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Justiça para a Chechênia: relato de um jovem gay sobrevivente.



Maxim, homem gay checheno e sobrevivente à perseguição antigay na Chechênia,
república integrante da Federação da Rússia.


Passei 12 dias preso numa cela toda suja de sangue. Fui espancado, ameaçado e humilhado o tempo todo. Só porque sou gay.

Meu nome é Maxim e sou sobrevivente da perseguição antigay na Chechênia, onde as autoridades sequestraram, torturaram e assassinaram homens suspeitos de serem gays ou bissexuais.

Já faz um ano que o mundo ouviu pela primeira vez essas atrocidades. Mas, até agora, a justiça não foi feita.

As autoridades russas se recusam a promover uma investigação que esclareça esses crimes. Eles querem que o mundo se esqueça do que houve na Chechênia – mas nós não vamos deixar isso acontecer.

Precisamos colocar essa história de volta nos noticiários e falar para milhares de pessoas sobre os horrores que eu e tantos outros enfrentamos na Chechênia. Agora é a hora de exigir que as autoridades russas investiguem e punam os responsáveis.

Por favor, junte-se a mim. Assine nossa petição global e exija justiça pela Chechênia.
https://allout.actionkit.com/go/8064?t=10&akid=20788%2E49658%2EsMqT9G

Se o link acima não abrir, utilize este: https://go.allout.org/pt/a/chechen-100/?akid=20788.49658.sMqT9G&rd=1&t=10&utm_campaign=chechen-100&utm_medium=email&utm_source=actionsuite

Eu fui libertado depois que minha família registrou meu desaparecimento e meus amigos fizeram uma campanha para me encontrar. Eu mal conseguia rastejar quando a polícia me soltou.
Muitos de nós tiveram que deixar a Chechênia para salvar a própria vida. Muitos, como eu, foram ameaçados pelas autoridades para que não falássemos do que aconteceu. E muitos têm medo de se manifestar pelo que pode acontecer com seus familiares.

É por isso que não posso ficar quieto. Porque minha história é a história de muitos outros.
Os crimes que enfrentamos na Chechênia precisam ser ouvidos, mas, para isso, eu preciso da sua ajuda. Se milhares de pessoas se manifestarem, podemos pressionar as autoridades russas a investigar.

Em homenagem às pessoas que perdemos há um ano, assine e exija justiça pela Chechênia.

Em homenagem às pessoas que perdemos há um ano, assine e exija justiça pela Chechênia.
Obrigado por apoiar a All Out. Vamos em frente!

Maxim Lapunov

PS: Centenas de nós vamos nos reunir no próximo fim de semana no mundo inteiro para participar de uma Mobilização Global pela Chechênia. Junte-se a nós! 


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ATUALIZAÇÃO - 4 de outubro de 2017: As audiências na justiça dos quatro ativistas russos detidos durante a entrega da petição, em maio, já aconteceram e todos foram multados em 10.000 rublos - cerca de 175 dólares. Eles entraram com recurso contra a decisão e agora aguardam a nova audiência. Foram retiradas todas as acusações contra Yuri, o ativista da All Out que também foi detido no evento.


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ATUALIZAÇÃO - 4 de julho de 2017: Nas últimas semanas, parecia que já não havia novas prisões de homens gays na Chechênia, mas a Russian LGBT Network recebeu mais ligações em sua linha telefônica de emergência. Os sobreviventes informaram que as prisões recomeçaram. Além disso, agora há indícios de que pelo menos 6 pessoas morreram devido às perseguições.


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ATUALIZAÇÃO - 12 de maio de 2017: Os 5 ativistas – incluindo Yuri, que é um membro da equipe de campanhas da All Out – foram soltos da detenção e estão em segurança. Um julgamento acontecerá em 29 de maio. Iniciamos uma campanha de arrecadação de fundos para ajudar com o pagamento de multas, taxas legais e outros custos emergenciais resultantes da detenção dos ativistas. Por favor, faça uma doação para nos ajudar a seguir lutando, com ainda mais força, por justiça para os homens gays perseguidos na Chechênia: https://go.allout.org/pt/a/detained-in-moscow/


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ATUALIZAÇÃO - 11 de maio: Um de nossos colegas acaba de ser detido em Moscou, junto de outros ativistas, ao tentar entregar mais de 2 milhões de assinaturas contra a perseguição anti-gay na Chechênia. Continuaremos acompanhando a situação e trabalhando para libertá-los.


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ATUALIZAÇÃO - 5 de maio: Graças à pressão internacional, as autoridades russas anunciaram que vão investigar a situação na Chechênia. Antes, eles haviam declarado que deixariam a investigação a cargo das próprias autoridades chechenas. Continuaremos acompanhando para garantir que a investigação seja conduzida de maneira adequada, e que os responsáveis respondam por esses crimes.


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Homens gays estão sendo capturados e presos na Chechênia, Rússia.


Durante o fim de semana surgiu a notícia de que mais de 100 homens foram presos sob suspeita de serem gays. Há relatos de pessoas torturadas, espancadas e obrigadas a dar informações sobre outros gays na região. Pelo menos três homens foram assassinados.
“Na Chechênia nem existem gays” – foi a resposta oficial das autoridades.


Exija que as autoridades federais russas investiguem imediatamente essas atrocidades e punam os responsáveis por prender, torturar e matar homens gays na Chechênia.


Esta campanha é realizada em parceria com a Rede LGBT da Rússia. A All Out também está realizando uma campanha de arrecadação emergencial para ajudar a Rede LGBT da Rússia a retirar da Chechênia homens gays que correm risco de serem presos e torturados.


Publicado em 4 de abril de 2017.


A Rússia rejeita projeto de lei que pretendia punir com cadeia gays que demonstrassem afeto ou saíssem do armário

O comitê rejeitou projeto de lei que puniria 
pessoas gays com prisão na Rússia


Traduzido e adaptado por Sergio Viula


Uma comissão da câmara baixa da Assembleia Federal Russa (Duma), rejeitou o projeto de lei que pretendia tornar o "sair do armário" para jovens e o beijar em público atos passíveis de punição com prisão.

A Duma russa votaria esta semana uma medida que proibiria todas as demonstrações públicas de afeto entre casais do mesmo sexo.

A legislação sugeria punições para casais do mesmo sexo que fossem pegos beijando ou segurando as mãos em público.

De acordo com a agência RBC News, a Comissão sobre Legislação Constitucional e a Construção do Estado rejeitou o projeto de lei.

A agência disse que a comissão rejeitou a legislação "principalmente devido ao fato de que, de uma perspectiva legal formal, o projeto de lei era analfabeto".

A Rússia tem sido criticada por reprimir os direitos das pessoas LGBT desde que aprovou uma lei proibindo a promoção de "relações sexuais não tradicionais" para menores.

Nota deste blogueiro: a lei referida no parágrafo anterior tem sido usada para perseguir pessoas LGBT por qualquer coisa. Nas Olimpíadas, por exemplo, Putin enquadrou nessa lei até atletas que ostentassem símbolos com as cores da bandeira do arco-íris. Mesmo assim, alguns ousaram. :)

A notícia é do site PinkNews e continua em inglês aqui:
https://www.thepinknews.com/2016/01/18/russia-rejects-bill-to-punish-hand-holding-and-coming-out-with-jail/

Madonna sobre presidente russo: “Talvez Putin seja gay"

Madonna sobre presidente russo: “Talvez Putin seja gay"

Cantora usou uma rede social para criticar as políticas homofóbicas do governo da Rússia


iG São Paulo , da Redação 
09/10/2013, às 16:17:30




'Talvez Putin seja gay, talvez seja esse o problema', afirmou Madonna em um tuite. Foto: Divulgação


Madonna mostrou mais uma vez que não tem medo do governo da Rússia e muito menos das políticas antigays do seu presidente, Vladmir Putin . Na noite da ultima terça-feira (08), a cantora usou uma rede social para alfinetar o político. "Talvez Putin seja gay. Talvez seja esse o problema”, escreveu ela em seu perfil no Twitter.

Em outubro de 2012, a popstar enfureceu os homofóbicos russos ao defender a comunidade LGBT local durante um show na cidade de São Petesburgo. Cidadãos do país até entraram com um processo na justiça local para que Madonna pagasse R$ 20 milhões de multa pelo seu gesto.

A mensagem da estrela foi uma resposta a um casal que participava do projeto “Art For Freedom”. A ideia é que os fãs da cantora enviem músicas, fotos e textos com a hastag #artforfreedom para que Madonna comente e faça intervenções artísticas nas imagens.

A insinuação sobre Putin foi motivada por uma imagem mandada por um casal gay. Na foto, Adrian eShane aparecem se beijando em frente a um grafite que mostra o ex-líder soviético Michael Gorbachev dando um beijo no ex-presidente da antiga Alemanha Oriental Erich Honecker.

Madonna já se posicionou diversas vezes em prol dos direitos da comunidade LGBT. No primeiro semestre, ela foi bastante ativa na defesa do casamento igualitário nos Estados Unidos.

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Madonna foi guerreira quando se apresentou na Rússia e defendeu as Pussy Riots e a comunidade LGBT da Rússia. Foi chamada até de 'puta velha' por autoridades russas. O governo russo quis impor multa de 1 milhão de dólares a ela. Mas, a rainha do Pop e musa da comunidade LGBT e de milhões de heterossexuais de bom gosto não se intimida.

Mandou bem, Madonna. Ele vai ficar 'putin' com você, linda , mas a comunidade LGBT russa e internacional te aplaudem!

Parlamento da Rússia aprova lei contra 'propaganda homossexual' - Comentário de Sergio Viula

Militantes LGBT e simpatizantes são detidos pela polícia ao se manifestarem na Rússia por causa da lei que quer torna-los invisíveis e seu amor e cultura ilegais.






Parlamento da Rússia aprova lei contra 'propaganda homossexual'

Folha de São Paulo
25/01/2013


O Parlamento da Rússia aprovou nesta sexta-feira, em primeira leitura, o projeto de lei que proíbe a chamada "propaganda da homossexualidade", que limita atos públicos e manifestações dos gays.

A medida faz parte de uma série de leis criadas pelo governo do presidente Vladimir Putin diminuindo os direitos dos homossexuais na Rússia, um dos países mais preconceituosos em relação à orientação sexual da Europa.

A proposta foi aprovada com 388 votos a favor, um contra e uma abstenção. O projeto de lei ainda passará pela Câmara alta do Parlamento antes de ser enviado à sanção de Putin.
Caso aprovada, permitirá a cobrança de multas de até 50 mil rublos (R$ 3.379) por manifestações, atos de campanha e ativismo pelo fim da discriminação de homossexuais.

Durante o debate no Parlamento, o deputado do governista Rússia Unida Serguei Dorofeyev disse que era preciso proteger crianças e adolescentes do que chamou de "consequências da homossexualidade".

A deputada Elena Mizulina, do Rússia Justa, considerou que a exposição das crianças demonstrações afetivas com pessoas do mesmo sexo "limitam o direito dos menores a se desenvolverem livremente".

Os homossexuais sofrem forte discriminação na Rússia, um dos países mais homofóbicos da Europa. Até 1993, ter relações com pessoas do mesmo sexo era crime e até 1999 era considerado uma doença mental.


PROTESTOS

Enquanto acontecia a sessão no Parlamento, ativistas gays e cristãos ortodoxos entraram em confronto pela segunda vez nesta semana. O estopim das agressões foi o beijo dado por suas mulheres na porta da casa legislativa.

Em seguida, os simpatizantes da lei começaram a jogar ovos, tinta, e tentaram atacar o grupo, mas foram impedidos pela presença policial. Os agentes prenderam os manifestantes mais exaltados e os militantes foram dispersados.

A Igreja Ortodoxa Russa pediu para que a nova lei seja estendida por toda a Rússia, ela que já vigora em outras cidades, como São Petesburgo, a segunda maior do país.

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

A Igreja Ortodoxa Russa tem cerca de 28.000 paróquias, a maioria na Rússia, Ucrânia e Bielorússia, totalizando 135 milhões de adeptos ao redor do mundo. O chefe da Igreja Ortodoxa Russa é o patriarca de Moscou. Ele, porém, não tem plenos poderes sobre questões de fé - o que é tratado por um Sínodo. Se as questões forem fundamentais, elas precisam ser tratadas por um Concílio Ecumênico de todas as Igrejas Ortodoxas.

A Igreja Ortodoxa surge a partir de um cisma entre as Igrejas Cristãs em 1054. Uma das facções ficou sob a autoridade do papa (Igreja Católica Apostólica Romana) e a outra permaneceu fiel ao Patriarca de Constantinopla, constituindo a Igreja Católica Apostólica Ortodoxa subdividida em pelo menos 14 Igreja Ortodoxas Autocéfalas - Constantinopla, Alexandria, Antioquia e Jerusalém (todas elas constituem patriarcados); dez Igrejas Ortodoxas que surgiram ao longo do tempo: Rússia, Sérvia, Romênia, Bulgária, Geórgia (estas também são consideradas patriarcados), Chipre, Grécia, Albânia e República Tcheco-Eslováquia (estas últimas são lideradas por um arcebispo ou por um Metropolita).

Na Igreja Ortodoxa somente bispos são obrigados a manter o celibato. Os padres são liberados para o matrimônio, desde que este se dê antes da sua ordenação.

Historicamente, a Igreja Ortodoxa Russa abençoava o Czar, derrubado pela Revolução de 1917 com a assunção do Partido Bolchevique, de Vladimir Lênin.

Durante o governo de Stalin, a Igreja Ortodoxa Russa enfrentou um período de grandes restrições por ser considerada perigosa para a estabilidade do socialismo soviético. Porém, quando os alemães começaram a ameaçar o sistema soviético, Stalin concedeu mais liberdade à Igreja e seu Patriarcado objetivando cooperação para que o povo defendesse o sistema.

Com o esfacelamento da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, a Igreja Ortodoxa retomou seu poder em relação à formação de opinião pública. Isso tem gerado uma cooperação perigosa entre o governo e a igreja.

Atualmente, Vladimir Putin - presidente da Rússa - tem recebido forte apoio do clero e, como retribuição, tem atendido reivindicações da igreja, como no caso da restrição aos direitos dos cidadãos LGBT sob o pretexto de impedir a "propaganda gay" (sic). Os argumentos usados na esfera pública não são razões públicas de fato, mas doutrina religiosa disfarçada de defesa do que muitos consideram "bons costumes" ou "defesa da família" ou "proteção à criança e ao adolescente".

Ao longo de sua história, a Rússia criou uma ordem baseada em direitos políticos e econômicos iguais para mulheres e homens na esfera pública. Essas políticas, porém foram essencialmente motivadas por necessidades econômicas do estado e, assim, fizeram pouco para transformar normas que relegam as mulheres a cuidadoras do lar. Outras desigualdades resultaram da construção social do ideal de sociedade soviético baseado no modelo de família heterossexual, que marginalizou as minorias sexuais.

Mães solteiras, por exemplo, sofrem terrível discriminação, inclusive no sistema de saúde. Isso tem elevado os índices de abandono de crianças na Rússia. Além disso, o combate à AIDS também sofre deficiências terríveis por causa do preconceito moralista. A assistência a mães com AIDS e seus filhos portadores do HIV são um desafio a ser superado. Imaginem em que pé fica o combate à AIDS entre a minorias sexuais, então.

Para tornar-se um país socialmente desenvolvido, a Rússia terá que rever suas posturas moralistas, baseadas numa heteronormatividade danosa para todos, porém chancelada por conservadores e fundamentalistas religiosos, dentre os quais a Igreja Ortodoxa Russa desempenha um papel protagonista.

Além disso, o povo russo terá que se acostumar à liberdade e desenvolver uma democracia genuína antes que consigam avançar na direção de leis que realmente valorizem o indivíduo e garantam seus direitos fundamentais.


No Brasil a Igreja Ortodoxa chegou com imigrantes árabes. Sua primeira instituição foi edificada em São Paulo, no ano de 1904. A imponente Catedral Ortodoxa foi aberta ao público em 1954, no auge da celebração do IV Centenário da metrópole.

Madonna defendeu a comunidade gay russa e foi processada pelo governo russo.

Obrigado, Madonna, por sempre se colocar na defesa da comunidade LGBT e outras minorias. A luta continua!

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