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Centro habitacional pra jovens LGBT é inagurado em Washington D.C.. Veja que iniciativa linda!









(Todas as fotos são de WTOP/Jenny Glick)


Escrito por Jenny Glick para o WTOP
Fonte: http://wtop.com/dc/2017/01/housing-center-homeless-lgbt-youths-makes-debut/slide/1/

Traduzido por Sergio Viula

WASHINGTON — No sábado, dia 07 de janeiro, o prefeito da capital americana Muriel Bowser inaugurou o centro de residência temporária no nordeste do Distrito de Columbia. O centro atende a jovens que são gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros.

Em 2015, um censo demonstrou que existem 330 jovens sem-teto no Distrito, sendo metade deles LGBT, disse Bowser.

Laura Zeilinger, diretora de serviços humanitários de Washington D.C. disse  que isso não é exatamente uma surpresa, considerando-se os desafios que eles enfrentam.

“Rejeição familiar e outros problemas em torno da orientação sexual deles são realmente a causa primária para essas pessoas se tornarem sem-teto", disse Zeilinger.

O novo centro habitacional tem piso brilhando, tinta fresca e equipamentos totalmente novos. A casa foi construída com a ajuda de uma multidão de voluntários e móveis doados pelo IKEA no valor de mais de 15 mil reais.

Nick McCoy, um ativista que também já foi um sem-teto, disse que acredita que o espaço seguro servirá como uma importante ponte para que adolescentes LGBT que passarem um tempo ali, "onde sair do armário e viver sendo eles mesmos não impede que eles tenham um lar ou abrigo", disse McCoy.

Durante a inauguração, Bowser disse que o esforço foi parte do plano estratégico do “Homeward DC” para combater o desabrigamento no distrito.

“Vamos mostrar ao país, e vamos mostrar ao mundo como protegemos os valores de D.C. [isto é, do Distrito de Columbia],” disse Bowser.


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

O prefeito e a comunidade de Washington agiu rápido. Havia 330 jovens sem teto no Distrito de Columbia e o Distrito já conta com esse lindo espaço de resgate que trata os jovens atendidos ali com o principal: DIGNIDADE.  

No Rio de Janeiro, existem mais de 14.000 pessoas vivendo na rua. Só no município do Rio! Muitas dessas pessoas são menores de idade. Estima-se que um grande número seja de jovens LGBT. 

Em São Paulo, a situação não é muito diferente. Há pouco tempo, o blog Fora do Armário trouxe aos seus leitores um texto publicado nos EUA sobre um movimento de ocupação que passou a convidar jovens LGBT para morar com eles nos prédios vazios e ocupados de SÃO PAULO. 


Todas as pessoas desabrigadas precisam ser ajudadas, mas a vulnerabilidade de um jovem LGBT e a dificuldade que ele vai ter para sair da condição de desabrigado são ainda maiores porque a LGBTfobia não apenas o empurra para a rua, mas também impede que ele saia dela. 

O Movimento LGBT precisa prestar muita atenção a isso e se mobilizar para pressionar as autoridades e mobilizar a sociedade civil para a resolução desse problema nas cidades do Brasil.

Muitas vezes, a mobilização de indivíduos e famílias que são acolhedores e sabem respeitar a individualidade desses jovens já evita maiores tragédias.

Gente famosa e/ou rica pode ajudar também. Cindy Lauper tem feito um trabalho maravilhoso em Nova York. Tomara que essa iniciativa inspire outros.

Agora, dizer que família é tudo é um chavão que não faz sentido em muitos, muitos casos mesmo. Há poucos dias, um adolescente gay foi esfaqueado até a morte pela mãe e por dois homens contratados por ela, tendo com a conivência do padrasto: QUATRO ADULTOS, FACAS, UMA CASA ONDE ELE MORAVA e NINGUÉM PARA SOCORRÊ-LO. O garoto estava na casa da avó, mas a mãe fingiu ter feito as pazes com ele depois de um suposto desentendimento e pediu que ele voltasse para casa. O menino acreditou. Assim que entrou em casa, seus assassinos já esperavam por ele. 

Esse, porém, é um caso extremo de violência doméstica contra um jovem gay, que não conseguiu escapar da morte pelas mãos sanguinárias da própria mãe. Não é, porém, o único. Nesse post aqui eu conto casos meus e de outras pessoas que conversam comigo sobre dramas que enfrentam em suas famílias. Nenhum deles resultou em morte, mas provocou muito sofrimento. Ninguém tem um problema por LGBT, mas por ter familiares, colegas de turma ou de trabalho que são LGBTFÓBICOS. 

HOMOFOBIA,
LESBOFOBIA,
BIFOBIA,
TRANSFOBIA,
E OUTRAS FORMAS DE PRECONCEITO COMO ESSAS
MATAM, DESABRIGAM, FAZEM SOFRER.

Não tolere o preconceito, mesmo quando ele parecer inofensivo. Não aceite as cínicas justificativas dos que minimizam a seriedade do preconceito e da discriminação contra orientação sexual e identidade de gênero. 



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ATUALIZAÇÃO EM 25/01/17

São Paulo acaba de ganhar uma casa de acolhimento para jovens LGBT vítimas de violência é inaugurada em São Paulo.
https://www.cartacapital.com.br/sociedade/casa-1-por-que-lgbts-precisam-de-uma-republica-de-acolhimento/

Confira!!!! 



Centro LGBT / Cyndi Lauper - deixe de lado o que já leu e assista esse vídeo

Você já viveu ou imaginou o que significa viver na rua?

Viver na rua é não ter um lugar para dormir, não ter onde fazer suas necessidades fisiológicas, não ter onde guardar comida ou prepara-la, não ter onde tomar banho, não ter onde guardar seus pertences, ainda que sejam um par de sapatos e algumas peças de roupa.

Viver na rua é correr o risco de ser atacado dormindo, espancado acordado, violentado em qualquer beco, assassinado a qualquer momento.

Viver na rua é não conseguir emprego por não ter endereço de residência comprovado. É nunca receber correspondência. É enfrentar o sol, a chuva, o vento, o frio, a sujeira, ficar doente e não ter onde se tratar.

Muita gente vive nas ruas desse país. O Rio de Janeiro, cidade onde moro, parece estar se aperfeiçoando na arte de abandonar seus desafortunados e loucos à própria sorte nas esquinas. Nunca vi tanta gente sem-teto nessa cidade como hoje em dia. E escrevo isso aos 44 anos de idade.

As histórias são tão diversas quanto diversas são as pessoas, mas quando se trata de diversidade sexual e de identidade de gênero, as coisas tornam-se ainda mais complicadas.

É grande o número de crianças e jovens lésbicas, gays, bissexuais e transgênero nas ruas desse país.

O motivo geralmente é a homofobia/transfobia dentro da própria casa, gerando agressões e fuga ou mesmo a expulsão deliberada.

Sem autonomia jurídica devido à menoridade, essas crianaças e adolescentes acabam sendo alijadas ao vento sem lenço e sem documento.

Muitas são agredidas, violentadas e até mortas. A maioria vira mendigo. Algumas acabam não vendo outro jeito de sobreviver, senão juntando-se a outros desafortunados já acostumados a praticar o ilícito: pequenos furtos, por exemplo.

Sem apoio da sociedade e do governo, essas crianças e adolescentes não conseguirão sair da situação de miséria e risco em que se encontram. Sem educação, saúde e abrigo, esses pequenos cidadãos sem qualquer vivência de cidadania crescerão sem qualquer possibilidade de superar o destino impetrado sobre eles por causa da homofobia e da transfobia de seus familiares.

Nos EUA, coisa semelhante acontece. Contudo, uma iniciativa está fazendo história. A cantora Cyndi Lauper decidiu fazer algo em prol dos jovens LGBT sem-teto de Nova York. E foi algo lindo, digno de ser copiado.

Cyndi Lauper


Assista o vídeo para compreender do que realmente se trata. Não basta ter ouvido falar. É preciso ver.

Esse blog (Fora do Armário) noticiou a intenção da cantora de abrir esse centro assim que ela divulgou seu plano há um ano. Dá gosto ver que o sonho foi realizado.

Fica aí o vídeo pela primeira vez legendado em português. Meu objetivo é que mais pessoas tenham acesso a esse belo exemplo.


DENÚNCIA

Aproveito a oportunidade para lembrar que, no Brasil, diversos "centros de recuperação para viciados em droga" são mantidos por igrejas evangélicas ou membros destas. Esses locais são geralmente um depósito de gente, sem qualquer preparo por parte de seus organizadores. Ainda que haja uma exceção ou outra, via de regra esses ambientes só promovem os interesses particulares de seus dirigentes.

Veja aqui: 

https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2011/05/da-escravidao-do-vicio-ao-vicio-da.html


Uma coisa, porém, não muda em relação a esses locais e seus dirigentes: PESSOAS GAYS, TRAVESTIS E TRANSEXUAIS são atendidas nesses locais como se fossem doentes ou possessos por espíritos. Quando aceitam a internação por desespero em relação a seu total desamparo, são agredidos em sua autoestima, que é ainda mais violentada pelo tratamento desumano que recebem ali. Por fim, saem de lá com traumas que não tinham e com uma lista de serviços prestados sem qualquer remuneração.

RESUMINDO: Centro de recuperação evangélico não é solução. É parte do problema.

Se você já esteve em centro de recuperação e foi tratado indignamente por ser LGBT, denuncie. Ligue 100 e escolha a opção LGBT no menu. Depois, converse com o atendente. Isso não pode continuar.

Cindy Lauper vai abrir centro para LGBT sem-teto em Nova York

Cyndi Lauper, defensora dos direitos LGBT de longa data, 
está abrindo um novo abrigo para a população LGBT de Nova York.



A decisão foi motivada pela descoberta de Lauper sobre o fato de que aproximadamente 40% da juventude desabrigada de Nova York é LGBT.

O abrigo será chamado "True Colors," conforme anunciado por Lauper num release para a imprensa. Este é também o nome de seu famosos single de 1986. A construção das instalações estava prevista para quinta-feira, dia 1 de setembro, na West 154th Street e Frederick Douglass Boulevard em Manhattan.


Do release de Cindy Lauper:


"Na cidade de Nova York, um número desproporcional (cerca de 40 por cento) dos jovens sem-teto se identificam como LGBT. Ainda mais perturbadores são as histórias de discriminação e ataques físicos que essas pessoas frequentemente enfrentam em alguns dos lugares onde vão buscar ajuda. Nosso principal alvo é prover um ambiente fisica e emocionalmente seguro e encorajador que capacitará nossos jovens residentes a se tornarem as pessoas com amor próprio, felizes e bem-sucedidas que deveriam ser."

Os residentes do True Colors terão apartamentos no estilo studio, assim como espaços comunais internos e externos. Cada residente pagará um aluguel acessível (adaptado a sua renda numa escala móvel) e receberá assistência para se colocar no mercado de trabalho se estiverem desempregados. Programas sociais e educacionais também serão proporcionados aos jovens.

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