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GOVERNO ESCOCÊS DANDO AULA SOBRE IGUALDADE E DIREITOS LGBT - Glasgow 2014, XX Commonwealth Games



Dan Littauer, jornalista atuando no Reino Unido, nos brinda com a grata notícia de que o governo escocês está demonstrando seu compromisso com a igualdade e os direitos LGBTI, patrocinando o Pride House, no coração de Glasgow durante o Jogos da Commonwealth, que inclui a Grã-Bretanha, suas ex-colônias e alguns outros Estados com uma população total de 2 bilhões de pessoas.

O jornalista informa que durante o Jogos da Commonwealth, a bandeira do arco-íris ficará hasteada na St Andrews House em Edimburgo.

Na terça-feira, 22 de julho, a Secretária de Gabinete para os Jogos da Commonwealth Shona Robinson inaugurou oficialmente a Pride House.


Pride House

O programa inclui mais de 70 eventos culturais na Pride House
e celebrará a diversidade

A Secretária declarou:

“Aumentando a visibilidade das pessoas LGBTI no esporte, tanto através de grupos esportivos especificamente LGBTI como abordando a discriminação onde ela existe nos esportes do mainstream, estamos trabalhando para tornar o esporte mais inclusivo para todos.”

“No topo desses eventos, durante todos os Jogos teremos a bandeira do arco-íris hasteada na St Andrews House em Edimburgo. Essa é a primeira vez que o prédio do Governo Escocês hasteia a bandeira do arco-íris e reforça nosso compromisso com a igualdade."

“Estou certa de que as iniciativas pela igualdade e pelos direitos humanos em torno dos Jogos, tais como o Pride House, proverão calorosas boas-vindas aos membros da comunidade LGBTI e criarão um legado para o futuro.”

Proeminente ativista dos direitos gays torturado e morto na República dos Camarões

Proeminente ativista dos direitos gays torturado e morto na República dos Camarões


Prominent gay activist killed in Cameroon
por DAN LITTAUER | LGBTQ Nation
16 de julho de 2013
Traduzido para o português por Sergio Viula



YAOUNDÉ, Camarões — Eric Ohena Lembembe, um proeminente defensor dos direitos LGBT e jornalista foi encontrado morto em sua casa na cidade de Yaoundé, Camarões na segunda-feira de manhã.

De acordo como o Human Rights Watch na terça-feira, os amigos de Lembembe descobriram seu corpo em sua casa depois de não conseguirem contato com ele por telefone durante dois dias.


Eric Ohena Lembembe


Eles encontraram a porta da frente fechada a cadeado pelo lado de fora mas podiam ver, pela janela, o corpo de Lembembe estirado na cama.

Eles alertaram a polícia camaronense, que arrombou a porta. De acordo com os presentes, o pescoço e os pés de Lembembe pareciam ter sido quebrados, e seu rosto, mãos e pés haviam sido queimados a ferro.

“Não sabemos quem matou Eric Lembembe, ou por que ele foi morto, mas uma coisa está clara: O fracasso total das autoridades camaronenses para deter a violência homofóbica tem enviado a mensagem de que esses ataques podem ser perpetrados com impunidade,” disse Neela Ghoshal, pesquisador senior de direitos LGBT no Human Rights Watch.

“A políca não deve descansar até que os perpetradores desse crime hediondo sejam trazidos à justiça. O Presidente Biya deveria quebrar o silêncio quanto a essa onda de violência homofóbica nos Camarões e condenar esse ataque brutal", acrescentou Ghoshal.

Lembembe estava entre os mais proeminentes ativistas num dos países mais hostis da África para suas minorias sexuais. Primeiro como jornalista e depois como diretor executivo do CAMFAIDS, uma organização de direitos humanos com base em Yaoundé, ele documentava a violência, a chantagem e as prisões que transformavam em alvo a comunidade gay dos Camarões.

Ele também era um contribuinte regular para o blog Apagando 76 Crimes (Erasing 76 Crimes blog), que foca nos países onde a homossexualidade é ilegal, e escreveu vários capítulos de um livro publicado em fevereiro sobre o movimento global pelos direitos gays intitulado “From Wrongs to Gay Rights.”

O assassinato de Lembembe segue-se a vários ataques contra defensores dos direitos LGBT nos Camarões.

Em junho de 2013, assaltantes não identificados colocaram fogo na sede do Alternatives-Cameroon, que oferece serviços relacionados ao HIV à população LGBT em Douala, a segunda maior cidade do país.

Num outro incidente no mês passado, o advogado de direitos humanos Michel Togué, que representa clientes acusados de homossexualidade, foi roubado e seus arquivos legais e laptop foram levados.

Tanto Togué qaunto Alice Nkom, outra advogada que representa clientes LGBT, têm recebido repetidas ameaças de morte por e-mail e SMS (torpedo), incluindo ameaças a seus filhos.

“Eric era um colega corajoso, diligente, que trabalhava muito como repórter para expor os males dos Camarões lá fora, e até mesmo quando ele trabalhava como ativista para informar pessoas LGBT oprimidas daquela nação e proteger seus direitos,” Colin Stewart, autor do livro “From Wrongs to Gay Rights,” e editor do blog “Erasing 76 Crimes,” disse ao LGBTQ Nation na terça-feira.

“Sua energia, sua clareza, sua mão para guiar e suas boas obras serão faltas grandemente sentidas", disse Stewart.

A homossexualidade é punível com prisão de até cinco anos nos Camarões, e o país processa mais gente por sexo gay do que qualquer outro país da África sub-Saariana, de acordo com o Human Rights Watch.

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