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A ditadura gay e outras coisinhas do protesto - por Paulo Ghiraldelli Jr.



Fonte da foto: Ideias Canhotas
https://ideias-canhotas.blogspot.com/2011/06/ditadura-gay-por-laerte.html



A ditadura gay e outras coisinhas do protesto



Por Paulo Ghiraldelli Jr.


Às revoluções ou grandes reformas precede um rearranjo topológico semântico que, de certa forma, são a permissão para que tais coisas ocorram e talvez seu principal resultado. Estamos vivendo isso.O nosso Congresso votou rapidinho uma série de propostas que ficaria anos mofando, e o fez em um sentido alvissareiramente moderno. Todavia, eu estou longe de me achar satisfeito. Duvido que alguém esteja satisfeito, exceto os conservadores de carteirinha.

Quais foram os ganhos até agora?

Primeiro. A educação foi premiada, embora não se saiba realmente, em termos de dinheiro, com quanto. E isso não garante nada, pois a mentalidade dos governantes é de gastar em tudo no campo educacional, menos no que é importante, que é o salário do professor.

Segundo. Do ponto de vista do gasto criminoso do dinheiro público, foi aprovada a transformação da corrupção em “crime hediondo”. No entanto, do mesmo modo que se pode escapar de um crime, dependendo das circunstâncias, também é possível fugir do crime hediondo – dependendo das circunstâncias.

Terceiro. A PEC-37 caiu e, desse modo, o Judiciário continua com seus poderes. Mas isso não é propriamente um ganho para a ética política, apenas uma forma de deixar de perder.

Analisando cada ato do Congresso, é fácil ver que ele respondeu positivamente ao movimento de protesto, mas não deixou de fazer o que o próprio movimento disse que era a sua prática: jogou uma cortina de fumaça para nos confundir. Era esperado. Boa parte do protesto se fez na base de uma acusação simples e certeira: a dissimulação é o que os políticos e partidos tem de mais bem distribuído entre eles.

Paralelamente a isso, setores da população mais ligados às instituições tradicionais, em especial os sindicatos, estão programando greve e já anunciam um coro de críticas ao governo federal, e em alguns casos, aos governos estaduais. Tudo indica que tais sindicatos, a maioria em franco peleguismo, atrelados ao PT e ao PSDB, não estão falando sério. Eles querem apenas retomar o espaço perdido pelo protesto horizontalizante e antivanguardista. Não me surpreenderia se pegasse gente do governo federal feliz com a decisão dos sindicatos. Nos três níveis, federal, estadual e municipal, os políticos em cargos executivos passaram três semanas sem saber o que fazer, pois nunca imaginaram que o brasileiro poderia ir às ruas protestar sem lideranças, ou melhor, contra elas – todas elas. Dilma estava uma barata tonta, indo de Lula em Lula pegar açúcar. Haddad parecia um motorista bêbado na contramão da Rodovia Presidente Dutra. Alckmin e outros governadores oscilaram entre a repressão e o pedido de desculpas com cara de bunda. O governo ainda está desesperado. Implora a volta de velha política. Caso não fiquemos atentos, esses governos vão dar dinheiro para os sindicalistas voltarem a serem líderes, do mesmo modo que, não raro, alimenta certa imprensa oposicionista para que ela ataque suas bases, mobilizando a sua militância.

A revista Veja age assim, como que fornecendo gás para o jornalismo comprado pelo governo, o de Nassif e o de Amorim, hoje em dia os maiores pinóquios do cenário. A Veja não é ideologicamente de direita somente, ela é antes de tudo fora do tempo, não abandona a lógica da “guerra fria” de modo algum. Vive em um mundo que não existe e, não raro, atropela sua capacidade de jornalismo investigativo sério por conta de briga ideológica completamente alheia ao mundo atual. Agindo assim, ela cutuca a militância mais atrasada do PT, que usa frases imbecis como “a rede Globo manipula o povo” ou “tudo é culpa do neoliberalismo, da globalização e do imperialismo ianque”. Caso um dia a Veja pare de fazer esse serviço tolo, o governo federal, na mão do PT, a forçará a voltar a fazer, pagará para ela continuar na ladainha. É isso que ainda alimenta alguma militância não paga do PT. De resto, hoje, o PT é o PSDB e o PMDB, só possui militância paga. Se já era assim, agora, após os protestos, nunca mais será de outra forma. A juventude brasileira que protestou deixou claro seu anti-petismo e, enfim, seu completo desprezo pelos partidos políticos.

De tudo isso, no entanto, talvez ao menos em um caso seja possível dizer que haverá vitória de fato, objetiva, para as jornadas de protesto dessa “primavera feita em outono”, sem que se tenha de computar perdas e ganhos. Trata-se do “caso Feliciano”, em especial o projeto do deputado-pastor de recolocar o “homossexualismo” no catálogo das patologias, uma vez que psicólogos e similares estariam autorizados a propor ações terapêuticas capazes de fazer um homossexual deixar de ser homossexual – ele ficaria “curado”! Ora, os protestos fizeram até mesmo o PSDB, que se transformou em um partido conservador não só no plano da política social, mas também cultural e moralmente, se desvincular da figura de Feliciano, em especial nesse caso da “cura gay”. Ou seja, até mesmo os conservadores não querem saber de dar um passo nessa direção felicianesca. Até o casamento gay já anda solto por aí, no Brasil, então não faz sentido algum abraçar a carcomida ideia de que pessoas que gostam de outras do mesmo sexo sejam, por conta disso, doentes.

Desse modo, quanto à questão da homossexualidade, as coisas se deram como eu disse que elas se dariam: os conservadores não iriam se determinar a não importunar mais os gays e as lésbicas por conta de esclarecimento, de ciência, de leitura, mas simplesmente por decisão política. Que se aprenda esse caminho: também o aborto, a eutanásia, a programação de melhoria genética de descendentes e coisas desse tipo não virão ou deixarão de vir por qualquer ato de rápido esclarecimento ou “conscientização”, segundo um vetor iluminista. Não estou dizendo que o contínuo esclarecimento do cotidiano, que fazemos, não seja importante. O que afirmo é que mudanças ético-morais demandantes de alteração política e de criatividade no aparato legal ficará em banho-Maria e, dependendo do clima dos protestos, poderá ou não serem relegadas para um futuro distante. Quando vierem, ganharam decisão exclusivamente política. Não mataremos ou deixaremos de matar, não praticaremos eugenia ou nos negaremos a fazê-lo, etc., por qualquer razão que venha dos laboratórios. Não de modo imediato. Faremos o que temos de fazer por uma decisão política.

Assim, a soma de Feliciano com os protestou acabou gerando coisa boa. A expressão “ditadura gay” entrou definitivamente em baixa. Os que andaram comemorando a volta do politicamente incorreto, como se isso fosse, incondicionalmente, sinônimo de liberdade, venderam muito livro e soltaram muito panfleto, mas estão perdendo a guerra assim mesmo.

A “ditadura gay”, tão aclamada por gente como Feliciano, ruiu de vez. É bobagem ele apelar para esse termo. É ridículo, agora, que ainda se fale em politicamente correto ou incorreto para o caso. Quem usar a expressão “ditadura gay” estará falando do quê? Afinal, os protestos continham muita gente. A maioria desse pessoal, entre outras reivindicações, disse claramente que não queria mais os políticos e, dentre estes, figuras como Feliciano. Assim, a “ditadura gay”, uma invenção da direita, deixou de existir, até mesmo como invenção, porque o Brasil acordou um dia não mais se interessando em levar a sério gente capaz de dizer que iria “curar gay”. Virou piada isso. Após os protestos, virou piada da piada – piada derrotada. Avalio que vai demorar pouco tempo para que essa decisão política afete, aí sim, a ciência. Mais depressa do que podemos conjecturar agora, logo estaremos nos perguntando “como podemos acreditar que nascemos héteros ou que fulano de tal é hétero?”. Chegaremos a desconfiar do heterossexual como algo … anormal. Depois, chegaremos ao ponto de nos desinteressarmos da sexualidade como um elemento tão forte na determinação da identidade. Agora, nesse momento, o futuro no horizonte é esse.

Caso o ganho tenha sido só isso, exclusivamente isso, o que não é verdade, uma vez que o ganho real é a mudança subjetiva em relação à política, os movimentos de protesto já terão valido a pena. A topologia semântica está remontada. As portas e janelas para transformações maiores estão abertas.

© 2013 Paulo Ghiraldelli Jr., filósofo, escritor, cartunista e professor da UFRRJ


Blog:
https://ghiraldelli.org/

Twitter: https://x.com/ghiraldelli

Propaganda de Opção Sexual - por @rafucko

Rafucko e seu personagem Ditador Gay


Gente, ninguém faz melhores paródias sobre a suposta Ditadura Gay, termo que os fundamentalista e homofóbicos tentaram popularizar, mas que a maior parte da sociedade nunca comprou, do que @rafucko ou rafaelitobarbacena, como é conhecido no Youtube.

Facebook: https://www.facebook.com/okcufar/

Instagram: https://www.instagram.com/rafvcko/

Gaystapo - versão twitter ;)

Lembrando que Ditadura Gay é invenção de homofóbico para tentar criar obstáculos à efetivação dos direitos dos LGBT.

Esses RTs - de modo divertido - mostram a estupidez dessa falácia.



O lobo, a embusteira e o guarda-roupa




Autor: Walter Silva, PB.

Esse artigo foi postado no site de Andrea Freitas (fonte abaixo) e chegou a mim via Benjamim, listeiro do Yahoo e ativista. Recomendo muito a leitura.

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25/11/2011


O lobo, a embusteira e o guarda-roupa


A dignidade inerente e a igualdade de cada indivíduo é um axioma fundamental dos direitos humanos internacionais.

Não é, portanto de surpreender que o direito internacional condene afirmações que negam a igualdade de todos os seres humanos.

A Declaração Universal dos direitos humanos, adotada e proclamada pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 1948, considera que:

" Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação'' (artigo sétimo)

Na contramão das leis internacionais está o ativismo dos discursos de ódio.

O discurso de ódio não encontra proteção junto ao direito de livre expressão na maioria dos países democráticos, inclusive caindo freqüentemente na categoria da Difamação, que consiste em atribuir falsamente a alguém determinado fato ofensivo à sua reputação (artigo 139 do código penal).

A agenda política e religiosa antigay particularmente é pródiga na arte da difamação.

Desde que Anita Bryant, cantora Gospel americana, ajudou a fundar o movimento contra os direitos civis de homossexuais a mais de 30 anos, que a direita reacionária e religiosa busca formas de demonizar os gays na sociedade, apelando tanto para a mentira descarada, quanto para a teoria da conspiração, se valendo de táticas de manipulação semântica e da retórica da "conseqüência desastrosa''.

Um exemplo recente dessas práticas perniciosas pode ser encontrado no pueril artigo intitulado `'Estatuto gay, ditadura gay ou estatuto da superioridade gay?'' redigida por Marisa Lobo, evangélica caricata e nova musa dos ativistas de ódio do neo pentecostalismo.

Marisa, que se proclama "psicóloga cristã'' sugerindo aí sub-repticiamente uma bizarra e estreita relação entre a atividade psicoterápica e as fronteiras insidiosas da superstição, dirigiu toda sua fúria uterina contra o projeto do Estatuto da Diversidade, cuja principal meta consiste em'' promover a inclusão de todos, combater a discriminação e a intolerância por orientação sexual ou identidade de gênero e criminalizar a homofobia, de modo a garantir a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos individuais, coletivos e difusos''.

O curioso artigo de Marisa foi escrito sob a forma de réplica aos pontos destacados pelo Estatuto, e redigido em linguagem simplória, recheado de erros de sintaxe e acentuação gráfica, em tom de clamor, quiçá expressando o íntimo desejo da autora em imitar o hipócrita gesto Luterano das 95 teses fixadas outrora na porta da capela de Wittemberg.

Marisa saiu do anonimato empunhando a bandeira da "moralização do Conselho federal de Psicologia'' acusando o presidente do conselho de perseguição religiosa e "denunciando'' o apoio do conselho "ao Kit (sic) gay'' nas escolas, que fazia exposição de `'cenas obscenas'' (outra mentira difamatória amplamente divulgada), coisa que ela, "como mãe e psicóloga'' não pode admitir.

Além disso, Marisa é fundadora do "Corpo de Psicólogo (sic) Pró Família'' entidade que segundo ela deve promover o debate de assuntos tais como "ditadura gay'', "kit gay'', "pedofilia'' e "preconceito''.

PSICOLOGIA CRISTÃ?

No ataque atabalhoado ao Estatuto da diversidade Marisa faz uso das populares táticas de demonização, insistindo na paranóia da "teoria da conseqüência desastrosa'', deixando claro que a adoção de leis de inclusão para minorias sexuais irá provocar a "destruição'' das famílias (sem explicar exatamente como).

A embusteira cristã não possui nem o traquejo malandro de Bolsonaro nem a verve pestilenta de Silas Malafáia, mas já aprendeu direitinho o caminho das pedras.

Autopromoção baseada em ativismo de ódio é um negócio podre, mas em alguns casos bastante rentável; prova disso é destaque entusiasmado dado a Marisa pela imprensa gospel, inclusive elevando-a à categoria de "doutora'' (site notícias gospel prime).

Não é para menos.

Na sua `'análise'' do estatuto da diversidade, que contou com a ajuda de um certo "Dr. Matheus Sathler'', advogado especialista em distorção e elucubrações fantasiosas, Marisa se revela uma promissora versão tupiniquim de Anita Bryant.

A primeira lição no manual dos difamadores é a `'manipulação semântica''; trocando "diversidade'' por "ditadura'', ou "inclusão'' por "privilégio'' por exemplo, produz-se a inversão de valores, onde o oprimido se transforma em opressor.

É tão clichê que eu me pergunto como é que ainda funciona.

Dado que o impacto emotivo das palavras geralmente é mais importante que o contexto objetivo, ainda que haja um conflito entre a idéia expressa e a forma, isso passará despercebido com facilidade.

Marisa sabe das coisas, é "psicóloga'' e "doutora'', ainda por cima, é "cristã''.

Não obstante, é risível a farsa da adulteração dos princípios do estatuto.

Logo de entrada, o manipulador de mamulengo que fala pela boca do "dr. Sathler'' diz:

"O que tenho a dizer sobre o 'Estatuto da superioridade gay' é que os homossexuais mostraram as suas intenções nefastas e espúrias de uma só vez a toda população brasileira''

Eis aí sem maiores delongas a difamação.

E aqui ele revela o propósito do discurso de ódio e da propaganda difamatória:

"Esse Estatuto nos deu a legitimidade que precisávamos para derrubarmos todo o avanço gay já realizado com a nossa, até então, apatia e indiferença''

É tal, pois, o objetivo único da difamação; a supressão dos direitos e garantias fundamentais do indivíduo LGBT, explicitado sem grandes pudores.

Mais adiante o sinistro e misterioso "Dr. Sathler'' faz uma esquisita exegese do artigo 71:

"Art. 71 – O poder público adotará programas de formação profissional, de emprego e de geração de renda voltadas a homossexuais, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis, transexuais e intersexuais, para assegurar a igualdade de oportunidades na inserção no mercado de trabalho''

Art. 71º – "Cria cursos de aperfeiçoamento em prostituição com recursos e funcionários públicos para capacitar homossexuais que queiram se "aperfeiçoar profissionalmente" Dr. Matheus Sathler

Francamente, alguém que consegue extrair da frase "programa de formação profissional'' o equivalente a "programa de aperfeiçoamento em prostituição'' por princípio não deveria ser levado à sério, excusando-se a situação onde essa atitude fosse objeto de escrutínio médico.

Com efeito, a sanha perversa em oprimir minorias e distorcer medonhamente a realidade transformando-a em um irreconhecível monumento ao desespero deveria ser objeto de estudo das neurociências.

Dr Sathler continua a explanação.

O artigo 86 parece ser motivo especial de contrariedade:

"86 – O encarceramento no sistema prisional deve atender à identidade sexual do preso, ao qual deve ser assegurada cela separada SE HOUVER RISCO à sua integridade física ou psíquica''

"O gay não poderá sofrer os transtornos físicos e psíquicos dos presídios superlotados" Dr. Matheus Sathler

Doutora Marisa, psicóloga e cristã, complementa:

"Ora bolas se estão lá presos é porque cometeram crimes e devem ser punidos como qualquer ser humano com o rigor da lei porque para os gays teriam essas regalias?''

"Isso é o que chamamos de instituir e legalizar o preconceito em nosso Brasil''

Doutora Marisa entende que estupro, tortura e outras violências físicas e emocionais correspondem a "punição''; pior, doutora Marisa, numa demonstração cristã tão peculiar de "amor ao próximo'' interpretou "proteção à integridade física e mental'' como "regalia''.

O festival de abobrinhas continua, mas estes exemplos bastam para provar o que digo; o ativismo de ódio da direita religiosa é um apanhado de mentiras sórdidas, técnicas de retórica, distorção da realidade e difamação pura e simples. (grifo deste blogueiro)

Em algumas entrevistas Marisa espertamente mostra-se arredia ao abordar o tema da "terapia da reorientação sexual'' (curandeirismo cristão), mas no seu site pessoal exibe farta documentação a este respeito, numa clara apologia da prática de terrorismo conhecida por "terapia de reversão''.

O post "Homossexualidade masculina - está resolvido?'' assinado por um tal de Luciano Garrido (provavelmente outro fantoche igual o "Dr.Sathler'') é uma colagem lamentável de uma série de trechos de artigos escritos por charlatães profissionais, onde a apologia à "terapia reparativa'' é inequívoca e escancarada.

O engraçado é que no final da compilação é a própria Marisa quem assina a postagem.

De acordo com a resolução do CFP, os psicólogos "não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades". A Resolução determina ainda que "os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica".

Doutora Marisa assim como outros da mesma laia segue comendo pelas beiradas, porém.

É realmente uma pena que ela não dê a seus pacientes a chance de ver o outro lado das terapias de reversão da homossexualidade, a exemplo do atual escândalo das clínicas de abuso sexual e tortura de mulheres lésbicas no Equador.

Doutora Marisa não age movida por zelo profissional.

Por trás de seu ativismo evangélico repugnante existe uma agenda política, um discurso manjado e desgastado da extrema direita caquética, repetido à exaustão tanto aqui quanto no exterior somado à demanda incansável da indústria de fabricação de falsos "especialistas em homossexualidade''.

Assim é que nas colagens de Marisa o fundador da NARTH (instituição antigay) Josefh Nicolosi, conhecido nos EUA por suas idéias malucas tais como encorajar os clientes a beber Gatorade compulsivamente, a fim de tornar-se "menos gay'', aparece citado como `'autoridade'' no assunto.

As terapias "reparadoras'' promovidas pela NARTH são alvo de repúdio e consideradas prejudiciais pela Associação Americana de Psicologia, pela Associação Americana de Psiquiatria e pela Associação Americana de Medicina.

Nicolosi também foi acusado de distorcer dados acadêmicos deliberadamente na pesquisa sobre orientação sexual da Dra Lisa Diamond da universidade do Utah.

Dona Marisa, por seu turno, resolveu assumir para si a representação da farsa maniqueísta própria do alto escalão no gabinete do demônio, um papel que lhe cai pessimamente, entretanto; faltam-lhe os elementos essenciais do Ofício.

Inteligência escassa, pouca cultura e nenhuma intimidade com a retórica dão a ela somente o grau de neófita em papagaiação.

"Psicóloga'' de profissão, Cristã por mérito e embusteira por vocação, é também o prenúncio do ressurgimento do grande lobo negro do ativismo de ódio, ávido de sangue e morte, lobo travestido com a pele da ovelha vitimista.

Trata-se inclusive de mais uma tentativa patética das forças reacionárias para empurrar todos os LGBT de volta ao armário e sufocar sua identidade dentro do incômodo guarda roupa da heteronormatividade compulsória.

Por Walter silva

Fonte: http://andreafreitas.wordpress.com/2011/11/25/o-lobo-a-embusteira-e-o-guarda-roupa/


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DICA DESTE BLOGUEIRO


A melhor resposta que você vai obter contra os argumentos e práticas desses movimentos anti-gays atualmente vem exatamente de alguém que já esteve entre os principais ativistas dessa falácia, e que, por isso mesmo, desperta o ódio dessa gente que fica sem palavras diante de sua própria nudez.

Crentes que não cansam de passar vergonha

Se houvesse uma ditadura gay de fato, o rosa seria tendência?
😂😂😂


A tal da “ditadura gay” (só que não)


“Você é a favor da aprovação do projeto de lei que pune a discriminação contra homossexuais?”

Desde que essa pergunta apareceu no site do Senado, uma verdadeira cruzada se formou nas redes: grupos religiosos de todo o país se mobilizaram desesperadamente — não para defender a liberdade de expressão, mas o suposto "direito" de ofender pessoas que se relacionam com outras do mesmo sexo.

Para algumas dessas pessoas, estamos à beira de uma “ditadura gay”. Sim, você leu certo: elas acreditam que, se o preconceito for punido por lei, gays e lésbicas tomarão o poder, dominarão o planeta e transformarão todos os heterossexuais em cidadãos de segunda classe.

Imagine só esse pesadelo: crianças cantando Village People nas escolas durante o hasteamento da bandeira do arco-íris. Os domingos sem futebol, substituídos por Holiday on Ice. Jovens sendo obrigados a se alistar num exército onde todo mundo dorme e toma banho junto (espera... isso já acontece, não?). Que horror!

E tem mais: na mente de algumas dessas pessoas, o país estaria prestes a se tornar um sistema de castas, governado pelas Drag Queens. Advogados gays de terno e cabelo curto estariam numa casta intermediária. Lutadores do UFC, sem nenhuma chance, passariam a viver de esmolas. Tudo porque passamos a punir a homofobia. É mole?

A imaginação dessa galera é tão fértil que parece saída de uma parceria entre George Orwell, Andy Warhol e a Banda de Ipanema desfilando nas ruas de Nova Déli.

Mas, olha… talvez esse medo todo até faça sentido — se você for do tipo que também achava um absurdo acabar com o racismo. Afinal, há poucas décadas, piadas racistas eram aceitas, e pessoas negras tinham direitos limitados. Aí veio esse papo de igualdade... e olha só no que deu: um homem negro chegou à presidência dos Estados Unidos!

Se a batalha racial já está “perdida” para quem queria manter o privilégio branco, ainda há tempo — segundo os defensores do preconceito — de vencer a batalha contra os direitos LGBT+. Para isso, basta clicar em “NÃO” na enquete do Senado e garantir que o mundo continue injusto, desigual e, claro, cheio de preconceito “de estimação”.

Enquanto isso, a gente segue aqui, lutando por igualdade, respeito e pelo direito de viver — e amar — em paz. 🏳️‍🌈

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