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Eduardo Leite vs Jean Wyllys: Quem tem razão no bate-boca

Marcio Rolim - criador do canal Bee40tona

 


Por Sergio Viula


Acabo de assistir a esse vídeo do canal Bee40tona e considero as opiniões e as informações compartilhadas nele são absolutamente lúcidas e verdadeiras. Recomendo muito. Sugiro que compartilhem esse post para que mais pessoas tenham acesso a informação de qualidade, não mera "biscoitagem".



Ele voltou: Manuela D'Ávila entrevista Jean Wyllys ❤️ ❤️ ❤️ 



Por Sergio Viula


Acabo de assistir a live de Mauela D'Ávila, que mantém um videocast chamado Expresso. Ela entrevista Jean Wyllys três semanas depois de seu retorno do autoexílio ao qual ele teve que se submeter por causa da perseguição bolsonarista amplamente orquestrada contra ele antes mesmo que Bolsonaro ganhasse as eleições de 2018.

Também comprei o livro dele chamado "O que não se pode dizer: Experiência do Exílio". Recomendo a compra no site da Amazon, especialmente para quem tem Prime, porque o valor está muito vantajoso. Digo isso no dia 21/07/23. Pode ser que mude ao longo do tempo. De qualquer modo, esse é o link da Amazon para esse livro: 

https://www.amazon.com.br/dp/6558020734/ref=asc_df_65580207341689688800000/


Essa live vale cada minuto. E fica melhor à medida que avança. Assistam.

Link para a entrevista aqui: https://www.youtube.com/watch?v=SWHBkomplgs&t=599s


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Jean Wyllys e Marcelo Adnet


LIVE aqui: 
https://www.facebook.com/jean.wyllys/videos/568461004093935


Por Sergio Viula


Ontem, estava me sentindo bastante entediado. Já são praticamente três meses vividos quase inteiramente de frente para um computador, seja preparando aulas, lecionando, produzindo e corrigindo atividades pedagógicas, seja para falar com pessoas que eu costumava ver pessoalmente com certa frequência, mas agora apenas virtualmente. Todo esse tempo de isolamento produziria suas próprias dores, é claro. Por isso, fiz a seguinte publicação no Facebook ontem: "Tédio é tech, tédio é pop, tédio é tudo." Claro que era um desabafo usando a vinheta da Globo sobre o agronégocio e sua importância para as nossas vidas.

Minha querida amiga Meire Finelon, que sempre me acompanha de perto, uma pessoa maravilhosa que eu tive o privilégio de conhecer há alguns anos agora, viu essa postagem e decidiu me dar algo que levantasse meu humor. Acertou na mosca! Meire me enviou o link da 'live' feita pelo meu amado e admirado Jean Wyllys, pessoa com quem já travei contato pessoal em várias ocasiões diferentes, fosse caminhando juntos em protestos, desfrutando de sua prosa sempre construtiva em colóquios, inclusive com autógrafo de livro, ou mesmo numa aconchegante boate gay em Copacabana, momento em que tive o prazer de apresentá-lo a Andre, meu marido, quando ainda estávamos bem no comecinho de nossa relação, agora já com quatro anos. Jean foi tão carinhoso que suas palavras ainda reverberam em minha memória e na de Andre.

E junto com Jean nessa 'live' sugerida por Meire estava o formidável Marcelo Adnet, pessoa fantástica, dono de inteligência e humor invejáveis, afiados e engajados - pessoa que não se distanciou do chão por causa da fama e da grana que já conquistou graças ao seu talento e às oportunidades bem aproveitadas ao longo da vida. Adnet é um gigante com jeito de menino.

Assisti a 'live' deles agora de manhã e gostaria muito de convidar todos os meus leitores e amigos a assistirem esse bate-papo também. Tenho certeza que vocês ganharão muito se assistirem essas duas lendas contemporâneas com mente aberta. O link está aqui:
https://www.facebook.com/jean.wyllys/videos/568461004093935


Ressalto, porém, uma coisa: com tédio ou sem tédio, fique em casa. Não caia na tentação de se expor ao vírus a essa altura do campeonato, mesmo que um anjo resplandecente diga a você que não tem perigo. No estado do RJ, o número de óbitos já passa de 6 mil. Ontem, dia 03/06/20, o G1 publicou o gráfico que você pode ver abaixo.




SAIBA MAIS:
https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/06/03/brasil-tem-32548-mortes-por-covid-19-diz-ministerio.ghtml


A epidemia está em alta, o vírus não se tornou menos letal e nem menos contagioso e a vacina estará disponível em breve. Não morra na praia. Aguente firme.




Saiba mais aqui:
https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/06/03/2-mil-voluntarios-brasileiros-participam-de-testes-de-vacina-contra-o-covid-19-de-oxford.ghtml






O tsunami Jean Wyllys

Foto: Agência Brasil

Por Sergio Viula


Jean Wyllys de Matos Santos, nascido em Alagoinhas (BA) em 10 de março de 1974, é jornalista, professor universitário e exerceu dois mandatos seguidos na Câmara dos Deputados, tendo sido eleito pela primeira vez em 2010. 

Em 2018, Jean foi eleito para seu terceiro mandato, mas decidiu abdicar do cargo antes de assumir a vaga por causa de ameaças de morte contra si mesmo e contra sua família. Seu terceiro mandato começaria em 2019, mas no dia 24 de janeiro deste, Jean anunciou publicamente sua decisão de não voltar ao Brasil, por meio de um comunicado feito através da Folha de São Paulo e de seus canais pessoais nas redes sociais. (https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/01/com-medo-de-ameacas-jean-wyllys-do-psol-desiste-de-mandato-e-deixa-o-brasil.shtml)

Jean Wyllys é filiado ao PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), do Rio de Janeiro, e exerceu seus três mandatos vinculado a esse partido.

O apoio popular a Jean Wyllys foi pequeno no começo, aumentou muito em seguida, mas decresceu em 2018, especialmente depois de uma ampla, contínua e cruel campanha difamatória que caracterizou todo o seu segundo mandato, bem como as eleições para o seu terceiro ciclo legislativo. 


Montanha-russa.

Em 2010, Jean teve sua menor votação, tendo sido beneficiado pelo excelente desempenho de Chico Alencar, também do PSOL. 

Em 2014, decolou, atingindo a marca de sétimo deputado mais votado para o cargo. 

Porém, nas eleições de 2018, Jean foi um dos últimos colocados, mesmo tendo trabalhado sempre com a maior lisura e competência. 

A razão para esse declínio nas urnas deve-se, muito provavelmente, à campanha difamatória que pessoas ligadas à ultra-direita e ao fundamentalismo evangélico e católico, dentro e fora da Câmara, promoveram contra ele.


Desempenho reconhecido

Sobre seu excelente desempenho como deputado, em 2015, a revista britânica The Economist classificou Wyllys como uma das 50 personalidades que mais lutam pela diversidade no mundo. Em 2012 e 2015, Jean foi eleito pelos internautas o melhor deputado federal do Brasil. (http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/11/jean-wyllys-e-incluido-entre-50-nomes-que-defendem-diversidade-no-mundo.html)

2012: https://congressoemfoco.uol.com.br/especial/noticias/e-o-melhor-deputado-em-2012-e-jean-wyllys/

2015: http://www.politicaemfoco.com/jean-wyllys-e-escolhido-o-melhor-deputado-de-2015/


A abdicação do cargo, anunciada por Jean no dia 24 de janeiro, é um sintoma de que o Brasil anda muito doente. Porém, seu suplente, David Miranda, que também é gay, casado com outro homem, pai de dois filhos, e que já foi vereador no Rio de Janeiro, com excelente desempenho e com muita energia para defender pautas genuinamente democráticas, promete fazer a diferença a partir da lacuna deixada pela saída de Jean.

Jean Wyllys informou que seu foco agora estará sobre sua carreira acadêmica fora do Brasil.


David Miranda (esquerda) é casado com o jornalista americano Glenn Greenwald e tem dois filhos, adotados dois anos atrás



A despeito de sua abdicação deste mandato, que começaria agora em 2019, a carreira legislativa de Jean Wyllys deixa um legado de dezenas de projetos de lei apresentados na Câmara dos Deputados. Muitos são de sua exclusiva autoria, mas outros foram produzidos em co-autoria com Chico Alencar, Erika Kokay, entre outros parlamentares.

Destaco abaixo alguns de seus projetos de lei (PL), citando o ano e a condição em que se encontram na Câmara dos Deputados. 

Decidi colocar somente dois projetos de lei apresentados a cada ano (2011-2018), totalizando 16. Porém, ressalto que Jean apresentou muitos outros. 

Vale lembrar que não estou considerando aqui outros tipos de proposições legislativas, tais como PEC (Proposta de Emenda à Constituição), PLP (Projeto de Lei Complementar), etc. 

Trata-se apenas de uma pequena amostra dentre uma ampla variedade de peças legislativas produzidas, além de brilhantes pronunciamentos proferidos pelo deputado ao longo de dois profícuos mandatos (oito anos).

Antes de falarmos dos projetos de lei propriamente ditos, gostaria de sublinhar mais uma coisa: Os leitores interessados em conhecer o inteiro teor de cada projeto apresentado abaixo só precisam clicar nos números que se referem a cada PL, clicando em seguida no link inteiro teor dentro da página do próprio site da Câmara dos Deputados. Lá, poderão ver também quem são os co-autores, quando os houver, além de outras informações.


Alguns projetos de autoria 
ou co-autoria de Jean Wyllys:


PL 771/2011,  que visa a garantir direitos a pessoas com deficiência física e intelectual, inclusive empregabilidade. Ainda em tramitação.
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=495414

PL 2669/2011, que dispõe sobre diretrizes para o tratamento de doenças raras no âmbito do Sistema Único de Saúde. A Câmara arquivou esse projeto de lei, apesar de ser fundamental para pessoas acometidas por doenças raras cujo tratamento não se encontra facilmente. Quando se encontra, os preços na rede particular são proibitivos. Arquivado.
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=937537&filename=PL+2669/2011 

PL 3385/2012, que proíbe a consulta e aplica multa a Pessoa Jurídica de Direito Privado que pesquise em cadastros de inadimplência públicos ou privados nomes de candidatos a emprego para fins de seleção. Ainda em tramitação.
http://www2.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=536323

PL 4211/2012, que regulamenta a atividade dos profissionais do sexo (Lei Gabriela Leite). Aguardando comissão na Câmara.
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=551899

PL 5002/2013, que dispõe sobre o direito à identidade de gênero e altera o art. 58 da Lei nº 6.015 de 31 de dezembro de 1973. Projeto conhecido como Lei João W. Nery. Aguardando Parecer do Relator na Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM)
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=565315

PL 5120/2013, que altera artigos da da Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002, a fim de reconhecer o casamento civil e a união estável entre pessoas do mesmo sexo. Ainda em tramitação.
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=567021

PL 7270/2014, que regula a produção, industrialização e comercialização de Cannabis (maconha). Ainda em tramitação.
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=608833

PL 7412/2014, que permite ao locatário escolher entre as três modalidades de garantia para contratos de aluguel: fiança, caução em dinheiro ou seguro de fiança locatícia. Ainda em tramitação.
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=612693

PL 315/2015, que insere no Decreto-lei n° 2.848 de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal - o crime de enriquecimento ilícito. Ainda em tramitação.
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=946487

PL 592/2015, que dispõe sobre a realização anual de atividades direcionadas ao enfrentamento do HIV/AIDS durante o mês de dezembro. Já transformado em norma jurídica.
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=964469

PL 6005/2016, que institui o programa "Escola livre" em todo o território nacional. Ainda em tramitação.
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=AFBF203AC4637B67A31C71DC0FE55F6A.proposicoesWebExterno2?codteor=1484506&filename=PL+6005/2016

PL 6297/2016, que altera a Lei 10.205, de 21 de março de 2001, que "regulamenta o § 4o do art. 199 da Constituição Federal, relativo à coleta, processamento, estocagem, distribuição e aplicação do sangue, seus componentes e derivados, estabelece o ordenamento institucional indispensável à execução adequada dessas atividades, e dá outras providências". Ainda em tramitação.
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2113829

PL 8181/2017, que revoga a reforma trabalhista efetivada pela lei 13.467, de 3 de julho de 2017, aprovada pelo Congresso Nacional por iniciativa do então presidente Michel Temer. Ainda em tramitação.
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2146736

PL 9208/2017, que altera a Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre o ensino religioso não confessional, de matrícula facultativa. Tem por objetivo, entre outros, garantir a liberdade de consciência e de crença, estabelecida no artigo 5º.  Ainda em tramitação.
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1626695&filename=PL+9208/2017

PL 9576/2018, que altera dispositivo da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 - Lei de Execução Penal e cria espaços de vivência específicos para travestis e transexuais em estabelecimentos penais. Aguardando Parecer do Relator na Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM)
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2168138

PL 11168/2018, que cria a Campanha Permanente de Conscientização e de Enfrentamento ao Assédio e Violência Sexual contra as Mulheres. Aguardando Designação de Relator na Comissão de Viação e Transportes (CVT)
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2188959

Por meio dessa simples amostra, percebe-se a abrangência da luta do deputado para o aprimoramento das relações entre os cidadãos, das relações destes com instituições públicas e privadas, e para a garantia de direitos específicos pertinentes a mulheres, pessoas com necessidades especiais, encarcerados, trabalhadores em regime de CLT, combate à corrupção, garantia da laicidade dos espaços escolares juntamente com o respeito às crenças e à consciência de cada um, direitos das pessoas LGBT, tais como o casamento igualitário e o direito à livre expressão de gênero, tratamento de portadores de doenças raras, conscientização sobre HIV e apoio a soropositivos, liberdade de cátedra nas escolas e universidades, igualdade na triagem e testagem de sangue doado, e por aí vai.


Seminário LGBT na Câmara dos Deputados

Uma das iniciativas mais fantásticas realizadas na Câmara dos Deputados, a despeito das pressões feitas por parlamentares das bancadas fundamentalistas e daqueles ligados a alas ultraconservadoras, foram os Seminários LGBT promovidos por Jean Wyllys com apoio de Erika Kokay e outros deputados e deputadas que entendem a necessidade de se promover a cidadania das pessoas que pertencem a esse segmento estigmatizado e violentado de várias maneiras cotidianamente.

O último Seminário LGBT, realizado com a liderança de Jean Wyllys, foi o 15º, no ano de 2018, justamente o último ano de seu segundo mandato. 

Não deixe de conferir os vídeos e outras informações registrados durante esse evento aqui: 
https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2018/06/veja-como-foi-o-15-seminario-lgbt-do.html

Reiteradas violências

O que fizeram com o deputado Wyllys é de uma violência vil e sem precedentes: ameaças contra ele próprio, mas também contra sua mãe, irmãos e outros familiares, inclusive promessas de estupro e degola. E tais ameaças não partiam de uma fonte única. Elas se tornaram onipresentes. 

Não bastasse isso, o assassinato de Marielle (vereadora do Rio de Janeiro pelo PSOL) e de Anderson (seu motorista) por milicianos, suspeitos de manterem conexões com políticos do próprio Palácio do Planalto, é um grave indício de que a vida do deputado corria risco dentro e fora dos espaços de trabalho. 

Tudo isso somado à difamação e às calúnias continuamente levantadas contra o deputado Jean Wyllys e espalhadas por gente que se empenha em sabotar o projeto civilizatório e democrático, ainda tão incipiente no Brasil, impôs ao deputado uma dura escolha: correr o sério risco de ser morto durante o novo mandato, tendo sua família igualmente atingida, ou deixar o cargo para salvar a própria vida e a de seus entes queridos.


Quem são essas pessoas?

Muito provavelmente, gente que lucra com a miséria e a violência; gente que vampiriza as mentes e os recursos de quem se rende a diversos tipos de fanatismo; gente que propaga o ódio. 

Estas são as pessoas que, por meio de discursos de ódio e de desprezo, abastecem suas próprias mentes doentias e a de outros psicopatas e sociopatas, sejam eles milicianos ou não, com fixações neuróticas contra Jean e tudo o que ele representa. Ao atacarem Jean, atacam a comunidade LGBT, negra, de religiões afro-brasileiras, etc. 

Por meio dessas dinâmicas discursivas, tais doentes mentais e criminosos de carreira sentem-se plenamente legitimados em suas vontades assassinas. Alguns o fazem por fanatismo religioso e preconceitos arraigados em sua cultura, mas outros o fazem por ambição de poder e por dinheiro. Uma coisa, porém, não exclui a outra em muitos casos.

Jean fez bem em tomar a decisão de não retornar ao Brasil por um bom tempo. Seu sangue vale mais vivo e circulando nas veias do que morto e absorvido pelo solo nada gentil dessa pátria que talvez nunca tenha sido mãe de fato. Talvez, apenas uma irresponsável parideira. 

As calúnias são tantas que fica difícil lidar com todas, mas alguns casos foram identificados, documentados e levados ao tribunal. Relembro (abaixo) três deles que foram muito emblemáticos.



Caluniadores condenados na Justiça


1) Alexandre Frota, eleito para deputado federal em 2018: "O deputado federal eleito Alexandre Frota (PSL-SP) foi condenado a dois anos e 26 dias de prisão em regime aberto por injúria e difamação contra o parlamentar Jean Wyllys (PSOL-RJ). Na decisão, a juíza Adriana Freisleben de Zanetti, da 2ª Vara Federal de Osasco (SP), substituiu a pena de prisão por duas restritivas de direitos e também determinou o pagamento de 620 dias-multa de meio salário mínimo (cerca de 295.000 reais). Cabe recurso." (Fonte: Revista Veja - https://veja.abril.com.br/brasil/alexandre-frota-e-condenado-por-injuria-e-difamacao-contra-jean-wyllys/)

2) Padre José Cândido da Silva, do programa Questões de Fé, da TV Horizonte: "O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) condenou o padre José Cândido da Silva a indenizar o deputado federal Jean Wyllys por danos morais, após o clérigo espalhar fake news sobre o parlamentar. (...) O processo movido por Jean Wyllys contra José Cândido é precedente de um caso que aconteceu em 2015, quando o clérigo afirmou no programa 'Questões de Fé', na TV Horizonte, que o parlamentar do PSOL era o autor de um Projeto de Lei (PL) para legalizar a união entre humanos e animais." (Fonte: Catraca Livre - https://catracalivre.com.br/cidadania/padre-e-condenado-a-pagar-r-15-mil-a-jean-wyllys-por-fake-news/)

3) Deputada Carla Zambelli (PSL): "Carla Zambelli foi condenada a pagar R$ 40 mil após afirmar, com 'fake news', que deputado do PSOL defendia pedofilia e, agora, pede ajuda de seguidores (...) A deputada federal eleita por São Paulo, Carla Zambelli (PSL), está promovendo uma ‘vaquinha’ virtual para conseguir o valor de R$ 40 mil que foi condenada a pagar de indenização a Jean Wyllys após vincular o deputado a pedofilia com uma postagem que relacionava o político a uma declaração jamais dita por ele. (...) O falso projeto que jamais existiu, e também envolveu o nome da deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), causou graves transtornos a Wyllys que precisou se manifestar em diversas ocasiões negando a existência do PL. (...)
Na sentença, o juiz Manuel Eduardo Pedroso Barros estipulou o valor de R$ 15 mil que deverá ser pago a Jean." (Fonte: Último Segundo - iG - https://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2019-01-11/carla-zambelli-vaquinha.html)


As reações ao comunicado de Jean

A comoção solidária foi muito grande. Afinal, Jean conquistou amigas e amigos por toda parte, dentro e fora do Brasil. 

Por outro lado, seus inimigos festejaram sua saída como se fosse uma vitória para eles, quando, na verdade, trata-se de uma grande derrota para a democracia brasileira. 

Ver o presidente atual e seus filhos festejarem a inviabilização da atividade de um parlamentar honesto e comprometido com seu ofício, por meio de ameaças de morte outras vilezas, só reforça a ideia de que há algo de muito podre no clã Bolsonaro.

Não apenas isso, mas acompanhar a movimentação de alguns indivíduos ligados ao partido do atual presidente (PSL) e de fundamentalistas evangélicos e católicos (só para citar dois dos mais evidentes e estridentes adversários de Jean), na produção e divulgação de uma nova calúnia contra ele, apenas um dia depois de seu comunicado de auto-exílio, é algo que mentes sadias nunca teriam sequer cogitado, muito menos ajudado a divulgar. Mas esses caluniadores profissionais se superaram. 

O que me espanta é que tal violência renovada deveria mobilizar todo e qualquer cidadão com o mínimo de racionalidade e empatia, mas o que percebi foi que o número de desequilibrados é muito maior do que eu poderia supor.


A mais nova calúnia

No dia 24 de janeiro, Jean informou que não assumiria o novo mandato. Já no dia 25 (apenas um dia depois), a Internet fervilhou com um vídeo publicado pela jornalista Regina Vilella, que teria dito, conforme informa o AM Post, que Jean era o mandante do atentado à faca contra Jair Bolsonaro durante as eleições presidenciais. (https://ampost.com.br/2019/01/jornalista-diz-que-jean-wyllys-e-mandante-de-atentado-a-bolsonaro/)

Trata-se de uma das mais estapafúrdias acusações contra Jean Wyllys, que sempre prezou o respeito pela vida humana, fazendo dos Direitos Universais do Ser Humano seu norte para tudo na vida. 

Não demorou para que fanáticos e bolsominhos de outras feituras aderissem a essa campanha caluniosa.

O vídeo já foi tirado do ar, mas o texto dessa matéria continua acessível aqui: 
https://ampost.com.br/2019/01/jornalista-diz-que-jean-wyllys-e-mandante-de-atentado-a-bolsonaro/

Por ataques difamatórios tão absurdos antes, durante e depois das eleições de 2018, e com a vitória de uma ala fascista que despreza completamente a vida humana e odeia abertamente o deputado Jean Wyllys, o parlamentar não se sente mais seguro para atuar na Câmara dos Deputados, e não dispõe de meios para garantir a segurança de seus familiares, os quais também têm sido ameaçados.


A reação de Bolsonaro e sua cria

Em vez de perderem o sono por causa de uma situação de instabilidade política como essa, o presidente e seus filhos (também políticos) festejaram. Não apenas isso, mas setores do Congresso Nacional também estão calados, o Ministério da Justiça e a polícia federal ainda não se pronunciaram sobre abrir-se uma investigação profunda, e a própria agência de comunicação do governo (a EBC) se omitiu. 

Enquanto isso, vários veículos internacionais deram ampla visibilidade ao caso, assim como diversos setores da mídia nacional. Afinal, trata-se da inviabilização do trabalho e do próprio trânsito cotidiano de um deputado democraticamente eleito. 


Na mídia internacional

1- The New York Times (EUA): “‘Eu preciso permanecer vivo’: Legislador brasileiro gay desiste do cargo em meio a ameaças.” - http://nyti.ms/2MwMNwG

2- Libération (França): “Deputado gay Jean Wyllys se exila após ameaças de morte - https://www.liberation.fr/france/2019/01/25/bresil-le-depute-gay-jean-wyllys-s-exile-apres-des-menaces-de-mort_1705275/

3- Deutsche Welle (Alemanha): “Deputado gay deixa o Brasil após ameaças de morte” - https://www.dw.com/de/homosexueller-abgeordneter-verl%C3%A4sst-brasilien-nach-todesdrohungen/a-47225784

4- Bloomberg (EUA): “Deputado Brasileiro renuncia, citando ameaças de morte” - https://www.bloomberg.com/news/articles/2019-01-24/gay-brazilian-congressman-resigns-his-seat-citing-death-threats

5- The Guardian (Reino Unido): ”Deputado Brasileiro assumidamente gay deixa o trabalho e o país depois de ameaças de morte” - https://www.theguardian.com/world/2019/jan/24/jean-wyllys-brazils-openly-gay-congressman-leaves-job-country-amid-death-threats


O que dizer da comunidade LGBT?

Enquanto isso, muitas pessoas da comunidade LGBT e de organizações que lutam pelos direitos desse segmento populacional se manifestaram solidariamente ao deputado Jean Wyllys. 

Não obstante, houve quem pusesse em dúvida os motivos do parlamentar, desdenhando de sua dor. 

Para entender pelo menos em parte por quê isso aconteceu, basta lembrar que:

1) muitos indivíduos LGBT comuns já foram adulados pelo discurso de ódio de fascistas e fundamentalistas através dos mais diversos meios de comunicação (campanhas feitas por partidos antagônicos ao Jean e ao PSOL, perfis nas redes sociais, igrejas transformadas em plataformas de pregadores de ódio, mídia dominada por pastores fanáticos e corruptos, etc);

2) existem lideranças de organizações LGBT que deveriam priorizar as demandas desse segmento, mas que estão longe de defender os interesses da comunidade sexodiversa e transgênera, tendo sido cooptadas por partidos há muito tempo, muitos dos quais têm interesse no silenciamento de Jean Wyllys, seja pela morte ou pelo exílio. Outras, mesmo sem vínculo partidário, desprezam este ou aquele defensor dos interesses da comunidade LGBT, dependendo de sua filiação política.

3) o nível de conhecimento sobre temas ligados à política, economia, sociedade e especialmente às desigualdades em todos esses campos é baixíssimo no Brasil, inclusive entre muitos LGBT - o que faz com que um grande número de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros permaneça indiferente ao que está acontecendo, ignorando os riscos que todos estamos correndo, mas principalmente os mais vulneráveis entre os segmentos considerados 'minoritários' sob diversos pontos-de-vista.

Devemos resistir sonoramente aos cínicos entre estes, ao mesmo tempo que procuramos esclarecer aqueles que ainda estejam agindo com base em informações falsas.


Até logo, Jean

A esse querido amigo de caráter ilibado e grande promotor dos direitos humanos para todos os humanos, o meu mais sincero abraço com votos de sucesso em sua carreira acadêmica. Que através dela, você continue promovendo as liberdades civis, as políticas afirmativas que visam ao bem-estar da população, o respeito pelo meio ambiente, inclusive no que diz respeito a conjugar avanços tecnológicos com sustentabilidade ambiental, bem como a democracia pluralista que deve caracterizar um Estado laico e de direito. 

E ao querido David Miranda, que agora assume o posto, desejo força, coragem, prudência e muito sucesso na produção de leis que garantam a preservação e o fortalecimento da democracia plena no Brasil.

Beijos coloridos, Jean Wyllys!

Sergio Viula








Quem boicota a campanha de Jean Wyllys: Relato de Bruno Bimbi

https://especiais.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2018/candidatos/rj/deputado-federal/jean-wyllys-5005/


Bruno Bimbi
23/09/18 - via FB.
https://www.facebook.com/bruno.bimbi

Vocês acham que o maior boicote contra a campanha de Jean Wyllys vem dos seguidores de Bolsonaro ou dos pastores fundamentalistas? Não, o principal boicote, infelizmente, vem do PSOL. 

Vem, por exemplo, da galera do “fora todos”, que ainda diz que não foi golpe e que a prisão de Lula é justa, e que acusa o Jean de “petista” por ter se posicionado claramente em defesa da presidenta Dilma e ter denunciado a prisão arbitrária de Lula. 

Vem da esquerda antissemita, que não perdoa ao Jean sua posição equilibrada e em favor do diálogo com as esquerdas israelense e palestina, e que não perdoa, sobretudo, que ele tenha acolhido no PSOL muita militância da esquerda sionista. 

Vem dos sectários que consideram que o PT - e não Temer ou Bolsonaro - é seu pior inimigo, e querem levar o Chico Alencar a uma derrota absurda, rejeitando o segundo voto dos eleitores de Lindbergh em nome de uma coligação que foi pensada com o único objetivo de boicotar a unidade eleitoral da esquerda, numa eleição para o Senado onde podemos terminar elegendo o filho do fascista. 

Vem dos oportunistas sem história e sem ideias (mas com muita grana) que acham que, desconstruindo o Jean com calúnias e fake news, podem conquistar parte dos seus eleitores na comunidade LGBT. 

Vem do candidato que, no segundo turno da eleição para a prefeitura, proibiu que Jean aparecesse no programa de TV, para não perder “o voto evangélico”, e que agora faz de tudo para prejudicar a campanha dele. Hoje, Jean foi recebido com aplausos e centenas de declarações de voto num encontro lotadíssimo do povo de santo, num terreiro da zona oeste da capital, lá onde a esquerda sempre teve tanta dificuldade para chegar. Depois, fez um comício domiciliar, também lotado, em Bangu, onde foi puro amor e reconhecimento. Mais tarde, foi hostilizado, depois de discursar, por um grupelho de sectários, numa plenária da campanha de Boulos. 

O divórcio entre a burocracia e a rua é gritante. Na rua, as pessoas pedem para tirar foto com ele; no partido, ele é tratado como inimigo. Por isso, desesperados, agora até orientam a militância nas banquinhas para pedir aos eleitores que não votem nele, usando todo tipo de argumentos difamatórios. E querem até tirar o Jean do horário eleitoral. 

Diante disso tudo, o Jean precisa não apenas dos votos, mas também de ajuda para enfrentar o boicote. Precisa mesmo de muita ajuda, nessas últimas duas semanas, de todos os que acreditam que o mandato dele é fundamental para enfrentar o fascismo e o fundamentalismo, defender os direitos humanos e as liberdades individuais e ajudar a construir uma esquerda do século XXI, que não abra mão das pautas que poucos têm coragem para defender, como os direitos LGBT, a legalização do aborto e das drogas, os direitos dos povos indígenas, a luta contra o racismo religioso que oprime o povo de terreiro, o reconhecimento dos direitos das prostitutas, a educação sexual inclusiva, a defesa do meio ambiente, etc. 

Se você acredita que é preciso um mandato que defenda tudo isso e que dê voz à comunidade LGBT no Congresso Nacional, não acredite naqueles que dizem que “Jean já está eleito” para convencer os eleitores de não votar nele. Há muita gente trabalhando para impedir que ele seja reeleito, inclusive (talvez, sobretudo) no próprio PSOL. Fale com seus amigos e familiares antes das eleições. Façamos uma corrente contra o ódio, o sectarismo e a homofobia. Precisamos responder a todos esses canalhas nas urnas, com muitos, muitos votos. O número do Jean é 5005.


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Benedita faz comovente discurso no 15º Seminário LGBT do Congresso (2018)

Transcrito por Sergio Viula
para o blog Fora do Armário
a partir de vídeo do canal da Câmara dos Deputados
https://www.youtube.com/watch?v=Q8JLUtKnTXU



Deputada Federal Benedita da Silva na abertura 
do 15º Seminário LGBT do Congresso Nacional, 06/06/2018.


Bom dia a todos e a todas aqui presentes.

Eu não poderia deixar de estar aqui porque tenho convivido com as desigualdades nos direitos das diferenças. E isto me faz, de uma certa forma, querendo ou não, direta ou indiretamente, [estar] compromissada com o que nós chamamos de liberdade, o que nós chamamos de democracia, o que nós chamamos de fraternidade, o que nós chamamos de companheirismo. E nesta Casa, encontrei um amigo, alguém que me representa, porque não posso e não devo, como tantos no Congresso Nacional Brasileiro, desfazer-me da minha identidade. E não o faço a partir dos meus familiares.

E nessa manhã, eu quero dar o meu abraço fraterno e companheiro a Jean Wyllys - este homem, nesta Casa, que representa o que se tem de mais - mais é aquilo que a gente pode ver como companheirismo nas horas difíceis do mundo, nas horas difíceis do Brasil e nas horas difíceis das nossas vidas. É alguém com quem você pode se sentar, como no meu caso, evangélica, e podermos trocar ideias, falarmos das nossas diferenças, nos respeitarmos e prosseguirmos.

Então, nós devemos, nesta Casa, a ele este companheirismo porque há de se ter coragem para combater a discriminação, para combater a exclusão, para combater a LGBTfobia, para combater o racismo. E nós encontramos neste companheiro, nesse grande deputado federal, que para nós não representa apenas o estado do Rio de Janeiro; representa uma causa brasileira, da qual nós temos nos esquivado de fazer o grande debate para que esse Brasil plural possa ter e dar continuidade nesta chamada igualdade nas diferenças.

Mas quero dizer, sobretudo, Jean Wyllys, que me chamou muito atenção o tempo de nossas vidas que geralmente nós tratamos como se fôssemos iguais, como se nós não tivéssemos as nossas diferenças, que nos levam a ter problemas que [outros] criam para nós nessas nossas diferenças. Então, a saúde, é muito importante, mas esse tema, incluído na saúde, nós sabemos que ainda precisamos amadurecer. E nós não tratamos da saúde e do bem-estar na hora do envelhecimento. Nós temos toda uma vida que deve ser respeitada, perseguida, desde a nossa infância.

E por isso, eu estou aqui para trazer o meu abraço. Porque eu, Jean Wyllys, como tantas outras famílias nesta Casa, também temos os chamados problemas familiares. Eu quero apenas concluir dando o meu testemunho.

Minha família, negra, alguns não vieram no mesmo navio, e tivemos, portanto, pensamentos diferenciados. E não poderia também fazer uma séria cobrança, na medida em que todos nós recebemos, sem dúvida alguma, aquela cultura do machismo, do racismo, independente do nosso sexo ou da cor da nossa pele.

E a minha família quando teve que enfrentar nesse momento, na nossa família, LGBT feminino e feminina, foi um desastre para a minha cabeça de mulher cristã, foi um desastre para a minha cabeça de gente, porque quando nasceu aquela menina, ou quando nasceu aquele menino, na minha família, eu tive tanto amor, eu tive tanto carinho, eu festejei a chegada dele. [voz emocionada] E num momento em que ele toma suas decisões em sua vida, eu boto para fora. Porque é assim que muitas famílias ainda, mesmo sendo negras discriminadas, quando se deparam com esta realidade, elas põem para fora.

E eu vivi momentos terríveis no combate ao machismo, ao racismo, com alguém que eu amo até hoje e que já está se definhando agora porque tem um câncer - é meu sobrinho, o Tobias. [voz emocionada]

E quando eu vi colocá-lo para fora, quando eu vi que ninguém mais dava atenção - os irmãos -, e a mãe que não reagia, eu pude colocá-lo em meu colo e dizer: Você vai morar comigo e nós vamos enfrentar juntos esse momento.

Hoje, tenho uma família mais orientada, um pouco mais orientada, mas foi extremamente difícil.

E é assim que eu te vejo Jean, chegando nessa Casa com toda sua competência. Você é um homem que é desrespeitado - porque você é desrespeitado por alguns, principalmente por aqueles que não têm a cultura sua, que não têm o seu conhecimento, que não têm a sua ideologia - e que fazem do seu momento um momento de se esconder, é uma cortina que se cria porque não têm coragem de abraçar uma causa, denunciá-la e se comprometer com ela.

Um grande abraço para todos vocês, muita saúde, muita vida e um envelhecimento saudável. (aplausos)



Ao final de sua fala, Benedita e Jean Wyllys
se abraçaram carinhosamente.



15º Seminário LGBT do Congresso Nacional - veja presenças confirmadas

Jean Wyllys e equipe convida:



ASSISTA ONLINE AO VIVO AQUI:

Youtube da Câmara dos Deputados transmitirá.

https://www.youtube.com/channel/UC-ZkSRh-7UEuwXJQ9UMCFJA


Para quem desejar comparecer pessoalmente, a entrada é gratuita.


Se você quiser receber um certificado de participação, faça aqui sua inscrição: 
https://www.camara.leg.br/eventos-divulgacao/evento?id=51146


Andrey Lemos é presidente nacional da União Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – União Nacional LGBT - e é um dos palestrantes do nosso 15º Seminário LGBT do Congresso Nacional.


Ana Brocanelo é uma advogada especialista em Direito de Família, Sucessões e Direito Homoafetivo, cujo escritório presta serviço a famílias e indivíduos LGBT do ponto de vista dos direitos de família, heranças e causas trabalhistas. A Drª Brocanelo é uma das palestrantes do nosso 15º Seminário LGBT do Congresso Nacional​, que acontece na próxima semana, no dia 06 de junho. Neste ano, lançaremos nossos olhos para o tempo de nossas vidas e abordaremos diversos aspectos de como é envelhecer sendo LGBT quando conseguimos sobreviver aos desafios que enfrentamos para ser quem somos.



João W. Nery é psicólogo, professor universitário, psicoterapeuta e consultor em gênero e sexualidade, especializado em Sexologia pelo Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE). Autor do livro "Viagem Solitária: memórias de um transexual trinta anos depois (Leya, 2011)", é o primeiro homem trans a se submeter a cirurgia de redesignação de gênero no Brasil, dá nome ao projeto de lei de Identidade de Gênero (PL 5002/2013) e é um dos palestrantes do nosso 15º Seminário LGBT do Congresso Nacional, que acontece na próxima semana, no dia 06 de junho.


Carlos Eduardo Henning é antropólogo, professor no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) da Universidade Federal de Goiás (UFG), pesquisador do Ser-Tão - Núcleo de Estudos e Pesquisas em Gênero e Sexualidade e é um dos palestrantes do nosso 15º Seminário LGBT do Congresso Nacional, que acontece na próxima semana, no dia 06 de junho.


Ludgleydson Fernandes de Araújo​ é professor da Universidade Federal do Piauí (UFPI), pesquisador nas áreas de psicologia social e psicogerontologia, e também é um dos palestrantes do nosso 15º Seminário LGBT do Congresso Nacional​ do Congresso Nacional, que acontece na próxima semana, no dia 06 de junho.


Elcimar Bitencourt é Procurador do Trabalho em Mato Grosso, criador do Projeto Transformando Vidas em Rondonópolis, que tem a finalidade de capacitar trabalhadoras trans em estética e empreendedorismo. Membro do Grupo de Trabalho do MPT responsável pela elaboração de Projeto Nacional de Empregabilidade para a População LGBT, também é presença confirmada como um dos palestrantes do nosso 15º Seminário LGBT do Congresso Nacional, que acontece na próxima semana, no dia 06 de junho.



Heliana Hemeterio Dos Santos é historiadora pós-graduada pela UFRJ, tem especialização em Gênero, Raça e Sexualidade com foco na violência racista e homofóbica. É conselheira nacional de saúde, vice-presidenta da ABGLT, membro da Rede de Mulheres Negras, do Coletivo de Lésbicas Negras e é uma das palestrantes do nosso 15º Seminário LGBT do Congresso Nacional, que acontece na próxima semana, no dia 06 de junho.



Heliana Hemeterio Dos Santos é historiadora pós-graduada pela UFRJ, tem especialização em Gênero, Raça e Sexualidade com foco na violência racista e homofóbica. É conselheira nacional de saúde, vice-presidenta da ABGLT, membro da Rede de Mulheres Negras, do Coletivo de Lésbicas Negras e é uma das palestrantes do nosso 15º Seminário LGBT do Congresso Nacional, que acontece na próxima semana, no dia 06 de junho.



Rogerio Pedro é o idealizador e presidente da ONG Eternamente SOU, fundada em 2017, para a implantação de serviços e projetos voltados ao atendimento psicossocial de pessoas idosas LGBTI60+, e também é um dos palestrantes do nosso 15º Seminário LGBT do Congresso Nacionaldo Congresso Nacional, que acontece depois de amanhã, no dia 06 de junho.


Bayard Tonelli é ator, poeta, tradutor, diretor de arte, coreógrafo, e um dos fundadores do histórico e antológico grupo artístico Dzi Croquettes. Participou de cerca de 25 longas-metragens e inúmeras curtas no cinema nacional, desempenhando as mais diferentes funções e também é um dos palestrantes do nosso 15º Seminário LGBT do Congresso Nacional, que acontece AMANHÃ, quarta, dia 06 de junho.


Fernandes.beth.fernandes é especialista em Administração Educacional, Planejamento Educacional e Psicologia Clínica junguiana, mestre em Saúde Mental pela Universidade de Campinas (Unicamp), presidente do Fórum de Transexuais de Goiás, coordenadora da ASTRAL/GO e também é uma das palestrantes do nosso 15º Seminário LGBT do Congresso Nacional, que acontece AMANHÃ, quarta, dia 06 de junho.

Dr. Fernando Ferry é mestre e doutor pela UFRJ, clínico especialista em AIDS, diretor geral do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle. Professor associado IV de Clínica Médica e AIDS ,coordenador do Programa de Pós-Graduação (Mestrado) em Infecção HIV/AIDS e Hepatites Virais da Escola de Medicina e Cirurgia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. E também é uma das palestrantes do nosso 15º Seminário LGBT do Congresso Nacional, que acontece AMANHÃ, quarta, dia 06 de junho.


Raicarlos Durans é um homem trans militante de direitos humanos, conselheiro de saúde no município de Marituba (PA), um dos responsáveis pela articulação que resultou na criação do “processo transexualizador” do Ministério da Saúde no Estado do Pará e também é um dos palestrantes do nosso 15º Seminário LGBT do Congresso Nacional, que acontece AMANHÃ, quarta, dia 06 de junho.


15º SEMINÁRIO LGBT DO CONGRESSO NACIONAL DISCUTE DESAFIOS DA VELHICE

Saiba mais aqui:
https://www.facebook.com/events/183156352343264/


Jean Wyllys‏
@jeanwyllys_real


Vem aí o 15º Seminário LGBT do Congresso Nacional, que acontece dia 6/6. Neste ano em que o seminário debuta, lançaremos nossos olhos para o tempo de nossas vidas e abordaremos diversos aspectos de como é envelhecer sendo LGBT quando conseguimos sobreviver.


SEMINÁRIO LGBT DO CONGRESSO NACIONAL DISCUTE DESAFIOS DA VELHICE EM SUA 15ª EDIÇÃO

Evento acontece com o título de O tempo de nossas vidas – Saúde, Bem-estar, Envelhecimento e Morte na Perspectiva da Comunidade LGBT, no dia 6 de junho, na Câmara dos Deputados

O 15º Seminário LGBT do Congresso Nacional reunirá na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), no dia 6 de junho, um grupo seleto de estudiosos e especialistas dos mais variados campos acadêmicos para tratar da questão do envelhecimento no que diz respeito a este segmento específico da população brasileira, e aos desafios relacionados a esta etapa da vida. O tema coincide com a promulgação da Lei 13.646/18, que declara 2018 o Ano de Valorização e Defesa dos Direitos Humanos da Pessoa Idosa.

Com o título de O tempo de nossas vidas – Saúde, Bem-estar, Envelhecimento e Morte na Perspectiva da Comunidade LGBT, esta edição do seminário levantará questões importantes nem sempre discutidas no âmbito da segurança pública, saúde, assistência social e psicológica, moradia, cultura, entre outros.

Entre essas questões estão as seguintes: como ampliar a expectativa de vida de LGBTs, especialmente gays afeminados, lésbicas masculinizadas, e travestis e transexuais pobres? Os corpos que passam por transição, no caso da população T, demandam atenção especial? Isso está previsto em políticas públicas de saúde? Quais os impactos psicossociais para aqueles que têm que retornar para a família e, muitas vezes, “ao armário”, por conta da dependência financeira? E os aspectos emocionais e psicológicos do envelhecimento, como se apresentam?

No Brasil, ainda são escassas as pesquisas diretamente relacionadas à saúde da população LGBT idosa, assunto que está sendo mais bem estudado nos Estados Unidos, num campo denominado gerontologia LGBT. Estudo encomendado pelo PSOL na Câmara aos consultores da Casa reúne alguns dados sobre este e outros aspectos, e está disponível para a imprensa.

Vale ressaltar a importância de se priorizar a coleta de dados e a realização de estudos acerca da população idosa LGBT no Brasil. A inexistência de dados oficiais sobre do tema deve servir de grande alerta. Sem eles, torna-se extremamente prejudicada a possibilidade de se conhecerem as condições de vida e as necessidades dessa parcela da população. Isso prejudica também a capacidade de desenvolver políticas públicas apropriadas.

‘Talk show’

Este ano será mantido o formato de talk show, com quatro rodadas trazendo nomes importantes como o desembargador Roger Raupp Rios, o escritor Silviano Santiago, o ator e dançarino Bayard Tonelli (do antológico grupo Dzi Croquettes), o escritor João W. Nery (primeiro homem trans a passar pelo processo de transição no Brasil, ainda na década de 70), o antropólogo Carlos Eduardo Henning (pesquisador do Ser-Tão - Núcleo de Estudos e Pesquisas em Gênero e Sexualidade da Universidade Federal de Goiás), Rogério Pedro (fundador da ONG Eternamente Sou), a advogada Margarida Pressburger (OAB-Rio), entre outros (veja programação).

O seminário tem coordenação geral do deputado federal Jean Wyllys (PSOL/RJ), com apoio dos parlamentares Erika Kokay (PT/DF), Danilo Cabral (PSB/PE), Glauber Braga (PSOL/RJ), Alice Portugal (PCdoB/BA), Edmilson Rodrigues (PSOL/PA), Luiz Couto (PT/PB), Janete Capiberibe (PSB/AP), Angelim (PT/AC), Luiza Erundina (PSOL/SP), além dos senadores Lindbergh Farias (PT/RJ), Lídice da Matta (PSB/BA) e Marta Suplicy (PMDB/SP).

Os traslados e hospedagens dos convidados participantes do seminário são custeados pelas comissões de Seguridade Social e Família, Legislação Participativa, Direitos Humanos e Minorias, de Cultura (todas na Câmara dos Deputados), e de Assuntos Sociais e Direitos Humanos (no Senado Federal) onde foram aprovados os requerimentos que viabilizam sua realização sob a chancela do Congresso Nacional.

SERVIÇO:

XV Seminário LGBT do Congresso Nacional
Data: 6 de junho de 2018
Local: Auditório Nereu Ramos (Câmara dos Deputados)


Informações: (61) 3215-9837 / 3215-5646
https://www.facebook.com/events/183156352343264/

Lançamento da pré-candidatura de Jean Wyllys - 2018


É coletivamente que podemos ousar ter uma esperança corajosa. Por isso me coloco mais uma vez como pré-candidato a deputado federal e convido todas e todos para o ato de lançamento dessa caminhada, que só é possível se for ao lado de vocês. 
https://www.facebook.com/events/372080116608793/




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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Precisamos manter esse guerreiro dos direitos humanos e de outras pautas importantíssimas na Câmara dos Deputados em Brasília. Não podemos deixar aquela casa ser dominada por retrógrados e fundamentalistas.


Cidadania TRANS no 14º Seminário LGBT do Congresso Nacional



Cidadania TRANS é o tema principal da 14º Seminário LGBT do Congresso Nacional

O evento acontece no dia 13 de junho (terça-feira), no Auditório Nereu Ramos, no Anexo 2 da Câmara dos Deputados

A importância de cada vida humana, mas especialmente daquelas sobre as quais pesam o preconceito, a violência, a negação da sociedade em quase todos os campos, incluindo o mercado de trabalho e o acesso à educação, são alguns dos vários aspectos a ser abordados no 14º Seminário LGBT do Congresso Nacional. Em 2017, o evento terá como tema “TRANSição Cidadã – Nossas vidas importam”. Como em todos os anos, o seminário é aberto ao público e acontece das 9h às 18h no Auditório Nereu Ramos, no dia 13 de junho (terça-feira), no Anexo 2 da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF).

Entre os convidados do seminário, lideranças de entidades de defesa pelos direitos de pessoas transexuais e travestis, e também de gays, lésbicas e bissexuais, como o Instituto Brasileiro de Transmasculinidade (Ibrat), a Forum Nacional de Travestis e Transexuais Negras e Negros (Fonatrans), Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Fórum Nacional de Educação, Associação Brasileira de Famílias Homoafetivas (ABRAFH), Rede Afro LGBT, Universidade de Brasília (UnB), Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), além do Conselho Federal de Psicologia e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

O seminário terá como atividade cultural uma exposição de arte produzida por e sobre pessoas trans. A arte é o meio catalisador que reúne as expressões e representações mais visíveis do universo gay, lésbico, transexual e de indivíduos que não se enquadram nos padrões da nossa sociedade.

A exposição “É tudo nosso” é um pequeno recorte da produção de artistas do Distrito Federal e de outros estados que com seus trabalhos chamam atenção para os direitos básicos que são negados às minorias. A mostra, que tem curadoria de Clauder Diniz, transita entre o erotismo, a denúncia, o ativismo, o afeto e a poesia, e poderá ser vista na Casa da Cultura da América Latina, em Brasilia, entre os dias 13 e 28 de junho.

São 18 artistas, como Christus Nóbrega, Alair Gomes, António Obá, Odinaldo Costa, João Henrique, Léo Tavares e Rosa Luz, com trabalhos em fotografia, vídeo-performance, pinturas, arte eletrônica e desenho.

Toda a sociedade é convidada a participar deste momento de luta pela plena inclusão da população LGBT na comunidade de direitos, independentemente de orientação sexual e identidade de gênero.

Mais informações: (61) 3215-5646/9978


XIV Seminário LGBT do Congresso Nacional – TRANSição Cidadã: Nossas Vidas Importam!

Data: 13 de junho de 2017 no Auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados

9h - Mesa Solene de Abertura

Mestre de Cerimônias: Rosa Luz

Presidentes das Comissões

Parlamentares Requerentes do Seminário

Lideranças Sociais LGBT

Ângela Pires Terto - Campanha Livres & Iguais - ONU Brasil

9h15 - Apresentação do Hino Nacional:  Valeria Houston

Saudação dos parlamentares e lideranças que compõe a mesa de abertura

11h: 1ª Rodada

Transição cidadã em tempos de crise

Crises econômica, institucional, ambiental; transformações na política, recrudescimento do conservadorismo em nível mundial; terceirização, ameaças aos direitos trabalhistas, reformas constitucionais; desmonte do Estado de proteção social e os impactos na cidadania LGBT.

- Andrey Lemos - Mediador

Presidente nacional da União Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – UNALGBT.

- Thais Paz

Coletivo LGBT Sem Terra -  MST.

- Marina Reidel

 Coordenação LGBT do Ministério dos Direitos Humanos.

- Dom Maurício

Bispo da Diocese Anglicana de Brasília.

- Sandra Sposito

Conselho Federal de Psicologia – CFP.

14h30: 2ª Rodada

Nossas vidas importam!

Violência LGBTfóbica com enfoque em transfobia, lesbofobia, feminicídio e racismo; violência institucional; crimes de ódio; vulnerabilidade dos corpos LGBT.

- Marcelo Caetano – Mediador

Professor na Faculdade de Direito da Universidade de Brasília - UnB.

- Silvia Cavalleire

União Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – UNALGBT.

- Evelyn Silva

Associação Lésbica de Brasília - COTURNO DE VÊNUS.

Eliane Dias

Rede Nacional de Negras e Negros LGBT - Afro LGBT.

- Valdenízia Peixoto

Professora do Departamento de Serviço Social da Universidade de Brasília -  UnB.

- Guilherme Almeida

Professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ.

17 horas: 3ª Rodada

Vai ter gênero, sim! Caminhos para superação da propaganda fundamentalista da “ideologia de gênero” a partir da afirmação da cidadania LGBT; o lugar da escola e da família nesse desafio; propostas de políticas que garantam direito à identidade, à educação, ao trabalho, à saúde, à cultura, à segurança, à representação.

- Cristal Lopez – Mediadora

Cantora e ativista LGBT

- Ludymilla Santiago Dias

Fórum Nacional de Travestis e Transexuais -  FONATRANS.

- Professora Alexya Salvador

Associação Brasileira de Famílias Homoafetivas – ABRAFH.

- Adriana Sales

Associação Nacional de Travestis e Transexuais – ANTRA.

- Representante do Fórum Nacional de Educação

-  Alcemir Freire

Gerente de diversidade da Fundação de Desenvolvimento da Criança e do Adolescente/PB – FUNDAC.

- Theo Silveira

Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT.

- Jaqueline Gomes

Conselho Federal de Psicologia.



IDAHOT NA CÂMARA DOS DEPUTADOS FEDERAIS - VÍDEOS


Deputado Paulão, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias 
da Câmara dos Deputados Federais



Por Sergio Viula


No dia 17 de maio de 2017, o Deputado Jean Wyllys e a Deputada Erika Kokay promoveram uma sessão solene e a projeção do filme HOMENS DE BEM, seguida de uma mesa com filósofa e articulista Marcia Tiburi e com os diretores do documentário “Entre os Homens de Bem”, Carlos Juliano Barros; e Caio Cavechini.

Mais tarde, na plenária, Jean se pronunciou sobre o Dia de Combate à LGBTfobia e a necessidade da Câmara reconhecer e proteger os direitos dos cidadãos LGBT, obtendo uma declaração de compromisso por parte do deputado Rodrigo Maia, que havia adiado várias vezes o encontro com lideranças LGBT que o aguardavam naquela Casa por ocasião dos eventos, compromisso esse que se refere a pautar os temas que são encaminhados à votação no tocante a questões de relevância para a comunidade LGBT.


DIREITOS HUMANOS
http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/hometematica/6-DIREITOS-HUMANOS.html

17/05/2017 - 09h06


Direitos Humanos debate crimes contra LGBTs


A Comissão de Direitos Humanos e Minorias realiza audiência pública, nesta quarta-feira (17), sobre o Dia Internacional Contra a LGBTfobia, contra os crimes de ódio e em homenagem a Renildo José dos Santos. Santos, homossexual assumido, era vereador do município de Coqueiro Seco, em Alagoas, e foi barbaramente assassinado em 1993.

O debate foi sugerido pelo deputado Paulão (PT-AL). Ele lembra que, no dia 4 de junho de 2010, foi assinado o decreto presidencial que excluiu a homossexualidade da classificação internacional de doenças (CID). “O dia passou a constituir-se num marco da mobilização nacional pelo fim do preconceito”, afirma.

Segundo o parlamentar, um levantamento do Grupo Gay da Bahia aponta que mais de 5.000 pessoas foram assassinadas nos últimos anos por causa de sua orientação sexual e identidade de gênero. Além disso, de 2013 a 2014, um gay foi morto a cada 28 horas no País, e em 2016, foram registrados 312 homicídios de LGBTs.

“A audiência pública será uma oportunidade para as redes nacionais e órgãos de estado apresentarem aos parlamentares suas análises e possíveis soluções a esse grave quadro de violação de direitos humanos”, afirma o parlamentar.

Foram convidados:

- a procuradora federal dos Direitos do Cidadão (MPF), Deborah Duprat;
- a representante do Grupo de Resistência de Travestis e Transexuais da Amazônia (Gretta), Symmy Larrat;
- o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas Gays Bissexuais Travestis e Transexuais, Carlos Magno;
- a secretária-geral da Aliança Nacional LGBTI, Patrícia Mannaro;
- o defensor regional de Direitos Humanos no DF, Eduardo Nunes de Queiroz;
- o diretor do documentário "Entre homens de bem", Carlos Juliano Barros;
- o presidente do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos LGBT, José Carlos Bueno do Prado.
O debate será realizado às 14 horas, no plenário 9.

Da Redação - RL


Fonte dessa matéria: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/DIREITOS-HUMANOS/534526-DIREITOS-HUMANOS-DEBATE-CRIMES-CONTRA-LGBTS.html

Congresso Nacional promove atividades abertas ao público pelo Dia Internacional de Luta contra a LGBTfobia

Congresso Nacional promove atividades abertas ao público pelo
Dia Internacional de Luta contra a LGBTfobia




O 17 de Maio – data mundialmente conhecida como Dia Internacional de Luta contra a Homofobia – este ano será celebrado em Brasília com ampliações semântica e cronológica. Semântica, porque a data, que ocorre oficialmente nesta quarta-feira, está sendo chamada de Dia Internacional de Luta contra a LGBTfobia, como forma de abarcar toda a população-alvo de discriminação. E cronológica porque as atividades promovidas pela Câmara dos Deputados e o Senado Federal ocorrem até o dia 18 (quinta-feira).

Historicamente, o Dia Internacional de Luta contra a Homofobia foi instituído em 1990, quando a Organização Mundial de Saúde excluiu o item “homossexualidade” da sua Classificação Internacional de Doenças (a conhecida sigla CID). Desde então, a data tornou-se um marco do enfrentamento contra a discriminação não só de pessoas homossexuais (gays e lésbicas), mas também de bissexuais, travestis e transexuais (pessoas trans) – embora estas últimas ainda constem na mesma lista estigmatizante como portadoras de transtorno.

Quase três décadas depois, a tentativa de patologização da população LGBT ainda se faz presente no Congresso Nacional brasileiro através da estúpida proposta legislativa popularmente conhecida popularmente como "cura gay". Com ela, alguns parlamentares da bancada fundamentalista cristã pretendem derrubar a resolução do Conselho Federal de Psicologia que proíbe falsas terapias que prometem qualquer tipo de “conversão sexual”.

Além de ofender a dignidade e cidadania de grande parte da sociedade brasileira, essa proposta serve como palanque midiático e eleitoreiro para setores atrasados, reacionários e violentos da população do Brasil. Enquanto o Parlamento se recusa a reconhecer a dignidade dessas pessoas no texto da lei, promove-se uma verdadeira caça às bruxas contra qualquer política que vá na contramão deste retrocesso.

Por isso, toda a sociedade é convidada a participar deste momento de luta pela plena inclusão da população LGBT na comunidade de direitos, independentemente de orientação sexual e identidade de gênero.

Café da manhã

O dia de atividades começa às 8h30, com um café da manhã entre lideranças LGBT e parlamentares para lançar o XIV Seminário LGBT do Congresso Nacional e discutir a agenda legislativa pelos direitos LGBT na atual conjuntura do Congresso Nacional e do país. Em seguida, às 10h30, a Comissão de Assuntos Sociais do Senado realiza uma audiência pública sobre o Dia Internacional de Enfrentamento à Homofobia e Transfobia.

Na parte da tarde, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara discutirá os crimes de ódio em uma audiência que começa às 14h e homenageará o vereador Renildo José dos Santos, barbaramente assassinado em 1993 em Coqueiro Seco, Alagoas.


Exibição de documentário

A programação do primeiro dia se encerra com uma sessão de cinema promovida pela Comissão de Legislação Participativa da Câmara com a exibição do documentário "Entre Homens de Bem" no Plenário 2 do Anexo II da Câmara dos Deputados. Escolhido como o melhor filme pelo júri popular do Festival Mix Brasil, o documentário consiste em um retrato fiel e instantâneo destes tempos belicosos e instigantes. Durante quatro anos, os diretores colheram material audiovisual nas dependências da própria Câmara dos Deputados, num registo cinematográfico que mostra sem retoque o avanço do conservadorismo e do fundamentalismo religioso, desde 2013, quando a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados ficou sob jugo da bancada fundamentalista cristã.

A entrada é gratuita e, após a exibição, acontecerá um bate-papo com o deputado federal Jean Wyllys, a filósofa e articulista Marcia Tiburi e os diretores do filme, Carlos Juliano Barros e Caio Cavechini.

Quem não puder conferir nenhuma das atividades realizadas neste dia 17 poderá participar do Seminário de Combate à LGBTfobia que acontecerá na manhã da quinta-feira (18), no Interlegis, localizado no SAFN (Anexo "E" do Senado Federal), que abordará o enfrentamento à discriminação de LGBTs nos âmbitos dos executivos, legislativo e também através das instâncias partidárias.

Mais informações: (61) 3215-5646


PROGRAMAÇÃO


17/05


- 8h30: Café da manhã com lideranças LGBT e parlamentares para lançamento do XIV Seminário LGBT do Congresso Nacional – TRANSição Cidadã: Nossas Vidas Importam! e discussão da agenda legislativa pelos direitos LGBT, na atual conjuntura do Congresso Nacional e do País.
Local: Auditório Freitas Nobre, Subsolo, Anexo IV, da Câmara dos Deputados.


- 10h30: Audiência Pública sobre o Dia Internacional de Enfrentamento à Homofobia e Transfobia
Local: Plenário 09, da Ala Senador Alexandre Costa, Anexo II do Senado Federal


Convidados:


FLÁVIA PIOVESAN - Secretária Especial de Direitos Humanos do Ministério da Justiça e Cidadania;


TONI REIS - Secretário de Educação da ABGLT – Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, Diretor Presidente da Aliança Nacional LGBTI;


RAFAELLY WIEST - Presidente do Transgrupo Marcela Prado, Diretora Administrativa da Aliança Nacional LGBTI;


PATRÍCIA MANNARO - Secretária Geral da Aliança Nacional LGBTI.


- 14h: Audiência Pública pelo Dia Internacional Contra a LGBTfobia contra os crimes de ódio e em homenagem a Renildo José dos Santos
Local: Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Plenário 9, Anexo II da Câmara dos Deputados.


Convidados:


SYMMY LARRAT - Representante do Grupo de Resistência de Travestis e Transexuais da Amazônia (GRETTA);


CARLOS MAGNO - Presidente da Associação Brasileira de Lésbicas Gays Bissexuais Travestis e Transexuais;


PATRÍCIA MANNARO - Secretária-geral da Aliança Nacional LGBTI;


DEBORAH DUPRAT - Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão (MPF);


EDUARDO NUNES DE QUEIROZ - Defensor Regional de Direitos Humanos no Distrito Federal;


CARLOS JULIANO BARROS (a confirmar) – Cineasta, diretor do documentário “Entre homens de bem”;


JOSÉ CARLOS BUENO DO PRADO - Presidente do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos LGBT;


- 19h: Exibição do Documentário “Entre Homens de Bem” e debate com a filósofa Marcia Tiburi, o deputado Jean Wyllys (PSOL/RJ) e os diretores Caio Cavechini e Carlos Juliano Barros
Local: Plenário 02, Anexo II da Câmara dos Deputados


18/05


- 9h: Seminário de combate à LGBTfobia. Abertura com Jane di Castro entoando o Hino Nacional, seguida de fala do Ministro da Cultura Roberto Freire
Local: Interlegis - SAFN (Anexo "E" do Senado Federal)


Mesa I - Combate à LGBTfobia no Legislativo
- 9h20 - Senador Cristovam Buarque
- 9h40 -Senadora Marta Suplicy
- 10h - Deputado Jordy - Líder da bancada do PPS
- 10h10 - Deputada Polyana Gama
- 10h20 – Seminário abre espaço para o plenário


Mesa II - Combate à LGBTfobia no Executivo
- 10h45 - MEC - Secretaria de educação Ivana de Siqueira
- 10h55 - SDH – Sec. de Cidadania Flavia Piovesan
- 11h05 - CNCD LGBT
- 11h15- Secretária de políticas para mulheres – Fátima Pelaes
- 11h25- Abre para plenário


Mesa III - Projetos de enfrentamento à LGBTfobia
- 11h40 - Atila Nunes
- 11h50 - Carlos Tufvesson
- 12h00 - Soninha Francine
- 12h10 - Abre para plenário


Mesa IV – Os partidos como ferramenta de enfrentamento à LGBTfobia


- 12h30 - André Pomba
- 12h40 - Marcos Fernandes
- 12h50 - Eliseu Neto

PLENÁRIA FINAL


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DIREITOS HUMANOS

http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/hometematica/6-DIREITOS-HUMANOS.html


17/05/2017 - 09h06


Direitos Humanos debate crimes contra LGBTs



A Comissão de Direitos Humanos e Minorias realiza audiência pública, nesta quarta-feira (17), sobre o Dia Internacional Contra a LGBTfobia, contra os crimes de ódio e em homenagem a Renildo José dos Santos. Santos, homossexual assumido, era vereador do município de Coqueiro Seco, em Alagoas, e foi barbaramente assassinado em 1993.
O debate foi sugerido pelo deputado Paulão (PT-AL). Ele lembra que, no dia 4 de junho de 2010, foi assinado o decreto presidencial que excluiu a homossexualidade da classificação internacional de doenças (CID). “O dia passou a constituir-se num marco da mobilização nacional pelo fim do preconceito”, afirma.

Segundo o parlamentar, um levantamento do Grupo Gay da Bahia aponta que mais de 5.000 pessoas foram assassinadas nos últimos anos por causa de sua orientação sexual e identidade de gênero. Além disso, de 2013 a 2014, um gay foi morto a cada 28 horas no País, e em 2016, foram registrados 312 homicídios de LGBTs.

“A audiência pública será uma oportunidade para as redes nacionais e órgãos de estado apresentarem aos parlamentares suas análises e possíveis soluções a esse grave quadro de violação de direitos humanos”, afirma o parlamentar.

Foram convidados:

- a procuradora federal dos Direitos do Cidadão (MPF), Deborah Duprat;
- a representante do Grupo de Resistência de Travestis e Transexuais da Amazônia (Gretta), Symmy Larrat;
- o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas Gays Bissexuais Travestis e Transexuais, Carlos Magno;
- a secretária-geral da Aliança Nacional LGBTI, Patrícia Mannaro;
- o defensor regional de Direitos Humanos no DF, Eduardo Nunes de Queiroz;
- o diretor do documentário "Entre homens de bem", Carlos Juliano Barros;
- o presidente do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos LGBT, José Carlos Bueno do Prado.
O debate será realizado às 14 horas, no plenário 9.


Da Redação - RL

Fonte dessa ma´téria: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/DIREITOS-HUMANOS/534526-DIREITOS-HUMANOS-DEBATE-CRIMES-CONTRA-LGBTS.html


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