Mostrando postagens com marcador filho gay. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador filho gay. Mostrar todas as postagens

Mãe de Paulo Gustavo faz 74 anos e fala com Ana Maria Braga

17 de setembro de 2021



Por Sergio Viula


Interrompendo aqui a nossa série sobre religião e diversidade sexual, gostaria de incentivar você a assistir essa entrevista maravilhosa feita por Ana Maria Braga com Dona Déa Lúcia, a mãe do querido Paulo Gustavo, falecido há quatro meses. Hoje, é aniversário dela - 74 anos - e Dona Déa deu um show de amor e de sabedoria durante toda a entrevista. Você vai se emocionar, aprender, crescer e se tornar melhor como ser humano se aplicar o que ela falou aqui sobre uma das coisas mais importantes para o indivíduo - a família, especialmente quando se trata de filho ou filha LGBT+.

Não deixe de ver. É logo no começo do programa. Depois que a Ana Maria faz a abertura com suas mensagens típicas de encorajamento, ela já passa para a abertura da entrevista com cenas de Paulo Gustavo trabalhando como Dona Hermínia. Imperdível!

Assista aqui: https://globoplay.globo.com/v/9867337/programa/?s=0s

Parabéns pelo seu aniversário e pela mulher fantástica que você é, Dona Déa! 



Esse pai homofóbico não vai reclamar o corpo do filho morto em Orlando



Por Zara Barrie
on QUEER CULTUREJul 5, 2016
Fonte: http://elitedaily.com/news/mans-body-left-father-pulse-shooting/1543353/

Traduzido por Sergio Viula para o blog Fora do Armário (08/07/16)

O trágico massacre na boate Pulse em Orlando deixou toda a comunidade queer bem como todo o país devastado e em estado de luto permanente. Vigílias emocionadas foram realizadas em nível global.

Todos os eventos no Orgulho [LGBT] de Nova York dos quais participei foram momentos extremamente chorosos, quando todos nós pranteamos coletivamente a pungente perda de membros jovens e inocentes de nossa comunidade sagrada.

Os corpos dos inocentes foram todos liberados aos parentes mais próximos, e até mesmo o corpo do atirador Omar Mateen foi recolhido.

Porém, o corpo de um homem não foi recolhido pelo pai. Na verdade, o pai dele recusou-se terminantemente a recolher o corpo do próprio filho. E tudo por causa da feiúra terrível do ódio e da homofobia.

Enquanto a homofobia em si mesma não tem rosto, há historicamente uma questão gigantesca em torno da humilhação queer na comunidade latina.

O site Orlando Latino reporta:

Essa história é parte das histórias não contadas de vítimas latinas no massacre da boate Pulse.

As autoridades não divulgaram o nome do homem cujo corpo foi deixado para trás para não "vitimizá-lo ainda mais", mas foi confirmado que ele era Porto-riquenho. O site continua:

A dor de ser Porto-riquenho e gay é real... Na cultura machista da ilha (em comparação com a dos Estados Unidos), a tendência anti-gay não é sutil e tem alcançado os níveis mais altos do governo.

The Advocate comentou que esse tipo de homofobia não é de modo algum nova e remete à epidemia de AIDS que matou a melhor parte de uma geração. “Números incontáveis de homens gays jovens morreram e familiares não reclamaram os corpos de seus entes supostamente amados."

É tão devastador pensar que um familiar deixaria o corpo de seu filho para trás porque se envergonha assim de sua sexualidade. Se você retirar as camadas de ódio, o cerne da homofobia é e sempre foi a vergonha. Nada mais tóxico nesse mundo do que a vergonha. É a vergonha que nos leva a nos machucarmos a nós mesmos e é ela que faz que as pessoas (como nesse caso devastador) machucarem outras. Não haverá trégua até que nos livremos da vergonha.

A vítima, cujo pai se recusou a recolher o corpo do próprio filho, será sempre amada e abraçada por uma família maior, a família queer dele. Às vezes, sua família não é composta por membros de sua família biológica, mas, ainda por outros mais fortes: sua comunidade.

Não há comunidade mais forte e mais amável que a comunidade queer, e nós somos uma força poderosa da natureza que lamentará para sempre a morte cada uma das 49 vítimas do Massacre de Orlando.

O que fazer ao descobrir por acaso que seu filho é gay?




O site Lado Bi publicou a emocionante história de um pai que descobre que seu filho de 13 anos é gay. Veja:

Muitos pais não sabem o que fazer quando descobrem por conta própria que o filho é gay. Mesmo com a intenção de demonstrar seu amor e seu apoio à sexualidade do filho, muitas vezes sentem-se preocupados em respeitar a privacidade do filho, em não apressar um processo de descoberta que é muito importante para o próprio jovem, nem constrangê-lo ainda mais numa fase que já é cheia de momentos constrangedores na vida dos dois.

Um pai, que prefere permanecer anônimo, foi buscar conselhos sobre como proceder nesse caso num post no fórum Reddit há duas semanas, entitulado “Eu descobri que meu filho de 13 anos é gay… Ele não me contou, mas eu o apoio. O que posso fazer?”. Nele, sob o nickname HeMeYou, ele explica como o histórico de buscas do browser revelou os anseios do filho quanto à própria sexualidade:

Fontes:

https://www.reddit.com/r/askgaybros/comments/2l7gpk/i_found_out_my_13_yo_son_is_gay_he_hasnt_told_me/

https://www.reddit.com/user/HeMeYou/

Carta de um pai ao filho gay - versão brasileira e anterior à americana

Henrique Meirelles toca música folk irlandesa


Henrique Meirelles é uma daquelas pessoas lindas que cruzam o nosso caminho e enriquecem a nossa vida. A primeira vez que o vi foi num curso preparatório para IELTS (prova internacional para quem pretende estudar ou trabalhar no exterior). Ele era brilhante em tudo o que fazia. Também pudera, ele também era professor de inglês. Eu só não sabia que ele viria a ser meu colega de trabalho no semestre seguinte, depois de desistir de viajar para fora. Fiquei super feliz em vê-lo, porque já tinha dito pessoalmente que ele estava muito além do que aquela prova internacional testava. Não me enganei. ;)

Hoje, durante uma breve despedida do querido amigo André Saidy, que trabalhou como monitor e deve voltar semestre que vem como professor, Henrique mencionou uma carta que seu pai escreveu para ele antes que ele conversasse com ele sobre sua orientação sexual. A menção a essa carta surgiu por causa de um comentário que eu fiz sobre um pai americano que escreveu uma carta para o filho que é gay para tranquiliza-lo sobre sua ainda não realizada saída do armário (veja aqui).

Como já era de se esperar, fiquei super empolgado com a história do Henrique pedi que ele concedesse ao blog Fora do Armário o privilégio de compartilhar essa história em primeira mão. Ele gentilmente concordou. Isso foi há somente duas horas, mas já conversamos pelo Facebook e eu jurei para mim mesmo que não dormiria antes de fazer esse post. ^^


***************


Fora do Armário:
Quantos anos você tinha quando seu pai escreveu a carta?

Henrique: Eu tinha 19 anos quando meu pai escreveu essa carta.

Fora do Armário: Quantos anos você tinha quando falou com sua mãe?

Henrique:
Eu contei pra minha mãe alguns meses antes, eu tinha 18 anos.

Fora do Armário: Então, houve um intervalo de menos que um ano entre um episódio e o outro, mas como foi viver a fase escolar sem conversar com eles sobre isso todo esse tempo?

Henrique:
Sofri MUITO bullying na escola. As coisas só melhoraram nos últimos dois anos do ensino médio, quando comecei a me aceitar e a me abrir com um amigo ou outro - antes disso, era o inferno na terra. rs Sem fazer a dramática! (grifo dele)

Fora do Armário:
Houve um momento em que você saiu do armário de uma vez? Ou foi por partes - amigos, família, etc., cada um a seu tempo?

Henrique: Eu comecei contando para os amigos mais próximos. A sensação foi sendo cada vez melhor devido à recepção e ao carinho de todos. Esse sentimento culminou na minha conversa com a minha mãe.

Fora do Armário: Qual é a melhor coisa sobre viver fora do armário?

Henrique: A melhor coisa de se viver fora do armário é ser quem você é e não abaixar a cabeça para ninguém por isso.

Veja a carta do pai do Henrique. Um fofo!


Aplicativo da Android pergunta: "Meu filho é gay?"



Aplicativo da Android pergunta: "Meu filho é gay?"


By Athima Chansanchai
Sugerido por @KummitusBR


Agora à venda no Android Market, um app que pergunta - e supostamente responde - "Meu filho é gay?"

On the app page, aqui está um exemplo: "Você está se perguntando? 20 questões para saber mais sobre seu filho. Depois desse test, você terá a resposta comprovada para a pergunta que você talvez esteja se fazendo há muito tempo."

As únicas amostras de questões que vimos na página foram estas:

Ele gosta de se vestir bem: é muito cuidadoso quando escolhe as roupas e seleciona marcas?

Ele gosta de futebol?

Agora, não sei sobre vocês, mas um SIM seguido de outro descreveria muitos homens que eu conheço, incluindo meu irmão. Meu irmão casado recentemente.

Então, agora, eu tinha que ver do que tratava o resto. Então, eu paguei dois dólares e sessenta e nove cents pela versão inglesa do app (também existe uma francesa) e explorei o restante do teste.

Outras questões incluídas:

Antes que ele nascesse, você desejou ter uma menina?

Ele já entrou numa briga?


Ele lê a página de esportes no jornal?


Seu melhor amigo é uma garota?


Ele gosta de esportes em time?


Ele é modesto?


Ele é fã de divas (Madonna, Britney Spears)?


Ele passa muito tempo no banheiro?


Ele usa piercings na língua, nariz e orelhas?


Você se pergunta sobre a orientação sexual de seu filho?


Você é divorciado(a)?


Ele gosta de comédias musicais?


Ele já lhe apresentou a uma namorada?


O pai dele é muito autoritário?


Em sua família, o pai é sempre ausente?


Durante sua infância, ele era tímido ou discreto?


Ele tem um relacionamento complicado com seu pai?


Ele leva muito tempo para arrumar o cabelo?



-------------------------------------------
COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO:

O post continua, mas esse trecho foi colocado aqui com o intuito de mostrar a que ponto chega a idiotice de pessoas que produzem, vendem e compram uma merda dessa. Tudo isso está baseado na ideia de que a homossexualidade é patológica, ou seja, fruto de algum desvio. A culpa aqui acaba recaindo sobre o pai. Outra coisa é que a homossexualidade feminina passa longe de tudo isso. E a bissexualidade também subverte toda essa falsa ordem. Sem contar que muitos meninos heterossexuais serão infernizados por falsas suspeitas de uma homossexualidade que não tem nada a ver com sua orientação sexual, tornado-se (talvez) ainda mais reprimidos, machistas, talvez até homofóbicos.

Esse tipo de "produto" só serve para reforçar o preconceito, tornar a vida de crianças e adolescentes gays ainda mais difícil em casa, e promover a ansiedade (nascida do preconceito) dos pais e mães que pensam que filho é propriedade pessoal e, portanto, sujeito aos caprichos pessoais dos progenitores.

A comunidade LGBT deve repudiar esse "produto" e os heterossexuais esclarecidos, idem.

Android, nota ZERO para vocês!

Postagens mais visitadas