Mostrando postagens com marcador lésbica. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador lésbica. Mostrar todas as postagens

Karol Eller: Mais uma vítima fatal da "cura gay" e dos políticos fundamentalistas

 Por Sergio Viula


A influenciadora Karol Eller e o ex-presidente Jair Bolsonaro
Imagem: Reprodução/Instagram


Karol Eller pôs fim à vida no dia 12/10/23. Ela tinha apenas 36 anos de idade. Lésbica assumida, ela se envolveu com uma igreja que prega a conversão de homossexuais em heterossexuais. Ela esteve num retiro dessa igreja pouco antes de declarar que deixava de ser lésbica a partir de então. Em carta deixada, fica claro que isso não aconteceu de fato e que ela desistiu da vida. A questão é justamente essa: Como não ficar deprimida até à morte se o que você ouve e acredita ser verdade diz que você tem que odiar quem você é que não poderá mais ser você mesma se quiser ser "aceita no paraíso". Veja a gravação dessa live que só durou 14 minutos no Instagram, mas aborda uma série de coisas que muitos ainda insistem em não enxergar, mesmo tendo que enterrar mais uma.


ASSISTA AQUI:

https://youtu.be/JrtFG8WFYas

Dia Internacional do Orgulho LGBT: Importantes apontamentos

Por Sergio Viula







DIA 28 DE JUNHO é o Dia Internacional ORGULHO LGBT! E temos muito do que nos orgulhar! A maioria de nós sobreviveu a uma infância e adolescência onde era cada um por si e todos contra nós. Se você foi criança antes da década de 1990, arrisco-me a dizer que você não tinha referências positivas que representassem a sua individualidade enquanto pessoa sexodiversa na TV, no rádio ou nas publições impressas. Às vezes, eu me pego pensando: Quem dera eu pudesse ter assistido algo como Heartstopper quando eu tinha 12 anos, por exemplo. Se você ainda não ouviu falar nessa série da Netflix, ela foi inspirada nessa HQ aqui: https://amp-mg.jusbrasil.com.br/noticias/3125198/brasil-registra-54-crimes-virtuais-por-minuto


Teaser official da série na Netflix



Família, escola, igreja e trabalho

A família, ambiente onde devíamos ter sido acolhidos e incentivados ao pleno desenvolvimento de nossas habilidades e de nossos afetos, foi justamente onde encontramos mais incompreensão e repressão. Se nos enfiamos no armário - muitos de nós por décadas -, foi justamente por causa de algum interdito estabelecido por nossos pais ou outras figuras de autoridade contra a diversidade sexual. Esses episódios provavelmente aconteceram diante da TV ou ao redor da mesa de jantar. O cúmulo da violência emocional já é bastante conhecido; trata-se da verbalização de frases como "prefiro um filho viciado, bandido ou até morto a um filho gay." Muitas pessoas LGBT nunca se recuperam das feridas emocionais causadas pelas atitudes de quem deveria protegê-las e orientá-las no pleno desenvolvimento de suas identidades. Ao contrário disso, as famílias muitas vezes pressionam a pessoa LGBT para que se "converta" em heterossexual (e cisgênera no caso das pessoas trans).


A escola, ambiente onde deveríamos ter sido incentivados para o pleno desenvolvimento de nossas habilidades cognitivas e psicossociais, ouvimos os primeiros xingamentos e piadas de mau gosto por parte de estranhos sobre nosso jeito de agir e de falar. Muitas vezes, até mesmo nossos gostos pessoais por cores, brinquedos, jogos, grupos musicais e outras formas de entretenimento são criticados impiedosamente. Esse tipo de censura torna-se um dos mais sórdios estímulos à autorrepressão e à autocondenação por parte das pessoas LGBT por causa da LGBTfobia externa que acaba sendo internalizada por meio dessas interações destrutivas.


A igreja, ambiente onde deveríamos supostamente ser acolhidos como filhos e filhas amadas de algum deus, convivendo fraternalmente uns dos outros, é o lugar onde ouvimos as piores recriminações. E elas vêm do lugar que simboliza autoridade máxima em termos de doutrina - o púlpito. Mas, não apenas dali. Os estudos bíblicos em pequenos grupos, os cultos realizados em casas de "irmãos", os cochichos das bilhardeiras e bilhardeiros de plantão - todos esses dispositivos de controle são usados para manter a sexodiversidade dentro de uma caixa preta que não pode ser acessada sem que alguma degraça nos sobrevenha. Curiosamente, essa mesma igreja é o lugar menos seguro para crianças e adolescentes justamente por causa do assédio sexual que estes sofrem (muitas vezes, calados) por parte de pastores, diáconos, líderes de mocidade, organizadores de acampamentos, etc. Se esses lugares já são perigosos para a criança ou adolescente heterossexual cisgênero, imagine para a criança ou adolescente LGBT! Ninguém perde coisa alguma ficando longe dessa fábrica de neuroses.


Finalmente, o trabalho - esse ambiente onde deveríamos aplicar nossas habilidades, conhecimentos e experiência, preferencialmente numa atmosfera de cooperação, visando à manutenção e à expansão da empresa que nos contratou. Não é bem isso que encontramos ali, todavia. O bullying "corporativo", geralmente, disfarçado de piada, gracejo ou mesmo de supervalorização das experiências heterossexuais no campo erótico-afetivo, romântico e familiar é um dispostivo de repressão utilizado contra as pessoas sexodiversas. Em outras palavras, quem é heterossexual e cisgênero pode falar das férias com a namorada ou namorado sem qualquer constrangimento,  ou comentar sobre os filhos sem qualquer recriminação, mas nós, LGBT, somos tacitamente coagidos a não falar sobre nosso final de semana com nosso namorado ou namorada homoafetivo(a).  Se falarmos, devemos estar preparados para o que virá depois, uma vez que provavelmente não teremos mais sossego depois disso. Observe que a maioria dos funcionários heterossexuais de qualquer empresa tem um porta-retrato com seu amor em cima da mesa, mas pergunte a si mesmo(a) o seguinte: Quantos LGBT fazem o mesmo tranquilamente? Garanto que são muito poucos ainda. Você pode estar dizendo a si mesmo(a) que se isso lhe acontecesse, você raclamaria com um chefe. Mas, que chefe? A maioria deles faz participa ou finge que não vê o jogo de seus "subordinados" LGBTfóbicos.


Qual será o resultado disso tudo?

O resultado de toda essa pressão social e de muitas outras é a neurose do armário. Com isso, refiro-me à repressão e camuflagem que a pessoa LGBT acaba fazendo contra si mesma para tentar tansitar pela sociedade LGBTfóbica sem ser apontada o tempo todo como uma desviada ou pervertida. 

Mas, não pense que é confortável viver no armário para evitar confrontos. De modo algum, pois não existe um único ser humano que se reprima com sucesso por muito tempo, se é que consegue se reprimir de fato por qualquer átimo. O que acontece geralmente é que a pessoa enfiada no armário acaba recorrendo à vida dupla. Isto é, ela age como  se fosse heterossexual e cisgênera, inclusive casando-se ou namorando alguém do outro sexo, mas dá vazão ao seu real desejo em escapadelas que estão longe de ser satisfatórias. Pelo contrário, essa duplicidade cobra um preço emocional altíssimo. 

Experiências sexuais vividas às escondidas exigem um arsenal de mentiras e disfarces capaz de deixar cicratizes profundas em qualquer psiquê. Entre as pessoas que já viveram assim por algum tempo e depois saíram do armário, muitas deram um novo e belo rumo à própria vida. Porém, muitas pessoas já morreram ou ainda morrerão nessa gangorra emocional, jamais tendo experimentado o sabor da liberdade de ser e de agir de acordo com sua própria vontade sem as máscaras auto-impostas na esperança de evitar a dor da rejeição. Sair do armário pode doer, mas é uma vez só. Viver no armário é arrastar uma dor muito maior pelo resto da vida. 


Felizmente, é cada vez mais comum que as pessoas saiam do armário o mais cedo possível. É importante que se diga que essa "coisa" de sair do armário só se faz necessária porque a sociedade parte do princípio de que, via de regra, todo mundo é heterossexual e cisgênero. O nome disso é hetero-cisnormatividade. E nada poderia estar mais longe da verdade. Na realidade, a heterossexualidade exclusiva é uma ponta do espectro das nuances que caracterizam a sexualidade humana assim como a homossexualidade é outra. A maioria das pessoas está em algum lugar entre as duas. Mas, por causa do reiterado reforço dessa hetero-cisnormatividade imposta por meio de vários mecanismos e dispositivos psicossociais presentes em nossa cultura, a maioria das pesssoas LGBT precisa dizer em algum momento quem elas são e como se sentem. Sair do armário é libertador, mas também é um ato político e pedagógico ao mesmo tempo.


Dentre as pessoas que logo cedo se assumiram e colocaram a cara no sol, algumas foram acolhidas sem maiores problemas. Porém, a maioria teve que travar alguma batalha dentro da própria casa. Nos casos mais graves, as pessoas LGBT podem sofrer represálias e até serem expulsas de casa. Mas, a maioria conseguiu refazer a vida e se estabelecer sozinha. Essas pessoas contruíram seus próprios lares e estabeleceram novas e significativas amizades tanto com outras pessoas LGBT como com pessoas heterossexuais e cisgêneras esclarecidas.


Em paralelo a todos esses enfrentamentos no plano individual, nós, LGBT, ainda travamos verdadeiras batalhas no plano coletivo. Já travamos muitas lutas para fazer valer nossos direitos mais fundamentais; direitos esses que só foram garantidos ao custo de muito esforço e graças a aliados nas mais diversas esferas de poder.


Para conhecer melhor a história da diversidade sexual e das identidades de gênero no Brasil desde o período colonial até a contemporaneidade, recomendo sem moderação o livro Devassos no Paraíso, de João Silvério Trevisan. Não existe nada igual em português ou em qualquer outra língua a respeito da história LGBT do lado de baixo do equador.



Adquira o seu com a Companhia das Letras:
https://www.companhiadasletras.com.br/livro/9788547000653/devassos-no-paraiso-4-edicao-revista-e-ampliada




Como começou o Movimento LGBT?


Falando especificamente sobre a origem do Movimento LGBT moderno, algumas iniciativas heróicas e muito relevantes foram feitas na Europa, mas a luta por direitos ganhou força sem precedentes a partir do ano de 1969 com a Revolta de Stonewall, em Nova York, Estados Unidos. Esse levante aconteceu no dia 28 de junho; por isso, comemoramos o Dia Internacional do Orgulho LGBT nessa data.

No Brasil, especificamente, o Movimento LGBT, como concebido no período moderno foi deflagrado durante a Ditadura Militar (1964 a 1985). Duas publicações foram essenciais para esse despertamento: o jornal Lampião da Esquina (1978 a 1981) e o jornal ChanacomChana (1981 a 1987). O primeiro focava mais nos gays e nas travestis, enquanto o segundo era voltado para as demandas lésbicas, sendo vendido no Ferro's Bar em São Paulo. 

Apesar ter seu público majoritariamente entre lésbicas, o Ferro's Bar tentou reprimir a circulação do jornal - o que resultou num ato político promovido pelas lésbicas que deu origem ao que ficou conhecido como o Stonewall brasileiro (https://amp-mg.jusbrasil.com.br/noticias/3125198/brasil-registra-54-crimes-virtuais-por-minuto). A proibição da comercialização do periódico foi suspensa e o dia 19 de agosto ficou conhecido como o Dia do Orgulho Lésbico em São Paulo. Posteriormente, sendo adotado em todo o Brasil, nos Estados Unidos e em alguns países da Europa.



Fonte: 
https://jornal.usp.br/tv-usp/na-ditadura-midias-alternativas-quebraram-tabus-sobre-lgbts/




Conquistas da comunidade LGBT no Brasil:



1. criminalização da LGBTfobia;

2. reconhecimento social da identidade de gênero;

3. fim do tratamento das identidades trans como patologias;

4. fim dos tratamentos de “cura gay” por parte dos profissionais de saúde mental;

5. casamento civil igualitário;

6. permissão para casais homoafetivos adotarem crianças;

7. permissão para que crianças intersexo não tenham o sexo definido em suas certidões de nascimento;

8. procedimentos para a transição de gênero realizados pelo SUS.



Ainda há muito o que se fazer. Porém, essas vitórias para os direitos das pessoas LGBT, que nada mais são do que DIREITOS HUMANOS aplicados a indivíduos sexodiversos e que por muito tempo viveram sem quaisquer garantias civis, são fundamentais e profundamente emblemáticas. Cada uma dessas conquistas deve ser motivo de orgulho para toda a comunidade LGBT e seus aliados.


Apesar dos avanços, o Brasil ainda é o país que mais mata pessoas LGBT no mundo, muitas vezes com requintes de crueldade. O site Homofobia Mata, criado por Eduardo Michels, que durante 10 anos fez a melhor pesquisa sobre violência LGBTfóbica do Brasil, tem registros detalhados desses crimes até o ano em que ele se 'aposentou' da pesquisa: algum momento entre 2018-2019. Confira.


Mas, quando pensamos em outros países, temos, por um lado, motivos para celebração e, por outro lado, motivos para lamentação e luta. Entre os casos que nos alegram, podemos citar países progressistas e inclusivos como a Holanda, o Canadá, a Noruega. Só para citar três. Existem mais, é claro. Entre os casos que nos entristecem profundamente e que devem nos inspirar a lutar pelo fim da LGBTfobia em todo o mundo, encontram-se os países mais terrivelmente fundamentalistas e implacavelmente LGBTfóbicos, como a Arábia Saudita, o Qatar, o Irã, entre outros.


Atualmente, 69 países ainda condenam cidadãos LGBT por sua orientação sexual ou identidade de gênero. Até há pouco tempo, eram 71, mas Angola, Moçambique e Butão, que condenavam a sexodiversidade, baniram as leis absurdas. Que os demais sigam esse bom e justo exemplo.








Não basta descriminalizar a sexodiversidade


É preciso manter em mente que não basta não prender ou não condenar pessoas LGBT ao cárecere ou à morte. É preciso garantir seus direitos fundamentais em todos os países - direitos como os que já foram conquistados no Brasil e citados anteriormente nesse artigo.


Ainda existem muitas pessoas LGBT confinadas em campos de refugiados para não perderem suas vidas em suas próprias comunidades ou pelas mãos de seus prórpios parentes LGBTfóbicos. Um lamentável exemplo de campo de refugiados que atualmente conta com um grande número de pessoas LGBT é o campo de Kakuma no Quênia. Locais como esse deveriam proteger essas pessoas e proporcionar-lhe transição segura para locais onde elas pudessem morar, trabalhar e atingir sua autorrealização sem risco de morte, mas isso não está acontecendo e as autoridades internacionais parecem não se importar ao ponto de agir.


Por tudo isso e muitas outras coisas não mencionadas aqui por falta de espaço, é preciso celebrar o Dia do Orgulho LGBT com muita alegria e com muito orgulho próprio, fortalecendo a resistência contra a LGBTfobia que ainda grassa em certos ambientes. 

É preciso que as organizações que se colocam como representantes do Movimento LGBT organizado trabalhem de fato para combater essas injutiças, inclusive movendo processos contra pessoas ou instituições que façam demonstrações públicas de LGBTfobia, como foi o caso da cantora gospel Bruna Karla, que fez declarações extremamente homofóbicas numa entrevista veiculada pela Internet ao se referir a um "amigo" seu que é gay e que estava organizando seu casamento há alguns meses. Gente que faz esse tipo de discurso LGBTfóbico, especialmente em veículos de comunicação com amplo alcance, incluindo aqui as redes sociais, tem que ser processada. E os recursos obtidos com esses processos devem ser investidos em programas ou projetos que visem ao esclarecimento da população em geral e à capacitação de pessoas LGBT, especificamente, para profissionalização e inclusão no mercado de trabalho, a fim de que atinjam autonomia financeira.



LGBTfobia governamental



Damares e Jair Bolsonaro:
Dois inimigos declarados da comunidade LGBT

É notória a prevaricação do governo federal, capitaneada por Jair Bolsonaro e sua trupe de incompententes e desonestos. Estes devem ser alvo de reiteradas ações no Judiciário a fim de obrigá-los a cumprirem suas obrigações no que tange à comunidade LGBT. Tolerância zero para com fascistas e outros desse tipo. O mesmo deve ser aplicado a qualquer governo em nível estadual ou municipal.



O Estado não é vaca leiteira. O Estado corresponde ao conjunto de instituições no campo político e administrativo que organiza o espaço de um povo ou nação. 



É possível que também existam pessoas, inclusive LGBT, apenas funcionando como "cabides de emprego" em organizações vinculadas ao poder público. Em vez de trabalharem de fato para a inclusão e o bem-estar social de pessoas LGBT, esses servidores ou ocupantes de cargos comissionados só fazem isso mesmo: ocupam um cargo, quando deveriam realizar de fato o ofício confiado a elas. Em outras palavras, garantem seus salários, mas não cumprem suas obrigações. Refiro-me, especialmente, a organizações que são financiadas com dinheiro público, tais como coordenadorias e secretarias municipais e estaduais, bem como suas semelhantes na esfera federal. Esses órgãos geralmente estabelecidos por meio de lei ou decreto deveriam servir ao propósito de garantir os direitos das pessoas LGBT no âmbito do Estado, mas o que vemos muitas vezes é o contrário: Os responsáveis por seu funcionamento não cumprem seu papel - o que constitui crime de prevaricação (quando apenas deixam de fazer o que devem) ou peculato (quando se beneficiam pessoalmente dos poderes que seus cargos lhe conferem).  Devem ser advertidos - para começo de conversa - e processados se não fizeram os devidos ajustes de conduta, sendo eventualmente substituídos por quem tenha a competência e o compromisso de fazer o que o cargo determina.


A luta continua


Como se vê, temos muitos motivos pelos quais nos orgulharmos, mas também muitas lutas que precisamos continuar travando. E precisamos fazer isso sem nos descuidarmos de nossa própria vida. Afinal, temos pouco tempo para viver. Quem chegar aos 90 ou mais, ainda terá vivido pouco. Imaginem quem viver até os 40 anos de idade. E, cá para nós, a gente nunca sabe se vai estar o primeiro ou no segundo grupo. Por isso, não podemos adiar nossa autorrealização em nome de ideologias, partidos, organizações ou figuras políticas quaisquer que sejam elas. A vida passa rápido e logo seremos apenas mais um CPF cancelado, como diz aquele fascista do qual nos livraremos em outubro pelos meios democráticos mais legítimos - as eleições.


Uma imagem vale mais que mil palavras.




Então, lute, proteste, celebre! Porém, acima de tudo, VIVA sua vida da melhor maneira possível, respeitando a sua própria individualidade como ser fundado e atravessado pela diferença. Afinal, nem as impressões digitais dos meus dois polegares são idênticas - quanto menos esses mais 9 bilhões de indivíduos que respiram o oxigênio desse lindo planeta.

Empodere-se com leituras que abordem os interesses de nossa comunidade. Na Internet, você pode encontrar muita coisa boa em texto, podcast e vídeo. Não dê IBOPE para os detratores. Fortaleça nossos concidadãos LGBT e os canais que valorizam a nossa subjetividade e a nossa comunidade. 

Uma boa lista de livros autorados por pessoas LGBT ou que entendem bem a nossa realidade, mesmo não sendo LGBT necessariamente. pode ser acessada aqui no site da Companhia das Letras:

https://www.companhiadasletras.com.br/evento/leiacomorgulho

Eu mesmo comprei uma penca de livros esse mês por aqui. 

Também recomendo muitíssimo o livro de Letícia Lanz, O Corpo da Roupa, que só pode ser adquirido por aqui: O CORPO DA ROUPA (https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-827981469-livro-o-corpo-da-roupa-leticia-lanz-2-edico-original-_JM) . Ela também escreveu A CONSTRUÇÃO DE MIM MESMA (https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-827981469-livro-o-corpo-da-roupa-leticia-lanz-2-edico-original-_JM). Li esse também e recomendo. O primeiro é uma obra fantástica sobre gênero e o segundo é autobiográfico e tocante. Letícia Lanz é uma pessoa trans com excelente formação e entende muito bem do que está falando.

Tem SORTEIO DE LIVRO  no meu INSTAGRAM! Começa hoje, domingo, 26/06/22, e termina na terça-feira, dia 28/06/22, quando farei uma live às 22h para anunciar os vencedores. Serão dois livros. Saiba mais nesse meu vídeo aqui no Instagram: 
https://www.instagram.com/tv/CfRS0U6haAX/?utm_source=ig_web_copy_link


***********

LEIA MAIS LIVROS COM TEMÁTICA LGBT. 🌈
Deixo aqui um link para os meus livros (ebook no Amazon):
https://www.amazon.com.br/Sergio-Viula/e/B00ASO8T24/ref=aufs_dp_fta_dsk

***********



Parada LGBT de São Paulo 2022


Orgulhe-se de suas cores não apenas durante uma das mais de 270 paradas do orgulho LGBT que acontecerão esse ano no Brasil. Afinal, todo dia é uma nova oportunidade para ser e fazer a diferença no mundo! Viva seu dia-a-dia bem out and proud! (Não entendeu, joga no Google). 😂😂😂😂

SSEX BBOX: Flashes dos meus primeiros momentos neste sábado

Buck Angel e Sergio Viula

 Alexandra, Beto, Indianara e Tatiana Lionço

Beto

Priscila Bertucci, Beto, Indianara e Tatiana

Indianara, Sergio e Katia Viula

Alexandra e Sergio Viula

João Nery e Sergio Viula

Sergio, Beto e Katia

João Nery, amiga e eu

Esses foram alguns dos gostosos encontros depois da minha chegada ao SSEX BBOX no Centro Cultural São Paulo neste 21 de novembro. Amanhã, participarei de uma mesa às 10 horas. Apareça. Senhas gratuitas uma hora antes.

SSEX BBOX: Sergio Viula confirmado. Veja quem mais aqui.


Divulgue e compareça. Será simplesmente phodástico!

PROGRAMAÇÃO COMPLETA

DA 1ª CONFERÊNCIA INTERNATIONAL [SSEX BBOX] & MIX BRASIL DE SÃO PAULO: http://migre.me/rQeRT

----------------------------------------------------------------------

DESDE DOMINGO, 01/11/15, VOCÊ JÁ PODE SE INSCREVER NA 1ª CONFERÊNCIA INTERNACIONAL [SSEX BBOX] & MIX BRASIL.

A CONFERÊNCIA É GRATUITA E AS VAGAS SÃO LIMITADAS.
CLIQUE NO LINK E INSCREVA-SE!
http://www.ssexbbox.com/primeira-conferencia/


Gays, travestis e transexuais no Budismo

https://aasaoficial.wordpress.com/2015/01/25/gays-travestis-e-transexuais-no-budismo/

Gays, travestis e transexuais no Budismo 


Leia essa e outras matérias sobre sexualidade e religião aqui:

https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/p/wicca-e-sexodiversidade-por-sergio.html

Lésbica condenada à morte a ponto de ser deportada para seu país de origem. Veja como apoia-la.

Aderonke, condenada à morte na Nigéria por ser lésbica.


A família de Aderonke foi assassinada e ela foi presa, torturada e sentenciada à morte na Nigéria por ser lésbica. No momento, ela está segura no Reino Unido.

Porém, eles estão querendo manda-la de volta, apesar do perigo. Aderonke, como dezenas de outros LGBT buscando asilo, está parada num processo que o governo do Reino Unido já admitiu ser humilhante e abusivo. Na verdade, ele não funciona para proteger quem quer que seja.

Mas, se milhares de nós falarmos agora mesmo, poderemos fazer com que o Home Office dê mais um passo e pare com as deportações. Você poderia assinar a petição para a Secretaria Theresa May do Home Office agora mesmo?

A petição está apenas em inglês, mas você pode assina-la rápida e facilmente aqui:

https://www.allout.org/en/actions/aderonke

Obrigado.

Por um mundo igualitário!

Canal das Bee: Super recomendo!

CANAL DAS BEE

CONFIRA NO YOUTUBE.

Muito bom!!!





TEMA DESSA CONVERSA: ESTUPRO



Tem muita coisa boa no canal. 
Confira aqui: 
https://www.youtube.com/user/CanalDasBee

ANISTIA INTERNACIONAL: Espancada e morta aos 24 anos: não deixe Noxolo Nogwaza ser esquecida.

Noxolo Nogwaza


Espancada e morta aos 24 anos: 
não deixe Noxolo Nogwaza ser esquecida. 

Entre em ação agora! 

Em abril, completam-se três anos desde que Noxolo Nogwaza foi assassinada. Ela tinha 24 anos e voltava de uma noite com amigas e amigos quando foi atacada e estuprada por um grupo de homens, que em seguida a espancaram até a morte e a jogaram numa vala de esgoto. Aparentemente, o ataque foi motivado por sua orientação sexual. O caso de Noxolo teve repercussão internacional, mas mesmo assim, após três anos, nenhum progresso foi feito nas investigações e os responsáveis pelo ataque continuam livres.

Acesse: http://ativismo.anistiabrasil.org.br/noxolo/?source=banner_home

Nota: Você pode deixar seu telefone. Se preferir não deixar telefone, mas quiser assinar a petição, coloque uma sequência de oito números 9, tipo 99999999. 
Só não deixe de assinar a petição.

Controlar a vida sexual dos outros, chega dessa neurose!


Controlar a vida sexual dos outros, 
chega dessa neurose!


por Sergio Viula


Não é interessante que um estudo intitulado “Who are the Swingers and Why do they Swing?”, falando de casais que fazem sexo com outras pessoas, tenha descoberto que os swingers são geralmente pessoas de classe média-alta que vêm tanto da ala conservadora como da ala liberal no campo político? Não posso deixar de destacar que, curiosamente, o percentual de conservadores é o mais alto.

Ninguém deveria se espantar com o fato de que sexo seja algo tão poderosamente estimulante e potencialmente satisfatório. Afinal, ao longo da história evolutiva, desenvolvemos um sistema nervoso minuciosamente conectado aos nossos órgãos sexuais, enchemos nosso sangue de hormônios sexuais e dedicamos vastas áreas do nosso cérebro a pensamentos sobre sexo. O que causa espanto é por que tanta gente se sente impelida a condenar a própria vida sexual e a dos outros ao celibato ou a algum tipo de moralismo castrador que impeça a fruição do que tão efemeramente se esvai – o corpo. Mesmo que um ser humano possa desfrutar prazer sexual por 100 anos, isso ainda seria considerado tempo ínfimo no contexto da história universal.  Prazer está relacionado à vida. Na morte, não há dor nem prazer. 

Ironicamente, nossos restos mortais poderão abastecer outros seres vivos que, mesmo vivendo menos do que nós, farão muito mais sexo do que muitos daqueles que lhes servirão de pasto. Imagine servir de lanchinho para minhocas que sempre se fertilizam mutuamente fazendo um 69... Para que desperdiçar tempo precioso que poderia ser bem gozado? Por que se submeter a coisas nocivas como medo, culpa e ansiedade? Cada minuto de prazer mutuamente consentido dispensa qualquer justificativa. 

É quase certo que enquanto nos deleitamos aqui pensando em sexo (fazer é melhor ainda) alguma voz irada esteja gritando palavras como gonorreia, sífilis, AIDS, para silenciar o desejo que o dono dessa mesma voz sente aflorar dentro de si mesmo e para espalhar pânico entre os que não sigam sua cartilha de autocastração. Contudo, deixar de desfrutar do próprio corpo e/ou do corpo alheio não é solução para nada disso. O cuidado de si não impede o sexo e vice-versa. Além disso, a falta de prazer sexual, assim como de outros prazeres na vida – todos eles direta ou indiretamente ligados à satisfação dos sentidos – pode gerar diversas doenças psicossomáticas (aquelas caracterizadas pela circularidade mente-corpo).

O que pessoas neuróticas geralmente fazem quando se trata de falar de sexo é acentuar o negativo. Essa parece ser – para elas – a melhor forma de encerrar o assunto antes que sintam comichões na glande ou na vulva.

A “sabedoria” popular dirá que não há coisa mais perigosa para seu lar, família e país, para sua saúde e bem-estar do que SEXO. De acordo com Stephen Mason, Ph.D. em seu aritgo Look At It This Way, publicado em Agosto de 2009, 31% dos homens e 43% das mulheres hoje sofrem de um ou mais sintomas de disfunção sexual. Como poderia ser diferente em meio ao controle exercido pelo Estado, pelas religiões, pelas famílias, etc.? 

O Dr. Mason destaca que o mais óbvio sinal de neurose é uma necessidade esmagadora de controlar alguma coisa.  O neurótico se sente à deriva em meio a emoções e crenças irracionais.  Ele faz de tudo para exercer controle sobre si mesmo e sobre os outros. Essa parece ser a força motivadora por trás daqueles que censuram e condenam tudo o que eles não podem manejar.

Ultimamente, tenho ouvido algumas pessoas dizerem que é importante controlar a Internet. Geralmente, essas pessoas saem com pérolas tais como: “pornografia é coisa do diabo”, “a promiscuidade vai acabar com o casamento”, “masturbação é igual ao adultério”, “camisinha estimula a prostituição”, “prostituição é coisa de comunista” (dizem alguns da direita), “prostituição é coisa de capitalista” (dizem alguns da esquerda), e por aí vai. 

Tem gente que ouve ou lê esse tipo de coisa e conclui que tudo isso deve estar certo. Outros repetem essa papagaiada acreditando que esse discurso poderá lhes dar um status de superioridade moral ou uma qualidade de pureza tipo exportação. Essas pessoas acreditam que sexo não seja normal, íntegro, saudável. É muito provável que essas pessoas nunca tenham visitado um hospício.  O pior é que esse tipo de discurso prevalece em muitos ambientes e na cabeça de muita gente. 

Esses dias, eu estava vendo comentários feitos por HOMENS GAYS a respeito de casamento e de promiscuidade num grupo GAY desses que se criam no Facebook. Numa postagem sobre direitos civis, um cara soltou essa: “Como podem querer respeito se não se dão o respeito”. Ele se referia à liberdade com que alguns encontram parceiros e vivenciam a sexualidade. A lógica aqui é: você não pode exigir direitos civis e segurança social se der o cu para qualquer um ou se comer o cu de qualquer um. Mas, pergunto: Será que dar o seu PRÓPRIO cu ou comer o cu dos outros quando esses VOLUNTARIAMENTE o dão faz de você menos cidadão do que qualquer pessoa que não trepe, ou que só trepe de um jeito, ou sempre com a mesma pessoa a vida inteira? Recorro ao dito popular: O que tem a ver o cu com as calças?

Ah, e é bom que fique claro: recorro ao cu por ser um dos tabus que os neuróticos adoram alimentar e manter. A maior e melhor parte do sexo pode não ter nada a ver com penetrar ou ser penetrado(a), mas com lamber e ser lambido(a). Só isso já poderia diminuir imensamente as tensões masculinas com relação à expectativa de mulheres ou de outros homens por ereção, tornando tudo ainda mais divertido. 

Outro mito é pensar que os homens são naturalmente predadores sexuais. Quem acredita nisso esquece que as mulheres, tanto as heterossexuais quanto as homossexuais e as bissexuais, carregam imenso potencial para experiências sexuais. Provavelmente, fatores históricos, culturais e sociais expliquem porque as mulheres ‘parecem’ menos ativas que os homens na pegação. Ninguém me convence de que isso nada tenha a ver com genuína falta de desejo ou com algum tipo de natureza intrinsicamente romântica. Esse tipo de hipótese parece – isso, sim – mais uma das muitas estratégias de infantilização da mulher. Mulheres fogosas podem deixar um homem ou outra mulher no tatame quando o assunto é relação sexual.

O mais interessante é ver que as pessoas que fazem esse discurso moralista em público são as mesmas que fazem o contrário dele em particular. A sensação que tenho é que quanto mais santarrona, mais puta; quanto mais pudico em público, mais puto entre quatro paredes. E, às vezes, nem precisa de paredes.

Sobre a luta por controle, vale dizer que esse batalhão de neuróticos devota toda energia possível para tentar estabilizar suas próprias psiquês movediças - nada menos que desespero. Já os que estão confortáveis com o sexo têm mais o que fazer. A lógica dessas pessoas é a seguinte: para que declarar uma guerra diária aos desequilibrados se esse tempo pode ser gasto desfrutando do que realmente interessa: de SEXO? 

O Dr. Mason caridosamente nos faz lembrar que cem anos atrás, os especialistas estavam convencidos de que a masturbação desviava sangue do cérebro para as genitais e causava demência. Quanta gente deve ter enlouquecido sob o peso da ansiedade de que a loucura se instalasse depois de uma simples ‘bronha’ ou ‘siririca’. É provável que pouquíssimas mulheres se permitissem esses prazeres, levando em conta que sempre foram mais vitimadas pelo controle social sobre o sexo. Não admira que o número de casos de histerismo entre mulheres tenha chamado a atenção de Freud.

O Dr. Mason também recorda que cinquenta anos atrás, livros de medicina ainda incluíam como sintomas da masturbação a postura encurvada e os olhos fundos. Imagine quantos acadêmicos, de tanto se debruçarem sobre livros e computadores, seriam rotulados atualmente como punheteiros ‘compulsivos’. O Dr. Mason registra também que apenas uma geração atrás, o cirurgião geral das Nações Unidas foi demitido porque ousou usar os termos masturbação e educação sexual na mesma frase.  

Hoje os neuróticos entre nós (juntamente com aqueles que sabem mais e nada fazem) têm espalhado uma mensagem realmente doente: Se as pessoas vão se masturbar, elas pelo menos terão que se sentir culpadas e envergonhadas.

Então, da próxima vez que alguém começar a lhe dizer que é preciso banir a pornografia, censurar a Internet, fechar clubes de swing, casas de massagem, saunas e similares, ou simplesmente ‘dar-se o respeito’, ou que tudo o que não se encaixe no casamento monogâmico e vitalício é promiscuidade, pergunte a si mesmo(a) se essa necessidade de controlar outros que eles demonstram não seria simplesmente a incapacidade deles de se controlarem a si mesmos. E nunca esqueça: os neuróticos nunca ficam satisfeitos. Deixe que eles fechem o sex shop local, e a próxima coisa que eles farão será fechar todo e qualquer site que fale com naturalidade, liberdade e prazer sobre as delícias de um encontro sexual bem-sucedido, mesmo quando esse encontro for apenas de si consigo mesmo num delicioso cinco contra um. 

Faça tanto sexo tanto quanto desejar com aqueles/aquelas que legitimamente o consentirem; ou faça sexo a vida inteira com apenas uma pessoa se os dois desejam isso; ou não faça sexo algum se esse ‘não-fazer’ for fruto de um ‘não-desejo’ tão tranquilo quanto o ‘não-desejo’ de comer carne por parte de uma zebra. Se o ‘jejum’ for fruto de autoimposição e de imposição externa, essa abstinência não passará de mera repressão e hipocrisia. 

Gente que goza em paz geralmente vive em paz.. Gente sexualmente frustrada geralmente transfere essa frustração para tudo e todos à sua volta. Há quem chegue às raias do estupro e da morte. Não é a pornografia, o swing, a masturbação, a prostituição e coisas semelhantes que promovem a violência sexual. Pelo contrário, onde homens e mulheres podem se entregar livremente ao prazer que aspiram, desde que sob consentimento mútuo e em condições semelhantes, não há motivação para toma-lo à força.





Carta de uma filha lésbica ao pai milionário e inconformado

Cecil Chao, um multimilionário de Hong Kong, oferece 90 milhões de euros ao homem que conseguir conquistar o coração da sua filha.

ANA GOMES FERREIRA
29/01/2014 - 20:54




A carta de Gigi ao pai foi publicada na terça-feira nos dois principais jornais de Hong Kong


O que faria se fosse uma mulher lésbica e felizmente casada e o seu pai oferecesse dinheiro a um homem para a convencer a casar-se com ele? Gigi Chao escreveu uma carta: “Irei sempre perdoar-te por pensares como pensas porque te conheço e sei que estás a fazer isto a pensar no meu bem. Mas no que diz respeito a relações afectivas, as tuas expectativas não são coerentes com a minha realidade”.

A carta aberta ao pai foi publicada na terça-feira nos dois principais jornais de Hong Kong, a região da China onde moram Gigi e o pai, Cecil Chao, o empresário do imobiliário e da construção de navios multimilionário inconformado com a opção sexual da filha. Em Abril de 2012, quando Gigi se casou em França — os casamentos gay não estão legalizados em Hong Kong e só desde 1991 a homossexualidade foi descriminalizada —, com a namorada, Sean Eav, o pai deu um passo arriscado. Ofereceu dinheiro ao homem que conseguisse casar-se com a filha.

Na semana passada, Cecil Chao ofereceu 90 milhões de euros, duplicando o valor inicial do que diz ser “um dote”. “Não me interessa se [o homem] é rico ou pobre. A minha única preocupação é que tenha bom coração”, disse o pai ao South China Morning Post. Antes, já tinha sugerido que Gigi gostava de mulheres porque não lhe tinha aparecido um homem aceitável. “Do que ela precisa é de um bom marido.”

Cecil, de 77 anos, explicou que não quer obrigar a filha a casar-se com um homem escolhido por ele. Os jornais de Hong Kong dizem que chegou a fazer entrevistas a homens candidatos (apareceram 22 mil interessados), e que duplicou o "dote" porque o tempo está a passar sem progressos.

Se nas primeiras declarações Cecil parecia não aceitar a sexualidade da filha, as que fez agora, nas vésperas de aumentar a "recompensa", têm uma leitura dúbia. "Não quero interferir na vida privada da minha filha. Mas desejo que tenha um bom casamento e que tenha filhos e que herde os meus negócios", disse o pai.

Gigi, numa entrevista recente, também levantara a possibilidade de poder existir um homem na vida dela, caso ela se desse bem com ele e este doasse "muito" dinheiro à organização de caridade dela. "E desde que ele não se importasse que eu já fosse casada", disse, revelando ainda que recebeu muitas chamadas telefónicas de homens que resumiam a conversa a uma frase: "Quero tornar-me milionário".

Os 90 milhões de euros fizeram Gigi reaparecer nas capas dos jornais chineses, europeus, americanos, pelas razões erradas. E a empresária decidiu que já bastava. Não quer ver o seu casamento tratado como um fait divers e em textos que nem sempre têm o melhor dos tons. A mulher, empresária de 33 anos (e socialite, é figura habitual das festas de Hong Kong e não só), decidiu responder ao pai.

Já tinha feito declarações, antes da carta. Esta, por exemplo: “Eu sei que ele me ama, mas é de outro tempo e é-lhe difícil perceber a questão LGBT [lésbicas, gays, bissexuais e transgénero]. Quando estamos a trabalhar, trabalhamos, quando estamos em casa, abraçamo-nos e dançamos... concordamos em discordar na questão do que é um casamento e uma família”, disse Gigi.

O statu quo que pensara ter atingido, porém, não existia e os 90 milhões de euros vieram provar que Cecil Chao não o aceita e não desiste.

Gigi Chao ignorou as opiniões nos media — houve quem acusasse o pai de estar a vender a filha. Ultrapassou a palavra “dote”, de que não gostou: “Estou preocupada com a utilização da palavra num país asiático, quando é sabido que os ‘dotes de morte’ constituem um problema de direitos humanos na Índia”. (Anualmente morrem na Índia centenas de mulheres recém-casadas, assassinadas pelos maridos ou família destes — outras cometem suicídio devido aos maus tratos — que pretendem ficar com os dotes mas não com a mulher.) E, na carta, volta a deixar claro que gosta do pai.

Nem sequer lhe pede para aceitar a sua mulher. “Não espero que sejam bons amigos.” Apenas deseja que o pai trate Sean Eav “como um ser humano normal e que merece ser tratado com dignidade” — “Isso significaria tudo para mim.” "Amo a minha parceira, Sean, que me trata bem, cuida de mim, certifica-se de que me alimento, de que tomo banho todos os dias e de que estou confortável, e que em geral faz de mim uma rapariga feliz. Ela é parte da minha vida e eu sou uma pessoa melhor por causa dela."

Também pede desculpa ao pai por, de alguma forma, o ter levado a pensar que se casara com uma mulher por não existirem “homens bons e dignos em Hong Kong”. Não é disso que se trata, tenta dizer-lhe. “Irei sempre perdoar-te por pensares como pensas”, escreve Gigi Chao, que por conhecer o pai deixa também a ideia de que um dia, mais longínquo do que próximo, talvez Cecil entenda a homossexualidade e esta filha (tem três, de mulheres diferentes com quem viveu ou namorou mas com quem nunca se casou). Diz que “há muitos bons homens”, só “não são” para ela, e despede-se: “Pacientemente tua”, Gigi.


Fonte: http://www.publico.pt/mundo/noticia/carta-de-uma-filha-lesbica-ao-pai-milionario-e-inconformado-1621572

FROZEN: Veja porque assistir


Acabei de assistir Frozen por indicação de Débora Ramires hoje de manhã. Peguei uma sessão ao meio-dia, quase exclusivamente para mim. Cinema vazio devido ao horário. Simplesmente AMEEEI! Ela está absolutamente correta na análise e indicação (vejam post compartilhado abaixo). Chorei... tudo tão queerly touching and surprising! Nossa, sem palavras aqui! Não sei como Débora as encontrou... Obrigado pela dica, smart girl. 

E fica aqui meu reforço na recomendação. 

Beijos queer!

Sergio Viula


Dia Nacional da Visibilidade Lésbica




Em comemoração ao Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, o Blog Fora do Armário apresenta uma série de dicas para mulheres que amam mulheres: de espaço para militância a sala de bate-papo. Tudo com bastante estrogênio e alguma testosterona... ;)

Saudações Sáficas, meninas!



Aproveitem para assistir Flores Raras - ótimo programa!


LIGA BRASILEIRA DE LÉSBICAS:

http://lblnacional.wordpress.com/


A Liga Brasileira de Lésbicas é uma expressão do movimento social, de âmbito nacional, que se constitui como espaço autônomo e não institucional de articulação política, anti-capitalista, anti-racista, não lesbofóbica e não homofóbica e de articulação temática de mulheres lésbicas e bissexuais, pela garantia efetiva e cotidiana da livre orientação e expressão afetivo-sexual. É um movimento que se soma a todos os movimentos sociais que lutam e acreditam que um outro mundo é possível, segundo os princípios listados nesta carta.1 A LBL é uma articulação de grupos, entidades, movimentos, lésbicas e bissexuais autônomas / independentes que dela participem.


*****

REDE SOCIAL PARA LÉSBICAS
http://leskut.com.br/

O Leskut é uma Rede Social voltada para mulheres que amam mulheres. Lésbicas, bissexuais, indecisas ou apenas curiosas são bem-vindas.


*****

PEGAÇÃO LÉSBICA NO BATE-PAPO BOL:

http://bpbol.uol.com.br/bytheme.html?nodeid=7142#rmcl


*****


PREVENÇÃO CONTRA DST (DICAS PARA LÉSBICAS):

http://www.canalsap.com.br/como-lesbicas-podem-se-prevenir-de-dst/


*****


SÉRIE E FILMES COM TEMÁTICA LÉSBICA:

http://entrelesbicas.wordpress.com/


*****


SITE DE VARIEDADES LÉSBICAS:
http://www.lezfemme.com.br/


*****


EDITORA BRASILEIRA VOLTADA PARA LÉSBICAS:
http://www.editoramalagueta.com.br/editora3/


*****

IDEIAS PARA VIAGEM (COMPANHIA DELTA):

http://pt.delta.com/content/www/en_US/traveling-with-us/where-we-fly/destinations/lesbian-and-gay-travel.html


*****


EMPRESA DE CRUZEIROS LÉSBICOS:
http://discoversweet.com/


*****

APOIO POR TELEFONE:



PARA TODO O BRASIL, DISQUE 100 E ESCOLHA A OPÇÃO LGBT NO MENU.

PARA TODO O ESTADO DO RIO DE JANEIRO: 0800 0234567 (DISQUE CIDADANIA LGBT)


*****


PARA PAIS E MÃES DE LÉSBICAS:

Está confuso(a) por ter uma filha lésbica? É lésbica e seus pais não compreendem? - Fale com o Grupo de Pais de Homossexuais:
 
http://www.gph.org.br/

Ônibus de São Paulo exibirão vídeo sobre a visibilidade lésbica



Ônibus de São Paulo exibirão vídeo sobre a visibilidade lésbica


Cerca de dois mil ônibus do transporte coletivo da cidade de São Paulo, exibirão por uma semana, entre os dias 24 e 31 de agosto, um vídeo institucional alusivo ao Dia da Visibilidade Lésbica. A ação é fruto de parceria entre a Coordenação de Políticas LGBT, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania e da SPTrans, da Prefeitura de São Paulo.

Parte das atividades promovidas no mês de agosto pela Coordenação de Políticas LGBT, o vídeo foi produzido com a participação de ativistas da cidade de São Paulo e traz mensagens de respeito à diversidade e aceitação da pluralidade. A iniciativa remete ao dia 29 de agosto, Dia Nacional da Visibilidade Lésbica. A ideia de se usar o termo “visibilidade” objetiva colocar em cena questões pertinentes a mulheres lésbicas e bissexuais, para que elas sejam reconhecidas na vida social como sujeitos de direitos, como cidadãs.

O diretor de Marketing da SPTrans, Mauro Scarpinatti, diz que a ação faz parte do compromisso social da autarquia. A 17ª Parada do Orgulho LGBT do município, realizada em 2 de junho, foi tema de uma edição semanal do Jornal do Ônibus, que circula em cerca de 15 mil veículos, resultado da mesma parceria.

O Coordenador de Políticas LGBT da Prefeitura, Julian Rodrigues, afirma que essa é uma forma de ampliar o potencial de defesa da cidadania, a partir do cotidiano das pessoas. “É uma iniciativa que tem toda a relação com o objetivo principal do Dia da Visibilidade Lésbica; queremos levar ao cidadão paulistano uma mensagem de respeito à diversidade. Realizar ações de promoção da cidadania de mulheres lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais é prioridade da nossa gestão na Coordenação de Políticas LGBT da Prefeitura de São Paulo”.

Também no sábado, 24 de agosto, será realizado o Encontro Municipal de Mulheres Lésbicas e Bissexuais. Será no Hotel Braston, rua Augusta, nº 237. Laicidade do Estado, direitos sexuais e reprodutivos, violência e políticas de educação estão entre os temas que serão debatidos.

ONU lança campanha mundial para promover a igualdade LGBT



ONU lança campanha mundial para promover a igualdade LGBT


O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) lançou esta sexta-feira (26) a campanha Livres e Iguais de educação pública global para promover a igualdade de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT).

Numa conferência de imprensa realizada na Cidade do Cabo, África do Sul, a Alta Comissária para os Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, acompanhada pelo arcebispo emérito Desmond Tutu e pelo Juiz Edwin Cameron do Tribunal Constitucional Sul-Africano anunciou o projeto que terá um ano de duração. A versão brasileira da campanha será lançada em outubro próximo.

“A Declaração Universal dos Direitos Humanos promete um mundo no qual todos nascem livres e iguais em dignidade e direitos – sem exceções, sem que ninguém seja deixado para trás”, disse a Alta Comissária Pillay. “No entanto, ainda é uma promessa vazia para muitos milhões de pessoas LGBT forçadas a enfrentar o ódio, a intolerância, a violência e a discriminação em uma base diária.”

“A mudança de atitudes nunca é fácil. Mas já aconteceu em relação a outras questões e está acontecendo já em muitas partes do mundo em relação a esta mesma questão. Ela começa com conversas muitas vezes difíceis”, disse Pillay. “E é isso que nós queremos fazer com esta campanha. “Livres e Iguais” vai inspirar milhões de conversas entre as pessoas em todo o mundo e em todo o espectro ideológico.”

A campanha tem como objetivo aumentar a conscientização sobre a violência e discriminação homofóbica e transfóbica, e incentivar um maior respeito pelos direitos das pessoas LGBT. Ao longo do próximo ano, será lançada uma série de conteúdos criativos na mesma linha conceitual de O Enigma, um vídeo divulgado pelo ACNUDH para o Dia Internacional Contra a Homofobia e Transfobia, e A história de uma mãe do Brasil, que é o primeiro de uma série de filmes com entrevistas aos familiares das pessoas LGBT em todo o mundo.

A história de uma mãe brasileira

O Enigma


A campanha surge na sequência de um relatório ACNUDH publicado em dezembro de 2011, que foi o primeiro relatório oficial da ONU sobre a violência e discriminação contra pessoas LGBT. O relatório documentou abusos generalizados dos direitos humanos. Hoje, mais de 76 países ainda criminalizam relações homossexuais consensuais, enquanto em muitos outros a discriminação contra pessoas LGBT é generalizada – inclusive no local de trabalho, bem como nos setores da educação e saúde. A violência e a manifestação de ódio contra pessoas LGBT, incluindo agressão física, violência sexual e assassinato seletivo, foram registadas em todas as regiões do mundo.

A campanha vai se focar na necessidade de reformas legais e educação pública para combater a homofobia e transfobia.

Várias celebridades empenhadas em promover a igualdade deram o seu apoio a “Livres e Iguais”, tornando-se campeões da igualdade da ONU e ajudando a espalhar mensagens e materiais de campanha através das redes sociais. Entre esses incluem-se o artista pop Ricky Martin, a cantora Sul Africana Yvonne Chaka Chaka, a atriz de Bollywood Celina Jaitly e a cantora brasileira Daniela Mercury. Outros campeões da igualdade serão anunciados à medida que a campanha se desenrola.

Siga a campanha Livres e Iguais nas redes sociais:
Facebook: https://www.facebook.com/free.equal
Twitter: http://www.twitter.com/free_equal

Saiba mais sobre a campanha Livre e Igual em 
https://www.unfe.org/

Lésbica violentada com uma escova de banheiro, e assassinada

África do Sul: Lésbica violentada com uma escova de banheiro, e assassinada

Enquanto o Presidente dos EUA Barack Obama visitava a África do Sul, uma jovem lésbica foi brutalmente violentada, assassinada e lançada na periferia de Joanesburgo.


01 julho de 2013
BY DAN LITTAUER

TRADUÇÃO: SERGIO VIULA



Duduzile Zozo


Uma mulher lésbica foi brutalmente violentada com uma escova de banheiro e assassinada no que se acredita ter sido um crime de ódio em Ekurhuleni, África do Sul.

O corpo seminu de Duduzile Zozo, 26 anos de idade, foi encontrado em Thokoza, Ekurhuleni, uma região na periferia de Joanesburgo, na manhã de domingo, reportou o Daily Sun.

Ativistas LGBT têm conclamado o governo da África do Sul a agir agora contra o crime de ódio e pediu ao Presidente dos EUA Barack Obama, que está visitando o país, para levantar o tema dos crimes de ódio contra pessoas homossexuais.De acordo com a polícia, o corpo de Zozo foi encontrado com uma escova de banheiro enfiada em sua vagina.

A inconsolável mãe de Zozo, Thuziwe Zozo, disse ao jornal que suspeita que sua filha tenha sido assassinada por causa de sua sexualidade.

"Ela era lésbica, mas nunca teve problemas antes. As pessoas a amavam e a admiravam," disse ela.

Num de seus últimos posts no Facebook na sexta-feira, ela escreveu: ‘No final, só nos arrependemos dos riscos que não corremos, do relacionamento que tivemos medo de manter, e das decisões que esperamos por tempo demais para tomar...’A polícia declarou que está investigando depoimentos de que Zozo foi vista numa taverna no sábado à noite.

O Capitão de Polícia Godfrey Maditsi pediu que o público "compareça com qualquer informação que possa ajudar a colocar os responsáveis atrás das grades."

Thulisle Msiza, Diretora do Ekurhuleni LGBTI, disse ao Mambaonline: "Parece que as lésbicas não podem ir a lugar algum."

"Não podemos ser nós mesmas. Temos que nos esconder, de outro modo somos mortas. Temos que ficar de portas fechadas - como animais enjaulados."

‘É como se estivéssemos vivendo na era do apartheid de novo e os homossexuais estivessem sendo oprimidos.’

A prefeitura local tem notado o aumento de ataques brutais contra mulheres lésbicas.Em abril, o corpo da lésbica assumida Patricia Mashigo (36), mãe de dois filhos, foi jogado na região de Daveyton township, depois de aparentemente ter sido apedrejada até a morte.

O Departamento de Justiça e Desenvolvimento Constitucional (DOJCD) possui uma força-tarefa há dois anos cujo objetivo é "encarar a violência contra pessoas LGBTI tem sido duramente criticado por estar fazendo muito pouco para combater os crescentes crimes de ódio no país".

Apesar de numa declaração o DOJCD ter afirmado seu compromisso com a igualdade e em "criar impacto", Eugene Brockman do Gay Flag of South Africa disse: ‘É muito vago sobre quando eles vão fazer as coisas. Eles tiveram dois anos para faze-las.’

A organização Junior Equality Mayema of People Against Suffering Oppression and Poverty (PASSOP) disse ao Gay Star News: ‘Essa mulher foi morta de uma maneira hedionda, brutal e tenebrosa apenas por causa de sua sexualidade.

"O governo tem que estar aberto ao diálogo com os líderes culturais e religiosos desse país sobre direitos LGBT, de modo que a incitação ao ódio que motiva tais crimes, seja detida.""Estou desapontado que o Presidente dos EUA Barack Obama não tenha levantado o tópico dos direitos LGBT durante sua visita à África do Sul; talvez ele não esteja bem informado do que está acontecendo aqui."

"Religião, costumes e cultura estão cheios de homofobia, o que também infesta a polícia.""Todos esses problemas têm que ser abordados antes que mais pessoas morram por causa de tais crimes hediondos que assolam a África do Sul.’



Veja mais em: http://www.gaystarnews.com/article/south-africa-lesbian-brutally-murdered-and-raped-toilet-brush010713#sthash.gQMfysGh.iZdKtoE5.dpuf

Lésbica assassinada em Salvador



Luiz Mott chama atenção para o caso de duas mulheres assassinadas em Salvador, na Plataforma. Ele já havia questionado se as mulheres não seriam lésbicas. Na última quarta-feira (29/05), "testemunhas disseram que a vítima era homossexual."

Mott ressalta que, mesmo estando a 10 mil Km da Bahia - ele está participando de um evento na Europa - continua ligado nestes "homocídios". Mott conclama as lésbicas a colocarem a boca no trombone, porque visibilidade não acontece por acaso.

Em 2012, relembra o antropólogo, 18 lésbicas foram assassinadas no Brasil, 05 só na Bahia. Veja a notícia desse caso mais recente:


SALVADOR: DUAS MULHERES SÃO ASSASSINADAS EM PLATAFORMA

Duas mulheres foram assassinadas nessa segunda-feira (27), no bairro de Plataforma, em Salvador. Uma das vítimas foi morta a tiros na porta de casa e a outra foi assassinada a facadas.

Joelma Cruz de Jesus, de 33 anos, foi morta a tiros, na frente de casa, na Praça Quinze de Abril. O crime aconteceu por volta das 20h26, quando dois homens, em uma moto, dispararam contra ela. Testemunhas disseram que a vítima era homossexual.

Maria de Oliveira Pereira, de 35 anos, foi encontrada morta, com perfurações de faca, na Rua dos Ferroviários. Os crimes serão investigados pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa.

Qual é o seu coelho/sua coelha nessa páscoa?



Será que o seu coelhinho ou sua coelhinha é hetero, gay, bi ou trans? Ou uma combinação de tudo isso?

Seja qual for o caso, divirta-se!

E não esqueça de abanar o rabinho... (risos)










Amsterdã: a experiência ainda não acabou. :)

Grupo que participou da Visita Internacional promovida
pela NL Agency / NL EVD Programme 



Agosto de 2012

2012 trouxe muitas surpresas agradáveis e muitas lutas também. Dentre as mais agradáveis surpresas, figura a minha visita a Amsterdam para conhecer o Programa de Direitos LGBT (LGBT Rights Programme). A visita foi organizada pela NL Agency / NL EVD International com o apoio da Embaixada da Holanda no Brasil. Foram muitas as experiências de troca nas reuniões, visitas guiadas e eventos voltados para os direitos LGBT. 








Os holandeses são impecáveis em tudo o que fazem. Fui extremamente bem tratado e bem cuidado o tempo todo. Já postei várias coisas sobre essa visita a Amsterdã, como você poderá conferir nos links no rodapé desse post, mas deixei muita coisa de fora por falta de tempo.


Aproveitando esse recesso natalino, decidi compartilhar mais um pouco do muito que recebi lá. Espero que curtam e que aproveitem essas informações de alguma maneira.


Com a palavra (em holandês), a Ministra Van Bijsterveldt.

Esse texto foi publicado na revista que está no detalhe logo abaixo do artigo.










Os grupos de advocacy que trabalham em prol dos direitos das pessoas trans poderão trocar experiências e cooperar com o Transgender Europe. Eles lançaram um panfleto com diversas informações sobre a organização e sua luta. Dentre as muitas informações, destaco as que vêm sob o título "Oito Direitos Humanos" (Eight Human Rights):


1. Direito igual para obter e manter empregos sem preconceito.


2. Direito a documentos e papéis que reflitam a realidade daqueles que vivem seu papel de gênero preferido. Isso inclui:


a) Direito a mudar o nome, inclusive muda-lo para um gênero diferente, quando os nomes tiverem gênero definido, sem tratamento médico como pré-requisito.


b) Direito a mudar o gênero em todos os documentos públicos sem tratamento médico como pré-requisito.


3. Direito a ser reconhecido - para todos os propósitos legais - no gênero adotado sem tratamento médico como pré-requisito.


4. Direito a ter acesso a tratamentos com um mínimo de qualidade para redefinição de gênero.


5. Direito a ser tratado com igualdade em todas as áreas dos centros de assistência médica, sem preconceito.


6. Direito à segurança em público e privado.


7. Direito a acesso igualitário a bens, serviços, moradia e outros serviços, sem preconceitos.


8. Direito ao reconhecimento de seu relacionamento, incluindo o casamento e o direito de fundar e manter uma família.


Treinamento em Argumentação Pró-Inclusão de Transgêneros (em inglês):


TGEU


O Transgender Europe (TGEU) encontra-se no Facebook também: www.facebook.com/TransRightsEurope


Outra organização que adorei conhecer chama-se Secret Garden (Jardim Secreto). Trata-se de uma fundação para muçulmanos/muçulmanas lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT). Foi estabelecida em dezembro de 1994, com a intenção de alcançar e reunir jovens muçulmanos transgêneros ou com orientação homossexual ou bissexual. A ideia era coloca-los em contato uns com os outros e lutar por seus direitos. Para tanto, o Secret Garden organizou diversas atividades no prédio do COC (uma espécie de organização guarda-chuva que faz uma interface entre os grupos LGBT e o governo na Holanda) no centro de Amsterdã por sete anos. Em dezembro de 2008, o Secret Garden tornou-se uma fundação independente.




Propaganda do Filme








Alvos do Secret Garden:


1. Organizar reuniões para muçulmanos LGBT para promover auto-aceitação. Esses encontros podem ser educativos, mas também visam abordar e discutir temas LGBT de uma maneira criativa.


2. Prover assistência de saúde anônima e ajudar visitantes individuais desse grupo-alvo com assistência de saúde mental e física.


3. Secret Garden quer colocar a sexualidade e a diversidade na agenda e contribuir para o debate público sobre o tabu relacionado à diversidade sexual nas comunidades imigrantes.


4. Cooperar com outros movimentos da sociedade civil e organizações internacionais para aprimorar os direitos LGBT.


5. O Secret Garden quer desenvolver sua organização como uma fundação duradoura aprimorando o expertise dos membros de sua diretoria e voluntários.


Quem desejar entrar em contato com o Secret Garden (em inglês, francês, holandês ou árabe) poderá usar essa página que, apesar de estar em holandês, é bastante intuitiva: http://www.stichtingsecretgarden.nl/contact_eng.html


Eles também estão no Facebook: http://www.facebook.com/stichtingsecretgarden



Diversas publicações celebraram o Amsterdam Pride 2012. Muitas empresas apoiam e patrocinam eventos e publicações. Uma que me chamou atenção foi a "Et Alhors? - A Flamboyant Magazine / The Amsterdam Edition." Vejam a capa, o editorial, o expediente e a primeira matéria (com fotos incríveis) da revista. A edição vai muito além, mas essa é apenas uma amostra. Você pode visitar o site da revista em http://www.etalorsmagazine.com:





**********







**********



**********



**********



**********







**********





**********







**********







**********





**********





**********



**********





A revista Et Alors? também contemplou as lésbicas com um belíssimo ensaio fotográfico na The Amsterdam Edition. Reproduzo abaixo a foto de chamada para o ensaio. Ela tomava duas páginas inteiras. Por isso, tive que copia-las em separado para depois junta-las de novo, mas é possível ter uma ideia da beleza do ensaio subsequente a essa chamada.











Um dos eventos mais importantes promovidos em Amsterdã por ocasião das festividades do Amsterdam Pride foi o LGBTI ALMS 2012 - The Future of LGBTI Histories.









Nesse evento, experts de várias partes do mundo abordaram a importância dos arquivos de história e cultura LGBTIQ e apresentaram seus trabalhos - grande parte realizado em universidades ou museus. Os acervos de cada uma dessas instituições é fascinante. Pesquisadores, militantes e LGBTIQ (ou não) que desejem enriquecer seu conhecimento sobre a diversidade sexual e como as pessoas sexodiversas viveram, amaram, lutaram e conquistaram espaço ao longo da história poderão encontrar material riquíssimo junto a essas instituições. Os arquivos podem ser de textos, filmes, áudio, desenhos, etc.





**********



http://www.outfest.org/legacy/



Registro algumas das organizações que trabalham com esses acervos. Veja a seguir:


NA ITÁLIA



http://www.fondazionefuori.it


NOS EUA













http://www.onearchives.org/





http://rmc.library.cornell.edu/HSC/






https://www.lib.umn.edu/scrbm/tretter




http://stonewallnationalmuseum.org


NA ALEMANHA





http://www.schwulesmuseum.de/




http://www.ida-dachverband.de






















NA HUNGRIA






http://www.hatter.hu



NO REINO UNIDO







http://www.bishopsgate.org.uk



NA AUSTRÁLIA





http://alga.org.au/


EM AMSTERDAM - MUSEUM APP











http://www.museumapp.nl/
Contact: dick@waag.org




---------------------------------

E NO BRASIL???


EXISTE MUSEU OU ARQUIVO PARA PRESERVAR A MEMÓRIA LGBT NO MAIOR PAÍS DA AMÉRICA LATINA?




Ainda não. Nem o Brasil nem outros países da América Latina possuem qualquer museu para preservação da memória LGBT. Contudo, há uma promessa de que São Paulo terá o primeiro Museu Gay deste lado das Américas, a ser inaugurado na Estação República (do Metrô) em 2013. Ele será chamado Centro Cultural Memória e Estudos da Diversidade Sexual do Estado de São Paulo e terá como principal função o resgate e a preservação da história do movimento gay em São Paulo.

Estamos aguardando...









Postagens mais visitadas