontece é que anos atrás, talvez, as famílias não assumiam que um filho que morreu de homofobia morria de homofobia. Não ia à delegacia falar: ‘meu filho é gay e morreu porque é gay’. E agora essas denúncias têm esse teor”, afirma ele.

“Como estão perdendo no âmbito da civilidade esse debate, estão partindo para o âmbito da violência, para o campo do terror e do ódio”, explica o gestor público Cláudio Nascimento.

Contra o ódio, uma festa concorridíssima. “A gente tinha pensado num evento para no máximo 30 ou 40 pessoas, uns amigos. E foram 300 pessoas”, lembra Cláudio, falando sobre seu casamento.

Como o Brasil não tem uma lei de união civil de pessoas do mesmo sexo, Cláudio e João assinaram um pacto homoafetivo. É um documento público registrado em cartório para oficializar o que a vizinhança inteira já sabia.

“É uma vida normal, como a de qualquer outro casal, com sonhos, desejos, desafios, obstáculos”, afirma Cláudio.

O Estado brasileiro também resolveu enxergar o óbvio. “Dorme, planeja a vida, paga as contas. Vê lá quanto que entrou de dinheiro no final do mês”, diz Cláudio.

A Receita Federal anunciou que casais de mesmo sexo vão poder incluir dependentes ou fazer declaração conjunta do Imposto de Renda deste ano. E uma portaria do Ministério da Previdência, enfim, decidiu tornar regra o que a Justiça já obrigava por força de liminar: homossexuais e seus companheiros terão direito à pensão e aposentadoria.

A Justiça do Rio Grande do Sul foi a primeira a determinar que ações envolvendo pensões, heranças e partilha de bens de casais homossexuais saíssem das varas cíveis e passassem a ser discutidas nas varas de família. Ou seja, o Judiciário entendeu que o caso aí era menos de uma relação de negócio e mais de uma relação de afeto entre pessoas do mesmo sexo. Isso só foi possível graças à atuação decisiva da desembargadora Maria Berenice Dias.

Heterossexual, casada cinco vezes, três filhos, e ainda assim vítima de preconceito por defender os direitos dos homossexuais.

“Parece que é uma coisa depreciativa.Tanto que todo mundo diz: ‘mas, Berenice, tu não te incomoda?’ Mas não me ofende acharem que eu sou homossexual porque eu não acho que eles sejam um segmento assim: ‘ai, que horrível!’ Para mim, em primeiro lugar não me importa o que os outros pensam a meu respeito, né?”, afirma ela.

A desembargadora aposentada Maria Berenice Dias foi a primeira a dar razão a um casal gay numa ação judicial em 2000. De lá para cá, ela já contou 808 decisões favoráveis de dezenas de juízes pelo país afora.

Para ela, só falta o Congresso Nacional mudar de comportamento. “Um fundamentalismo perverso, acho que uma postura covarde do nosso legislador que, não sei se tem medo de ser rotulado de homossexual, tem uma visão muito fechada do conceito de família, mas no Legislativo não se consegue avançar”, destaca ela.

Existem 19 projetos de lei tramitando em Brasília, inclusive, o que torna crime a homofobia. “Isso também não avança”, lembra a desembargadora.

Mesmo sem uma lei específica, por exemplo, sobre adoção de crianças por casais de mesmo sexo, pelo menos 20 sentenças já foram proferidas.

“O que a Justiça faz? A Justiça aplica a Constituição Federal que manda se ter uma proteção integral a crianças e adolescentes”, diz a desembargadora.

O Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro diz que não há qualquer risco de sequela psicológica para a criança. “As pré-condições para que uma adoção seja bem sucedida são afeto e disponibilidade dos adultos em acolher essa criança. E afeto e disponibilidade não estão relacionados à orientação sexual”, destaca Eliana Olinda, psicóloga do CRP-RJ.

“Tudo o que eu faço, desde que eu acordo até a hora que eu vou dormir, é em função da Maria Vitória. Não tem como”, afirma a funcionária pública Cristiane Carvalho Corrêa.

Cristiane adotou Vitória quando ela era bebê. Agora a companheira dela, Sílvia, entrou na Justiça para ser, legalmente, a mãe que já é na prática.

“Aí a Cris falava: ‘Não, Sílvia, feijão tem que dar escondido, põe o arroz e a carne por cima’. Todo um malabarismo na colher para esconder o feijão. Ela vai comer o feijão, ela tem que saber que tem que comer feijão, que feijão é bom para ela”, lembra Sílvia.

Uma tem coração mole. “Às vezes ela deixa fazer as coisas!”, diz Vitória. A outra contrabalança: “O quartel!”, brinca Vitória.

Se tudo der certo, Vitória terá duas mães na certidão de nascimento. Carinho em dobro, ela já tem. “Todos nós podemos viver no mesmo mundo. Não há um mundo separado”, diz Cris.

Fonte: Blog do Cláudio Nascimento

Americanos estão aceitando cada vez mais as famílias Gays


A maioria dos norte-americanos está mais aberta quando o assunto é o conceito de família, encaixando casais Homoafetivos e seus filhos na definição de família.

De acordo com estudo publicado em um livro da Fundação Russell Sage, na visão dos autores, a ideia de família está se expandindo nos EUA, deixando o ambiente social mais aberto à diversidade.

Brian Powell, professor de sociologia na Universidade de Indiana disse que o percentual de pessoas que disse ter um amigo ou parente Gay subiu dez pontos desde 2003, quando o estudo começou a ser feito.

O profissional disse que, ironicamente, as iniciativas anti-Gays dos conservadores geraram um efeito contrário. "Só a discussão sobre o assunto fez com que as pessoas se sentissem mais confortáveis", opina.

Os autores da pesquisa vislumbram "um dia no futuro próximo em que famílias Homoparentais terão aceitação por grande parte da sociedade".

Fonte: Central de Notícias Gays

Casal de Lésbicas Esperam Quíntuplos


Melissa Keevers e Rosemary Nolan


👩‍❤️‍👩 Milagre da ciência e do amor: casal lésbico australiano espera quíntuplos

Quando se fala em maternidade LGBTQ+, ainda há quem se espante com o simples fato de duas mulheres criarem uma filha. Imagine então a reação diante de quíntuplos concebidos naturalmente por um casal de mulheres! Foi o que aconteceu com Melissa Keevers, de 27 anos, e sua esposa, Rosemary Nolan, de 21.

Moradoras da Austrália, as duas já eram mães da pequena Lilly, de um ano, também concebida por inseminação caseira com o mesmo doador norte-americano. O casal escolheu o doador por critérios como boa saúde, inteligência e características físicas – o que não esperavam é que viriam cinco bebês de uma só vez, sem qualquer tratamento para fertilização in vitro.

✨ Milagre da vida… e da visibilidade

Segundo os médicos, a chance de uma gravidez natural de quíntuplos é extremamente rara. Melissa descobriu a novidade ao procurar ajuda médica por enjoos constantes. O susto foi grande, mas a alegria maior ainda. “As pessoas não sabem se nos parabenizam ou se lamentam”, disse Rosemary. “Mas nós achamos que é um milagre, e não poderíamos estar mais felizes.”

Apesar do desafio que será criar seis crianças, o casal está cercado por apoio das famílias na Austrália e na Irlanda, e reafirma: o amor é o que importa.

🏳️‍🌈 Famílias LGBTQ+ existem – e resistem

Casais como Melissa e Rosemary desafiam o imaginário conservador sobre o que é uma família. Elas mostram que duas mães podem amar, cuidar, gestar e educar com tanta dedicação quanto qualquer outra configuração familiar. E cada notícia como essa ajuda a normalizar o que já é realidade para tantas pessoas no mundo todo.

No Fora do Armário, celebramos todas as formas de amor que constroem lares. Que a história dessas mamães e seus futuros quíntuplos inspirem mais respeito, empatia e representatividade nas narrativas sobre maternidade, parentalidade e direitos reprodutivos LGBTQ+.


-------------------------
COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Eu tive dois (um de cada vez) e não foi fácil! Eles já tem 18 e quase 16. A infância passou, mas eu ainda me preocupo com eles a respeito de vários aspectos de suas lindas vidas adolescentes. Agora, fico pensando se conseguiria dormir com a expectativa de receber muito em breve cinco novas boquinhas para alimentar, cinco novas bundinhas para limpar, cinco novos corpinhos para banhar e para vacinar - e isso diversas vezes! Cada vez que levasse para a vacinação, seriam cinco amorecos chorando por causa da picada ou 10 gotinhas (no total) ao invés de 2, e isso só para falar da parte mais fácil...

Adoro minha vida de pai de dois filhos já crescidinhos!

Se alguém esperasse que eu tivesse outro(s) ou adotasse algum hoje, eu diria: Compra uma poltrona bem macia, pega um livro e espera sentado... kkkkkkkk

Mas, parabéns às novas mamães por realizarem seu sonho com tanto entusiasmo!!! ;) Saúde para essa tropinha!!!!

2a Semana da Diversidade em Joinville, Santa Catarina


🏳️‍🌈 “Família Somos Todos”: Joinville debate afetos, laços e direitos na 2ª Semana da Diversidade


Entre os dias 1º e 8 de agosto de 2010, Joinville (SC) será palco de reflexões importantes sobre diversidade sexual, família e cidadania. A 2ª Semana da Diversidade, promovida pela Associação Arco-Íris, traz como tema central “Família Somos Todos” — uma provocação direta aos estigmas, preconceitos e exclusões que ainda rondam os lares brasileiros quando o assunto é ser LGBT+.

👨‍👩‍👧‍👦 Um assunto de família, sim

Família é onde a gente aprende a amar. Ou, infelizmente, onde muitos de nós descobrem pela primeira vez o que é rejeição, silêncio, violência ou expulsão. Segundo Josué Júnior, diretor da Associação Arco-Íris, “a família é geralmente o primeiro local onde membros da comunidade LGBT entram em contato com a homofobia”. Por isso, o tema da semana busca abraçar uma causa sensível e urgente: o lugar da pessoa LGBT+ dentro da família — e o direito de formar a sua própria.

A proposta da semana se divide em dois eixos principais:

  • Violência e rejeição familiar: a dor de não ser aceito por pais e parentes, os traumas da homofobia doméstica, a solidão na adolescência.

  • Direito de formar família: os desafios jurídicos e sociais enfrentados por casais LGBT+ que desejam casar, adotar ou simplesmente existir com dignidade.


📌 Programação que provoca, acolhe e mobiliza

A Semana da Diversidade traz debates e atividades para toda a comunidade:

🗓 02/08 (segunda-feira)
Militância LGBT e Configurações Familiares

🗓 03/08 (terça-feira)
Família e Novas Conjugalidades

🗓 04 e 05/08 (quarta e quinta-feira)
Políticas Públicas e Cidadania LGBT
Com destaque para a palestra de Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia e decano do movimento homossexual brasileiro.

🎬 06 e 07/08 (sexta e sábado)
Festival Mix Brasil de Cinema da Diversidade Sexual
Mostra de filmes que celebram histórias, afetos e resistências LGBT+.


👶 Um caso que abriu caminhos

Joinville foi notícia em novembro de 2009, quando a Justiça reconheceu o direito de um casal de mulheres de adotar uma criança — mesmo sem respaldo explícito da Constituição Federal. Um marco que demonstra como a luta por direitos se constrói, muitas vezes, com coragem e afeto.


💬 “Família somos todos” — e também somos nós que estamos reinventando os laços com amor, respeito e diversidade.

Se você é de Joinville ou da região, participe, compartilhe, convide a família (de sangue ou de afeto). Porque visibilidade também se constrói assim: juntos.


#ForaDoArmário #SemanaDaDiversidade #Joinville #FamíliaSomosTodos #DireitosLGBT #CinemaLGBT #MixBrasil #LGBTComOrgulho #AmorÉFamília #DiversidadeImporta

Postagens mais visitadas