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Catolicismo e Sexualidade

Texto do antigo blog ainda na UOL



A visão católica de sexualidade e, consequentemente de casamento, é a de que a união sexual visa tão-somente a reprodução. Mas, o que dizer dos milhares (talvez milhões) de casais que não procriam ou das inúmeras relações sexuais que um casal realiza sem a mínima possibilidade de procriar?

Os mais tradicionalistas alegam que a Bíblia fala contra a homossexualidade, mas geralmente eles concentram-se em cinco ou seis passagens que têm diversas outras conotações. No Levítico, por exemplo, a passagem que diz que um homem não se deitará com outro homem está no mesmo capítulo que passagens que falam contra a mistura de sementes diferentes numa mesma lavoura, uso de roupas que combinem tecidos diferentes, proibição de que mulheres em seu período menstrual entrem no templo ou se aproximem de outras pessoas, sob a alegação de que são imundas etc. Dá para levar isso a sério depois de todo o "Esclarecimento" do século XIX, XX e já iniciado XXI?

De fato, a defesa bíblica à escravidão é mais forte do que suas contradições à homossexualidade, e ninguém mais apela à Bíblia para justificar a escravidão. O Vaticano, inclusive, chegou a ser uma voz contrária à escravidão num dado momento da história, apesar de ter se beneficiado da escravidão direta ou indiretamente. Paulo, que muita gente admira foi um dos mais soberbos e cínicos apóstolos [na verdade, autoproclamado apóstolo, uma vez que não fazia parte dos doze] - esse mesmo Paulo que tantos admiram corroborava a escravidão em suas cartas: "Escravos, obedecei a vossos senhores terrenos com temor e tremor, com um coração puro, como obedeceis a Cristo...". Agora isso é coisa que se leve à serio tomando chicote no lombo e sendo tolhido em toda a sua dignidade? É fácil para o burguesinho, versado em judaísmo e helenismo, falante de várias línguas, e sustentado pela boa vontade de um bando de cristãos do primeiro século...

Mas a escravidão não foi a única loucura a ser abolida. O mesmo se deu com o antissemitismo, a proibição de que as mulheres falassem na igreja, etc. Tudo isso foi usado em nome da Bíblia e depois abandonado em nome do bom senso. Por isso, a sexualidade é a próxima fronteira a ser derrubada para que haja verdadeira justiça no trato da igreja com os clérigos e leigos que comungam com ela, bem como com os não-religiosos.

Pedir que os homossexuais suprimam sua identidade sexual é uma violência, uma crueldade. Quanto mais aprendemos sobre a sexualidade humana, mais chegamos à conclusão de que a atração pelo mesmo gênero é algo que nasce com o ser humano ou que se desenvolve tão cedo que não é o que a maioria de nós consideraria como uma "escolha" manipulável mais do que nascer negro, judeu ou mulher.

O celibato católico NÃO é tão velho quanto a igreja. Durante oito séculos a igreja não teve nenhuma determinação papal contra o casamento dos clérigos. De fato, pelo menos três papas tiveram filhos que os sucederam no trono papal. Portanto, foi por motivos políticos e econômicos - não escriturísticos - que a igreja estabeleceu a regra celibatária. O ponto é que que a privação de companheiro(a) devidamente reconhecido e aceito leva à clandestinidade, e essa clandestinidade pode levar a comportamento nocivo, seja hétero ou homossexual. A igreja precisa reconhecer a legitimidade do amor em qualquer modalidade, desde que sejam legalmente responsáveis por si mesmas as partes envolvidas.

Quanto às mulheres, se a igreja não reconhecê-las como sacerdotisas - gays ou heterossexuais - sofrerá perdas ainda maiores. Donald Cozzens cita um prognóstico feito por um vigário-geral aposentado: "A redução de sacerdotes não será resolvida orando por mais vocações. As mulheres são as que identificam e nutrem vocações, e elas não estão fazendo mais isso. Elas dizem: 'Uma igreja que não aceita minhas filhas não vai levar meu filho.".

Agora, por que um ateu como eu está interessado nesse assunto eclesiástico? Obviamente, porque não é meramente eclesiástico, mas social, político, cultural. Que a igreja sofra solução de continuidade não me preocupa mais do que se o presidente americano George Bush comeu bacon com ovos no café da manhã. Mas que homossexuais crentes em sua religião possam ver-se integralmente e naturalmente envolvidos no ministério para o qual se sentem vocacionados é uma questão que não exige fé, mas bom senso! Agora que a religião é essencialmente motivada pelo binômio culpa-medo, disso não duvido e, por isso, preferiria que as pessoas resolvessem seus dilemas existenciais - ou que pelo menos convivessem com eles - sem se submeterem a outros.

Entendo que para alguns bons seres humanos - e eu sou amigo, filho, pai, neto, sobrinho etc de alguns deles - a ideia de que não haja um deus lá em cima com agentes visíveis (padres, pastores, rabinos, pais-de-santo etc) e invisíveis (seus anjos e mensageiros espirituais) aqui em baixo parece assustadora. É o velho medo que os indefesos seres humanos - diante de um universo misterioso e grandioso em todos os seus fenômenos - nutrem. Medo esse que foi acrescido de culpa no dia em que alguém surgiu com a ideia de que talvez fenômenos como doenças, inundações e secas seriam vingança de uma divindade irada contra os pobres mortais por causa de alguma "querela sagrada" do tipo: não coma isso, não faça aquilo, não pense ou deseje aquiloutro.

Esse medo do desconhecido presente ou futuro e essa culpa, como se houvesse sempre algo a ser confessado, são as poderosas forças que mantém as igrejas abertas e abarrotadas ainda hoje, pois mesmo naquelas em que o interesse seja tão-somente a prosperidade financeira, o que paira na mente do indivíduo é o medo - neste caso, medo da desgraça financeira num mundo que muda o tempo todo.

Mas como os homens não podem viver sem ilusão alguma. a religião se torna esse último galho ao qual muitos se agarram tentando evitar a correnteza do rio da vida. Todos temos ilusões em alguma medida, mas nenhuma pode ser tão castradora de individualidade quanto aquela que em nome de um deus ordena que eu deixe de ser homem. Sim, porque com suas proibições de ordem sexual, incentivo ao jejum, à vigília, à penitência, à supressão do desejo, à negação de mim mesmo para ser semelhante a um pai celestial ou seu filho igualmente divino, o cristianismo me impõe limites insuportáveis enquanto ser humano, ser terreno, ser de afecções, de memória, de razão, e dono de uma corporalidade bela e pujante.

Prefiro dizer não à castração absolutamente desnecessária, despropositada e inútil da religião de um modo geral e dizer sim a tudo o que for belo, virtuoso e vital à minha própria humanidade e à humanidade dos meus semelhantes. Sou contra aquilo que vilipendie o ser humano e, por isso, sou contra o abuso sexual ou moral de qualquer ordem. Sou contra a exploração financeira que o homem ocidental sofre a cada dia. Sou contra o que oprime o homem, não contra o que o liberta!!! Adoro ser gente, ser humano, mesmo sendo tão frágil.

Não preciso nem dizer aos que amam a si mesmos, à vida e a alguns [é impossível amar todos] outros seres humanos que aproveitem o dia... mas só para não perder o costume: Carpe Diem!!!

Vigários sinceros e outros não tão sinceros vigaristas

Vigários sinceros e outros não tão sinceros vigaristas




É impressionante como os temas relacionados ao comportamento e à identidade individualizada dos seres humanos esbarra sempre nos mesmos pontos, não importando o tempo.

Esses dias - por uma daquelas coincidências gostosas que a vida traz - encontrei uma edição da revista Newsweek de 06 de maio de 2002, na qual o tema da homossexualidade, do celibato, da mulher no sacerdócio e da heterossexualidade dos padres foi encarado de forma corajosa e desprovida de máscaras e preconceitos pela equipe de jornalistas. Em oito preciosas páginas a revista encarou os fatores que denunciam a estupidez do celibato obrigatório, da repressão tanto à homossexualidade como às relações heterossexuais por parte dos sacerdotes, bem como os escândalos de pedofilia praticada por padres de ambas as orientações sexuais.

A matéria é inaugurada com um comentário sobre as conversas entre os bispos romanos e os prelados americanos a respeito dos casos - então predominantes na mídia e nos tribunais - envolvendo padres pedófilos. O que chama a atenção é que de repente todos os casos de pedofilia se concentraram numa caçadas aos padres homossexuais. É óbvio que todos devemos nos opor à pedofilia, seja ela homo ou heterossexual, mas o Bispo Wilton Gregory - entrevistado pelos jornalistas - parecia saber a causa do problema: "Esta é uma luta contínua. É principalmente uma luta para nos certificar de que o sacerdócio católico não esteja dominado por homens homossexuais." Pensando saber a causa da pedofilia, o Bispo demonstra sequer entender a sexualidade humana em seu sentido mais amplo. Ele arbitrariamente transferiu o foco da questão de sobre um crime para colocá-lo sobre uma característica natural de milhões de seres humanos que nada têm a ver com o comportamento doentio de quem abusa de crianças.

Ora, é óbvio que qualquer caso de pedofilia comprovada deve ser punido judicialmente com rigor - sem falar que o melhor é criar mecanismos para evitá-los. Mas a igreja sempre encobriu tais casos. Principalmente, quando o crime de pedofilia era praticado por padres heterossexuais. Agora, estrategicamente a igreja concentra a "causa" do problema na homossexualidade, obviamente, para deflagrar uma caçada às bruxas repaginada.

O problema é que essa atitude ridiculamente simplista e iníqua ignora gente como um padre - irmão de sacerdócio do Bispo Gregory - que é um dos milhares de bons e fiéis clérigos que vêm a ser homossexuais. Esse homem faz suas orações, celebra duas missas, aconselha pessoas, e disse a Newsweek: "Sou gay, mas essa não é a única coisa que eu sou. Então sou gay, e o padre ali adiante é polonês - e daí? O que importa é que sou fiel, criativo e devotado a Deus." Mas ele tem motivos para temer uma caça às bruxas,uma vez que clérigos como o Bispo Gregory pensam: "A igreja está de fato dizendo: 'Se você parar de ordenar gays, você vai acabar com o abuso sexual." Ao invés de iniciar um diálogo sério e sem preconceitos sobre a sexualidade de um modo mais amplo, principalmente depois de tanta sordidez nessa área em toda a história da igreja - e mais amplamente divulgado em tempos recentes - a igreja declara tolerância zero, mas se esquece de que o confessionário tem sido o palco para as mais diversas demonstrações de libido entre padres e mulheres, principalmente.

Para tratar do futuro do celibato clerical, do lugar da mulher no sacerdócio e do papel dos homossexuais no ministério, a igreja precisa enxergar seu tempo atual com suas próprias luzes e explorar as nuances de interpretação bíblica e histórica sugeridas por alguns dos setores do cristianismo. Mark D. Jordan, um professor de religião e um gay católico afirma que "se não houvesse homossexuais no sacerdócio, logo deixaríamos de ter uma igreja funcionando."

Muitos católicos vêem com bons olhos a ordenação de padres gays ou a permanência dos que já são padres, mesmo depois de assumirem publicamente sua identidade sexual. "O que me interessa é o bom padre, e eu não penso que um bom padre seja determinado de maneira alguma pela sexualidade dele ou dela." - diz Louis P. Vitullo, 57, um advogado de Chicago educado em escolas católicas e frequentador da igreja. "A pessoa é bem equilibrada? A pessoa pode atender às necessidades das pessoas às quais ela destina seus serviços sacerdotais? E, mais basicamente, são pessoas em quem podemos confiar?"

Machismo, um híbrido de violência e ignorância





Machismo, um híbrido de violência e ignorância

Publicado pela primeira vez quando este blog ainda estava na UOL.
Por Sergio Viula



Que o machismo se baseia em e promove mais violência já é conhecido historicamente. Mais recentemente, essa mentalidade reduzida e redutora se apresentou claramente no comportamento dos criminosos de classe média que espancaram uma empregada doméstica na Barra da Tijuca (Rio de Janeiro). Eles se especializaram em bater em mulheres. Faziam isso por "esporte". Entretanto, a violência contra a mulher, que ocorre no lar, é tão revoltante e humilhante quanto aquela sofrida por aquela pobre mulher, com um diferencial inquietante: fica no anonimato na maioria das vezes e ocorre diariamente.

Além da revolta que eu senti quando tomei conhecimento do caso pela TV, fiquei espantado com a ignorância e o preconceito que a justificativa esfarrapada deles revelava: "Pensávamos que fosse uma prostituta."

Como é que gente de classe média, cursando universidade, pode dizer uma imbecilidade dessas? Pensar que o fato de uma mulher ser prostituta lhes dá o direito de agredir, espancar e/ou matar? E o pior é que eles disseram isso provavelmente pensando qu a sociedade acolheria a explicação. Algo como: "Ah, sim, vocês pensaram que fosse uma prostituta?! Então, tudo bem... Foi só um engano." Será que a gente tem cara de babaca ou são eles mesmos que são burros?

Infelizmente, isso é comum em machistas agressores de mulheres tanto quanto em machistas agressores de homossexuais, mais conhecidos como homofóbicos. Esse tipo de violência, porém, é a ponta de um iceberg cuja estrutura fica quase totalmente oculta em meio à rotina de uma sociedade que se entrega à naturalização de uma dominação silenciosa, mas cruel.

A dominação masculina encontra reunidas todas as condições para seu pleno exercício. A primazia universalmente concedida aos homens é claramente percebida nas estruturas, baseadas em uma divisão sexual do trabalho, que confere aos homens a melhor parte. Os próprios hábitos sociais moldados por tais condições acabam funcionando como matrizes das percepções, dos pensamentos e das ações de todos os membros da sociedade. As mulheres, por sua vez, não conseguem escapar totalmente desses esquemas de pensamento que são produtos da incorporação dessas relações de poder e que se expressam em seu comportamento passivo e submisso - não natural, mas condicionado por todo esse esquema social.

Nesse aspecto é perigosíssimo o papel da religião na sociedade, especialmente o cristianismo. Não preciso inventar. Caso alguém duvide do que estou dizendo, vou citar algumas "pérolas" machistas que a Bíblia, sem o menor pudor, apresenta contra as mulheres. Infelizmente, elas mesmas nem percebem a armadilha e acabam sendo a maioria dentre os que lotam os templos e alimentam esse sistema opressor. A Bíblia perpetua a divisão sexual (e iníqua) da sociedade. Veja você mesmo:

1. O mito do início do mundo. Adão culpa a mulher: "A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi." (Gênesis 3:12) A mulher é responsabilizada por todos os males do mundo.

2. O homem se sente no direito de dominá-la, porque Deus mesmo disse: "Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará." (Gênesis 3:16 - grifo meu) Aqui o machismo e o patriarcado (o governo dos homens) inventa sua auto-justificativa áurea.

3. Um dos provérbios mais usados nas igrejas para falar da mulher perfeita é o da mulher virtuosa (Provérbios 31:10-31). Mas o seu conteúdo é todo de subserviência ao marido, trabalho doméstico e atendimento às necessidades dos filhos. É a popularmente conhecida "Amélia, a mulher de verdade". É a "burra de carga".

4. Quando Ló ofereceu suas filhas virgens para favores sexuais aos homens de Sodoma, ele não sofreu nenhuma punição. Sua mulher, porém, apenas pelo fato de ter olhado para trás quando saía da cidade, virou estátua de sal. Mais um mito que coloca as mulheres abaixo de qualquer nível de dignidade. Sorte das filhas de Ló que os homens não as quiseram. (Gênesis 19:6-8; 25,26)

5. O desprezo pela relação amorosa, como se a mulher fosse coisa impura é nítido nas palavra do apóstolo Paulo - o mais proeminente dos apóstolos: "Quanto ao que me escrevestes, é bom que o homem não toque em mulher; mas por causa da impureza, cada um tenha sua própria esposa." (I Coríntios 7:1,2). A esposa é apenas um objeto destinado ao uso do homem para que ele não se entregue à prostituição.

6. Veja a hierarquia da dominação explicitamente defendida por Paulo. Ele diz que Deus é o cabeça de Cristo, Cristo é o cabeça do homem, o homem é o cabeça da mulher. (Conferir I Coríntios 11:3) e a mulher... sifu!

7. Outra pérola paulina: "As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido como ao Senhor, porque o marido é o cabeça da mulher..." (Efésios 5:22,23)

8. Paulo instrui Timóteo, seu mais fiel discípulo, dizendo: "A mulher aprenda em silêncio, com toda submissão. E não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem; esteja, porém, em silêncio." (I Timóteo 2:11,12) E, logo em seguida, vem o mito do Éden para justificar (I Timóteo 2:11,12)

9. Mas Pedro também não perde tempo: "Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido..." (I Pedro 3:1)

10. Quando João quer representar o sistema pervertido desse mundo (na visão cristã, diga-se de passagem), ele utiliza a figura de uma mulher montada numa besta, ou seja, num animal. Ele associa essa mulher à prostituição, à blasfêmia, às abominações, à morte dos santos cristãos, ao anticristo, etc. (Conferir Apocalipse 17:1-18)

Não é de admirar que o machismo tenha sido alimentado por tantos anos com conteúdos religiosos, além de outros. Mulher, dizem os pregadores baseados na Bíblia, é ajudadora do homem. Ela existe para servi-lo. Ora, a prostituta é simplesmente aquela mulher que leva essa submissão servil às últimas consequências, colocando-se diante de um homem para atender aos seus caprichos mais excêntricos. E é por isso que esses criminosos que agrediram a empregada doméstica se sentiam no direito de espancar prostitutas - antes de mais nada, mulheres.

Por isso, toda a sociedade (homens inteligentes e livres das amarras do machismo, e mulheres inteligentes e autônomas) deve exigir:

a) Rigor nos julgamentos de crimes contra as mulheres;

b) Rigor nos julgamentos de crimes contra os homossexuais;

c) Rigor nos julgamentos de crimes contra as crianças.

Fora o machismo e o patriarcado. Ser homem não é ser o oposto de ser mulher. Essa divisão não é natural. Ela foi construída histórica e socialmente. Homens e mulheres são diferentes, mas não opostos. Entre os próprios homens há enormes diferenças, bem como entre as mulheres. É tolice querer hierarquizar a sociedade com base no sexo de cada um. Igualdade e respeito são as bases de qualquer sociedade equilibrada e saudável.

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