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Pulse: A tragédia continua. Agora são os negadores da tragédia.

Por Sergio Viula

Com informações da revista
The Advocate por Jacob Ogles
http://www.advocate.com/crime/2016/12/12/latest-pulse-tragedy-claim-it-was-all-hoax




Teorias de conspiração agravam as dores das famílias e amigos dos mortos na boate Pulse


Não bastasse o sofrimento das famílias que perderam seus amados no atentado à boate Pulse em Orlando, assim como o trauma para os donos do estabelecimento e o choque para os Estados Unidos e para a maior parte do mundo, agora é a vez de pessoas obcecadas por teorias de conspiração ferirem mais uma vez as famílias afetadas pela tragédia: Gente desequilibrada insiste em dizer que o massacre nunca aconteceu.

Isso não é totalmente estranho aos brasileiros, pois há quem negue a existência de uma onda de crimes movidos por ódio contra pessoas LGBT no Brasil. Até o início de dezembro desse ano, mais de 300 vidas de pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgêneras foram destruídas com requintes de crueldade no país.

Essa semana, um "bolsominho" fez um vídeo só para dizer que a Parada LGBT de Copacabana 2016 havia sido um fracasso. A mentira é totalmente descarada, pois tanto a imprensa nacional e quanto a mídia internacional mostraram, em cores lindas, a multidão que tomou a Av. Atlântica para a celebração do Orgulho LGBT e para reivindicar a aprovação da lei João Nery, que reconhece direitos das pessoas transgêneros.

O que fez esse bolsonarete, então?

Ele foi até a Avenida Atlântica bem antes do horário do evento para dizer que ninguém tinha comparecido, apesar de saber que isso seria desmentido posteriormente por imagens inegáveis da multidão que compareceria - e de fato, compareceu - ao protesto festivo.

Gente desequilibrada como essas pessoas que negam os crimes por LGBTfobia no Brasil ou como esse seguidor de Bolsonaro que alegou que a Parada LGBT havia fracassado esse ano, mesmo diante das mais claras evidências de que estão mentindo para si mesmos e para os outros também sobre os crimes por LGBTfobia, têm negado essa outra cristalina obviedade: o massacre na boate Pulse.

A história de uma mãe é muito emblemática do que vem acontecendo. O relato foi publicado pela revista The Advocate:

"Na manhã seguinte ao ataque contra a Pulse em Orlando, Christine Leinonen ainda não sabia que seu filho estava entre os mortos. Ela caminhou pelas ruas com fotos, implorando que os jornais nacionais permitissem que ela aparecesse e contasse sua história. Quando ela finalmente soube que seu único filho, Christopher 'Drew' Leinonen, havia sido morto junto com seu namorado, Juan Guerrero, isso colocou sua vida permanentemente numa nova direção. Mas até hoje, muitas pessoas online ainda acreditam que ela esteja mentindo sobre a coisa toda."

A mãe diz o seguinte:

“O assassinato do meu filho e minhas subsequentes entrevistas foram rotuladas como uma farsa antes mesmo que eu descobrisse que meu filho tinha sido morto realmente, eu ainda estava procurando desesperadamente por ele."

Leinonen escreveu no Facebook semana passada: "Só um dos muitos vídeos fraudulentos sobre mim recebeu um milhão de visualizações. O interesse em tentar acreditar que o fuzilamento não ocorreu era maior do que o conhecimento da verdade.”

Cá entre nós, é provável que a motivação para desmentir a tragédia na Pulse seja bem diferente da motivação por trás das mentiras dos bolsonaretes e outros LGBTfóbicos que se esforçam herculeamente para silenciar a comunidade LGBT ou desmoralizá-la. Afinal, esse tipo de negação de tragédias em nome de desvairadas teorias de conspiração já aconteceu com outras tragédias nacionais nos Estados Unidos, como no caso do ataque terrorista às Torres Gêmeas, por exemplo, mas são dolorosas para quem foi afetado por elas e segue vivendo e servem aos que pretendem inviabilizar qualquer possibilidade de solidariedade para com a comunidade LGBT, seja onde for.

E para dar uma ideia de quão longe esses teóricos da conspiração estão dispostos a ir, veja o que a revista The Advocate registra a respeito de uma das alegações mais populares entre os que acreditam em teorias de conspiração no que tange ao atentado na Pulse:

"Muitas teorias de conspiração sobre a Pulse giram em torno de Christopher Hansen, um homem que saiu da boate mais cedo e que pode ser visto nas filmagens dos jornais locais ajudando a carregar pessoas para fora. Hansen usava uma camisa com a bandeira americana e um chapéu. Alguns notaram que as roupas de Hansen não estavam manchadas por sangue, o que é consistente com o fato de que ele não havia sido atingido por tiros e somente ajudava a remover as pessoas que já haviam sido higienizadas pelos paramédicos. Vídeos no YouTube debatem se Hansen poderia ser realmente o ator local Bjorn Jiskoot, um homem que no Facebook revela ter sido assediado por causa da semelhança. Parece importante para algumas pessoas alegar que Jiskoot nem é gay, então Hansen só pode ter fingido sê-lo. Por que mais, afinal, estaria um ator heterossexual numa boate gay usando uma identidade falsa? Cada dificuldade na teoria só serve como evidência de acobertamento em algum ponto." - diz o jornalista Jacob Ogles, autor da matéria para The Advocate.

Em outras palavras as semelhanças entre o ator e a pessoa que frequentava a Pulse e que saiu antes do atentado, retornando apenas para ajudar a resgatar os corpos, não passa de uma coincidência. Mas essa semelhança física foi eleita por alguns como suposta prova de que tudo foi uma fraude. É fácil demonstrar que Christopher Hansen e Bjorn Jiskoot não são a mesma pessoa, mas mesmo quee fossem, como é que isso transformaria toda a tragédia e seus mortos em mera encenação fraudulenta? Jornalistas do mundo inteiro reunidos em torno do cenário do atentado, entrevistas em tempo real e também em momentos subsequentes com as famílias, atestados de óbito, acionamento de seguros de vida, funerais, a boate destruída e reconstruída para se tornar um memorial sobre as vítimas, tudo isso feito sem qualquer acobertamento, tudo isso reconhecido oficialmente por autoridades governamentais, jornalistas, bombeiros, paramédicos, policiais, cidadãos voluntários nos resgates e empresas do porte da Disney que apoiaram as famílias financeiramente, entre outros tantos desdobramentos incontornáveis. É muita psicopatia tentar negar tudo isso sem qualquer prova material!

O massacre na boate Pulse aconteceu em 12 de junho de 2016. Quarenta e nove pessoas que frequentavam ou trabalhavam na boate foram assassinadas por um terrorista, que também morreu, totalizando 50 vidas humanas perdidas. Mas as vítimas não são apenas números. Ela têm rosto. Veja quem eram elas:
https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2016/12/bolsonarete-vai-copacabana-antes-da.html

A tragédia é tão real e a LGBTfobia que a motivou, idem, que pelo menos um pai não quis reclamar o corpo do filho, porque ela era gay e morreu num atentado praticado por um sociopata movido por homofobia e fanatismo religioso. Homofobia doméstica é outra realidade que muitos gostariam de negar, mas encontra nesse caso uma de suas piores demonstrações:
https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2016/07/esse-pai-homofobico-nao-vai-reclamar-o.html

Recomendo esse vídeo produzido pelo Dr. Bill Warner, do Centro de Estudos do Islão Político, comenta sobre a chacina na boate gay Pulse, em Orlando, Flórida. O que levou um muçulmano e se tornar jihadista, matar 49 pessoas LGBT ou amigos e ferir outras 50?
https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2016/06/o-ataque-boate-gay-pulse-em-orlando-e.html

Diante dessa e de outras realidades, finalizo esse artigo com uma convocação: Levante sua voz, coloque-se ao lado das pessoas LGBT e seus direitos, pois a perseguição LGBTfóbica não se restringe a tentativa de negar sua luta, mas também de privá-las de qualquer direito, inclusive o de terem suas dores e alegrias respeitadas.

Esse pai homofóbico não vai reclamar o corpo do filho morto em Orlando



Por Zara Barrie
on QUEER CULTUREJul 5, 2016
Fonte: http://elitedaily.com/news/mans-body-left-father-pulse-shooting/1543353/

Traduzido por Sergio Viula para o blog Fora do Armário (08/07/16)

O trágico massacre na boate Pulse em Orlando deixou toda a comunidade queer bem como todo o país devastado e em estado de luto permanente. Vigílias emocionadas foram realizadas em nível global.

Todos os eventos no Orgulho [LGBT] de Nova York dos quais participei foram momentos extremamente chorosos, quando todos nós pranteamos coletivamente a pungente perda de membros jovens e inocentes de nossa comunidade sagrada.

Os corpos dos inocentes foram todos liberados aos parentes mais próximos, e até mesmo o corpo do atirador Omar Mateen foi recolhido.

Porém, o corpo de um homem não foi recolhido pelo pai. Na verdade, o pai dele recusou-se terminantemente a recolher o corpo do próprio filho. E tudo por causa da feiúra terrível do ódio e da homofobia.

Enquanto a homofobia em si mesma não tem rosto, há historicamente uma questão gigantesca em torno da humilhação queer na comunidade latina.

O site Orlando Latino reporta:

Essa história é parte das histórias não contadas de vítimas latinas no massacre da boate Pulse.

As autoridades não divulgaram o nome do homem cujo corpo foi deixado para trás para não "vitimizá-lo ainda mais", mas foi confirmado que ele era Porto-riquenho. O site continua:

A dor de ser Porto-riquenho e gay é real... Na cultura machista da ilha (em comparação com a dos Estados Unidos), a tendência anti-gay não é sutil e tem alcançado os níveis mais altos do governo.

The Advocate comentou que esse tipo de homofobia não é de modo algum nova e remete à epidemia de AIDS que matou a melhor parte de uma geração. “Números incontáveis de homens gays jovens morreram e familiares não reclamaram os corpos de seus entes supostamente amados."

É tão devastador pensar que um familiar deixaria o corpo de seu filho para trás porque se envergonha assim de sua sexualidade. Se você retirar as camadas de ódio, o cerne da homofobia é e sempre foi a vergonha. Nada mais tóxico nesse mundo do que a vergonha. É a vergonha que nos leva a nos machucarmos a nós mesmos e é ela que faz que as pessoas (como nesse caso devastador) machucarem outras. Não haverá trégua até que nos livremos da vergonha.

A vítima, cujo pai se recusou a recolher o corpo do próprio filho, será sempre amada e abraçada por uma família maior, a família queer dele. Às vezes, sua família não é composta por membros de sua família biológica, mas, ainda por outros mais fortes: sua comunidade.

Não há comunidade mais forte e mais amável que a comunidade queer, e nós somos uma força poderosa da natureza que lamentará para sempre a morte cada uma das 49 vítimas do Massacre de Orlando.

Lorelay Fox: Massacre em Orlando e no Mundo


EU AMOOO LORELAY FOX!

Não é bagunça, não.

Assistam, queridxs. ^^


Christina Aguilera lança novo single e destina lucros às vítimas do atentado em Orlando

Christina Aguilera honra vítimas do atentado em Orlando com um novo single


Todos os lucros de seu novo álbum serão destinados às vítimas do ataque homofóbico aos frequentadores da boate Pulse


Com informações do The Huffington Post
Traduzido e adaptado por Sergio Viula


Christina Aguilera quer promover uma mudança.
 
Aguilera sempre foi uma defensora da comunidade LGBT e no calor desse momento em que Orlando sofre um ataque contra pessoas LGBT numa boate frequentada por gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros, ela lançou seu novo single "Change" na quinta-feira para rememorar aqueles impactados pela tragédia. Todos os lucros oriundos do iTunes até 14 de setembro serão destinados ao National Compassion Fund, que está assistindo diretamente as vítimas do massacre e suas famílias.
 
"A terrível tragédia que ocorreu em Orlando continua a pesar em minha mente" - escreveu ela. "Estou enviando muito amor e tantas orações às vítimas e suas famílias. Assim como tantos outros, eu quero ajudar sendo parte da mudança que esse mundo precisa realizar para ser um lugar bonito e inclusivo onde a humanidade possa expressar amor uns pelos outros livre e apaixonadamente.”

Veja o clip de seu single abaixo:


 
Matéria original e completa em inglês aqui:

http://www.huffingtonpost.com/entry/christina-aguilera-orlando-shooting_us_5763ee54e4b015db1bc8f01b

O ataque à boate gay Pulse em Orlando e a Jihad: Enfrentando alguns fatos que muitos preferem ignorar.

Por Sergio Viula


Apenas alguns segundos antes do ataque: 
Proibida a entrada de armas.


Recomendo esse vídeo produzido pelo Dr. Bill Warner, do Centro de Estudos do Islão Político, comenta sobre a chacina na boate gay Pulse, em Orlando, Flórida. O que levou um muçulmano e se tornar jihadista, matar 49 pessoas LGBT e ferir outras 50?

No vídeo, ele também diz porque estamos perdendo a guerra contra a Jihad e o que fazer para reverter o quadro.

Assista ao vídeo aqui: https://www.bitchute.com/video/fQXtYUiz3MTI

Sobre a necessidade de se criticar o Islã, Maomé, a jihad e os sistemas políticos, econômicos, sociais e culturais que surgem a partir deles, muita gente nunca entendeu o Charlie Hebdo, inclusive quando eles falaram sobre o afogamento do menino imigrante. Sugiro que leiam esse ponto de vista publicado por mim na época em que a "treta" rolava solta nas redes sociais. Invista um tempinho nessa leitura. Acredito que será produtivo.

Leia aqui:
https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2016/01/sobre-o-cartoon-do-charlie-hebdo-com-o.html

Carta aberta à comunidade queer (e ao mundo hétero no qual vivemos) - pelos editores do Queer Voices


Publicado originalmente em inglês no Queer Voices.
http://queer-voices.com/2016/06/open-letter-queer-community-straight-world-live/ 
Traduzido por Sergio Viula


Carta aberta à comunidade queer
(e ao mundo hétero no qual vivemos):

Essa carta é endereçada a todas as pessoas 'queer' por aí que estão com raiva, chocadas, amedrontadas, deprimidas, nervosas, ansiosas, apavoradas, e em lágrimas; ela é endereçada àqueles que se encontram incapazes de funcionar normalmente à luz dos eventos recentes; ela é para amigos, familiares, e outros queridos afetados [por tudo isso]; ela é para as 49 vítimas do massacre em Orlando assim como os muitos que foram mantidos reféns, feridos, traumatizados e/ou hospitalizados.

Essa carta é escrita em primeiro lugar para a comunidade 'queer', mas pessoas heterossexuais cisgêneras deveriam lê-la também, pois se esse acontecimento nos ensinou alguma coisa, foi que o mundo heterossexual tem muito a aprender. Para todas as pessoas 'não-queer' por aí: esse massacre não é sobre vocês. Não se apropriem dessa tragédia. Não a usem como meios. Não aleguem propriedade sobre ela. Não demonstrem apoio superficial, mas eduquem-se e envolvam-se -- nesse momento, seu silêncio fala alto.

Estamos entristecidos e furiosos (mas tristes, não chocados) pelo massacre homofóbico que ocorreu em Orlando no final de semana passado. Como se o acontecimento trágico na Pulse não fosse apavorante o suficiente, muito da cobertura da mídia só tornou a situação pior. Inicialmente, foi noticiado apenas como um tiroteio numa boate. Depois, foi noticiado que esse era o maior tiroteio em massa na história dos Estados Unidos. A cobertura inicial enfatizou a religião do atirador, seu lugar numa lista de vigilância contra terroristas anteriormente, e sua última declaração de lealdade a uma organização terrorista. Logo, tudo passou a ser sobre o Islã; virou um ato de terrorismo; virou um crime de ódio. Depois, o foco mudou para o controle de armas. com pessoas criticando o governo por recusar-se a limitar o acesso às armas, especialmente à luz do espantoso número de mortos em tiroteios em massa só nesse ano.

Mas na realidade, não é sobre religião, não é sobre armas, não é sobre boates. É sobre ser 'queer'. É sobre ódio. O tiroteio foi mais do que tudo um crime de ódio, mas não contra o álcool, ou contra os americanos, ou contra o cristianismo; foi um crime de ódio contra pessoas 'queer', pessoas 'queer' e trans de cor, especialmente. A Pulse é uma boate gay que estava promovendo uma noite latina com um elenco de mulheres trans agendadas para se apresentarem. A mídia principal está escolhendo ignorar muitos fatos pertinentes. Eles estão embraquecendo, apagando a realidade 'queer' e trans dos acontecimentos, e escondendo a natureza do ódio. Divulgadores de notícias e políticos não estão contando a história toda; em vez disso, eles estão usando a tragédia como um acontecimento político, como um trampolim para endossos, legislação e campanhas eleitorais.

Nada disso é sobre eles. Tudo isso é sobre as vítimas -- e elas não podem ser faladas no abstrato, ou ter a maior parte de suas identidades e vidas ignorada. Precisamos fazer vigílias por elas; precisamos chorar por elas; precisamos lembrá-las; precisamos dizer seus nomes:

  1. Stanley Almodovar III, 23 anos de idade
  2. Amanda Alvear, 25 anos de idade
  3. Oscar A Aracena-Montero, 26 anos de idade
  4. Rodolfo Ayala-Ayala, 33 anos de idade
  5. Antonio Davon Brown, 29 anos de idade
  6. Darryl Roman Burt II, 29 anos de idade
  7. Angel L. Candelario-Padro, 28 anos de idade
  8. Juan Chevez-Martinez, 25 anos de idade
  9. Luis Daniel Conde, 39 anos de idade
  10. Cory James Connell, 21 anos de idade
  11. Tevin Eugene Crosby, 25 anos de idade
  12. Deonka Deidra Drayton, 32 anos de idade
  13. Simon Adrian Carrillo Fernandez, 31 anos de idade
  14. Leroy Valentin Fernandez, 25 anos de idade
  15. Mercedez Marisol Flores, 26 anos de idade
  16. Peter O. Gonzalez-Cruz, 22 anos de idade
  17. Juan Ramon Guerrero, 22 anos de idade
  18. Paul Terrell Henry, 41 anos de idade
  19. Frank Hernandez, 27 anos de idade
  20. Miguel Angel Honorato, 30 anos de idade
  21. Javier Jorge-Reyes, 40 anos de idade
  22. Jason Benjamin Josaphat, 19 anos de idade
  23. Eddie Jamoldroy Justice, 30 anos de idade
  24. Anthony Luis Laureanodisla, 25 anos de idade
  25. Christopher Andrew Leinonen, 32 anos de idade
  26. Alejandro Barrios Martinez, 21 anos de idade
  27. Brenda Lee Marquez McCool, 49 anos de idade
  28. Gilberto Ramon Silva Menendez, 25 anos de idade
  29. Kimberly Morris, 37 anos de idade
  30. Akyra Monet Murray, 18 anos de idade
  31. Luis Omar Ocasio-Capo, 20 anos de idade
  32. Geraldo A. Ortiz-Jimenez, 25 anos de idade
  33. Eric Ivan Ortiz-Rivera, 36 anos de idade
  34. Joel Rayon Paniagua, 32 anos de idade
  35. Jean Carlos Mendez Perez, 35 anos de idade
  36. Enrique L. Rios, Jr., 25 anos de idade
  37. Jean C. Nives Rodriguez, 27 anos de idade
  38. Xavier Emmanuel Serrano Rosado, 35 anos de idade
  39. Christopher Joseph Sanfeliz, 24 anos de idade
  40. Yilmary Rodriguez Solivan, 24 anos de idade
  41. Edward Sotomayor Jr., 34 anos de idade
  42. Shane Evan Tomlinson, 33 anos de idade
  43. Martin Benitez Torres, 33 anos de idade
  44. Jonathan Antonio Camuy Vega, 24 anos de idade
  45. Juan P. Rivera Velazquez, 37 anos de idade
  46. Luis S. Vielma, 22 anos de idade
  47. Franky Jimmy Dejesus Velazquez, 50 anos de idade
  48. Luis Daniel Wilson-Leon, 37 anos de idade
  49. Jerald Arthur Wright, 31 anos de idade
 
Nós como uma comunidade precisamos ajudar a divulgar a verdadeira natureza do crime, sobre as vidas das vítimas, e sobre os efeitos que isso terá sobre toda a comunidade. Precisamos fazer o mundo entender que isso foi um ataque contra a nossa comunidade -- sobre uma comunidade que é repetidamente atacada, ameaçada, abusada, presa, estuprada pela maioria odiadora. Temos enfrentado -- e continuaremos a enfrentar -- mais ódio, intolerância, e atos de violência do que nossos companheiros cisgêneros heterossexuais. Não podemos esquecer as lições que nos foram ensinadas pelas bombas caseiras em Atlanta, Londres e outros lugares, a cruel tortura de Matthew Shepard, ou a severa realidade das repetidas blitz em Stonewall -- mais importante ainda, não podemos deixar o mundo se esquecer de toda a violência que já enfrentamos e as batalhas que lutamos.

Só porque uma legislação foi aprovada, não somos iguais; nós e nossos grupos de ativismo ainda temos muito pelo que lutar. Nós nunca fomos iguais, e leis abstratas não podem mudar o fato de que a sociedade nos trata como inferiores. Nós precismos informar ao mundo que não nos sentimos seguros; que nossos lares, nossos locais de trabalho, nossas escolas, nossas boates e nossos "lugares seguros" não nos oferecem proteção.

Não é que não nos sintamos "mais" seguros, pois a violência contra as pessoas 'queer' não é nada nova; nós todos temos sido assediados, atacados, sofrido bullying, ou sido ameaçados de alguma maneira. Só porque espancamentos contra pessoas 'queer', discriminação no trabalho, prisões por causa do uso de banheiros, e ataques sexuais devido a uma aparência ou vestimenta 'queer' são ocultadas nas coberturas midiáticas -- mais exemplos de censura homofóbica da mídia -- isso não significa que essas coisas acabaram. Apesar de termos feito progresso em direção aos direitos iguais (com um caminho longo a percorrer), ainda somos vítimas de uma mentalidade nós-versus-eles. Essa tragédia prova que estamos sendo fisicamente vitimados, que a despeito do que diga a imprensa, não estamos seguros. Mesmo que houvéssemos nos sentido seguros antes, à luz do que aconteceu em Orlando, como podem as pessoas 'queer' sentirem-se seguras? Como podemos não temer todo dia que possamos acabar sendo vítimas de um tiroteio em massa visando pessoas 'queer'?

Pior ainda, como podemos nos sentir confortáveis em nossos "espaços seguros", nossos locais de afinidade, nossos empregos, nossos lares, nossos banheiros, nossos centros LGBTQIA+, nossos santuários, nossas boates gays? Como poderíamos presumir que estamos fisicamente seguros enquanto frequentamos um evento do Orgulho LGBTQIA+? O cronômetro do massacre não foi coincidência. Assassinar um grupo de pessoas 'queer' durante o mês do orgulho é um ato extremamente odioso, propositadamente feito para inspirar medo nas pessoas 'queer' em toda parte, durante um tempo no qual espera-se que celebremos e festejemos nossas identidades 'queer'.

Mas o Orgulho vai continuar, e assim deve ser. Nós não devemos nos esconder em nossas casas, não devemos faltar às paradas, não devemos evitar as boates, não devemos interromper demonstrações públicas de afeição ('queer'), não devemos voltar a agir como heterossexuais ou vestir roupas "normais", não devemos desistir do Orgulho. Não podemos abrir mão de nossas identidades queer. Agora mais do que nunca, precisamos ser orgulhosos. Precisamos mostrar ao mundo que não desistiremos, que não seremos silenciados, e que somos fortes.

Então, por favor, vão às Paradas do Orgulho. Exibam suas lantejoulas e arco-íris e glitter e saltos altos. Marchem nas paradas. Tremulem suas bandeiras. Celebrem nos comícios. Ajudem a levantar dinheiro com os que constroem fundos. Frequentem as apresentações. Mais importante ainda, vão às boates, às danceterias, e às festas; fiquem na rua até tarde e façam seus corações dançarem. Em honra às vítimas do massacre em Orlando -- que eles descansem orgulhosamente -- mostrem que vocês são orgulhosos de serem 'queer' e que você se recusam a recuar.

Com esperança em nossos corações,

Christian & Derrick
dois 'queers' entristecidos


Christian J. Lewis
Editor-Chefe do Queer Voices
Contribuinte para com o The Huffington Post


Derrick De Lise
Publicador no Queer Voices
Contribuinte para com o The Huffington Post

LUTO: Massacre na boate Pulse é o maior ataque terrorista com arma de fogo nos EUA



ATUALIZAÇÃO - 14:37



Por isso, vamos fazer o seguinte hoje:

Vamos encher as redes sociais de beijos nesse dia dos namorados.

Namoradas se beijando.
Namorados se beijando.
Todo mundo beijando seu amor,

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Carta aberta à comunidade queer (e ao mundo hétero no qual vivemos) - pelos editores do Queer Voices - traduzida por Sergio Viula:

https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2016/06/carta-aberta-comunidade-queer-e-ao.html

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