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Cinco anos hoje!

Andre e eu em Gramado (2018)



Por Sergio Viula



Hoje, Andre e eu fazemos cinco anos juntos! Nosso encontro aconteceu exatamente num domingo, dia 07 de fevereiro, só que em 2016, em Belo Horizonte. Era carnaval. De lá para cá, foram muitas experiências vividas juntos.

Esse post, originalmente, continha diversos vídeos, mas com a extinção do meu canal anterior no YouTube, eles se perderam. Decidi, porém, manter essa postagem, uma vez que ela registra um momento importante das nossas vidas e da nossa relação.

Andre e Sergio: Quatro anos hoje!

Por Sergio Viula



Andre e eu no Rio, 2018





Se voltássemos no tempo até 2016, hoje seria domingo de carnaval, não apenas uma sexta-feira de trabalho. 

Dias antes daquele 07 de fevereiro, eu tinha acabado de voltar de uma viagem a João Pessoa. Dias depois de entar em casa, estando ainda de férias, vi um anúncio da Trivago (https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2016/03/quando-um-anuncio-da-trivago-muda-sua.html) e pensei: Por que não viajar no carnaval também? 

Pensei em duas opções diametralmente opostas - Florianópolis ou Belo Horizonte. A razão foi meramente o fato dessas serem as duas únicas capitais do sul e do sudeste que eu ainda não tinha visitado. 

Ganhou Belo Horizonte por não inflacionar os preços loucamente como o faz Florianópolis. Afinal, eu já tinha gasto um bocado curtindo João Pessoa. A capital paraibana fica a 2.422,7 km de distância do Rio de Janeiro. Passagem área para lá pode custar tanto quanto uma passagem para outro país, como a Argentina ou Uruguai. Impressionante mesmo. E tem tudo o mais, é claro: estadia, passeios, alimentação, etc.

Bela, próxima e menos cara que Florianópolis, ganhou Belo Horizonte, que fica a meros 443,6 km do Rio de Janeiro. Fui de ônibus mesmo para economizar. Fiquei hospedado num hotel no centro da cidade, numa rua onde passavam alguns blocos. Tinha a opção de vê-los da janela ou descer e sentir a vibração da música e do povo bem de perto.

O que eu não podia imaginar é que encontraria muito mais do que apenas descanso e diversão em BH. 








Melhor que a encomenda

Passei o sábado sozinho. Descansei, passeei pela cidade, descobrindo pontos belos e recantos pitorescos na capital mineira. 

No domingo de manhã, fui à feira que acontece em frente ao Parque Municipal. Comi acarajé feito na hora. Sim, mineiros têm acarajé na feira. Caminhei pelo parque, vi famílias se divertindo. Crianças fantasiadas dançavam num bloquinho infantil. Mas, o domingo reserva algo especial. 

Graças à leveza que o Carnaval inspira - as pessoas se aproximam, riem juntas, paqueram ou apenas coexistem ao som da música e sabor da alegria de cruzar as avenidas da cidade sem compromissos na agenda. 

Para encurtar uma história longa, conheci Andre. Não podia imaginar que a aparente efemeridade daquele momento se transformaria na doce concretude do relacionamento que germinava ali mesmo e se tornaria frutífero. Desde aquele momento, não nos separamos mais.

Hoje, completamos exatos quatro anos juntos. E nesse tempo, já vivemos um bocado de coisas juntos. A maioria foi alegre. Algumas foram tristes como o falecimento do pai dele (https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2017/07/adeus-sr-walter.html) e o câncer que minha mãe descobriu ano passado. Ela está muito bem agora, mas ainda está sob supervisão médica. 

Verdade é que nosso amor torna cada alegria mais especial e cada tristeza mais suave, mais suportável. 





São 1462 dias juntos entre o dia do nosso encontro e o momento em que escrevo esse post. Pena que das 35.064 horas que compõem esses quatro anos, a maior parte delas é dedicada ao trabalho, mas é fato que o trabalho consome boa parte do tempo de todos os habitantes do planeta. Como escapar disso? O que fazemos é tornar cada momento juntos uma experiência reconfortante.




O segredo da nossa harmonia? 

Eu poderia fazer uma lista de coisas que são fundamentais para tornar uma relação bela, saudável e benfazeja, mas vou citar apenas três: Lealdade, cumplicidade e uma boa dose de ternura. 

'Química' na cama é indispensável, mas não basta. 

A felicidade não depende de quanto se tem na conta bancária. Na verdade, Andre e eu vivemos dos nossos empregos como a maioria dos trabalhadores que têm a sorte de ter um emprego hoje em dia. Digo sorte, porque não basta ser bom ou excelente. Tem gente excelente desempregada. 

À primeira vista, as pessoas podem pensar que a gente tem grana ou vive com muita facilidade. Na verdade, é bem o oposto. O que nos sobra é criatividade e planejamento. Nossa última viagem, que foi de férias em São Paulo, foi um exemplo disso. Curtimos muito a cidade gastando bem pouco se compararmos com outras pessoas que viajam a passeio. Compartilhei um post sobre essa viagem aqui: https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2020/02/2020-um-novo-ciclo-de-aulas-comeca.html. Dá uma olhada. Pode ser que algumas dicas sejam úteis para seu próximo destino. 


Andre e eu em Gramado, 2018


Como saber se dará certo 

Como é que a gente sabe com quem vai dar certo na vida? Não sabe. Podemos pesar vários fatores antes de arriscar uma relação com alguém (e devemos fazer isso), mas a arte de viver a dois e sermos felizes ao ponto de acharmos que a vida começou de verdade a partir do dia em que nos conhecemos ainda não tem seguro que a proteja ou garanta. Relação é construção diária e para dar certo precisam-se de dois seres humanos em sintonia e com honestidade suficientes para serem espontaneamente transparentes e reciprocamente leais um ao outro. 


Andre, lembro dessa música de Ivan Lins. Sei que você super curte MPB. Dedico essa letra linda a você.



Relacionamento: o amor e a vida se renovam

Marcos e eu

Um brinde à vida e ao amor, que ao se renovarem, produzem alegria, e esta, por sua vez, fortalece o ser de um modo incomparável. :) E com Heineken num balde de gelo no Arco do Teles, fica melhor ainda.

O nome dele é Marcos. No momento em que escrevo esse post, ele está apresentando seu TCC como graduado em enfermagem. Infelizmente, não pude estar presente por causa do trabalho. Os horários eram incompatíveis. Mas, acompanhei a finalização de seu trabalho. Dedicado e responsável, Marcos caprichou na pesquisa e na apresentação dos dados e das análises que ele mesmo fez. O trabalho foi em equipe, a pedido da professora orientadora, mas a avaliação da apresentação será individual. Tenho certeza que ele se sairá bem.

Essa semana, então, ele dá o penúltimo passo para encerrar esse ciclo. No limiar dos 30 anos (ele faz daqui a alguns dias), Marcos termina sua segunda faculdade. Não posso negar que fico orgulhoso. Admiro gente que estuda. Eu mesmo adoro estudar.

Esse ano já se consolidou como um ano de mudanças, de viradas mesmo. Comecei um mestrado em linguística na UERJ e estou simplesmente amando a pesquisa, as aulas, os professores, os colegas, enfim, tudo. Dá trabalho, mas vale a pena.

Também no amor, esse ano está sendo marcante. Amanhã, dia 26/06/15, Marcos e eu "juntaremos as escovinhas de dentes" - algo que eu não imaginei fazer tão cedo, depois da minha experiência última afetiva. Ele também, não. E pelos mesmos motivos. Não é criança. Ele também teve suas alegrias e decepções. Mas, como isso caracteriza a vida de todo mundo, a coisa mais tola seria deixar que o passado ditasse o presente. Se estamos vivos, vivamos. ;)

Estamos felizes por termos nos conhecido no início desse ano e nos entrosado tão bem. Assumir um compromisso como casal no dia a dia da convivência é sempre um desafio, mas também é uma alegria. Poder compartilhar os bons e os maus momentos que cada um enfrenta na sua lida diária torna tudo mais leve.

E essa leveza começa pelo armário... hehehehe A gente tem que reorganizar os espaços e descobre que tem um monte de coisas absolutamente desnecessárias ou inúteis guardadas há muito tempo: quatro bolsas enormes saíram daqui e oito bolsas saíram de lá (do apartamento dele). Total: 12 bolsas de inutilidades. Claro que podem ser úteis para outras pessoas. Certamente, quem precisa de praticamente tudo vai utilizar tudo isso, mas é interessante ver a casa se renovar a partir do simples descarte do que não interessa mais e da entrada do novo. Ele entra num espaço "novo" para ele e eu entro num "espaço" novo para mim.

As aspas no novo, quando me refiro a ele, são porque esse espaço não é realmente novo, já que Marcos tem vindo aqui desde o começo do ano. Nova será a relação com o espaço. E coloco aspas em espaço, quando me refiro à mim, porque trata-se do espaço da convivência e não do território, que já me é familiar há anos. De qualquer modo, o novo se coloca aí diante dos dois.


Ah, e não menos importante, ganho um filhote. :) O nome dele é Doddy. Ele é simplesmente um fofo, super inteligente e muito comportado. O tipo de pet que só traz alegria.

Como esse blog, além de um instrumento de ativismo, é um diário pessoal que eu compartilho com meus leitores, fica aí a boa notícia: Sergio e Marcos estão comprometidos num nível mais profundo agora.

"Tá faltando homem..." - Será?



Você já deve ter ouvido alguém dizer essa frase: "Tá faltando homem no mercado...". Geralmente, alguma mulher frustrada por não ter quem a ame. Outras vezes, alguém que viu um homem lindo e depois percebeu que ele era gay. Outras ainda, por estupefação diante de uma manifestação gay de grandes proporções. Quem diz isso geralmente são pessoas que atribuem à existência dos homossexuais sua própria falta de sorte ou talento para conquistarem alguém. Consolam-se como se a resposta para a causa de tanta frustração fossem os gays. Algo do tipo: "Se houvesse homens heterossexuais talvez eu tivesse um para chamar de meu."

Não é bem assim! Vamos raciocinar um pouco. Sim, porque esse tipo de declaração é fruto de pura ignorância e/ou falta de reflexão.

1. Se os homossexuais constituem 10% da população mundial, aproximadamente;

2. E se entre esses 10% estão computados tanto os gays como as lésbicas;

3. E se dentre os gays que estão computados nesses 10% alguns TERÃO mulheres e, dentre a lésbicas, algumas TERÃO homens, mesmo não sendo seu desejo real. Pode ser por questões sociais ou políticas...

Então, os homossexuais (gays e lésbicas) não causam qualquer impacto significativo sobre o saldo negativo do casamento heterossexual.

Qual será, então, a razão porque tantas mulheres reclamam da solidão dizendo que está faltando homem? A resposta é simples:

Os homens que desejam realmente manter um relacionamento estável com uma mulher não são a maioria, especialmente entre 18 e 35 anos. Digo isso como fruto de observação. Se houver alguma pesquisa que o confirme ou desminta, terei prazer em lê-la. Nessa faixa etária, muitos homens querem apenas sexo fácil e sem compromisso.

Isso, porém, não quer dizer que TODAS as mulheres conseguirão um homem desses nem mesmo por uma noite. Isso se dá por um motivo muito simples. Até mesmo para uma transa de uma noite só, os homens querem mulheres com um certo perfil: não obesa; cabelo bem tratado; cheirosa; bem humorada; desencanada sobre sexo, mas sem obsessão, ou seja, sem demonstrar que está desesperada; sem expectativas de manter um relacionamento dali para a frente; não pegajosa, ou seja, não do tipo que liga toda hora para marcar de novo, etc. Quando uma mulher falha numa dessas coisas, os homens comentam com os amigos e queimam o filme dela. Depois disso, fica mais difícil ela conseguir sair com alguém daquele círculo masculino dali para a frente. Resta saber se vale a pena mesmo sair com um homem desses. Alguns deles mantém essa lista de exigência e nem estão com "essa bola toda."

Esse tipo de homem - é bom que fique claro - não é o tipo que deseja casamento. E se a mulher pensar que vai conseguir fisgá-lo provavelmente ficará frustrada e vai acabar repetindo que está faltando homem no mercado quando, na verdade, o que está faltando é vontade de manter relacionamentos estáveis por parte desses mesmos homens.

Além desse tipo predador que só quer sexo por uma noite, existem aqueles que são inseguros. A mulher tem mais dinheiro, emprego melhor, vida organizada, e ele tem medo de se relacionar com ela, porque não está no mesmo nível social ou cultural. Essas mulheres quando têm amigas do mesmo naipe acabam se reunindo só com as amigas para um café ou para uma balada, porque faltam homens que estejam dispostos e tenham capital financeiro e intelectual para acompanhá-las. É aí que a gente vê aquele grupo de cinco, seis, sete mulheres lindas e poderosas sem nenhum macho alfa em volta. Homem no mercado tem, mas não à altura delas...

E o que dizer daquele homem "família" que namora para casar e casa muito cedo? Ou os que demoram para casar, mas mantém um namoro firme e comprometido com a mesma mulher por muito tempo antes do casamento? Esses geralmente já estão "ocupados". Aí, as solteironas olham para o feliz casal e ficam morrendo de inveja. E canalizam o rancor que muitas vezes nasce desse sentimento "ela-tem-e-eu-não-tenho" contra os homens gays que não têm nada a ver com esse quadro caótico instalado no "universo" heterossexual pelos próprios heterossexuais.

E se serve de consolo, homossexuais também dizem a mesma coisa. Já ouvi muita gente dizer: "Ninguém quer nada sério com ninguém." Ou então: "O pessoal só quer pegação. Relacionamento que é bom, nada."

Isso gera outras perguntas:

Quantas vezes será que esse(a) homossexual jogou fora boas oportunidades só porque o homem ou a mulher que ele(a) desejava não tinha isso ou aquilo. Coisas como altura ("é baixo demais" ou "é alto demais"), peso ("é gordo demais" ou "é magro demais"), cor ("eu gosto de branco"; "eu gosto de negro"), classe social ("é pobre" ou "tem um emprego chinfrin"), idade ("é muito jovem" ou "é muito velho"), etc.

É lógico que a gente precisa combinar. A gente precisa encontrar no outro aquilo que nos atrai, cativa, inspira. E oferecer algo que também o atraia, cative e inspire. Geralmente, as pessoas procuram muito obter o primeiro sem, porém, oferecer o segundo, e depois não sabem porque foi que o "princípe encantando" ou a "princesa encantada" nem olhou para ele(a).

Enquanto isso, o IBGE registra mais de 60 mil casais homoafetivos declaradamente vivendo em união estável no Brasil. Isso não inclui aqueles que estão na mesma condição, mas não dizem, não assumem.

Se 10% da população do Brasil é gay. Isso quer dizer que existem 19 milhões de gays no Brasil, aproximadamente. Se metade desse número for de lésbicas, existem 9 milhões e meio de lésbicas no Brasil. E, em contrapartida, 9 milhões e meio de gays no Brasil. Claro que as coisas não são tão exatas assim, mas for the sake of the argument, vamos lá. Essas pessoas vão buscar parceiros dentro desse mesmo grupo, sem interferir nas possibilidades dos heterossexuais, exceto no caso dos enrustidos que se casam com alguém do outro sexo pelos mais diversos motivos. Isso quer dizer que alguns homens e mulheres heterossexuais ainda se casarão graças a esse comportamento estranho de homossexuais que não se assumem, muitas vezes nem para si mesmos.

Sobram, portanto, 171 milhões de bissexuais (provavelmente a maioria das pessoas) e de heterossexuais de fato. É muita chance de encontrar alguém. A pergunta é: quais são suas exigências? E o que você oferece em troca? Como você espera que ele ou ela seja? Como você é? Isso desempata muito jogo na disputa por um parceiro.

Agora, pode ser que em alguns lugares devido a fatores de ordem social, política, econômica, etc. haja realmente mais mulheres do que homens. Não terá sido por isso que a bigamia ou a poligamia acabou sendo incorporada em certos lugares? Homens jovens morrendo aos montes nas guerras e mulheres sobrando em casa? De novo, nada ver com os gays ou as lésbicas. ;)

Talvez o grande concorrente das mulheres seja exatamente a violência típica dos homens. Eles se matam mais, se arriscam mais, se envolvem mais em conflitos, e por isso acabam morrendo em maior número. Nem gays nem lésbicas são concorrentes, porque o que eles desejam é alguém igual. E alguém igual (homossexual também) já é, por assim dizer, "carta fora do baralho". Essa pessoa jamais seria plenamente feliz com alguém do sexo oposto, por conseguinte nem entra no jogo.

O que impede muitas mulheres de realizarem o sonho do casamento é portanto:

1. Desinteresse de muitos homens por relações estáveis;

2. Exigências pessoais que dificilmente serão atendidas;

3. Fatores de ordem social, política e econômica que causam êxodo ou morte de homens;

4. A típica beligerância e ousadia masculina que os coloca mais frequentemente em situação de risco de morte, provocando uma diminuição no número de homens jovens em relação ao de mulheres.

Então, quando você vir um gay ou uma lésbica deslumbrante, não diga "quanto desperdício!" Pergunte-se o que você pode fazer para que a pessoa que você deseja olhe para você e diga: "Acabo de encontrar o que procurava!"

O melhor aliado da felicidade no amor acaba sendo a tranquilidade, a ausência de angústia na busca por alguém. Ir vivendo, conversando, trocando, conhecendo... sendo. Não existe fórmula pronta para se encontrar (ou construir?) um grande amor.

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