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Doritos faz propaganda com humor gay

DOIS COMERCIAIS DE DORITOS OUSAM E CAUSAM!!!



Veja o texto da Revista Lado A sobre os comerciais:


Duas propagandas desenvolvidas para um concurso anual do salgadinho Doritos nos Estados Unidos, para escolher o comercial da marca que vai ao ar no espaço publicitário mais caro e assistido do país, exploraram a temática gay. As campanhas não foram eleitas para serem exibidas durante o Super Bowl – final do campeonato nacional de futebol americano - neste domingo, mas caíram na rede e estão fazendo o maior sucesso.

Uma delas, “I told Uou So”, mostra um vizinho gostoso lambendo o beijo ao ver dois homens na casa ao lado na piscina, consumindo Doritos. Um dos gays diz ao outro “Eu te falei...”, fazendo um trocadilho sobre a sexualidade do vizinho casado.

Já em “The Sauna”, dois homens estão relaxando na sauna quando um deles começa a olhar para o cara ao lado. Ele então percorre seu corpo com os olhos e para sobre seu colo. Sorrateiramente, ele começa a dirigir sua mão ao “vizinho”, quando ele acorda e flagra o homem mexendo em seu Doritos que estava entre suas coxas.

Os dois filmes não foram aprovados pela empresa de salgadinhos que há alguns anos, no Brasil, chegou a ser acusada de homofobia, quando colocou no ar uma campanha onde rapazes cantavam a música “YMCA” e um deles dançava mais animado quando a propaganda interrompia a cena e dizia: “Quer dividir alguma coisa com os amigos, divide um Doritos”. A campanha da agência brasileira Almap/BBDO chegou a sair do ar a pedido do CONAR – Conselho de Autoregulamentação Publicitária - mas foi inocentado da acusação de homofobia e liberado em seguida.

Assista:






UMA ESCOLA BÍBLICA BEM DIFERENTE!!! Vale a pena ver de novo... sob outra perspectiva!!! (CONTINUA NO POST SEGUINTE)

Assista e divirta-se






O Mito do Gênesis: Um Entre Muitos


Muita gente lê o livro de Gênesis, no Antigo Testamento, como se sua narrativa fosse a única versão antiga sobre a origem do mundo e da humanidade. Mas a verdade é que o mito bíblico da criação não surgiu isolado: ele é apenas um entre inúmeros mitos de criação que circulavam no Oriente Médio e no norte da África muito antes e durante a redação dos textos bíblicos.

Por que isso?

Porque todos os povos antigos buscavam respostas para as mesmas perguntas:


  • De onde viemos?
  • Como surgiu a vida?
  • Qual é o papel da humanidade no universo?

E, à medida que povos se encontravam, guerreavam, faziam comércio ou conviviam lado a lado, mitos eram trocados, adaptados e reinterpretados conforme a religião, a política e a cultura local.

As raízes mais antigas: Mesopotâmia

As influências mais evidentes vêm da Mesopotâmia, a “terra entre rios” (Tigre e Eufrates), berço de algumas das primeiras civilizações do mundo.


Enuma Elish (Babilônia): Narra como o deus Marduque derrota a deusa do caos, Tiamat, e cria o mundo a partir do corpo dela. Lembra de Gênesis 1:2? “A terra era sem forma e vazia.” A ideia do caos primordial vem daqui.

Épico de Gilgamesh: Contém uma história de dilúvio muito parecida com a de Noé, inclusive com um barco, animais e um herói que escapa das águas.

Quando os hebreus foram exilados na Babilônia (século VI a.C.), essas histórias já eram conhecidas há séculos — e provavelmente influenciaram a forma como Gênesis foi escrito ou editado.

A influência do Egito

No Egito Antigo, mitos falavam de um oceano primordial (Nun) e de um deus criador (Atum) que traz ordem ao mundo pelo poder da palavra. Esse detalhe aparece em Gênesis: “Disse Deus: haja luz.” A criação acontece pela ordem verbal de Deus — não por guerras entre deuses rivais, como nos mitos mesopotâmicos.

O toque israelita: um Deus único e supremo

  • O que torna o Gênesis diferente não é a história em si, mas a teologia por trás dela.
  • Em vez de vários deuses, há apenas um Deus.
  • O sol, a lua e as estrelas — divindades em outros povos — aqui são simples criações.

E o ser humano, feito à “imagem e semelhança de Deus”, recebe dignidade especial, não existindo apenas para servir aos deuses, mas como parte central da criação.
Um mito, muitas versões

O mito do Gênesis, portanto, faz parte de uma tradição muito mais ampla de mitos de criação. Ele traz elementos mesopotâmicos, egípcios e cananeus, mas adapta tudo para transmitir a fé monoteísta do povo hebreu.

Assim, quando lemos Gênesis, não estamos vendo a “primeira” nem a “única” versão de uma narrativa de criação — e sim uma adaptação feita para afirmar a identidade religiosa de Israel em meio a um mundo cheio de deuses, mitos e cosmogonias. Apenas mais uma entre muitas narrativas míticas de origem.

UMA ESCOLA BÍBLICA BEM DIFERENTE!!! Vale a pena ver de novo... sob outra perspectiva!!!

Assista e pense sob novos pontos de vista










A Bíblia: Narrativa Literária e Tradições de Origem Duvidosa


Muita gente encara a Bíblia como se fosse um livro único, coeso e imutável, caído do céu pronto e perfeito. Mas quando olhamos para ela sem o filtro da fé, descobrimos que a Bíblia é, na verdade, uma coleção de textos humanos — narrativas, poemas, leis, profecias e lendas — reunidos e editados ao longo de muitos séculos.

Como literatura, ela é fascinante. Mas como “verdade histórica absoluta”? A história de sua composição mostra algo bem diferente.

A Bíblia como narrativa

A Bíblia é formada por livros muito distintos:

Pentateuco (Gênesis a Deuteronômio): mistura mitos de criação, histórias dos patriarcas, leis e lendas tribais.

Livros históricos (Josué, Juízes, Reis, Crônicas): relatos sobre guerras, reis e profetas, geralmente escritos com tons nacionalistas e religiosos.

Poéticos e sapienciais (Salmos, Provérbios, Jó): cânticos, provérbios e reflexões filosóficas.

Profetas: textos com forte conteúdo político, religioso e moral.

Como narrativa, a Bíblia combina mito e memória, poesia e política, religião e identidade nacional — e essa mistura revela muito mais sobre os povos que a escreveram do que sobre a “palavra direta de Deus”.


Tradições de origem bem discutível

Os estudos modernos mostram que a Bíblia foi escrita, reescrita e editada em períodos diferentes, por mãos diversas, com objetivos teológicos e políticos claros. Alguns pontos essenciais:


Fontes múltiplas e contraditórias

O Pentateuco contém relatos duplicados e até conflitantes — como os dois relatos da criação em Gênesis 1 e 2. Isso levou à Hipótese Documentária, que identifica pelo menos quatro fontes principais: Javista (J), Eloísta (E), Deuteronomista (D) e Sacerdotal (P).


Influência de outros povos

Elementos de mitos mesopotâmicos, como o Enuma Elish e o Épico de Gilgamesh, aparecem claramente em Gênesis e na história do dilúvio.


Tradição oral antes da escrita

Durante séculos, as histórias foram transmitidas oralmente — e sabemos que tradições orais sofrem adaptações, acréscimos e interpretações antes de virarem texto.


Edição tardia e interesses políticos

Muitos livros foram reunidos ou editados durante o exílio babilônico (século VI a.C.) para reforçar a identidade nacional e religiosa dos judeus. Outros, como o Deuteronômio, serviram para centralizar o culto em Jerusalém — uma decisão tanto política quanto religiosa.


Cânon definido muito depois

A lista de livros considerados “inspirados” só foi fixada séculos depois. Antes disso, diferentes grupos judeus e cristãos tinham coleções de textos diferentes.


Por que tudo isso importa

Não temos os textos originais: apenas cópias tardias com variações significativas.

Muitos eventos não têm comprovação histórica: o Êxodo, por exemplo, carece de evidências fora do texto bíblico.

A mistura de política, teologia e literatura mostra que a Bíblia é obra humana, moldada por interesses e contextos específicos.


Pense seriamente nisso

Ler a Bíblia como mera narrativa nos liberta da obrigação de tomá-la como verdade literal. Podemos apreciá-la como patrimônio cultural e literário, entendendo suas contradições, influências externas e motivações políticas — sem precisar enxergá-la como “palavra sagrada”.

Afinal, a Bíblia não caiu do céu: ela foi escrita, editada e adaptada por pessoas, com todas as limitações, interesses e visões de mundo que qualquer ser humano carrega.

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