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"Ex-gay" que fez lobbying para Mike Pence agora vai casar com outro homem

Traduzido e adaptado por Sergio Viula

Texto original por Nick Duffy 
para o Pink News - https://www.pinknews.co.uk/2020/07/20/randy-thomas-exodus-international-marry-man-gay-mike-pence/




Ex-líder ex-gay Randy Thomas com seu parceiro Dan Scobey


Um lobista "ex-gay" que costumava conviver com Mike Pence e George Bush desculpou-se com a comunidade LGBT+ por seu passado de trabalho anti-gay e anunciou que planeja se casar com outro homem.

Randy Thomas serviu como vice-presidente e porta-voz nacional da defunta Exodus International, que foi a mais poderosa organização promotora das chamadas terapias de conversão ("cura gay") nos Estados Unidos, com tentáculos espalhados em vários países do mundo, inclusive no Brasil. Essa organização se baseava em visões distorcidas sobre sexualidade baseando-se em doutrinas fundamentalistas cristãs.

Thomas, que se assumiu gay em 2015, desculpou-se pelo seu passado equivocado numa entrevista tocante concedida ao Truth Wins Out. Assista aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Hb1IylOTjxU&feature=emb_title

Ele disse: "Às pessoas que eu feri com a teologia tóxica e com as visões estigmatizantes que eu propunha e promovia... peço desculpas. E se você está com raiva e não pode me perdoar, eu entendo, eu estou com raiva e não posso me perdoar por algumas coisas."

“Não estou tentando convencer você a gostar de mim. Mas eu realmente espero que você aceite minhas sinceras desculpas. E agora que eu sei mais, eu vou fazer melhor."

Randy Thomas caiu na rede do movimento "ex-gay" ("cura gay') depois de anos submetido a horrenda homofobia, inclusive dentro de casa. Ele explicou que cresceu em Nashville, Tennessee, e foi rejeitado pela família por ser gay. 

"Ser expulso de casa por ser gay foi uma das mais traumáticas experiências que eu já tive na minha vida."

Thomas foi expulso de casa e deserdado. Depois disso, ele morou em seu carro por três anos e teve vontade de se matar.

Foi uma drag queen que o ajudou, oferecendo-lhe um lugar para ficar — mas depois de sofrer um ataque homofóbico, ele se mudou para a casa de uma tia no Texas, onde acabou se juntando a uma igreja evangélica.

Thomas foi fisgado pela Exodus através de seus ensinos sobre dependência emocional. Segundo ele, "isso dava a você algo que você desesperadamente precisava, mas havia algumas cordas escondidas."

“O falso senso de comunidade e aceitação que eu experimentei lá foi a primeira vez que eu me senti realmente aceito, e não demorou para eu assumisse a identidade de 'ex-homossexual'."

Thomas diz que Mike Pence, atual vice-presidente dos EUA na administração Trump, apoia o movimento "ex-gay" ("cura gay") e que por isso sua história e a de outros integrantes da Exodus lhe interessavam. Era como se essas narrativas conferissem legitimidade a esses discursos. Kellyanne Conway, conselheira de Trump, também agia simpatizante da Exodus 
 em suas teorias e práticas.


Kellyanne Conway, conselheira do presidente Donald Trump, 
e o vice-presidente Mike Pence (Bill Clark/CQ Roll Call)



Thomas diz: "Agora eu olho para trás. E eu, tipo [me pergunto] por que você não gritou? Por que você traiu sua comunidade assim? É duro pensar sobre isso."

Apesar de ter lutado com unhas e dentes contra o casamento igualitário, Thomas agora planeja se casar com seu parceiro Dan Scobey.

O casal, que vive em Orlando, fundou sua própria organização sem fins lucrativos, a Thrive LGBTQ+, que trabalha para “confrontar estigmas baseados em religião" e para se opor a "tentativas de mudar ou reprimir a sexualidade inata e a identidade das pessoas LGBTQ+".


ARCA: Hangout com Sergio Viula, dia 07 de junho, 22:30.

30 minutos de bate-papo entre os apresentadores da Arca sobre o hangout que vai rolar sábado, 22:30. 

Falarei sobre tudo o que for perguntado franca e liberalmente. Assistam.




PARA ASSISTIR O HANGOUT DE SÁBADO, ÀS 22:30, AO VIVO, BASTA ACESSAR O LINK ABAIXO:

https://www.youtube.com/watch?v=tCH8IEKmS3E


29º Hangout d'ARCA - O fundamentalismo cristão e homofóbico pela ótica ateísta - com Sergio Viula

https://www.youtube.com/watch?v=tCH8IEKmS3E


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Protesto contra a 'Cura Gay' em São Paulo

LEMBRANDO QUE HAVERÁ UMA NO RIO DE JANEIRO
SAINDO DA CANDELÁRIA EM DIREÇÃO À CINELÂNDIA

DIA 28 DE JUNHO - SEXTA-FEIRA
DIA INTERNACIONAL DO ORGULHO LGBT
CONCENTRAÇÃO ÀS 16 HORAS.

NOSSO GRITO É CONTRA A HOMOFOBIA E A TRANSFOBIA
NOSSO GRITO É CONTRA A 'CURA GAY'
NOSSO GRITO É POR DIREITOS IGUAIS - NEM MENOS NEM MAIS.


COMPAREÇA E LEVE SUA TURMA.
FAÇA CARTAZES, FAIXAS, ETC.



Pela própria foto, já se vê que não foram somente 1.000 pessoas.
O título da matéria abaixo não correponde aos fatos.
Uma imagem vale mais que mil palavras. - Sergio Viula


21/06/2013 - 19h48


Protesto contra 'cura gay' reúne 1.000 em São Paulo


DIÓGENES CAMPANHA
DE SÃO PAULO




Cerca de mil pessoas, segundo estimativa da Guarda Civil Metropolitana, estão reunidos nesta sexta (21) em protesto contra a aprovação, na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, do projeto conhecido como "cura gay".

A concentração acontece desde as 18h na praça Roosevelt (centro), mas, por volta das 19h, manifestantes subiram a rua da Consolação e chegaram à avenida Paulista por volta das 20h.

Eles pararam diante do escritório da Presidência da República em São Paulo, na esquina com a rua Augusta e lançaram vaias em direção ao prédio. Depois, foram até o vão livre do Masp, onde agora ocupam a pista e a calçada.

Alguns estabelecimentos, como o Shopping Center 3 e o Conjunto Nacional, chegaram a baixar as portas durante a passagem dos manifestantes.

O protesto foi convocado pelas redes sociais e tem apoio do Conselho Federal de Psicologia. Os psicólogos, principalmente, defendem que o ato continue na praça.

O projeto aprovado na Câmara revoga duas resoluções do conselho que proíbem que psicólogos realizem tratamentos para curar a homossexualidade.

Foram gritadas palavras de ordem e exibidas faixas contra o deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos.

O autor do projeto, deputado João Campos (PSDB-GO), foi citado em apenas um discurso e uma faixa.

O deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL-SP) discursou no evento e atacou o "projeto bizarro" que tramita na Câmara. "Fora Feliciano e viva Daniela Mercury", gritou.






Fonte: Folha de São Paulo


Alan Chambers, presidente da maior organização de "cura gay" do mundo, a Exodus International, pede desculpas por ter promovido essas práticas que, além de não mudarem a orientação seuxal de ninuguém, causam danos às pessoas que se submetem a elas:

https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2013/06/alan-chambers-presidente-da-exodus.html

Alan Chambers, presidente da Exodus: Sinto muito

Sinto muito
Exodus Blog / I Am Sorry

JUNE 19, 2013 BY ALAN CHAMBERS

ALAN CHAMBERS


Três anos atrás, Leslie e eu começamos uma conversa bem pública com Lisa Ling do Our America, da Oprah Winfrey Network (OWN), a respeito de alguns das nossas crenças mais profundas sobre o Cristianismo e a comunidade LGBT.  Hoje, decidimos levar essa conversa pública ainda mais longe. Ao mesmo tempo em que essa conversa pode ter – e continuar tendo – respostas diferentes da parte de nossos apoiadores e críticos, é nosso desejo seguir com essas discussões honestas, na esperança de chegar a um lugar de paz.

Vários meses atrás, essa conversa me levou a telefonar para Lisa Ling a fim de dar outro passo nessa jornada tumultuada.  Eu perguntei se ela, novamente, nos ajudaria a acrescentar à história que se desenrolava, fazendo a cobertura do meu pedido de desculpas às pessoas que foram machucadas pela Exodus International.  Nosso ministério tem sido público e, portanto, qualquer reconhecimento de erro também tem que ser público.  Não fui sempre o líder da Exodus, mas sou agora e alguém tem que finalmente assumir e reconhecer as feridas dos outros. Faço isso com ansiedade, mas voluntariamente.

É estranho ser alguém que foi ferido pelo tratamento da igreja à comunidade LGBT, e também ser alguém que precisa se desculpar por ser parte do mesmo sistema de ignorância que perpetuou aquele sofrimento. Hoje, é como se eu tivesse acabado de acordar para um grande senso de quão doloroso é ser um pecador nas mãos de uma igreja com raiva.

Também é estranho ser, em grande medida, um sem-casta tanto em relação à comunidade gay quanto à comunidade cristã. Uma vez que eu não concordo completamente com as vozes da maioria em ambos os grupos, estou criando um novo lugar de serviço em paz e através de ambas, eu provavelmente continuarei como um forasteiro em alguma medida. Imagino que isso seja muito parecido com um homem a quem ouvi recentemente falando numa conferência da qual participei, o Padre Elias Chacour, Arcebispo da Igreja Católica Melquita de IsraelEle é um cristão árabe, palestino por nascimento, e cidadão de Israel – para falar de uma contradição ambulante.  Quando eu penso na tensão da minha situação, eu me sinto confortado pela lembrança dele.

Meu desejo é alinhar-me completamente com Cristo, suas Boas Novas para todos, e sua oferta de paz no meio das tempestades da vida, minha esposa Leslie e minhas crenças centrais a respeito da graça, da obra consumada de Cristo na cruz e de sua oferta de relacionamento eterno com toda e qualquer pessoa que crer. Nossas crenças não se centram sobre o “pecado,” porque o “pecado” não está no centro de nossa fé. Nossa jornada não diz respeito a negar o poder de Cristo para fazer qualquer coisa – obviamente, ele é Deus e pode fazer qualquer coisa.

Com isso, aqui está uma versão expandida do pedido de desculpas que eu apresentei durante minha recente entrevista com Lisa Ling às pessoas dentro da comunidade LGBTQ, as quais têm sido machucadas pela Igreja, pela Exodus International, e por mim.  Imagino que alguns dentro das comunidades às quais peço perdão dirão que eu não tenho o direito, como homem, de fazer isso em nome delas. Mas se a Igreja é um corpo, com muitos membros conectados ao todo, então eu creio que o que um de nós faz certo, todos fazem certo, e o que um de nós faz errado, todos nós fazemos errado. Erramos, e eu me junto a muitos outros que agora reconhecem a necessidade de um pedido de perdão e de consertar as coisas.  Eu acredito que esse pedido de desculpas – ainda que imperfeito – é o que Deus, o Pai, quer que eu faça.

Aos Membros da Comunidade LGBTQ:

Em 1993 eu causei o engavetamento de quarto carros. Na pressa para chegar à casa de um amigo, eu estava dirigindo quando uma abelha começou a zumbir do lado de dentro do meu para-brisa. Eu bati na abelha e ela caiu sobre o painel. Um minuto depois, ela começou a zumbir de novo furiosamente. Tentando acerta-la de novo, eu deixei de ver que um ônibus urbano havia parado três carros à minha frente.  Eu também deixei de ver aqueles três carros parando. Dirigindo a 65 km por hora, eu bati contra o carro à frente, causando uma reação em cadeia. Eu me machuquei e várias outras pessoas também.  Eu nunca pretendi que o acidente acontecesse. Eu nunca teria machucado ninguém, conscientemente, mas machuquei. E a culpa foi minha. Na minha pressa para chegar ao meu destino, medo de ser ferroado por uma estúpida abelha, e distração egoísta, eu feri outros.

Não tenho a menor ideia se alguma daquelas pessoas feridas naquele acidente sofreu efeitos em longo prazo. Apesar de não querer machucar ninguém, eu o fiz. O fato de meu coração não ter sido malicioso não diminui a dor delas ou seu sofrimento. Sinto muito por ter escolhido me distrair naquela tarde de outono, e ter causado tanto dano às pessoas e à propriedade privada. Se eu pudesse fazer tudo retroceder, eu o faria, mas não posso. Oro para que todos os envolvidos na batida tenham sido restaurados em sua saúde.

Recentemente, eu comecei a pensar de novo sobre como me desculpar com as pessoas que foram feridas pela Exodus International através de alguma experiência ou por alguma mensagem. Ouvi muitas histórias em primeira mão de pessoas chamadas sobreviventes ex-gays. Histórias de pessoas que foram aos ministérios afiliados à Exodus ou ministérios de ajuda, mas que só experimentaram mais traumas. Ouvi histórias de vergonha, má conduta sexual, e falsa esperança. Em cada caso que foi trazido à minha atenção, houve ação rápida para a remoção desses líderes e/ou organizações. Mas, raramente, um pedido de desculpas ou reconhecimento público da minha parte. 

E então há o trauma que eu causei. Foram vários anos em que eu convenientemente me omiti a respeito da minha constante atração pelo mesmo sexo. Eu tinha medo de compartilhar isso tão pronta e facilmente como o faço hoje. Isso me trouxe tremenda vergonha, e eu escondi tudo isso na esperança de que um dia essa atração fosse embora. Olhando para trás, parece tão estranho que eu tenha pensado que pudesse fazer algo para detê-la. Hoje, porém, eu aceito esses sentimentos como parte da minha vida, os quais provavelmente estarão sempre lá. Os dias de sentimentos de vergonha por ser humano dessa maneira não existem mais, e eu sinto-me livre, simplesmente aceitando-me assim como o fazem minha esposa e família. Como meus amigos o fazem. Como Deus o faz.

Nunca em um milhão de anos, eu machucaria alguém intencionalmente. Todavia, aqui me encontro tendo machucado tantos por falhar em reconhecer a dor que alguns afiliados à Exodus Internacional causaram, e por falhar em compartilhar a verdade completa sobre minha própria história. Minhas boas intenções importam muito pouco e não reduzem a dor e a mágoa que outros experimentaram me observando. O bem que fizemos na Exodus é ofuscado por tudo isso.

Amigos e críticos igualmente têm dito que não é suficiente simplesmente mudar nossa mensagem no website. Concordo. Eu não posso simplesmente seguir adiante e fingir que sempre fui amigo que anseio em ser um dia. Eu entendo por que sou desacreditado e por que a Exodus é odiada. 

Por favor, saibam que sinto profundamente. Sinto muito pela dor e mágoa que alguns de vocês experimentaram. Sinto muito que alguns de vocês tenham gastado anos trabalhando entre a vergonha e a culpa que sentiam quando a atração não mudava. Sinto muito que tenhamos promovido esforços para mudança de orientação sexual e teorias reparativas que estigmatizaram pais. Sinto muito que tenha havido momentos em que eu não me opus publicamente às pessoas “do meu lado,” as quais chamavam vocês por nomes como sodomitas – ou pior. Sinto muito que eu, conhecendo alguns de vocês tão bem, tenha falhado em compartilhar publicamente que as pessoas gays e lésbicas que eu conheço eram tão capazes de serem pais quanto às pessoas heterossexuais que eu conheço. Sinto muito que quando eu celebrava a vinda de uma pessoa a Cristo e a rendição de sua sexualidade, eu estivesse celebrando insensivelmente o final de relacionamentos que arrasariam seu coração. Sinto muito que eu tenha comunicado que vocês e suas famílias sejam menos do que eu e a minha. 

Mais do que tudo, sinto muito que eu tenha interpretado essa rejeição religiosa da parte de cristãos como uma rejeição da parte de Deus. Sinto profundamente que muitos tenham se afastado da fé e que alguns tenham escolhido pôr fim às suas vidas. Pelo resto da minha vida, eu não proclamarei nada menos que a verdade integral do Evangelho, o da graça, misericórdia e convite aberto a todos para que entrem num relacionamento inseparável com o Deus todo-poderoso.
Não posso me desculpar por minhas crenças bíblicas mais internalizadas sobre os limites que eu vejo na escritura a respeito do sexo, mas exercerei minhas crenças com grande cuidado e respeito por aqueles que não as compartilham. Não posso me desculpar por minhas crenças sobre o casamento, mas não há qualquer desejo de lutar contra vocês em suas crenças ou contra os direitos que buscam. Minhas crenças sobre essas coisas nunca interferirão na ordem de Deus para amar meu próximo como amo a mim mesmo.   

Vocês nunca foram meus inimigos. Sinto muito ter sido inimigo de vocês. Espero que mudanças na minha própria vida, assim como aquelas que anunciamos essa noite a respeito da Exodus International, tragam resolução, e mostrem que falo sério tanto sobre meu arrependimento como sobre minha oferta de amizade. Prometo que esforços futuros serão focados na paz e no bem comum.

Avançando, serviremos em nossa cultura pluralista, abrigando conversas cheias de consideração e segurança sobre gênero e sexualidade, enquanto mantemos parcerias com outros para reduzir o medo, inspirar esperança, e cultivar a prosperidade humana.


http://exodusinternational.org/2013/06/i-am-sorry/
(online on 21 June, 2013)

EXODUS FECHA AS PORTAS - veja o que vem por aí.






** Wayne Besen do Truth Wins Out foi entrevistado pela NPR's All Things Considered, que será veiculado hoje 


Tradução: Sergio Viula
Blog Fora do Armário

N.T.: No Brasil nossa luta continua. Informe-se mais e mobilize-se. 



CONSELHO DE MÍDIA

Quinta-feira, 20 de Junho de 2013

Contato: Wayne Besen, Diretor Executivo

E-Mail: wbesen@truthwinsout.org


Wayne Besen fará um importante discurso sobre "A ascensão e Queda do Mito do Ex-Gay" na cidade de Oklahoma hoje à noite.


A fala em Oklahoma se dá numa hora em que o maior grupo ex-gay, a Exodus Internacional, fecha suas portas. Uma nova organização "ex-gay" está para ser lançada em Oklahoma hoje para substituir a Exodus.


Burlington, Vt. - O Diretor Executivo de Truth Wins Out Wayne Besen fará um pronunciamento importante nesta noite na cidade de Oklahoma, sob o título, "A Ascensão e Queda do Mito do Ex-Gay" ("The Rise and Fall of the Ex-Gay Myth"). Sua fala se dá um dia depois de Alan Chambers, o presidente da Exodus Internacional, ter dito que fecharia as portas de seu grupo, porque programas do tipo "orar para ficar livre da homossexualidade" não funcionam. A Exodus foi fundada em 1976 em Anaheim, California, com o objetivo de ajudar pessoas LGBT a se tornarem heterossexuais através da oração e de terapia.


"O fechamento da Exodus é um terremoto que está sacudindo as fundações da indústria 'ex-gay,' disse o Diretor Executivo do Truth Wins Out Wayne Besen. "Nós nos sentimos vingados em nossos esforços para expor esses grupos e revelar seu enorme potencial destrutivo. Apesar de novos grupos estarem competindo para preencher o vácuo, a extinção da Exodus lança uma tremenda sombra de dúvida sobre o trabalho deles e atinge o coração de sua credibilidade."


Onde: "A Ascensão e Queda do Mito do Ex-Gay" - "The Rise and Fall of the Ex-Gay Myth"

Cimarron Alliance Equality Center
5613 N May Ave, Suite 400
Oklahoma City, OK 73112

When: Thursday, June 20

7PM (Central)

Quem: Wayne Besen, Diretor Executivo de Truth Wins Out e autor do livro "Anything Bust Straight: Unmasking the Scandals and Lies Behind the Ex-Gay Myth" 

Scott Hamilton, Diretor Executivo, The Cimarron Alliance

Background: Por décadas, a Exodus International foi a maior assim chamada organização "ex-gay" do mundo. Ano passado, seu Diretor Executivo, Alan Chambers, admitiu que 99.9% dos seus clientes não experiementaram mudança em sua orientação sexual. E, na noite passada ele disse que estava fechando a Exodus. Em resposta, um grupo de fundamentalistas extremistas formou a Rede Esperança Restaurada (Restored Hope Network - RNH).

A RHN, amplamente comprometida como um grupo dissidente e desertor da Exodus lançará seu encontro anual amanhã de manhã na cidade de Okahoma. 

A líder da RHN é Anne Paulk, que está no meio de um divórcio de seu marido "ex-gay" e menino propaganda do movimento, John Paulk que reconheceu esse ano: "Hoje, eu não me considero 'ex-gay' e não apoio ou promovo o movimento."

O co-fundador do grupo, Andrew Comiskey, escreveu: "Satanás se deleita na perversão homossexual." Ele também alega que a fonte de relacionamentos gays é "demoníaca."


Truth Wins Out (TWO) é uma organização não-lucrativa que luta contra o extremismo anti-LGBT. TWO se especializa em transformar informação em ação organizando, advogando e lutando pela igualdade LGBT.

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VEJA O PEDIDO DE DESCULPAS DE ALAN CHAMBERS, PRESIDENTE DA EXODUS INTERNATIONAL:

https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2013/06/alan-chambers-presidente-da-exodus.html

Uma semana especialmente feliz (19-25 de abril de 2013)



FAÇA UM LEVANTAMENTO DAS SUAS ALEGRIAS.
VOCÊ DEVE SER MAIS FELIZ DO QUE IMAGINA.


Uma semana (19-25 de abril/13) em que a felicidade ganhou novos contornos:

1. O Estado do Rio de Janeiro passa a fazer casamentos entre pessoas do mesmo sexo sem a necessidade comprovar união civil primeiro.

2. Casamento entre pessoas do mesmo sexo aprovado na França. Veja todos os países que já contam com o casamento igualitário.

3. Eu e Emanuel completamos mais um ano de relacionamento. Agora são seis anos! E no mesmo dia em que a França aprovou o casamento igualitário. Memorável. Uhu!

4. O CFP emitiu um parecer final sobre desconforto causado pelo Deputado evangélico João Campos em sua PDC 234/11. O livro Em Busca de Mim Mesmo e este blog foram citados. Veja o trecho e o link para o documento todo aqui: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2013/04/Parecer-PDC-234-final.pdf

5. O site oficial do IDAHO (Dia Mundial de Combate à homofobia) publicou foto minha com Luana Piovani numa marcha contra Feliciano em Copacabana. Ela me concedeu uma entrevista na ocasião. Colocaram até a citação de uma fala dela na entrevista em inglês. 

6. A pesquisa The “Ex-Gay” Movement in Latin America: Therapy and Ministry in the Exodus Network, cujo relatório fala da Exodus cita o trecho de um vídeo que eu fiz, chamado "As Falácias da Reversão Sexual" (em sua versão inglesa).

7. Tudo certo para a publicação de um conto meu na coletâna "Loveless" da Editora Escândalo. Já recebi até a página diagramada para dar OK. É uma honra poder estar entre gente tão boa e competente. Lançamento em breve.

Sete dias, sete alegrias. A média está boa! Tomara que continue assim. Existem, porém, outras tantas alegrias ligadas à família, amigos, trabalho, etc. A vida pode ser terrivelmente dura em alguns momentos, mas pode ser realmente doce em outros. Vamos viver para transformar os momentos mais difíceis em dias muito melhores. Faça a sua parte. Defenda sempre aquilo que fortalece a liberdade e aumenta a felicidade.

Como dizia um dos maiores gênios da música mundial, "heal the world, make it a better place for you and for me and the entire human race."*

*Cure o mundo, torne-o um lugar melhor para você, para mim e para toda a raça humana.

MOVIMENTO EX-GAY DIVIDIDO AINDA INCENTIVA A TERAPIA DE “CONVERSÃO” NA AMÉRICA LATINA

Imagem retirada da internet. 
Não faz parte do post original.


Por Political Research Associates, em 2 de abril de 2013


Boston, MA, 2 de abril de 2013: A Exodus International, rede norte-americana de ministérios cristãos proeminente no movimento “ex-gay”, mudou drasticamente sua posição em janeiro de 2012, quando o diretor executivo Alan Chambers anunciou que não acreditava mais em uma “cura” para a homossexualidade. Supostamente, isso encerrou o esforço de 35 anos da organização de “converter pessoas LGBTQ à heterossexualidade por meio da ‘submissão a Jesus Cristo’.”

No entanto, um novo relatório do think tank de justiça social Political Research Associates, intitulado “O Movimento Ex-Gay na América Latina: Terapia e Ministério na Rede Exodus”, revela que a rede global permanece dividida em sua posição sobre as nocivas terapias de “conversão” para indivíduos LGBTQ, particularmente na América Latina.

Os autores Jandira Queiroz, Fernando D’Elio e David Maas detalham que os afiliados da Exodus na América Latina publicamente se distanciam da promoção ativa de terapias “reparativas” e outras formas de terapia de “conversão”, ao mesmo tempo que apoiam ministérios ex-gays que abraçam a premissa pseudocientífica de que a homossexualidade decorre de disfunções familiares. “A alegação manifestamente enganosa da Exodus América Latina, ao rejeitar a terapia reparativa, pode estar relacionada,” escrevem os autores, “à crescente necessidade do movimento psicológico ex-gay na América Latina de operar de forma discreta.”

Entre as conclusões do relatório:

  • Os dois afiliados latino-americanos da Exodus Global Alliance possuem visões contraditórias sobre como “tratar” a atração pelo mesmo sexo. O líder da Exodus Brasil, por exemplo, considera a salvação por meio de Jesus como a única forma de reprimir a homossexualidade, enquanto a Exodus América Latina ainda apoia fortemente a psicologia ex-gay desacreditada.

  • Living Waters/Aguas Vivas, um ministério ex-gay que ainda defende uma cura, está ativamente envolvido com a Exodus América Latina. Ministérios como o Living Waters/Aguas Vivas continuam propagando práticas anti-LGBTQ prejudiciais, inspiradas em pseudopsicologia, mesmo enquanto reguladores tomam medidas contra aconselhamento psicológico homofóbico.

  • Alguns governos latino-americanos não simpatizam com o movimento ex-gay e têm direcionado ações contra psicólogos e ministérios ex-gays com base em leis antidiscriminação. No entanto, nem todos compartilham essa perspectiva. Conservadores religiosos na legislatura brasileira estão pressionando para reverter uma regulamentação da associação de psicologia que restringe a terapia de conversão, argumentando contra restrições indevidas à sua “liberdade religiosa”.

  • Ainda em 2010, líderes da Exodus participaram do maior encontro internacional da história de evangélicos. No prefácio, o Rev. Dr. Kapya Kaoma escreve que o “Terceiro Congresso Lausanne sobre Evangelização Mundial”, o maior encontro de evangélicos na história mundial, que sancionou práticas e materiais da Exodus International e da Exodus Brasil, ainda apresenta conteúdo da Exodus Global Alliance relacionado à terapia ex-gay em seu site.


Sobre o Political Research Associates

O Political Research Associates (PRA) é um think tank de justiça social dedicado a apoiar movimentos progressistas, fornecendo pesquisas investigativas e análises especializadas sobre a direita dos Estados Unidos. Expomos movimentos, instituições e ideologias que comprometem os direitos humanos e civis, com foco em temas como justiça reprodutiva, direitos LGBTQ, justiça imigratória e racial, justiça econômica e liberdades civis. Para mais informações, visite www.politicalresearch.org.


Esta postagem foi publicada em Press Releases por Political Research Associates. Marque como favorito o link:

https://politicalresearch.org/divided-ex-gay-movement-still-encouraging-conversion-therapy-in-latin-america/

SOUTH PARK: EX-GAY

SOUTH PARK: CURA GAY





EPISÓDIO SOBRE MINISTÉRIOS EX-GAY


Se você entende bem a língua inglesa, assista:

https://www.southparkstudios.com.br/episodios/pomjzh/south-park-cartman-com-a-boca-na-botija-temporada-11-ep-2

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CONFIRA UMA SUGESTÃO DE SERGIO VIULA

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Truth Wins Out parabeniza Gov. Jerry Brown por assinar lei que bane Terapia "Ex-Gay" para crianças

Truth Wins Out parabeniza Gov. Jerry Brown por assinar lei que bane Terapia "Ex-Gay" para crianças

Gov. Jerry Brown


Lei é um passo histórico para conter abuso infantil disfarçado de terapia, diz Truth Wins Out



Burlington, Vt. -- Truth Wins Out parabenizou o Governador da Califória Jerry Brown hoje por sancionar a lei que proíbe que menores sejam submetidos a uma forma abusiva de tratamento conhecida como "terapia reparativa". A lei entra em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2013.


Senador Ted Lieu


O projeto de lei do Senado número 1172 foi de autoria do Senador Ted Lieu e patrocinado pelo National Center for Lesbian Rights, Equality California, Gaylesta, Courage Campaign, Lambda Legal, e Mental Health America of Northern California, e apoiado por dezenas de organizações, incluindo Truth Wins Out.

"O Governador Brown hoje reafirmou o que as organizações médicas e de saúde mental têm deixado claro: Esforços para mudar a orientação sexual de menores de idade não são terapia, elas são resquícios de preconceito e abuso que têm infligido prejuízos sem ingal sobre jovens californianos lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros," disse Clarissa Filgioun, presidente do Equality California. "Agradecemos ao Senador Ted Lieu e ao Governador Brown por seus esforços em tornar a Califórnia num líder em banir essa prática prejudicial e preconceituosa."

Truth Wins Out (TWO) é uma organização não-governamental que luta contra os extremismos anti-LGBT. TWO especializa-se em transformar informação em ação através da organização, advocacia e luta pela igualdade LGBT.

(Traduzido com reduções por Sergio Viula)


Post Office Box 96
Burlington, VT 05402



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Envie para aqueles amigos que você sabe que podem tirar proveito dessa reflexão e fala.

Por um mundo sem homofobia e com mais amor!

Ex-Gay Undercover: John Becker's investigation on anti-gay religious extremists

https://youtu.be/vY5-VadXfJo


Jo
hn Becker is an activist who investigates anti-gay religious extremists. IN THE LIFE follows Becker into the Bachmann clinic in Minnesota where he discovers the ongoing practice of debunked reparative therapies.

Líder da Exodus reafirma que "Cura Gay" não existe

Allan Chambers, líder da Exodus International


Traduzido e adaptado por Sergio Viula para o blog Fora do Armário, 
com informações da revista The Advocate, via William Righni.
https://www.oprah.com/own-our-america-lisa-ling/breaking-news-extended-interview-with-alan-chambers 


Alan Chambers, o carismático líder da Exodus International, tem feito manchetes esse ano, dizendo aos repórteres que NÃO MAIS acredita em terapia reparativa para gays. “Eu não acredito que cura seja uma palavra realmente aplicável a qualquer luta, homossexualidade incluída," disse Chambers, que é casado com um mulher. “Alguém abrir um consultório e dizer: "Eu posso curar a homossexualidade" - é tão bizarro para mim quanto alguém dizer que pode curar qualquer outra tentação comum ou luta que qualquer um enfrente no Planeta Terra.”

"Se eu penso que pessoas vivendo uma vida cristã estarão no céu comigo?" - pergunta retoricametne. "Penso. Se eles têm um relacionamento com Deus." Chambers diz que os cristãos devem voltar-se da "mudança" para a "aceitação" porque a cura gay não funciona e os gays que acreditam em Deus podem conhecê-lo tão intimamente quanto qualquer pessoa heterossexual.

Leia mais sobre o movimento "ex-gay" no livro EM BUSCA DE MIM MESMO: 
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Tentativa de fundamentalistas de patologizar a diversidade sexual é indeferida pelo TRF da 2a. Região (RJ)



Comentário de Sergio Viula: 
Não caia nessa armadilha de "terapia de reversão" sexual. 
Isso causa danos graves que podem ser irreparáveis. 
Leia: Em Busca de Mim Mesmo
https://www.amazon.com.br/Busca-Mim-Mesmo-Sergio-Viula-ebook/dp/B00ATT2VRM


O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (Rio de Janeiro) indeferiu pedido do Ministério Público Federal para antecipar os efeitos de anulação parcial da Resolução CFP nº 001/99. Com a decisão, o TRF-RJ se mostrou, mais uma vez, favorável à legalidade dos termos da norma do CFP. Em decisão do dia 23 de julho de 2012, do desembargador relator Reis Friede, o TRF-RJ manteve decisão da 5ª Vara Federal, que já havia negado a suspensão antecipada de parte da Resolução CFP 001/99. Dessa forma, a Resolução CFP nº 001/99, que estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da orientação sexual, permanece vigente.

Histórico

O MPF propôs ação civil pública, no dia 1º de dezembro de 2011, sob a alegação de que o CFP exorbitou do poder regulamentar, violando inúmeros princípios e regras constitucionais, como o da legalidade, o direito fundamental ao livre exercício profissional, o princípio da dignidade da pessoa humana e a liberdade de manifestação do pensamento, dentre outros. O pedido de antecipação dos efeitos de anulação foi feito pelo MPF, pois entendeu que a Resolução causa dano para os psicólogos – que estariam impedidos de exercer a profissão livremente -, e para os homossexuais que voluntariamente procuram auxílio psicológico para se afirmar como heterossexuais, por estarem insatisfeitos com sua orientação.

É equivocada qualquer afirmação de que os psicólogos estão proibidos de atenderem homossexuais que busquem seus serviços, sob qualquer demanda de atendimento. A Resolução impede os psicólogos de colaborarem com eventos ou serviços que proponham tratamentos e cura da homossexualidade, seguindo as normas da Organização Mundial de Saúde.

Ademais, a Lei nº 5.766/71, que cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Psicologia, atribui ao CFP a função de normatização e de regulação da atividade profissional. O art. 49 da Constituição Federal autoriza o Poder Legislativo a sustar os atos normativos do Poder Executivo. Ocorre que os Conselhos Profissionais não integram o Poder Executivo. O Supremo Tribunal Federal já proferiu decisão sobre o assunto entendendo que os conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas não estão sujeitos à tutela da Administração.

Veja abaixo esclarecimentos técnicos da assessoria jurídica do CFP sobre o Agravo de Instrumento nº 2012.02.01.006697-2, indeferido pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (Rio de Janeiro):

O Ministério Público Federal propôs ação civil pública, no dia 1º de dezembro de 2011, em desfavor do Conselho Federal de Psicologia visando anular parte da Resolução CFP nº 001/99, que estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da orientação sexual. A ação proposta alega que o CFP exorbitou do poder regulamentar, violando inúmeros princípios e regras constitucionais, como o da legalidade, o direito fundamental ao livre exercício profissional, o princípio da dignidade da pessoa humana e a liberdade de manifestação do pensamento, dentre outros. O MPF requereu, antes mesmo da decisão de mérito, decisão liminar para que o juízo de primeira instância onde tramita a ação – 5ª Vara Federal do Rio de Janeiro- suspendesse parte do texto da Resolução 001/99. O juiz de primeira instância indeferiu o pedido liminar, e o MPF interpôs o recurso de Agravo de Instrumento ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região visando ao provimento liminar, sob o argumento de que a Resolução causa dano para os psicólogos – que estariam impedidos de exercer a profissão livremente -, e para os homossexuais que voluntariamente procuram auxílio psicológico para se afirmar como heterossexuais, por estarem insatisfeitos com sua orientação.

Em decisão do dia 23 de julho de 2012, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (Rio de Janeiro) negou provimento ao Agravo de Instrumento interposto pelo Ministério Público Federal e manteve o despacho do juízo de primeiro grau que indeferiu o provimento liminar pleiteado. Dessa forma, a referida Resolução, que estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da orientação sexual, permanece vigente. O processo em primeira instância aguarda sentença para decidir o mérito da ação.

Reviravolta! Grupo cristão internacional desiste de "cura" da homossexualidade

Reviravolta! Grupo cristão internacional desiste de "cura" da homossexualidade

Por João Marinho em 03/07/2012 às 11h24




Por essa, psicólogos cristãos da estirpe de Marisa Lobo e evangélicos fundamentalistas não esperavam!

A Exodus International, uma das maiores e mais antigas organizações religiosas a pregarem a "cura" da homossexualidade, anunciou que o grupo deixou de oferecer "terapia reparativa" por intermédio de aconselhamentos e orações a quem possui orientação homossexual.

O anúncio foi feito pelo presidente da entidade, Alan Chambers (foto), na última quarta-feira (27) durante a 37ª Freedom Conference, que é realizada anualmente. Chambers afirmou que a "terapia reparativa" foi abandonada porque não há comprovação de ser eficaz e porque não faz parte da "mensagem bíblica". De agora em diante, quem ainda acreditar na "conversão" da homossexualidade em heterossexualidade poderá ministrar na organização, mas sem apoio oficial.

O presidente ainda afirmou que, daqui por diante, a Exodus proporá que as igrejas tentem atrair gays para suas atividades, em vez de formar grupos de "terapia reparativa". Segundo ele, o modelo vigente será mais focado no discipulado. Ao site The Christian Post, em reportagem publicada na sexta (29), Chambers disse que a "terapia reparativa" dá às pessoas expectativas que não não realistas: "É minha responsabilidade [...] compartilhar com as pessoas que, só porque você se torna um cristão, suas lutas não vão sempre embora".

Para piorar a situação dos que defendem a "cura da homossexualidade", o presidente, que é casado com uma mulher e pai de dois filhos, admitiu que não seria honesto fingir que, às vezes, não se sente tentado pelo mesmo sexo. Para ele, os cristãos precisam tratar a homossexualidade como qualquer outra tentação, da qual as pessoas não se livram completamente.

O encontro anual da Exodus terminou no último sábado (30) e contou com a participação de representantes de 39 estados norte-americanos e nove países. A entidade tem forte atuação na América Latina e já chegou a ministrar cursos no México, dois anos atrás, sobre o "processo de cura" e sobre "como se prevenir da homossexualidade". A página oficial da Exodus Latinoamérica continua sustentando a "libertação da homossexualidade". O grupo também possui uma representação no Brasil.

Estudo que apóia conversão gay é desafiado


Estudo que apóia conversão gay é desafiado


Um estudo desenvolvido por pesquisadores de duas universidades religiosas diz que algumas pessoas podem mudar sua orientação sexual depois de passarem anos por um programa ministerial. (O estudo: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21961446/)

“Evidências do estudo sugerem que a mudança da orientação homossexual parece possível para alguns e que o desgaste psicológico não aumentou, em média, como resultado do envolvimento no processo de mudança” -escreveram os autores de um estudo publicado no The Journal of Sex and Marital Therapy (Jornal de Terapia Sexual e Conjugal)

Os autores são psicólogos que trabalham em universidades religiosas. Stanton Jones é um professor de psicologia e reitor da Wheaton College em Wheaton, Illinois, e Mark Yarhouse é professor de saúde mental na Regent University, em Virginia Beach, que foi fundada pelo tele-evangelista Pat Robertson.

As conclusões de seu estudo têm sido desafiadas por outros pesquisadores que dizem que a massa de evidência existente indica que a orientação sexual não muda. Blogs de gay advocacy (defesa dos homossexuais) também têm discutido as conclusões.

O estudo de Jones e Yarhouse acompanhou 65 participantes ao longo de seis a sete anos enquanto eles frequentavam os Ministérios Exodus, um programa religioso para "indivíduos e famílias impactados pela homossexualidade." Os indivíduos que frequentam o programa buscam alcançar "a libertação da homossexualidade através do poder de Jesus Cristo" - de acordo com a Exodus.

“É um estudo para pessoas que são altamente religiosas e que estão desgastadas pela experiência de atração," disse Yarhouse. “Elas querem saber, é pelo menos possível? O que eu poderia experimentar se eu entrasse num ministério baseado em religião?”

Inicialmente, o estudo cadastrou 98 indivíduos, mas 35 deixaram o programa. Alguns que desistiram do estudo disseram que haviam sido "curados de todas as inclinações homossexuais," e uma pessoa havia abraçado de novo sua identidade gay, de acordo com o estudo.

Os cursos foram oferecidos em 16 locais ao redor dos Estados Unidos e acontecia em grupos pequenos, passando tempo em oração e leitura da Bíblia.

Os autores do estudo acompanharam "o processo de mudança" dos participantes conduzindo entrevistas anuais, fazendo as mesmas perguntas sobre atração sexual, paixões emocionais e românticas e fantasias sexuais. Eles usaram escalas desenvolvidas pelo sexólogo Alfred Kinsey e outra medida chamada escala Shively-DeCecco.

A hipótese de Jones e Yarhouse's era de que a orientação sexual é mutável.

Depois de acompanharem os participantes por seis a sete anos de programa religioso, eles concluíram que 23% das pessoas que permaneceram no estudo tiveram êxito em mudar sua orientação sexual para a heterossexualidade. E 30% voltaram-se para a castidade, sobre o que Yarhouse disse que foi "uma redução da atração sexual.”

Também, 23% não responderam ao tratamento do ministério, 20% assumiram sua orientação homossexual e o percentual restante relatou confusão.

“As conclusões desse estudo parecem contradizer a visão comumente expressa de que a orientação sexual não é mutável," escreveu o autor.

A Associação Americana de Psicologia (APA) declarou em 2005 que a homossexualidade não é mutável. A associação havia também declarado que não havia evidência de que terapia reparadora ou conversão com o objetivo de mudar a orientação sexual fosse segura ou efetiva.

“A APA estava fazendo declarações muito fortes de que a orientação sexual realmente não muda e que tentativas nessa direção seriam prejudiciais, disse Yarhouse. “Eles estavam apresentando alegações absolutistas sobre essa imutabilidade de orientação e grande risco de malefício. Estas eram questões ideais para pesquisa. As pessoas podem mudar? Ou é verdadeiramente uma característica imutável?”

Eli Coleman, professor e diretor de Sexualidade Humana na faculdade de medicina da Universidade de Minnesota mostrou-se cético sobre as conclusões.

“Temos passado por isso de novo e de novo" - disse ele. "Você pode conseguir mudanças comportamentais, mas isso não é mudança de orientação. Você pode conseguir mudanças comportamentais de curta duração. Isso não se sustenta.”

Yarhouse enfatizou que sua pesquisa acompanhou os participantes por vários anos. Ele informou que existem muitos na comunidade LGBT que consideram programas de conversão religiosa "profundamente ofensivos." Mas ele disse que existem pessoas gays que desejam mudar e não abraçam a identidade gay ou a comunidade gay.

“Eu gostaria de ver organizações de saúde mental mostrarem mais respeito pela diversidade sobre como uma pessoa escolhe viver sua vida e vivê-la,” disse Yarhouse.

O estudo poderia estar confundindo identidade sexual e orientação sexual, o que são coisas totalmente diferentes, disse o Dr. Jack Drescher, um professor associado de psiquiatria na New York Medical College (Faculdade de Medicina de Nova York).

Orientação sexual se refere a por que uma pessoa se sente atraída, e na maioria dos casos, não muda, disse ele. mas identidade sexual é como uma pessoa se sente sobre sua orientação e sentimentos sexuais, disse Drescher.

Por exemplo, um homem poderia sentir-se fortemente atraído por homens, mas não se identificar como gay. Ele poderia mudar o modo como se identifica, fosse como gay ou hétero ao longo de sua vida. mas orientação sexual geralmente não muda.

"Eu não penso que tenhamos nada realmente novo aqui" - disse Coleman. "Temos sabido por algum tempo que algumas pessoas são capazes de mudar seu comportamento e sua percepção de sua identidade sexual através dessas tentativas de conversão."

Drescher disse que a maioria das evidências científicas existentes não sustentam as recentes conclusões do estudo.

“Eu penso que os autores são tendenciosos" - disse Drescher. “Todos têm alguma parcialidade. Por isso é que temos acúmulo de informações - e estas não dão suporte às informações deles.”

“Existem estudos revisados por colegas na literatura e a soma total dessa literatura não indica que esses tratamentos sejam eficazes” - disse ele. “Se um estudo que surge parece contradizer a massa de pesquisa científica provando que as pessoas podem mudar - isso é interessante, eles podem replicá-lo?”

Drescher também disse que o estudo não explora se a bissexualidade desempenhou um papel nas reportadas mudanças de orientação sexual.

Ele discordou que as conclusões de que terapias religiosas não prejudicam as pessoas, dizendo que ele mesmo teve vários pacientes que culpavam a si mesmos depois de falharem em programas, caindo em depressão, ansiedade e pensamentos suicidas.

“Eles ouvem que é problema deles se eles não mudarem,” disse Drescher. “Quando falha, como falha na maioria dos casos, eles se sentem como fracassados, depois de terem gasto tempo, esforço e dinheiro.

“Algumas dessas pessoas, seguindo o conselho de terapeutas, casam-se, então têm filhos. Pessoas gays têm se casado. Quando eles se casam, não mudam. O que fazem, continuam casados? Essa é uma questão complicada.”

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Um livro que tem emocionado gays, heterossexuais, bissexuais e outros


Já passei por esse tipo de grupo de reversão. Fui co-fundador de um deles. Depois de tanto tempo, posso dizer que tenho muito a dizer sobre isso, mas decidi colocar o principal no livro "Em Busca de Mim Mesmo".


Durante o mês de outubro (mês da Parada LGBT do Rio de Janeiro), as pessoas ue pedirem terão um desconto muito especial. Escreva pedindo maiores informações.

A Apple remove o aplicativo da Exodus!!!




Eu também participei da campanha virtual de assinaturas contra a inclusão do aplicativo da Exodus no IPhone da Apple. Vejam a carta que eu recebi do Diretor Executivo da "Truth Wins Out", Wayne Bessen. Essa foi a organização que promoveu a campanha. Eles estão super felizes e celebrando a vitória!!!

Veja um trecho traduzido por mim aqui:

Querido Sergio,

Wow. Vencemos!!!

Terça-feira, à noite, a Apple retirou o aplicativo do IPhone que se referia à "cura de gays" pela Exodus International, depois que mais de 150.000 pessoas juntaram-se a Truth Wins Out and Change.org para solicitarem sua remoção. O aplicativo foi retirado pela Apple, uma vez que eles aparentemente reconheceram que a Exodus demoniza o povo LGBT, chamando-os de perversos e dizendo que a homossexualidade deixará "seu coração doente."

(...)

Essa importante vitória para a comunidade da Truth Wins Out significa que a Exodus tem uma plataforma a menos através da qual expor a juventude LGBT a sua mensagem perigosa, de ódio, e cientificamente falida.

(...)

Obrigado por seu apoio. Não podemos obter vitórias assim sem você.

Sinceramente,

Wayne Besen
Diretor Executivo, Truth Wins Out

Manifeste-se contra a inclusão de um aplicativo da Exodus no Ipod



A Exodus Internacional é um grupo que prega a reversão sexual, ou seja, a conversão de gays em heterossexuais. A Apple aprovou o aplicativo deles para o Ipod e está indiretamente contribuindo para a perpetuação dessa mentira. Acesse e assine o abaixo-assinado internacional para que eles removam esse aplicativo:

https://www.change.org/p/demand-that-apple-remove-ex-gay-iphone-app

Aproveite e veja porque essas ideias são nocivas e perigosas para os homossexuais desavisados:

EM BUSCA DE MIM MESMO: 

Fundador da Exodus sai do armário

Michael Bussee - ex-presidente da Exodus


COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

As pessoas familiarizadas com os movimentos de "cura" ou de "ajuda" criados por cristãos fundamentalistas e homofóbicos para "reverter" a homossexualidade dos que são atraídos para suas reuniões certamente já ouviram falar da EXODUS International. Aqui no Brasil, o MOSES (Movimento pela Sexualidade Sadia) e outros movimentos semelhantes são associados a essa rede de organizações semelhantes. Pois bem, publico abaixo o depoimento e pedido público de desculpas de um dos fundadores da Exodus, nos Estados Unidos, Michael Bussee.

Quero ressaltar que não me agrada publicar textos que fiquem pregando religião aqui. Abro uma exceção para o Michael Bussee somente porque o depoimento dele a respeito das falácias da EXODUS é muito importante para esclarecer aqueles que pensam que existe alguma verdade nesses "processos" de "reversão" de orientação sexual.

Os destaques em amarelo são por minha conta. No texto original não havia nenhum destaque para esta ou aquela palavra.

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Pedido de Desculpas do Ex-Líder da Exodus
Michael Bussee


Fonte: http://www.beyondexgay.com/article/busseeapology

Tradução: Sergio Viula para o blog Fora do Armário.


Meu nome é Michael Bussee. Eu quero agradecer a você por esta oportunidade de contar minha história. Trinta anos atrás, eu ajudei a criar a EXODUS International. Hoje, eu estou aqui para me desculpar; Hoje eu sou um terapeuta conjugal e familiar, um pai, um cristão evangélico, nascido de novo — e orgulhoso de ser gay. Mas trinta anos atrás, eu não era tão orgulhoso.

De fato, eu cresci odiando meus sentimentos gays. Eu passei por xingamentos, bullying e surras. Por que motivo as outras crianças pareciam odiar-me tanto? Eu não escolhi ter esses sentimentos e queria me livrar deles. Eu queria mais do que tudo ser “normal,” adequar-me — apaixonar-me, assentar-me, ter filhos. Eu queria desesperadamente ser heterossexual. Mas como?

Com aproximadamente 12 anos, eu comecei uma busca pessoal por uma “cura” para homossexualidade. Eu tomei a decisão de embarcar no meu próprio êxodo privado — para encontrar a saída para a homossexualidade. Minha busca levou-me a Deus. Como estudante do ensino médio, eu aceitei Jesus como meu Senhor e Salvador pessoal. Essa decisão mudou a minha vida pra sempre e eu continuo sendo um evangélico comprometido até hoje.

Então, em 1974, eu encontrei o Centro Cristão Melodyland (Melodyland Christian Center) em Anaheim e comecei a trabalhar como um de seus conselheiros voluntários via telefone. De começo, eu não disse a nada sobre meus sentimentos gays a ninguém. Afinal, eu tinha que me “purificar.” Eu disse ao diretor do aconselhamento telefônico que eu era um “cristão homossexual.” Ele me disse que “não havia tal coisa.” Ele disse que se eu era um cristão de fato, então “já não era mais gay aos olhos de Deus,”

Eu precisava acreditar que era heterossexual agora – e “determinar isso.” Deus faria o milagre com o tempo. “Continue orando” - diziam eles. Se eu tivesse fé suficiente, eu finalmente “ficaria livre.” Eu queria isso mais do que tudo e sinceramente acreditei que isso se tornaria verdade.

Naquele tempo, não havia ministério para gays em nossa mega igreja, então meu amigo Jim Kaspar e eu decidimos inventar um. Em 1975, nós criamos a EXIT - em inglês a palavra significa saída, mas aqui era uma sigla para “EX-gay Intervention Team,” ou seja, Equipe de Intervenção Ex-Gay (uma espécie de Caça-Fantasmas – só que gay!) Começamos oferecendo sessões de aconselhamento individual, grupos de apoio semanal, estudos bíblicos, e reuniões de oração. Apesar de não termos nenhum treinamento formal, e só termos nos intitulado “ex-gays” havia poucos meses, tornamo-nos, de repente, “especialistas.”

Pastores e terapeutas começaram a enviar clientes para nós. Escrevíamos materiais sobre “Como Ajudar o Homossexual” e dávamos “testemunhos de nossa mudança” em conferências da igreja e em talk shows no rádio e na TV – incluindo o Club 700 do Pat Robertson. Robertson insistia em perguntar se nós achávamos que havíamos tido “demônios gays” algum dia. Ele pareceu desapontado quando respondemos que “não.”

Em 1976, descobrimos que outros como nós estavam formando pequenos ministérios de “mudança” ou “libertação” em suas áreas. Em setembro de 1976, no Melodyland Christian Center em Anaheim, o EXIT recebeu a primeira confêrencia de “ex-gays” de todos os tempos. Um punhado de líderes de ministérios junto com aproximadamente 60 delegados votaram para formar uma coalisão de ministérios. Chamamos essa coalisão de EXODUS. Pensamos que, chamados como Moisés e dirigidos por Deus, nós poderíamos conduzir muitos gays e lésbicas para a “terra prometida” da heterossexualidade.

Preciso dizer que alguns tiveram uma experiência positiva de mudança de vida frequentando nossos estudos bíblicos e grupos de apoio. Eles experimentaram o amor de Deus e o acolhimento de outros que conheciam suas lutas. Houve algumas “mudanças” reais – mas nenhuma das centenas de pessoas que nós aconselhamos se tornou heterossexual.

Ao contrário, muitos dos nossos clientes começaram a se desestruturar – afundando em culpa, ansiedade e ódio contra si mesmo. Por que eles não estavam “mudando”? As respostas dos líderes da igreja tornavam a dor ainda maior: “Você pode não ser um cristão verdadeiro.” “Você não tem fé suficiente.” “Você não está orando e lendo a Bíblia o suficiente.” “Talvez você tenha um demônio.” A mensagem sempre parecia ser: “Você não é sincero o suficiente. Você não está se esforçando o suficiente. Você não tem fé suficiente.”

Alguns simplesmente caíram fora e nunca mais se ouviu falar deles. Eu acho que esses tiveram sorte. Outros se tornaram auto-destrutivos. Um jovem se embriagou e dirigiu contra uma árvore). Um dos líderes que trabalhavam comigo me disse que havia deixado a EXODUS e estava frequentado bares heterossexuais, procurando alguém que batesse nele. Ele disse que as surras o faziam sentir-se menos culpado, fazendo expiação pelo seu pecado. Um dos meus clientes mais dedicados, Mark, pegou uma lâmina e cortou suas genitais repetidamente, e depois colocou produto limpa-ralos sobre as feridas, porque depois de meses de celibato, ele havia tido uma “queda.”

No meio de tudo isso, minha própria fé no movimento EXODUS estava desmoronando. Ninguém estava realmente se tornando “ex-gay.” A quem estávamos enganando? Como um líder atual da EXODUS admitiu, éramos apenas “cristãos com tendências homossexuais que preferiam não ter aquelas tendências.” Ao nos denominarmos como “ex-gays,” nós estávamos mentindo pra nós mesmos e para os outros. Estávamos machucando pessoas.

Em 1979, um outro pioneiro da EXODUS (Gary Cooper) e eu decidimos deixar a EXODUS — e nossas esposas. Por anos, nós dois havíamos firmemente acreditado que o processo EXODUS nos tornaria heterossexuais. Ao invés disso, percebemos que havíamos nos apaixonado um pelo outro! Saímos do armário publicamente contra a EXODUS em 1991. Nossa história apareceu no documentário “One Nation Under God” (Uma Nação Sob Deus). Gary morreu de AIDS pouco antes do filme ser concluído.

Desde então, eu continuei a ser um dos mais persistentes críticos da EXODUS – não porque eu queira “negar esperança.” Pelo contrário, eu quero afirmar que Deus ama cada pessoa, e que o amor e o perdão de Deus realmente mudam vidas. Certamente mudaram a minha. Apenas nunca me fizeram heterossexual. Eu encontrei harmonia entre minha sexualidade e minha espiritualidade — e eu tenho esperança de que outros farão o mesmo. A jornada de cada um é diferente. Meu próprio êxodo tem sido uma jornada incrível.

Perdi muitos amigos e amores para a AIDS. Já fui demitido de dois empregos apenas por ser gay. E cinco anos atrás, eu sobrevivi a um violento e absurdo crime de ódio que quase levou minha vida. Eu fui espancado e esfaqueado nas costas por membros de uma gangue que gritavam “viado”, enquanto me atacavam. Meu melhor amigo, Jeffery Owens, não teve tanta sorte. Ele foi esfaqueado cinco vezes nas costas e sangrou até a morte na mesa de cirurgia.

Apesar de tudo isso, eu me considero um sobrevivente. Eu sou um homem gay cristão evangélico feliz; relativamente bem ajustado; tenho um relacionamento amoroso comprometido com um cara maravilhoso, meu parceiro Richard; e sirvo como ancião na minha igreja presbiteriana local. Eu amo a Deus e amo a vida.

E tenho esperança. Acredito que estamos abrindo caminho; grupos como a EXODUS vão encerrar suas atividades quando as pessoas não mais pensarem que precisam renegar quem realmente são para tentarem ser o que não são.

Até lá, àquelas pessoas maravilhosas (gays, ex-gays e ex-ex-gays) que têm abençoado minha vida e enriquecido minha jornada, sou sinceramente grato. E àqueles que eu possa ter ferido através do meu envolvimento com a EXODUS, peço sinceras desculpas.





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