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Garoto morto cura garoto vivo?



Por Sergio Viula




Carlos Acutis - beatificado em 10/10/20 na Basílica de São Francisco
com transmissão ao vivo pela Rádio Vaticano/Vatican News




Morto há 14 anos por leucemia, agora diz-se que ele cura os doentes.

Beato adolescente, ele pode vir a se tornar padroeiro da Internet. 

Para virar santo reconhecido universalmente, é preciso um segundo milagre.

Carlo Acutis é o novo trunfo da cúria.

Apesar da cura inexplicada de um garoto brasileiro significar apenas que não temos conhecimento suficiente para entender o que aconteceu (ainda!!!), a Igreja Católica atribui o ocorrido a um milagre operado por esse adolescente morto há 14 anos. 

Porém, dizer que a cura ainda não foi devidamente explicada é uma coisa. Dizer que um adolescente morto por leucemia curou esse garoto no Brasil é outra bem diferente, e daí vai um abismo maior que a malandragem dos que ganham rios de dinheiro às custas da credulidade dos desesperados.

Papa Francisco: Casais gays não podem formar famílias de verdade

Papa Francisco: Casais gays não podem formar famílias de verdade



O Papa Francisco condenou pais homoafetivos numa série de comentários chocantes. A notícia já se espalha por diversos meios de comunicação.

Muitos esperavam que o Papa estivesse realizando uma espécie de reforma no modo como a Igreja Católica trata os direitos LGBT, especialmente depois que ele disse a Juan Carlos Cruz, um gay sobrevivente de abuso sexual praticado por um proeminente sacerdote chileno: "Deus fez você assim e ama você assim, e eu não ligo." Mas, essa expectativa não parece corresponder à realidade.

Fonte: https://oglobo.globo.com/sociedade/religiao/deus-te-fez-assim-diz-papa-francisco-um-homem-gay-22700168

Durante o Forum delle Famiglie (Fórum da Família), um grupo italiano pró-famílias católicas, Francisco fechou as portas para a ideia de que os casais homoafetivos possam formar um família dentro da Igreja.

“É doloroso dizer isso hoje: As pessoas falam de famílias variadas, de vários tipos de família", mas "a família [como] homem e mulher à imagem de Deus é só uma", disse o Papa, de acordo com a ANSA News Agency.

Fonte: https://www.iol.co.za/news/world/pope-francis-says-gay-couples-cannot-be-considered-families-15506417

O Papa também encorajou mulheres traídas a continuarem com seus maridos infiéis na esperança de que parem de trai-las, em vez de pedirem o divórcio.

“Muitas mulheres – mas até mesmo homens, às vezes, fazem isso [com suas esposas] – esperam em silêncio, desviando o olhar, esperando que seu marido se torne fiel de novo", disse ele.

Isso, acrescentou o Papa, era "a santidade que perdoa tudo a partir do amor."

Francisco também comparou o aborto ao programa de extermínio nazista, sarcasticamente dizendo que a diferença é que agora matam com luvas. Lembremo-nos que a Argentina, terra-natal de Francisco, aprovou, esta semana, uma lei que garante às mulheres o direito de interromper a gravidez até a 14ª semana de gestação.

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-44485436

Francisco, vez após vez, parece estar tentando manter as tradições machistas e homofóbicas da igreja que ele lidera, ao mesmo tempo em que 'marketeia' uma imagem dócil e inclusiva. Tais procedimentos podem ser ainda mais perigosos do que a fúria sem máscaras de seu antecessor, Bento XVI, contra a modernidade. Em outras palavras, Francisco não é flor que se cheire.

Algumas pessoas, querendo salvaguardar a imagem de um papa fofinho, apelam à ideia de 'fake news'. Lamento dizer-lhes, amigos e amigas, o Vatican News, mídia ligada diretamente ao Vaticano, dá detalhes dessa reunião e das palavras do papa, incluindo esse trecho que foi citado acima.

VEJA AQUI EM ITALIANO:

Poi oggi – fa male dirlo – si parla di famiglie “diversificate”: diversi tipi di famiglia. Sì, è vero che la parola “famiglia” è una parola analogica, perché si parla della “famiglia” delle stelle, delle “famiglie” degli alberi, delle “famiglie” degli animali… è una parola analogica. Ma la famiglia umana come immagine di Dio, uomo e donna, è una sola. È una sola.

TRADUZINDO:

Então hoje - dói dizer - falamos de famílias "diversificadas": diferentes tipos de famílias. Sim, é verdade que a palavra "família" é uma palavra analógica, porque falamos da "família" das estrelas, das "famílias" das árvores, das "famílias" dos animais ... é uma palavra analógica. Mas a família humana como imagem de Deus, homem e mulher, é apenas uma. É apenas uma. (grifo meu)


Fonte: VATICAN NEWS - https://www.vaticannews.va/it/papa/news/2018-06/papa-francesco-forum-famiglia-discorso-a-braccio.html







Conheça esses pais homoafetivos e inspire-se - todos eles têm uma coisa em comum: são homens - o que contrária o preconceito baseado em gênero de que homens não sabem cuidar de crianças.



ENTREVISTA: Uma família homoparental que vai inspirar você!






Um pai gay ficou chocado quando soube que seu filho tinha feito uma tatuagem – até ver que tatuagem ele havia feito.










EXCLUSIVO: Lembra do garoto da tatuagem? Conheça o outro pai dele.





Negro e feio demais para ter uma família adotiva?


Sabem de uma coisa?
Mais Madonna e menos Francisco.

Assistam a resposta dela a alguém que perguntou se religião é amor.







Atualização:


Via Francisco Aragão Azeredo, um colega de grupo no Facebook: No dia em que informarem que riscaram os parágrafos abaixo do Catecismo da Igreja Católica, me avisem:


2357 A homossexualidade designa as relações entre homens ou mulheres, que experimentam uma atracção sexual exclusiva ou predominante para pessoas do mesmo sexo. Tem-se revestido de formas muito variadas, através dos séculos e das culturas. A sua génese psíquica continua em grande parte por explicar. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves (103) a Tradição sempre declarou que «os actos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados» (104). São contrários à lei natural, fecham o acto sexual ao dom da vida, não procedem duma verdadeira complementaridade afectiva sexual, não podem, em caso algum, ser aprovados.


2358. Um número considerável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente radicadas. Esta propensão, objectivamente desordenada, constitui, para a maior parte deles, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar na sua vida a vontade de Deus e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar devido à sua condição.


2359. As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes do autodomínio, educadoras da liberdade interior, e, às vezes, pelo apoio duma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição cristã.

Fonte: http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p3s2cap2_2196-2557_po.html

Gays pedem ao Papa uma postura clara contra a discriminação

Argentina: Gays pedem ao Papa uma postura clara contra a discriminação

Publicado em 29 de Julho de 2013
Em http://www.rosario3.com/noticias/pais/noticias.aspx?idNot=133534

Tradução: Sergio Viula




As organizações da diversidade sexual pedem
uma postura mais contundente a Francisco. (EFE)



A Federación Argentina de Lesbianas, Gays, Bisexuales y Trans tornou pública sua posição diante das falas de Francisco sobre a homossexualidade. “Mais do que declarações demagógicas, seria importante uma posição contundente contra a perseguição. " – sustenta a organização.

As organizações da diversidade sexual pedem uma postura mais contundente a Francisco.

A Federación Argentina de Lesbianas, Gays, Bisexuales y Trans (FALGBT) tornou publica sua posição sobre as declarações do Papa Francisco realizadas em sua viagem de volta a Roma. Nos bastidores de sua participação na Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, o Pontífice falou, entre outros temas, sobre a homossexualidade. “Se uma pessoa é gay e busca ao Senhor e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la? O problema não é ter essa tendência. O problema é fazer um lobby”, afirmou.

O presidente da FALGBT, Esteban Paulón, referiu-se a esses discursos, e disse: “Ao mesmo tempo em que se coloca num lugar misericordioso, novamente vincula a diversidade sexual com o lobby, à mentira e à fraude. Não há avanço de fato em matéria de família e na condenação da discriminação e da homofobia”.

“É indispensável uma profunda autocrítica da parte da hierarquia da igreja sobre a posição que historicamente tem mantido em relação a lésbicas, gays, bissexuais e trans.” – acrescentou Paulón.

“Não nos esquecemos de que esse mesmo papa que hoje disse não julgar-nos foi quem conclamou uma guerra em Deus contra o plano do demônio que incluía a lei de matrimônio igualitário. Esse tipo de declaração, provindo do mais alto posto da hierarquia da Igreja Católica, só promove o ódio e a discriminação” – indicou o dirigente.

“Mais que declarações de ocasião e demagogia, seria sumamente importante uma declaração clara e contundente contra a violência e perseguição que sofremos lésbicas, gays, bissexuais e trans por causa da punição da homossexualidade em mais de 70 países do mundo, oito dos quais incluem a pena de morte.” - acrescentou.

Para Paulón, em vez de expressar-se contra essa violência, “o Vaticano tem se alinhado sistematicamente aos países punidores nas votações das Nações Unidas, inclusive não havendo condenado os abusos vividos na Rússia há uns dois meses”.


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Parabéns aos argentinos por enxergarem bem além da demagógica cortina de fumaça que Francisco sabe muito bem colocar sobre o que realmente interessa.

E fica a dica para a comunidade LGBT brasileiras e os diversos movimentos pró-LGBT: Aprendam com os elegantes e guerreiros LGBT portenhos.


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Um livro para quem valoriza a felicidade humana e desconfia de tudo o que reduz a sexualidade humana à reprodução.

https://www.amazon.com.br/Busca-Mim-Mesmo-Sergio-Viula-ebook/dp/B00ATT2VRM 

Papa disse que impedir casamento gay "é uma guerra de Deus" e foi reprimido por Cristina - UOL - março de 2013

Em imagem de arquivo, o então cardeal Jorge Mario Bergoglio 
toma um mate - a versão argentina do chimarrão - em Buenos Aires. 
Bergoglio se tornou na tarde desta quarta-feira (13) o 267º papa, 
adotando o nome de Francisco 

 Javier Raul Dresco/AFP/Arquivo 7.ago.2009


Papa disse que impedir casamento gay "é uma guerra de Deus" e foi reprimido por Cristina



Do UOL, em São Paulo

13/03/2013 - 17h00


O papa Francisco, nome adotado pelo argentino Jorge Mario Bergoglio, escolhido nesta quarta-feira (13) para suceder Bento 16, já sofreu duras críticas da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, após ele liderar uma campanha contrária a união de pessoas do mesmo sexo. As críticas foram feitas em julho de 2010, quando o Senado argentino aprovou o casamento gay.

Na época, Bergoglio afirmou que a aprovação do casamento gay era um "ataque destrutivo ao plano de Deus" e que a adoção de crianças por homossexuais era uma maneira de discrimina-la.

Após as declarações, o novo pontífice, então arcebispo de Buenos Aires, sofreu uma reprimenda pública da presidente, que estava em Pequim, na China, em viagem oficial. Kirchner acusou as lideranças religiosas contrárias ao casamento gay de estarem nos "tempos das cruzadas".

"Eles estão retratando isso como uma questão religiosa e moral e uma ameaça à "ordem natural", quando o que estamos fazendo é olhar para a realidade", disse Kirchner.

Conservador


Na Argentina, Bergoglio é conhecido pelo conservadorismo e pela batalha contra o kirchnerismo. O prelado também é reconhecido por ser um intenso defensor da ajuda aos pobres. O argentino costuma apoiar programas sociais e desafiar publicamente políticas de livre mercado.

Bergoglio é considerado um ortodoxo conservador em assuntos relacionados à sexualidade, se opondo firmemente contra o aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e o uso de métodos contraceptivos.

Em 2010, entrou em controvérsia pública com a presidente Cristina Kirchener ao afirmar que a adoção feita por casais gays provocaria discriminação contra as crianças.

Em seu primeiro discurso, feito logo após o anúncio de seu nome, Francisco agredeceu ao acolhimento da comunidade de Roma e lembrou do papa emérito Bento 16, seu antecessor.

Novo papa nasceu em Buenos Aires

Primeiro papa latino-americano da história da Igreja Católica, Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, em 17 de dezembro de 1936.

Foi ordenado sacerdote em 13 de setembro de 1969 e nomeado bispo titular de Auca e auxiliar de Buenos Aires pelo papa João Paulo 2º em 20 de maio de 1992. No mesmo ano, ele foi confirmado como bispo titular da capital argentina, em 27 de junho.

A nomeação como arcebispo também foi feita por João Paulo 2º em 3 de junho de 1997. Chegou ao posto de cardeal pelas mãos do mesmo papa em 21 de fevereiro de 2001.

13.abr.2013 - Montagem da agência "Associated Press" 
com os oito cardeais nomeados pelo papa Francisco para a Cúria, 
o conselho que orientará o sumo pontífice no governo da Igreja Católica. 
Da esquerda para a direita, os cardeais e seus países de origem são:
(parte de cima) Giuseppe Bertello (Vaticano), George Pell (Austrália), 
Oscar Andrés Rodrguez Maradiaga (Honduras) e Oswald Gracias (Índia); 
(parte de baixo da imagem) Francisco Javier Errzuriz Ossa (Chile), 
Reinhard Marx (Alemanha), Laurent Monsengwo Pasinya (Congo) 
e Sean Patrick O'Malley (EUA) - AP


Bergoglio é o 266ª papa da história da Igreja Católica. Filho de um casal de italianos --Mario e Regina Bergoglio--, o religioso jesuíta chegou a se formar como técnico químico, mas logo abraçou o sacerdócio e começou seus estudos religiosos no seminário de Villa Devoto, bairro da capital argentina.

Estudou na faculdade de teologia do colégio de San José, em San Miguel de Tucumán, cidade no norte da Argentina.

Seu sacerdócio começou em 1969, mesmo ano em que foi para Espanha completar sua formação intelectual de jovem sacerdote na Universidade Alcalá de Henares, em Madri. A partir de seu retorno à Argentina, em 1972, continuou sua carreira apostólica no norte do país, na mesma San Miguel de Tucumán.

Bergoglio retornou a Europa em 1986, na Alemanha, para concluir seu doutorado, mas acabou retornando ao seu país no mesmo ano para assumir o cargo de diretor espiritual e confessor da Companhia de Jesus, em Córdoba.

Seu retorno à cidade natal aconteceu em 1992, quando foi nomeado por João Paulo 2º bispo de Auca e auxiliar de Buenos Aires.

FONTE: https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2013/03/13/novo-papa-sofreu-duras-criticas-de-cristina-kirchner-apos-campanha-contra-casamento-gay.htm (publicado em 13 de março de 2013 por ocasião da eleição do Papa Francisco)

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

Esperar grandes mudanças sobre a políticas do Vaticano em relação à dignidade e aos direitos do cidadão LGBT pode ser ingenuidade, mas isso não impede que os LGBT que estão na Igreja Católica tabalhem por mudanças, ao menos, em seus círculos de convivência. Conheça a Diversidade Católica: https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2013/10/diversidade-catolica-gays-e-suas.html

E, é claro, religião nunca é indispensável. Pelo contrário, pode ser - e geralmente é - um peso a mais para se carregar na jornada da vida. 

Stephen Fry: A Igreja Católica não é uma Força para o Bem

O brilhante Stephen Fry: ator, autor, 
produtor de cinema, comunicador
 

Neste dia 17/07/13, a Rainha Elizabeth concedeu sua aprovação ao casamento igualitário na Inglaterra e no País de Gales. A lei passou por todo o processo legislativo na Casa dos Comuns e na Câmara dos Lords. Pensando nisso e pensando na visita do Papa Francisco ao Brasil por ocasião da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), decidi tomar o tempo necessário para traduzir e legendar esse vídeo de 2009, no qual Stephen Fry fala diante de clérigos e leigos sobre por que a Igreja Católica não é uma força para o Bem.

Como você verá, há um momento no vídeo em que ele fala sobre a homossexualidade de modo tocante e belo. Você certamente verá por que me refiro à vitória da igualdade na Inglaterra hoje e à expectativa da visita do chefe máximo do Vaticano.

Assista com atenção até o final. Vale cada minuto.

VIDEO AQUI:

https://youtu.be/kDOGMM9IaT0

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Veja uma transcrição em português e em inglês abaixo:


Português

Contextualizção:


Este discurso foi proferido por Stephen Fry, ator, escritor e intelectual britânico, durante um debate realizado em 2009 na Universidade de Oxford, promovido pela organização Intelligence Squared. O tema debatido era: "A Igreja Católica é uma força para o bem no mundo?". Ao lado de Fry, o jornalista e crítico Christopher Hitchens também argumentou contra a moção, enquanto Ann Widdecombe e John Onaiyekan, arcebispo católico, defenderam a posição pró-Católica. Esse evento foi marcado por um debate caloroso sobre a influência histórica, social e política da Igreja Católica, abordando temas como abuso de poder, controle sobre questões morais e sexuais, e o impacto de suas doutrinas na vida de pessoas ao redor do mundo.


Por favor, leia o discurso abaixo:

Existem ocasiões, como Gwendolyn observou em A Importância de Ser Prudente, em que se torna mais do que um dever moral expressar o que pensamos; torna-se um prazer. E esta é uma dessas ocasiões, com meu confiável parceiro ao meu lado. Estou muito orgulhoso de estar aqui, mas também muito nervoso, muito preocupado. Estive nervoso o dia todo, e a razão disso é bastante simples: esta moção é importante para mim. Ela importa profundamente. Não é uma piada, não é um jogo, não é apenas um debate. Eu genuinamente acredito que a Igreja Católica não é, para dizer o mínimo, uma força para o bem no mundo. E, portanto, é importante para mim tentar organizar meus argumentos da melhor maneira possível para explicar por que penso assim.

Mas quero, antes de tudo, dizer que não tenho nenhuma desavença, nenhum argumento, e não desejo expressar nenhum desprezo por membros devotos e piedosos dessa Igreja. Eles têm direito a seus sacramentos, às suas relíquias e à sua Bem-Aventurada Virgem Maria. Eles têm direito à sua fé, à importância que atribuem a ela, ao conforto e à alegria que recebem dela. Tudo isso é absolutamente aceitável para mim. Seria impertinente e errado expressar qualquer antagonismo contra qualquer indivíduo que deseje encontrar salvação na forma que escolher. Isso, para mim, é tão sagrado quanto qualquer artigo de fé é sagrado para qualquer pessoa de qualquer igreja ou crença no mundo. Isso é muito importante.

Também é muito importante para mim, como acontece, que eu tenha minhas próprias crenças. Elas estão enraizadas no Iluminismo. São uma crença na eterna aventura de tentar descobrir a verdade moral no mundo. Descobrir. É uma palavra terrivelmente importante à qual podemos retornar. É uma luta. É uma luta empírica. É uma luta que começou no meio do último milênio. Recebeu o nome de Iluminismo. E não há nada, infelizmente, que a Igreja Católica e seus hierarcas gostem mais de fazer do que atacar o Iluminismo. Fizeram isso na época. Foi mencionada a referência a Galileu e ao fato de que ele foi torturado por tentar explicar a teoria copernicana do universo.

A história, como nos lembrou Ann Widdicombe, é irrelevante. Não é importante. Tudo o que importa agora é que bilhões de libras saem desta extraordinária instituição para aliviar os pobres ao redor do mundo e tornar o mundo um lugar melhor. A história não tem importância alguma. Bem, eu discordo. A história ressoa e vibra em todos nós nesta sala, neste quilômetro quadrado. Vamos pensar sobre este quilômetro quadrado. Voltarei a isso em um momento.

Mas primeiro, Christopher mencionou o limbo. Parece tão tedioso e tão bobo, um daqueles pequenos jogos casuísticos que tomistas e outros jogam. Tomás de Aquino e Agostinho de Hipona propuseram essa ideia extraordinária de que bebês que não eram batizados não conheceriam o céu. Também propuseram a ideia do purgatório, que não existe na Bíblia. Não há absolutamente nenhuma evidência para isso. No entanto, que golpe extraordinário e brilhante imaginar algo como o purgatório, que uma alma precisa de orações para ir ao céu, para virar à esquerda ao entrar no avião do céu e conseguir um assento na primeira classe. Que precisa ser rezado por ela e... durante muitos séculos, de fato mais de mil anos, você ficaria surpreso com as condições generosas dessas orações. Às vezes, apenas dois terços do salário de um ano podiam garantir que um ente querido morto iria para o céu. E o dinheiro podia garantir que seu bebê, seu filho morto, seu tio morto, sua mãe morta pudessem ir para o céu. E se você fosse rico o suficiente, poderia construir uma capela e monges cantariam orações permanentemente para que aquela existência no céu subisse, subisse, até que estivessem à mesa do Senhor.

Agora, tudo isso está no passado e é irrelevante. Concedo a Ann Widdicombe o quão irrelevante isso é, exceto por uma coisa. Esta igreja é fundada no princípio da intercessão. Somente através da sucessão apostólica, somente pela imposição das mãos daquele carpinteiro galileu, a quem todos podemos admirar, pela imposição das mãos em seus apóstolos, em São Pedro, nos outros bispos, até todos os consagrados nesta sala, qualquer um ordenado aqui sabe que tem esse poder extraordinário de transformar as moléculas do vinho em sangue, literalmente, de transformar as moléculas do pão em carne, literalmente, e de perdoar os pecados dos camponeses e pobres que eles rotineiramente exploram ao redor do planeta.

Somente esta igreja tem esse extraordinário princípio de que é por meio desses padres homens, e apenas homens, que isso é concedido. Isso é um fato doutrinário. É mais do que um fato doutrinário. É um dogma. Extra Ecclesiam Nulla Salus. Fora da igreja, não há salvação. Este é um dogma da igreja que tem sido usado para justificar todo o zelo missionário, todo o estupro e tortura dos astecas e incas, todos os horrores da América do Sul, África, Filipinas e o restante do mundo, aos quais outras igrejas e culturas também têm suas culpas a admitir. Não é exclusivo da Igreja Católica, e nunca disse que era, e a moção não diz que era, ou pelo menos a oposição à moção não atribui exclusivamente à Igreja Católica este pecado.

No entanto, a natureza particular da exploração dos pobres, dos vulneráveis e dos jovens. Se eu fosse falar com um padre agora, acredite, esse padre seria o mais mundano, encantador, autodepreciativo e esnobe, no estilo de Ronald Knox ou Alfred Gilbey. Ele seria adorável. Fumaria, veja só, que ousado. Seria um tipo de "ha-ha-ha, que maravilha", e a superstição e os absurdos que lemos sobre a igreja seriam completamente minimizados. Não dê atenção, diriam. Apenas se junte à Farm Street ou à Brompton Oratory e tenha um tempo maravilhoso como católico, e tudo será encantador e esplêndido. Mas seja pobre e ignorante... Ah, meu Deus, aí cada detalhe de condenação, pecado original e qualquer possibilidade de pensar por conta própria será incansavelmente imposto sobre você.

Disse para pensarmos neste quilômetro quadrado. Imagine quantas pessoas foram queimadas por lerem a Bíblia em inglês. E um dos principais responsáveis por queimar e torturar aqueles que tentaram ler a Bíblia em inglês aqui em Londres foi Thomas More. Talvez você saiba, se leu o romance Wolf Hall, vencedor do Man Booker Prize recentemente. Isso foi há muito tempo e, segundo alguns, não é relevante. Exceto que foi apenas no último século que Thomas More foi declarado santo, e somente no ano 2000 o último papa, João Paulo II, o proclamou padroeiro dos políticos.

Este é um homem que colocou pessoas no cavalete de tortura por ousarem possuir uma Bíblia em inglês. Ele as torturou por terem uma Bíblia em sua própria língua. A ideia de que a Igreja Católica existe para disseminar a palavra do Senhor é um absurdo. Ela se apresenta como a única detentora da verdade para os bilhões que gosta de ostentar. E esses bilhões são, em sua maioria, pessoas sem educação e pobres, como a própria Igreja gosta de apontar. Mas são eles que a Igreja pode intimidar, dominar e controlar.

E aí chegamos às crianças. Bem, é fácil dizer que o mundo não sabia melhor, que não tinha conhecimento do perigo que o abuso infantil representava. Quero ler algumas palavras de Ratzinger, o atual papa. É impressionante admitir que ele é chefe de estado de um país. A propósito, Ann Widdicombe disse que a Igreja não tem o poder de um estado-nação. Sim, tem. Vocês são um estado-nação. Sim, anotei. Você mencionou isso.

Fiz três documentários sobre a AIDS na África. Meu amor especial é o Uganda, um dos países que mais amo no mundo. Estive lá muitas vezes. Entrevistei Joseph Kony, Museveni e sua esposa, Janet, antes de ela, infelizmente, "ver Deus". Houve um período em que Uganda tinha a maior incidência de HIV/AIDS do mundo. Fui a Rakai, a vila onde a doença foi identificada pela primeira vez. Mas, através de uma iniciativa incrível chamada ABC — Abstinência, Fidelidade e Uso Correto de Preservativos —, essas três abordagens tiveram um impacto significativo. Não nego que a abstinência seja um método eficaz de evitar a AIDS. Realmente é. Funciona. Assim como a fidelidade. Mas os preservativos também funcionam. E não se deve negar isso.

Este papa, este papa... não satisfeito em dizer que os preservativos são contrários à sua religião, espalha a mentira de que os preservativos aumentam a incidência de AIDS. Ele garante que a ajuda seja condicionada à rejeição dos preservativos. Estive em um hospital em Bwindi, no oeste de Uganda, onde faço bastante trabalho. É inacreditável a dor e o sofrimento que se vê lá. Sim, é verdade: a abstinência pode prevenir. Mas o estranho desta igreja é que ela é obcecada por sexo. Absolutamente obcecada. Eles dirão que nós, com nossa sociedade permissiva e piadas atrevidas, somos obcecados. Não, temos uma atitude saudável. Gostamos de sexo. É divertido. É alegre porque é um impulso primário. Pode ser perigoso, sombrio e complicado. É um pouco como comida nesse sentido, embora mais emocionante. As únicas pessoas obcecadas por comida são os anoréxicos e os obesos mórbidos. E isso, em termos eróticos, é a Igreja Católica em poucas palavras.

Tudo o que quero dizer é que estamos aqui no Methodist Hall. Não estou tentando argumentar contra a religião nesta ocasião. Entendo o desejo de qualquer pessoa de buscar recompensas espirituais em um mundo complexo e difícil de entender. Não sabemos por que estamos aqui ou para onde estamos indo. Queremos respostas. Adoramos a ideia de respostas. Como seria maravilhoso! Mas existem outras escolhas. Existem os Quakers. Quem poderia discutir com um Quaker? Com seu pacifismo, sua abertura, sua simplicidade, sua recusa em impor dogmas? Até mesmo com os Metodistas. Não estou dizendo que o Protestantismo seja a resposta contra o Catolicismo. Estou apenas dizendo que há várias maneiras de buscarmos a verdade. Você não precisa dessa panóplia imperial de mármore e ouro.

Você sabe quem seria a última pessoa aceita como príncipe da igreja? O carpinteiro galileu, aquele judeu. Eles o expulsariam antes mesmo que ele tentasse atravessar a porta. Ele se sentiria tão desconfortável na igreja. Esse homem simples e notável — se realmente disse as coisas que lhe atribuem — o que pensaria? O que pensaria de São Pedro? O que pensaria da riqueza, do poder, da autolegitimação e das desculpas evasivas? O que pensaria de um homem que se chama de "pai", um celibatário que ousa pregar sobre valores familiares? O que pensaria de tudo isso? Ele ficaria horrorizado.

Mas há uma solução. Há uma resposta. Há redenção disponível para todos nós e para cada um de nós. E para a Igreja Católica, curiosamente, acho que é algo como o que Maurice West sugeriu em um romance: o Papa poderia decidir que todo esse poder, toda essa riqueza, essa hierarquia de príncipes, bispos, arcebispos, padres, monges e freiras poderia ser enviada ao mundo, com dinheiro e tesouros de arte devolvidos aos países que outrora foram saqueados e violados, cujos sistemas originais de crença e simplicidade foram condenados como caminhos diretos para o inferno. Eles poderiam doar esse dinheiro e concentrar-se na essência aparente de sua crença.

E então, eu me levantaria aqui e diria que a Igreja Católica pode ser, de fato, uma força para o bem no mundo. Mas até esse dia chegar, ela não é.


English:


Contextualization:

This speech was delivered by Stephen Fry, a British actor, writer, and intellectual, during a 2009 debate at the University of Oxford, organized by Intelligence Squared. The debate's motion was: "The Catholic Church is a force for good in the world?" Fry, alongside journalist and critic Christopher Hitchens, argued against the motion, while Ann Widdecombe and Catholic Archbishop John Onaiyekan defended the pro-Catholic stance. The event became a heated discussion on the historical, social, and political influence of the Catholic Church, touching on topics such as abuse of power, moral and sexual doctrines, and the Church's impact on people’s lives globally.


Please find the speech below:


There are occasions, as Gwendolyn remarked in The Importance of Being Earnest, when it becomes more than a moral duty to speak one's mind; it becomes a pleasure. And this is one such occasion with my trusty hitch by my side. I am very proud to be here, but also very nervous, very worried. I've been nervous all day, and the reason I've been nervous is quite simple, and that is that this motion matters to me. It matters to me greatly. It's not a joke, it's not a game, it's not just a debate. I genuinely believe that the Catholic Church is not, to put it at its mildest, a force for good in the world. And therefore, it is important for me to try and marshal my facts as well as I can to explain why I think that.

But I want first of all to say that I have no quarrel, no argument, and I wish to express no contempt for individual devout and pious members of that Church. They are welcome to their sacraments, to their reliquaries, and to their Blessed Virgin Mary. They're welcome to their faith, to the importance they place in it, to the comfort and the joy that they receive from it. All of that is absolutely fine by me. It would be impertinent and wrong of me to express any antagonism towards any individual who wishes to find salvation in whatever form they wish to express it. That to me is sacrosanct as much as any article of faith is sacrosanct to anyone of any church or any faith in the world. It's very important.

It's also very important to me, as it happens, that I have my own beliefs. They are a belief in the Enlightenment. They are a belief in the eternal adventure of trying to discover moral truth in the world. Discover. It's a terribly important word to which we might return. It's a fight. It's an empirical fight. It's one that was begun in the middle of the last millennium. It's given the name the Enlightenment. And there is nothing, sadly, that the Catholic Church and its hierarchs like to do more than to attack the Enlightenment. It did so at the time. Reference was made to Galileo and the fact that he was tortured for trying to explain the Copernican theory of the universe.

History, as Miss Widdicombe has reminded us, is irrelevant. It's not important. All that matters now is that billions of pounds go out of this extraordinary institution to relieve the poor around the world and make the world a better place. History is of no importance whatsoever. Well, I beg to differ. History whinnies and quivers and vibrates in all of us in this hall, in this square mile. Let's think about this square mile. I'll come back to it in a moment.

But first, Christopher made mention of limbo. It seems so tedious and so silly, one of those little casuistic games that Thomists and others play. Aquinas and Augustine of Hippo both proposed this extraordinary idea that babies who were unbaptized would not know heaven. They also proposed the idea of purgatory, which doesn't exist in the Bible. There's absolutely no evidence for it. However, what an extraordinary, brilliant coup to imagine such a thing as purgatory, that a soul needs to be prayed for in order to go to heaven, in order to turn left when he enters the aeroplane of heaven and get a first-class seat. That he needs to be prayed for, and... for many hundreds, indeed over a thousand years, you'd be amazed what generous terms those prayers came at. Sometimes as little as two-thirds of a year's salary could ensure that a dead loved one would go to heaven. And money could ensure that your baby, your dead child, your dead uncle, your dead mother, could go to heaven. And if you were rich enough, you could have a chantry built, and monks would permanently sing prayers so that that existence in heaven for the child would go up and up and up until they were at the table of the Lord themselves.

Now all this is in the past and is irrelevant. I accede to Ann Widdicombe how irrelevant it is, except in one thing. This church is founded on the principle of intercession. Only through the apostolic succession, only through the laying on of hands from this Galilean carpenter, whom we can all admire, only from the laying on of hands to his apostles, to St. Peter, to the other bishops, all the way down to everyone consecrated in this room, anyone ordained here will know they have this extraordinary power to change the molecules of wine into blood, literally, to change the molecules of paste bread into flesh, literally, and to forgive the sins of the peasants and the poor whom they routinely exploit around the planet.

Only this church has this extraordinary principle that it is through these male priests, and only male priests, that this is given. It is a doctrinal fact. It is more than a doctrinal fact. It is a dogma. Extra ecclesiae nulla salus. Outside the church, there is no salvation. That is a dogma of the church that has been used to excuse all the missionary zeal, all the rape and torture of the Aztecs and the Incas, all the horrors of South America and Africa and the Philippines and the rest of the world, to which other churches and other cultures have also their guilt to admit. It's not unique to the Catholic Church, and I never said it was, and the motion doesn't say it was, or at least the opposition of the motion does not arrogate to the Catholic Church uniquely this sin.

However, the particular nature of the exploitation of the poor, the vulnerable, and the young. If I were to talk to a priest now, believe me, that priest would be the most worldly, charming, self-deprecating, snobbish, snobbish in a Ronald Knox, Alfred Gilbey sort of way. He would be lovely. He would smoke. Gosh, how daring. He would be a sort of ha-ha-ha priest, and the superstition and the nonsense that we read about of the church, it's absolute. Don't pay any attention, Stephen. Just join Farm Street or the Brompton Oratory and have a marvellous time as a Catholic, and everything is lovely and splendid. But be poor and ignorant... My goodness me, every single detail of damnation and original sin and of any possibility of your complaining or asking to think for yourself.

I said, let's think of this square mile. Just imagine in this square mile. How many people were burned for reading the Bible in English. And one of the principal burners and torturers of those who tried to read the Bible in English here in London was Thomas More. You may know if you've read the novel Wolf Hall, which won the Man Booker Prize just the other day. Now, that's a long time ago, it's not relevant, except that it was only last century that Thomas More was made a saint, and it was only in the year 2000 that the last pope, the Pole, he made Thomas More the patron saint of politicians.

This is a man who put people on the rack for daring to own a Bible in English. He tortured them for owning a Bible in their own language. The idea that the Catholic Church exists to disseminate the word of the Lord is nonsense. It is the only owner of the truth for the billions that it likes to boast about. Because those billions are uneducated and poor, as again it likes to boast about. But they are the ones it can tell and bully and domineer. And then we come to children. Well, it's all very well to say the world didn't know better. The world had no knowledge of how dangerous a crime child abuse was. I want to read you some of the words of Ratzinger, the current pope. It staggers me to admit that he is the head of state of a country. Incidentally, Anne Widdicombe said, we don't have the power of a nation state. Yes, you do. You are a nation state. Yes, I wrote it down. You mentioned that. You are a nation state.

I’ve made three documentary films on the subject of AIDS in Africa. My particular love is the country of Uganda. It’s one of the countries I love most in the world. I’ve been there many times. I’ve interviewed Joseph Togirwiri Museveni and his wife Janet before, unfortunately. She suddenly saw God. There was a period when Uganda had the worst incidence of HIV-AIDS in the world. I went to Rakai, the village where it was first spotted. But through an amazing initiative called ABC—abstinence, be faithful, correct use of condoms—those three approaches made a significant impact. I’m not denying that abstinence is a very good way of not getting AIDS. It really is. It works. So does being faithful. But so do condoms. And do not deny it.

This Pope, this Pope... not satisfied with saying condoms are against our religion, spreads the lie that condoms actually increase the incidence of AIDS. He makes sure that aid is conditional on saying no to condoms. I have been to a hospital in Bwindi, in the west of Uganda, where I do quite a lot of work. It is unbelievable, the pain and suffering you see there. Now, yes, it is true—abstinence will stop it. It’s the strange thing about this church: it is obsessed with sex. Absolutely obsessed. They will say that we, with our permissive society and our rude jokes, are obsessed. No, we have a healthy attitude. We like it. It’s fun. It’s jolly because it’s a primary impulse. It can be dangerous, dark, and difficult. It’s a bit like food in that respect, though even more exciting. The only people who are obsessed with food are the anorexic and the morbidly obese. And that, in erotic terms, is the Catholic Church in a nutshell.

All I want to say, really, is that we’re here in the Methodist Hall. I’m not trying to argue against religion on this occasion. I understand the desire of anybody to seek spiritual rewards in a complex and difficult-to-understand world. We don’t know why we’re here or where we’re going. We want answers. We love the idea of answers. How marvelous it would be. But there are other choices. There are Quakers. Who could possibly quarrel with a Quaker? With their pacifism, their openness, their ease, their simplicity, their refusal to tell anybody what is dogma and what isn’t? Even with Methodists, also. I’m not saying Protestantism is the answer against Catholicism. I am merely saying there are all kinds of ways we can search for the truth. You do not need this imperial panoply of marble and gold.

Do you know who would be the last person ever to be accepted as a prince of the church? The Galilean carpenter, that Jew. They would kick him out before he tried to cross the threshold. He would be so ill at ease in the church. That simple and remarkable man—if he said the things that he was said to have said—what would he think? What would he think of St. Peter’s? What would he think of the wealth and the power, the self-justification, and the wheedling apologies? What would he think of a man who calls himself the father, a celibate who dares to lecture people on what family values are? What would he think of any of that? He would be horrified.

But there is a solution. There is an answer. There is redemption available for all of us and any one of us. And for the Catholic Church, funnily enough, I think it’s a novel by Maurice West. The Pope could decide that all this power, all this wealth, this hierarchy of princes and bishops and archbishops and priests and monks and nuns could be sent out into the world with money and art treasures to return to the countries that they once raped and violated, whose original systems of animism and belief and simplicity they condemned as leading straight to hell. They could give that money away and concentrate on the apparent essence of their belief.

And then I would stand here and say the Catholic Church may well be a force for good in the world. But until that day, it is not.

Diversidade Católica: O jovem homossexual na Igreja (evento)



O jovem homossexual na Igreja: I Encontro de relatos e experiências


25 de julho de 2013 – das 14hs às 16hs


Auditório Vera Janacópulos – UNIRio – Av Pasteur, 296, Urca





Quem somos?


O grupo Diversidade Católica é um movimento de gays católicos praticantes que buscam conciliar as duas identidades: homossexual e religiosa. O grupo procura, dentro do diálogo sadio, caminhar junto à Igreja Católica, respeitando e reconhecendo sua liderança no papa Francisco, refazendo a ponte entre a comunidade homossexual e a Igreja, tendo como diretriz a certeza de que a mensagem do Evangelho é para todos e que não pode haver exclusão de qualquer forma dentro da expressão de fé.


O grupo foi criado em 2008 e vem crescendo desde então, contando com mais de 200 membros e grupos irmãos em São Paulo, Brasília e Belo Horizonte.


O Diversidade Católica não visa a dissidência ao Catolicismo, e sim, a acolhida e reintegração de católicos gays que, por qualquer motivo, se sentiram excluídos da Igreja mas sentem o desejo de retornar à comunidade.


O Diversidade Católica atua virtualmente através do blog [diversidadecatolica.blogspot.com.br], do site
[www.diversidadecatolica.com.br] e de sua página no Facebook [https://www.facebook.com/events/176204389218409/].

Valores que norteiam a atuação do grupo:


1. Dignidade. Todas as identidades e orientações sexuais gozam de igual dignidade.


2. Perseverança. Somos cientes das provações do caminho e nos mantemos fiéis à missão.

3. Fraternidade. Somos uma comunidade cujos membros se ajudam mutuamente.


4. Tolerância. Estamos abertos ao diálogo com outros pontos de vista.


5. Fidelidade. Somos membros inalienáveis da Igreja Católica Apostólica Romana.


6. Caridade. Ajudamos o desenvolvimento pessoal dos nossos membros e da comunidade externa.


Sobre o evento paralelo à Jornada Mundial da Juventude:


O grupo Diversidade Católica organizou uma tarde de encontro e partilha, a fim de atender ao chamado da Jornada Mundial da Juventude 2013, abrindo espaço para histórias de jovens homossexuais dentro da Igreja: quem são, como vivem sua identidade religiosa e como sentem a comunidade da qual fazem parte.

Para mais informações:


E-mail: contato@diversidadecatolica.com.br

Responsável pela assessoria de imprensa para o evento: Juliana Luvizaro – juluvizaro@gmail.com – (21) 8244-2528





Dica do blog Fora do Armário:

Quem quiser, pode adicionar Cristina de Assis Serra no Facebook. Basta clicar no nome dela ao lado da foto abaixo:



  • Cristiana De Assis Serra


    Queridos amigos,

    É com alegria que compartilho com vocês a realização de um novo encontro aberto do Diversidade Católica, que acontecerá como evento paralelo à Jornada Mundial da Juventude aqui no Rio de Janeiro, em 25 de julho. Será um evento breve, em que falaremos sobre o trabalho de acolhimento do DC e nossa busca de conciliação das identidades LGBT e cristã no seio da Igreja Católica e faremos uma troca de relatos e experiências. Envio a vocês em anexo a programação e o release do evento. Se considerarem pertinente, agradecemos qualquer ajuda que possam nos dar na divulgação, seja publicamente, seja encaminhando para quem vocês acharem que possa ter interesse.

    Estamos à disposição para dar mais informações.

    Um grande abraço,
    Cristiana Serra

Vigários sinceros e outros não tão sinceros vigaristas

Vigários sinceros e outros não tão sinceros vigaristas




É impressionante como os temas relacionados ao comportamento e à identidade individualizada dos seres humanos esbarra sempre nos mesmos pontos, não importando o tempo.

Esses dias - por uma daquelas coincidências gostosas que a vida traz - encontrei uma edição da revista Newsweek de 06 de maio de 2002, na qual o tema da homossexualidade, do celibato, da mulher no sacerdócio e da heterossexualidade dos padres foi encarado de forma corajosa e desprovida de máscaras e preconceitos pela equipe de jornalistas. Em oito preciosas páginas a revista encarou os fatores que denunciam a estupidez do celibato obrigatório, da repressão tanto à homossexualidade como às relações heterossexuais por parte dos sacerdotes, bem como os escândalos de pedofilia praticada por padres de ambas as orientações sexuais.

A matéria é inaugurada com um comentário sobre as conversas entre os bispos romanos e os prelados americanos a respeito dos casos - então predominantes na mídia e nos tribunais - envolvendo padres pedófilos. O que chama a atenção é que de repente todos os casos de pedofilia se concentraram numa caçadas aos padres homossexuais. É óbvio que todos devemos nos opor à pedofilia, seja ela homo ou heterossexual, mas o Bispo Wilton Gregory - entrevistado pelos jornalistas - parecia saber a causa do problema: "Esta é uma luta contínua. É principalmente uma luta para nos certificar de que o sacerdócio católico não esteja dominado por homens homossexuais." Pensando saber a causa da pedofilia, o Bispo demonstra sequer entender a sexualidade humana em seu sentido mais amplo. Ele arbitrariamente transferiu o foco da questão de sobre um crime para colocá-lo sobre uma característica natural de milhões de seres humanos que nada têm a ver com o comportamento doentio de quem abusa de crianças.

Ora, é óbvio que qualquer caso de pedofilia comprovada deve ser punido judicialmente com rigor - sem falar que o melhor é criar mecanismos para evitá-los. Mas a igreja sempre encobriu tais casos. Principalmente, quando o crime de pedofilia era praticado por padres heterossexuais. Agora, estrategicamente a igreja concentra a "causa" do problema na homossexualidade, obviamente, para deflagrar uma caçada às bruxas repaginada.

O problema é que essa atitude ridiculamente simplista e iníqua ignora gente como um padre - irmão de sacerdócio do Bispo Gregory - que é um dos milhares de bons e fiéis clérigos que vêm a ser homossexuais. Esse homem faz suas orações, celebra duas missas, aconselha pessoas, e disse a Newsweek: "Sou gay, mas essa não é a única coisa que eu sou. Então sou gay, e o padre ali adiante é polonês - e daí? O que importa é que sou fiel, criativo e devotado a Deus." Mas ele tem motivos para temer uma caça às bruxas,uma vez que clérigos como o Bispo Gregory pensam: "A igreja está de fato dizendo: 'Se você parar de ordenar gays, você vai acabar com o abuso sexual." Ao invés de iniciar um diálogo sério e sem preconceitos sobre a sexualidade de um modo mais amplo, principalmente depois de tanta sordidez nessa área em toda a história da igreja - e mais amplamente divulgado em tempos recentes - a igreja declara tolerância zero, mas se esquece de que o confessionário tem sido o palco para as mais diversas demonstrações de libido entre padres e mulheres, principalmente.

Para tratar do futuro do celibato clerical, do lugar da mulher no sacerdócio e do papel dos homossexuais no ministério, a igreja precisa enxergar seu tempo atual com suas próprias luzes e explorar as nuances de interpretação bíblica e histórica sugeridas por alguns dos setores do cristianismo. Mark D. Jordan, um professor de religião e um gay católico afirma que "se não houvesse homossexuais no sacerdócio, logo deixaríamos de ter uma igreja funcionando."

Muitos católicos vêem com bons olhos a ordenação de padres gays ou a permanência dos que já são padres, mesmo depois de assumirem publicamente sua identidade sexual. "O que me interessa é o bom padre, e eu não penso que um bom padre seja determinado de maneira alguma pela sexualidade dele ou dela." - diz Louis P. Vitullo, 57, um advogado de Chicago educado em escolas católicas e frequentador da igreja. "A pessoa é bem equilibrada? A pessoa pode atender às necessidades das pessoas às quais ela destina seus serviços sacerdotais? E, mais basicamente, são pessoas em quem podemos confiar?"

QUEM PAGA A CONTA DA VISITA DO PAPA AO BRASIL EM 2013

Foto: Internet



QUEM PAGA A CONTA DA VISITA DO PAPA AO BRASIL EM 2013



No próximo ano, em julho de 2013, o Brasil receberá, na cidade do Rio de Janeiro, a visita do Papa Bento XVI para a Jornada Mundial da Juventude, evento que pretende reunir milhares de jovens católicos/as. A magnitude e os custos envolvidos na realização deste evento nos faz perguntar: quem pagará a conta da visita do chefe religioso da Igreja Católica?

Constitucionalmente, o Brasil é um Estado laico, portanto deveria garantir a todas/os as/os cidadã/os a diversidade religiosa e a liberdade de crença. Isso significa que a coexistência de vários credos deve ocorrer sem que se imponha a crença religiosa de uma parte da sociedade ao conjunto dela, pois isso coloca a democracia em sério risco, já que os direitos humanos de parte da população que não compartilha daquela crença estariam sendo violados. Assim sendo, a visita do Papa ao Brasil, se custeada com dinheiro público - de formas diretas ou indiretas (por exemplo, renúncia ou isenção fiscal de empresas patrocinadoras do evento) - ferirá grave e frontalmente a laicidade do Estado.

Vivemos, no país, uma crescente ofensiva de grupos conservadores contra os fundamentos democráticos do Estados laico. Os fundamentalistas religiosos no Brasil vem criando sucessivos obstáculos aos avanços dos direitos humanos das mulheres e das pessoas LGBTT, além de buscarem o retrocesso de direitos já conquistados, especialmente os direitos sexuais e direitos reprodutivos. Isso se dá por meio da atuação desses grupos conservadores na mídia e na política partidária (inclusive com formação de bancadas parlamentares religiosas), interferindo na aprovação de leis e na implementação de políticas públicas, reforçando o conservadorismo moral, a desigualdade de gênero e a intolerância religiosa.

Para contribuir para o fortalecimento do Estado laico, a Red Latinoamericana de Católicas por el Derecho a Decidir - da qual Católicas pelo Direito de Decidir faz parte - lançará no Brasil no próximo dia 12 de setembro, a Campanha Latinoamericana por Estados Laicos. Contando já com a adesão de 30 entidades, grupos e pessoas, a Campanha ocorrerá por meio das redes sociais e mídias tradicionais, facilitando o acesso a textos, artigos, charges e imagens, para que as pessoas tenham oportunidade de refletir sobre a importância de se defender um Estado laico de fato como condição necessária para o exercício pleno da cidadania de todas as pessoas.

Já aderiram a Campanha: os cartunistas Laerte e André Dahmer, o professor Dr. Tulio Vianna (UFMG), as blogueiras Cynthia Semíramis (UFMG) e Conceição Oliveira (do blog Maria Frô), as Blogueiras Feministas, Maíra Kubík Mano (jornalista e professora da UFBA) entre outros.

Assim, convidamos jornalistas, veículos de comunicação, blogs, sites, movimentos sociais, entidades de defesa da laicidade dos Estados e de defesa dos direitos humanos das mulheres a se juntarem a nós, aderindo também à Campanha Latinoamericana por Estados Laicos que, antecipando as discussões sobre a iminente visita do Papa Bento XVI ao Brasil, pretende principalmente fomentar a discussão sobre a defesa da laicidade do Estado como a única forma de garantir a Democracia, os direitos humanos e o pluralismo religioso das sociedades latinoamericanas.

Católicas Pelo Direito de Decidir

Saiba mais:


Página da Campanha no site de CDD-Br - http://miud.in/1s9S

Página da Campanha no Facebook -https://www.facebook.com/CampanhaLatinoamericanaPorEstadosLaicos

Para aderir a campanha, acesse: http://miud.in/1sfh

Facebook de Católicas pelo Direito de Decidir -http://www.facebook.com/catolicasdireitodecidir/

Twitter: http://twitter.com/cddbr

http://www.catolicas.org.br/biblioteca/conteudo.asp?cod=55


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

Só para deixar claro, o Papa tem todo o direito de vir ao Brasil. Pelo menos tanto quanto eu tenho de ir a Roma. A questão aqui é simples: ele deveria pagar suas despesas e de sua comitiva com o dinheiro que a própria igreja arrecada e acumula. Só a isenção de impostos para as igrejas nesse país já cobriria milhões de viagens!

Os católicos podem celebrar sua fé com o chefe de sua igreja, assim como qualquer outro grupo religioso pode fazê-lo com os seus líderes e comunidades. A questão aqui é simplesmente: 

POR QUE É QUE EU TENHO QUE PAGAR POR ISSO SE A IGREJA JÁ TEM SEU PRÓPRIO SISTEMA DE ARRECADAÇÃO E ISENÇÃO DE IMPOSTOS E O ESTADO É LAICO?

Aliás, essa isenção poderia ser revista e retirada sem prejuízo algum à ideia de laicidade. Já o Estado brasileiro transferir dinheiro para financiar cultos e celebrações religiosas fere diretamente esse pilar do Estado Republicano em sua melhor expressão.

É só isso, hein, amiguinhos?! :)

Padre mostra slides pornô gay em palestra


Padre mostra slides pornográficos em palestra de primeira comunhão Por Charles Nisz | Vi na Internet – 23 horas atrás (Yahoo)
 
O que era para ser uma reunião preparatória para uma cerimônia de primeira comunhão causou uma enorme confusão na Igreja Católica da Irlanda do Norte. Tudo porque o padre Martin Mcveigh (foto) "espetou" um pendrive na entrada USB e em vez da apresentação, apareceram fotos de pornografia gay.

Havia 26 pais e mães na plateia, além de um garoto de oito anos. Alguns pais ficaram chocados. Outros furiosos. O padre simplesmente desplugou o pendrive e saiu sem dizer uma única palavra, tamanha a sua perplexidade com o ocorrido.

Em comunicado divulgado à imprensa, o padre declarou que "não sabe como isso ocorreu, mas está consciente do que ocorreu. Segundo ele, há pessoas fazendo insinuações e que hoje em dia esses boatos correm muito rápido".

"A arquidiocese buscou imediatamente a ajuda da polícia. Com base nas evidências, nenhum crime foi cometido. O padre está cooperando com a investigação sobre o tema conduzida pela arquidiocese.", diz o comunicado. (vi na @BBC)


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Leia EM BUSCA DE MIM MESMO.

Pedofilia e mutilação de meninos em instituições católicas


Fonte de foto: Internet



Jornal: Igreja Católica pode ter castrado menores homossexuais


20 de março de 2012 •  SITE DO TERRA



Pelo menos dez menores de idade podem ter sido castrados por médicos de uma instituição católica na província holandesa de Gelderland, nos anos 50, de acordo com o jornal NRC Handelsblad. A publicação resgatou a história de Henk Heithuis, que foi mutilado em 1956, então com 20 anos (no país a maioridade civil é alcançada aos 21), e morreu em um acidente de carro dois anos depois. A justificativa dos religiosos para o crime seria "curar a homossexualidade dos garotos".

De acordo com levantamentos do jornalista Joep Dohmen, há evidências de ao menos outros nove casos semelhantes aos de Heithuis. "Há casos anônimos que já não podem mais ser confirmados. Ainda devem haver muitos outros, mas a questão é se aqueles garotos, hoje idosos, vão querer contar suas histórias", constatou.

Dohmen encontrou registros de que Henk Heithuis denunciou padres que o abusavam sexualmente em 1956. Os clérigos foram presos e o garoto foi encaminhado para o Hospital St. Joseph, um centro psiquiátrico católico na cidade de Veghel.

Documentos relatam que Heithuis foi castrado no hospital por "sua própria vontade", apesar de não haver assinatura da vítima. Testemunhas contam que os médicos removeram os testículos do paciente como um "tratamento anti-homossexualidade" e uma punição por prestar queixa contra padres.

Cornelius Rogge, um famoso escultor da época, denunciou a mutilação a outros membros da igreja, mas foi ignorado. Hoje com 79 anos, ele relembra o caso: "uma vez pedimos para o Henk abaixar as calças e vimos aquilo. Ele foi completamente mutilado, fiquei em choque", conta.

Há ainda evidências de que Vic Marijnen, ex-primeiro ministro holandês, colaborou para encobrir os crimes. Em 1956, como presidente do grupo que castrou Henk e outros menores de idade, ele absolveu padres acusados de abusos de punições.

Atas de reuniões da década de 50 mostram que inspetores do governo participaram de reuniões onde as castrações foram discutidas e, em comum acordo com membros da Igreja Católica, optaram por não levar o assunto ao conhecimento dos parentes das vítimas.


SURPREENDA-SE: EM BUSCA DE MIM MESMO.

Padre Jesuíta fala benignamente sobre a homoafetividade e é perseguido

Padre Lucas Correa Lima


Padre Luis Corrêa Lima, padre Jesuíta, com formação em filosofia e teologia, doutor em História e professor do departamento de Teologia da PUC-Rio, em entrevista à jornalista Yasmine Saboya no programa “Sala de Convidados”.





Bento XVI denunciado à corte internacional

Vítimas de pedofilia denunciam papa à corte internacional

Fonte da foto: Internet


Bento XVI e dirigentes católicos são acusados de crimes contra a humanidade


Uma associação americana de vítimas de padres pedófilos anunciou nesta terça-feira que apresentou uma queixa ao Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o papa Bento XVII e outros dirigentes da Igreja católica por crimes contra a humanidade.

Os dirigentes da associação Snap, orientados pelos advogados da ONG americana "Centro para Direitos Constitucionais", entraram com uma ação para que o papa seja julgado por "responsabilidade direta e superior por crimes contra a humanidade, por estupro e outras violências sexuais cometidas em todo o mundo".

A Snap tem membros nos Estados Unidos, Alemanha, Holanda e Bélgica, quatro países muito afetados pelo grande escândalo de pedofilia que envolve a Igreja. "Crimes contra a dezenas de milhares de vítimas, a maioria crianças, foram escondidos pelos líderes nos mais altos níveis do Vaticano. Neste caso, todos os caminhos levam a Roma", declarou a advogada Pamela Spees.

Omissão - A organização acusa o chefe da Igreja católica de ter tolerado e ocultado sistematicamente os crimes sexuais contra crianças em todo o mundo. À queixa acrescentaram 10.000 páginas de documentação de casos de pedofilia. Os bispos e, em alguns casos, o próprio Vaticano rejeitaram ou ignoraram muitas das queixas das vítimas de padres pedófilos. O escândalo desacreditou a Igreja em vários países na Europa.

O papa Bento XVI expressou sua vergonha e pediu desculpas, apelando para a tolerância zero contra os pedófilos. Ele também pediu aos bispos do mundo, que têm a responsabilidade primária sobre seus sacerdotes, a plena cooperação com os tribunais criminais. A Snap não acredita nesse desejo de transparência e justiça, e não moderou suas acusações.

Igreja Católica Nega Funeral para Homem Gay Local - Nem Santo Te Protege

Igreja Católica Nega Funeral para Homem Gay Local


29 de Junho de 2011
Do Big Gay News

John Sanfilippo



A Crueldade da Igreja Católica e a Luta pela Dignidade: O Caso de John Sanfilippo


No mundo em que vivemos, onde a luta por direitos e dignidade nunca é demais, o caso de John Sanfilippo nos oferece mais uma amarga demonstração da crueldade e homofobia que ainda permeiam algumas instituições religiosas. Sanfilippo, um homem gay que foi membro dedicado da Igreja Católica por décadas e até deixou dinheiro para a paróquia de Nossa Senhora do Rosário, em Little Italy, foi vítima de um ato de exclusão que nos faz refletir sobre o quanto as igrejas, muitas vezes, falham naquilo que elas pregam: amor, compaixão e acolhimento.

Quando John faleceu, sua família foi informada pela Diocese Católica de San Diego de que a igreja se recusaria a realizar seu funeral, simplesmente porque ele era gay. Sim, você leu corretamente. Mesmo tendo sido um membro ativo por anos, até contribuindo financeiramente para a igreja, John foi negado em seu momento de maior vulnerabilidade, apenas pela sua orientação sexual. A alegação foi clara: ele não poderia ser velado na igreja.

Esse tipo de atitude não é apenas cruel, mas representa a homofobia institucionalizada que ainda persiste dentro de algumas esferas religiosas. A Igreja Católica, em nome de uma moral arcaica e discriminatória, continua a marginalizar e excluir aqueles que não se encaixam em seus rígidos padrões de "aceitação". No entanto, após pressão pública e a intervenção de amigos e familiares, a igreja cedeu e permitiu que o funeral fosse realizado. Mas o dano já estava feito. A dor da discriminação havia sido imposta àqueles que amavam John.

O que precisamos entender é que essa luta pela aceitação dentro da Igreja Católica não é um caso isolado. Como bem colocou Nicole Murray-Ramirez, amiga de John: “É como se fosse 2005 de novo para nós, católicos... especialmente para nós, gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros.” A realidade é que, mesmo em pleno século XXI, as comunidades LGBTQ+ continuam a ser desrespeitadas e marginalizadas, mesmo em momentos em que deveriam ser tratadas com dignidade e compaixão.

O caso de John Sanfilippo serve como mais um lembrete doloroso de que a luta pela visibilidade e pelo respeito dentro da Igreja Católica, e em outras instituições religiosas, está longe de ser vencida. Cada dia em que essa exclusão ocorre é um dia perdido na construção de uma sociedade verdadeiramente inclusiva, onde o amor e a aceitação devem ser universais. A memória de John, assim como de tantas outras pessoas LGBTQ+ que enfrentam discriminação religiosa, deve nos impulsionar a continuar a nossa luta por igualdade, dignidade e, acima de tudo, respeito.

Que John Sanfilippo, e todos os outros cujos legados foram manchados por essa intolerância, sejam lembrados não pelo sofrimento que enfrentaram, mas pela força que tiveram em desafiar essa discriminação e mostrar ao mundo que o amor verdadeiro não se mede pela sexualidade, mas pela humanidade.

DESTAQUE: 

O funeral de um paroquiano gay que foi cancelado pela Igreja Católica será permitido, de acordo com a Diocese Católica Romana de San Diego. A igreja, porém, não comunicou a decisão da mudança nem à família do falecido nem à mídia. Empresário local e católico devoto, John Sanfilippo morreu semana passada depois de lutar contra um enfisema. Os amigos disseram que Sanfilippo planejou que a missa do funeral seria realizada na igreja de Nossa Senhora do Rosário em Little Italy, que Sanfilippo havia frequentado por décadas. Os amigos disseram que ele havia até deixado uma grande soma de dinheiro para a igreja em seu testamento.

O portal The Advocate também deu nota sobre isso:
https://www.advocate.com/news/daily-news/2011/06/29/gay-man-refused-funeral-catholic-church


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

Há diversas coisas a se pensar aqui.

Primeiro, como foi que um homem gay conseguiu viver décadas numa comunidade cuja liderança é homofóbica ao ponto de negar-lhe funeral, e continuou confiando nessa liderança durante todo seu tempo de vida? Será que nunca houve outros sinais dessa homofobia? Será que nem mesmo no confessionário ele percebeu o ódio que seus confessores nutriam contra seu amor?

Segundo, como a igreja tem a cara de pau de aceitar o dinheiro desse homem gay, que foi membro da congregação por tantos anos, e negar-lhe o funeral? Será que tiveram a coragem de recusar as ofertas que ele provavelmente fez para a paróquia década após década? E a eucaristia? Será que tiveram coragem de negar a hóstia a esse homem na fila da comunhão? Sim, porque dentro da crença católica a eucaristia é um dos dogmas mais sagrados... enterro é "fichinha" perto dela.

Terceiro, por que uma pessoa inteligente como ele provavelmente foi (afinal, era bem-sucedido em seus negócios), com dinheiro, com amigos, familiares que o amam, se submete a uma crença castradora e patrulheira como essa?

Quarto, será que a família dele e seus amigos continuarão a confiar nessa instituição desprezível, que aprova ações discriminatórias e violentas, como a história antiga e recente demonstram, mas condena o amor e a solidariedade para com aqueles que ela rotula como hereges ou perdidos? Essa igreja não respeito o morto e muito menos os vivos que o amavam e tiveram uma parcela extra de sofrimento - absolutamente desnecessária se não fosse a crueldade dessa instituição falsamente chamada de "santa madre".

Agora, uma coisa que tem estado engasgada aqui na minha garganta esperando a oportunidade adequada para comentar é o seguinte:

A Igreja Católica ficou toda ressentida com o uso das imagens de santos para alertar os participantes da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo sobre os riscos de AIDS e DST e indispensável uso da camisinha nas relações sexuais de gays, bi e heterossexuais.

Essa gente é hipócrita demais! Os padres já produziram mais crueldade do que muita gente que está atrás das grades hoje. No entanto, eles desfilam paramentados com aquelas caras enceradas, enquanto o povo os reverencia por não perceber o quanto eles, por outro lado, desprezam a gentalha.

Esses pregadores da morte nunca se perguntaram se era correto pregar contra a camisinha.

Nunca se perguntaram como viveriam os filhos dos heterossexuais (muitos deles pobres ou miseráveis) que não fazem planejamento familiar por darem ouvidos às proibições da igreja.

Nunca se perguntaram se era correto proibir o uso da camisinha e expor não só uma pessoa aos riscos de doenças, mas várias, porque nenhum homem tem somente uma mulher (ou outro homem) ao longo da vida. E cada vez mais, isso é verdadeiro para as mulheres também.

Ou seja, em nome do dogma ou do costume (que eles chamam de moral), essa instituição acumula crimes diretamente praticados por seu clero e seus membros, bem como responsabilidade pelas omissões desse mesmo clero diante de diversas demandas humanas, às quais eles não querem sequer pensar em atender, porque isso exigiria a revisão de crenças medievais há muito ultrapassadas, as quais valem mais para esse time de sanguessugas do que a própria vida humana.

Por isso, continua valendo a mensagem da campanha bem sacada e sem qualquer intenção de desmerecer os santos por parte dos organizadores da Parada do Orgulho LGBT de SP em 2011.

Veja você mesmo abaixo:


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