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Obama defende empatia no debate sobre direitos trans: ‘Trate todas as crianças com decência

Obama defende empatia no debate sobre direitos trans: ‘Trate todas as crianças com decência


Barack Obama

Por Sergio Viula


O ex-presidente Barack Obama compartilhou, em entrevista ao podcast WTF com Marc Maron, seus conselhos sobre como mudar corações e mentes em relação aos direitos das pessoas trans.

Obama explicou que, quando falava sobre o tema, preferia agir com empatia e gentileza, evitando chamar os outros de preconceituosos. Ele dizia que era importante tratar todos os jovens com respeito e evitar o bullying, lembrando que qualquer criança poderia ser a nossa.

O ex-presidente destacou que valores humanos e empatia são fundamentais nesse debate.

O artigo também contrasta a postura de Obama com a do atual presidente Donald Trump, que voltou à Casa Branca com uma plataforma abertamente anti-trans, emitindo várias ordens executivas contra pessoas trans e usando retórica discriminatória.

A GLAAD alertou que essa “obsessão” de Trump em atacar direitos trans trará consequências negativas para toda a sociedade.

Pedro Pascal chama J.K. Rowling de “perdedora abominável” após decisão anti-trans no Reino Unido

Pedro Pascal chama J.K. Rowling de “perdedora abominável” após decisão anti-trans no Reino Unido


Pedro Pascal usando a camiseta "Protect the Dolls" na estreia de "Thunderbolts" em Londres; J.K. Rowling na estreia de "Finding the Way Home" em 2019.



O ator Pedro Pascal, conhecido por seus papéis em The Last of Us e The Mandalorian, usou sua voz — e seu alcance — para defender a comunidade trans mais uma vez. Em um comentário nas redes sociais, Pascal chamou a escritora J.K. Rowling de "perdedora abominável", depois que ela celebrou publicamente uma decisão da Suprema Corte do Reino Unido que exclui mulheres trans da definição de "mulher" segundo a Equality Act.

Rowling, que tem histórico de declarações transfóbicas, postou uma foto comemorando o resultado da decisão, o que gerou revolta entre ativistas e aliados LGBTQ+. O escritor e ativista Tariq Ra’ouf, em um vídeo no Instagram, criticou Rowling por "semear ódio e medo" contra uma população já tão marginalizada. Foi nesse post que Pedro Pascal comentou: “Essa m**da horrível e nojenta é exatamente isso. Comportamento de PERDEDORA abominável.” Seu apoio foi amplamente celebrado, e o comentário recebeu quase 8.000 curtidas em poucos dias.

Pedro não fala por falar: a relação pessoal com a causa é profunda. Sua irmã, Lux Pascal, é uma mulher trans e uma das maiores inspirações do ator. Em entrevistas, Pedro já declarou que seu lado protetor em relação a Lux é “letal” e que ela é "uma das pessoas mais poderosas" que ele já conheceu.

Além das palavras, Pedro Pascal tem usado sua imagem para apoiar a comunidade trans em várias ocasiões. Recentemente, ele vestiu uma camiseta com a frase “Protect the Dolls” (Protejam as Dolls, termo carinhoso para mulheres trans) durante sua festa de 50 anos e na estreia do filme Thunderbolts em Londres. As vendas da camiseta estão revertendo fundos para a organização Trans Lifeline, já tendo arrecadado impressionantes 70 mil dólares.

Por que isso importa?

O posicionamento de figuras públicas como Pedro Pascal é essencial. Mostra que aliados com voz influente não hesitam em se opor à transfobia, mesmo quando ela vem de figuras poderosas como Rowling. Como disse Ra’ouf, "precisamos que pessoas com poder e privilégio usem isso para educar e proteger".


Aqui no Fora do Armário, celebramos aliados como Pedro Pascal — e continuamos lutando por um mundo onde toda pessoa trans seja respeitada, amada e protegida.

Administração Trump mente sobre pessoas trans e usa essa parcela da população para criar pânico moral entre os ignorantes




Chris Hayes é um comentarista político, jornalista e escritor americano. Ele é mais conhecido como o apresentador do programa All In with Chris Hayes, um noticiário de opinião transmitido no horário nobre pela MSNBC. Hayes tem sido uma voz importante na análise política progressista, abordando temas como democracia, desigualdade e justiça social. Antes de sua carreira na televisão, ele foi editor da revista The Nation e escreveu livros, incluindo Twilight of the Elites: America After Meritocracy. Seu trabalho frequentemente examina questões sistêmicas na política e na mídia dos Estados Unidos. 


Por Sergio Viula


Administração Trump mente sobre pessoas trans e usa essa parcela da população para criar pânico moral entre os ignorantes


A existência de pessoas trans tem sido alvo de debates acalorados, muitas vezes distorcidos por interesses políticos e ideológicos. Um estudo recente, revisado por pares, analisou mais de 5 milhões de pedidos de seguro de saúde de adolescentes nos Estados Unidos e revelou que menos de 0,1% dessa população acessou bloqueadores de puberdade ou terapia hormonal. Apesar dos números reduzidos, a questão das identidades trans continua sendo instrumentalizada por setores políticos que a transformam em uma "guerra cultural". Neste artigo, analisamos o respeito às pessoas trans sob o prisma dos direitos humanos e fornecemos informações essenciais sobre o acesso à saúde para essa população no Brasi


Abaixo, você poderá ver uma transcrição do vídeo acima:

Temos um novo estudo revisado por pares. Ele analisou mais de 5 milhões de pedidos de seguro de saúde por adolescentes. Como um dos organizadores do estudo disse à NPR esta semana, menos de 1.000 jovens acessaram bloqueadores de puberdade e menos de 2.000 tiveram acesso a hormônios em algum momento. Em outras palavras, menos de um décimo de 1% dos adolescentes com seguro privado nos EUA são transgêneros e recebem medicamentos relacionados à identidade de gênero.

Aqui está o que é verdade. Há muito, muito menos americanos transgêneros do que a extrema-direita quer que você pense que há. Eles querem que você ache que os números são importantes porque precisam do combustível da ação real de seres humanos para alimentar a máquina de suas guerras culturais cínicas. Quanto mais os republicanos obscurecem essa verdade, mais dano causam a uma verdade ainda mais profunda. Independentemente de seus números, toda pessoa transgênero é tão digna quanto qualquer outra de respeito, dignidade e direitos iguais perante a lei.

☝☝☝☝

Chris Hayes fez esse pronunciamento no episódio de "All In with Chris Hayes" transmitido em 8 de fevereiro de 2025. Durante o programa, ele discutiu um novo estudo publicado no JAMA Pediatrics que analisou mais de 5 milhões de pedidos de seguro de saúde de adolescentes nos Estados Unidos. O estudo revelou que menos de 0,1% desses adolescentes acessaram bloqueadores de puberdade ou hormônios relacionados à transição de gênero. Hayes destacou como esses números são frequentemente distorcidos em debates políticos, enfatizando que, independentemente da quantidade, cada pessoa transgênera merece dignidade, respeito e direitos iguais sob a lei.

Questões que nos são colocadas por essa resposta à loucura trumpista:


1. Independentemente de quantas pessoas trans existam, todas são dignas de respeito e tratamento igualitário.

2. Políticos transfóbicos oportunistas manipulam as pessoas sob o pretexto de que as pessoas trans oferecem algum perigo à ordem social, mas o que fica muito claro é que esses mesmo políticos inflam números e criam.

3. As identidades trans são legítimas e a dignidade dessas pessoas não deve depender de sua representatividade estatística. 

4. Pesosas trans são igualmente titulares dos direitos humanos. Como poderia ser diferente se os direitos humanos aplicam-se a todos os humanos? Por isso mesmo, elas devem ter acesso igualitário a direitos fundamentais, incluindo saúde, dignidade e reconhecimento legal. A menção ao acesso a tratamentos médicos, como bloqueadores de puberdade e hormônios, toca em um direito básico à saúde, que deve ser garantido sem discriminação.

Devemos, portanto, nos posicionar firmemente a favor do respeito às pessoas transgêneras e do reconhecimento de seus direitos como questão de justiça social. É nosso dever moral denunciar estratégias que tentam desumanizar essa população e reforçar que, independentemente de números ou narrativas políticas, toda pessoa trans deve ser tratada com dignidade, respeito e igualdade perante a lei.


Assistência a pessoas trans no Brasil

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimento especializado para pessoas transgêneras, incluindo crianças e adolescentes. O Processo Transexualizador do SUS disponibiliza serviços ambulatoriais e hospitalares que abrangem acompanhamento psicológico, endocrinológico e cirúrgico, realizados por equipes multiprofissionais.

Centros de Referência:

Atualmente, existem quatro Centros de Atenção Especializada no país que oferecem atendimento relacionado ao Processo Transexualizador.

Além disso, o Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual (AMTIGOS) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP é uma referência no atendimento a crianças e adolescentes transgêneros.

Passos para Obter Atendimento:

  1. Unidade Básica de Saúde (UBS): O primeiro passo é procurar uma UBS próxima para uma avaliação inicial. O profissional de saúde poderá encaminhar o paciente para serviços especializados, se necessário. https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/novo-pac-saude/unidades-basicas-de-saude

  2. Encaminhamento para Serviços Especializados: Após a avaliação na UBS, o paciente pode ser direcionado a centros de referência que oferecem acompanhamento psicológico, endocrinológico e, quando indicado, cirúrgico.

  3. Acompanhamento Psicológico: O acompanhamento psicológico visa proporcionar suporte emocional e auxiliar na compreensão e afirmação da identidade de gênero, respeitando a autonomia e singularidade de cada indivíduo.

  4. Terapia Hormonal e Procedimentos Cirúrgicos: A idade mínima para terapia hormonal é de 16 anos, com consentimento dos responsáveis. Para procedimentos cirúrgicos, como mastectomia, a idade mínima é de 18 anos.



Apoio de Organizações Não Governamentais:

Além dos serviços oferecidos pelo SUS, organizações como a "Minha Criança Trans" (https://minhacriancatrans.org/) fornecem suporte a famílias de crianças e adolescentes transgêneros, auxiliando na busca por atendimento adequado e na defesa de direitos.

É fundamental que as pessoas trans e suas famílias busquem informações e apoio em serviços de saúde e organizações especializadas para garantir um atendimento integral e humanizado.

E uma verdade que você nunca pode esquecer e deve praticar rigorosamente: Não vote em políticos transfóbicos e não consuma produtos de empresas que toleram ou promovem a transfobia. Isso já faz uma grande diferença.


Manifestações em defesa das pessoas trans multiplicam-se nos EUA

Desde a posse de Donald Trump em janeiro de 2025, diversas manifestações em apoio aos direitos das pessoas transgêneras ocorreram nos Estados Unidos, em resposta a políticas consideradas prejudiciais a essa comunidade. Abaixo, apresentamos algumas dessas manifestações, incluindo local, organizadores e estimativas de participação:

  1. Marcha das Mulheres em Washington, D.C.

    • Data: 18 de janeiro de 2025
    • Local: Washington, D.C.
    • Organizadores: Women's March
    • Participantes: Milhares de pessoas
    • Descrição: Dias antes da posse de Trump, milhares de manifestantes se reuniram em Washington para defender os direitos das mulheres e de comunidades marginalizadas, incluindo a população transgênera. A marcha partiu em direção ao Monumento de Abraham Lincoln, reunindo cidadãos de todo o país que expressaram resistência ao segundo mandato de Trump.
  2. Protesto em Washington, D.C.

    • Data: 21 de janeiro de 2025
    • Local: Washington, D.C.
    • Organizadores: Coalizão de Direitos Reprodutivos
    • Participantes: Milhares de pessoas
    • Descrição: Manifestantes se reuniram em frente ao Lincoln Memorial para defender o acesso das mulheres ao aborto, os direitos das pessoas transgêneras e outras questões percebidas como ameaçadas pela nova administração. Oradores destacaram a importância de resistir a políticas que possam prejudicar comunidades vulneráveis.
  3. Discurso de Laverne Cox no SCAD TVfest

    • Data: 8 de fevereiro de 2025
    • Local: Atlanta, Geórgia
    • Organizadores: SCAD TVfest
    • Participantes: Centenas de pessoas
    • Descrição: A atriz e ativista Laverne Cox fez um discurso apaixonado criticando políticas anti-trans da administração Trump, incluindo leis que criminalizam cuidados de afirmação de gênero e ordens executivas que proíbem mulheres trans de participarem de esportes universitários. Ela enfatizou a necessidade de mudança sistêmica e de apoio mútuo dentro das comunidades marginalizadas.

Todas essas manifestações e muitas outras que vêm sendo realizadas nas últimas semanas demonstram a resiliência das pessos transgêneras e o apoio de suas famílias, amigos e de uma grande parcela da sociedade. Processo judiciais também já vêm sendo protocolados contra Trump e seus comparsas.

Desde a posse de Donald Trump em janeiro de 2025, várias ações judiciais foram movidas contra sua administração por alegadas violações dos direitos das pessoas transgêneras. Abaixo estão alguns processos judiciais em andamento:

  1. Bloqueio da Ordem Executiva sobre Transferência de Presas Transgêneras

    • Data: Fevereiro de 2025
    • Descrição: Uma ordem executiva emitida pelo presidente Trump determinava a transferência de mulheres transgêneras encarceradas para prisões masculinas e a interrupção de seus tratamentos médicos de transição. Três mulheres transgêneras entraram com uma ação judicial argumentando que essa medida violava proteções constitucionais contra punições cruéis e incomuns, causando danos irreparáveis. O juiz federal Royce C. Lamberth em Washington, D.C., emitiu uma liminar temporária bloqueando a ordem em âmbito nacional.
  2. Proibição de Mulheres Trans em Competições Esportivas Femininas

    • Data: Fevereiro de 2025
    • Descrição: O presidente Trump assinou uma ordem executiva proibindo mulheres transgêneras de participarem de competições esportivas femininas em níveis profissional, amador e escolar. Grupos de defesa dos direitos LGBTQIA+ entraram com ações judiciais argumentando que a proibição é discriminatória e viola direitos constitucionais de igualdade e proteção.Ainda não foi emitida uma decisão pela corte.
  3. Proibição de Pessoas Transgêneras nas Forças Armadas

    • Data: Agosto de 2017 (processo ainda em andamento)
    • Descrição: Em 2017, a administração Trump anunciou uma proibição de pessoas transgêneras servirem nas forças armadas dos EUA. A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) entrou com uma ação judicial em nome de militares transgêneros, alegando que a proibição violava os direitos de igual proteção e devido processo. O caso, conhecido como Stone v. Trump, ainda está em andamento nos tribunais.Ainda não foi emitida uma decisão pela corte.

É fundamental que se ofereça resistência sob todas as formas lícitas possíveis contra esse fascista aspirante a ditador e seus comparsas.Faça a sua parte.

20 de Novembro - Dia Internacional da Memória Trans




No Brasil, hoje é Dia da Consciência Negra. Fiz minhas homenagens via Facebook, mas isso obviamente não é suficiente. Vi muitos negros trabalhando em lojas fechadas no feriado que deveria, mais do que nunca, ser seu dia de descanso, de reivindicação e de celebração.

Mas hoje também é o Dia Internacional da Memória Trans. Organizações e cidadãos de vários países dedicam algum tempo a lembrar das transexuais, travestis e outros grupos transgressores dessa ditadura de gênero binária determinada pela genitália de nascença - que nem sempre é tão definida assim, vale lembrar - que foram mortos/mortas por motivação transfóbica ou por transfobia associada a outras motivações.

Esse cartaz divulgado via redes sociais é muito apropriado. Não sei quem foi o autor ou a autora, mas ele fala mais alto do que muito discurso por aí. Resta saber se as pessoas terão ouvidos para ouvir e olhos para ver. Espero que sim, porque continuaremos falando e mostrando os avanços e os obstáculos do Movimento Transgênero até que ninguém possa dizer que nunca ouviu falar sobre esse assunto e até que as pessoas transgêneras tenham seus direitos individuais garantidos.

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Gostei desse panorama histórico sobre a instituição desse dia, divulgado por Alexsander Lepletier via Facebook.


Por Alexsander Lepletier
https://www.facebook.com/alexsander.lepletier




"O Dia Mundial da Lembrança Trans ocorre anualmente no dia 20 de novembro. É uma data para relembramos todas as pessoas assassinadas por motivos transfóbicos.

O Dia Mundial da Lembrança Trans foi fundado em 1998 por Gwendolyn Ann Smith, uma mulher trans designer gráfica, colunista e ativista, para relembrar o assassinato de Rita Hesler em Allston, Massachussets. No que foi seguida por diversas pessoas trans ativistas e pessoas aliadas da comunidade trans em São Francisco, que decidiram que era hora de lembrar de todas as demais pessoas trans assassinadas em diversas outras cidades.

Rita era uma mulher trans negra que foi brutalmente espancada e recebeu 20 golpes de faca no peito em seu apartamento por um homem desconhecido. Seu corpo foi encontrado no dia 28 de novembro de 1998.


À polícia, sua irmã contou que na noite anterior Rita foi vista na companhia de dois rapazes em um bar, sendo que um dos quais a seguiu até em casa. O suposto assaltante não levou qualquer joia, dinheiro ou objeto de valor de seu apartamento. O Boston Globe informou na ocasião que Rita trabalhava como prostituta com o nome de Naomi, mas que não há qualquer evidência de que ela tenha sido atacada por um cliente.

Muitas pessoas da comunidade trans norte-americana sustentam que se tratou de um crime de ódio por conta da forma brutal com que houve o assassinato, com diversos hematomas e escoriações pelo seu corpo e tendo o assassino não roubado qualquer objeto de dentro de sua casa. Esse fato levou a comunidade trans e seus aliados a fazer uma vigília com velas acessas e a promover uma marcha em Allston, em dezembro daquele ano.

Desde quando foi fundado, o Dia Mundial da Lembrança Trans, conhecido internacionalmente pela sigla TDOR, angariou diversas pessoas preocupadas com os assassinatos das pessoas trans.
Em 2010, 185 cidades em 20 países fizeram manifestações em função do TDOR.

Geralmente são lidos nesses atos os nomes das pessoas trans que tiveram suas vidas ceifadas no último ano em função da transfobia. Lembrando aqui que como esse tipo de crime é subnotificado, não sabemos exatamente quantas e onde são as pessoas trans assassinadas por motivos transfóbicos.

Os atos geralmente contam com pessoas fazendo vigílias com velas acesas, exposições artísticas, apresentação de filmes e diversas marchas.

Sendo o Brasil o país campeão mundial de assassinato de pessoas travestis e transexuais, é importante também relembrarmos a memória de tantas pessoas dessa comunidade, extremamente vulneráveis e invisíveis, que perderam suas vidas em função do ódio que a sociedade nutre contra as pessoas que possuem uma identidade de gênero divergente da maioria. Um país em que a expectativa de vida de uma travesti ou mulher transexual é de apenas 30 anos."

Daniela Andrade
https://www.facebook.com/danielasobrevivente/

BASTA DE TRANSFOBIA!

“O T da Questão”: Exposição




A partir de 13 de janeiro,
a Casa de Cultura Itaim Paulista realiza a exposição “O T da Questão”

Em comemoração ao Mês da Diversidade Itaim Paulista 2013


A Secretaria de Estado da Cultura e a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, por meio de suas Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias e Coordenação Estadual de Políticas para a Diversidade Sexual, inauguram no dia 13 de Setembro a exposição “O T da Questão”, na Casa de Cultura Itaim Paulista.

A mostra homenageia o movimento de travestis e transexuais e faz menção à campanha “Travesti e respeito: já está na hora dos dois serem vistos juntos. Em casa. Na boate. No trabalho. Na vida”, realizada pelo Ministério da Saúde em 2004. Promovida com o objetivo de incentivar a inclusão social e engajar as pessoas na luta pelo respeito a este segmento social, a campanha marcou o dia 29 de janeiro – que desde então é reconhecido nacionalmente como o Dia da Visibilidade Trans.

As obras mostram, das mais variadas formas, retratos do cotidiano de pessoas trans. A exposição contará com 40 fotos, todas assinadas por Eduardo Moraes e sob curadoria de Franco Reinaudo.

“O T da Questão” permanecerá em cartaz até o dia 28 de fevereiro, no Centro de Cultura, Memória e Estudos da Diversidade Sexual, localizado na Estação República do Metrô/SP. O espaço, inaugurado em junho de 2012, foi criado por decreto do Governador Geral Alckmin e visa resgatar a história do movimento LGBT, além de ser uma referência para cidadãos e artistas, que propiciam maior visibilidade para a diversidade sexual por meio de suas obras.


Sobre o artista

Formado pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), Eduardo Moraes é fotógrafo e jornalista. Trabalhou como colunista e colaborador em revistas como G Magazine, Sex Symbol, Bonekas e Super T, além de contribuir em sites como a G Online e World G News. Hoje, Eduardo trabalha no site Abalo e realiza há 10 anos projetos voltados para o segmento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). Ele também cobriu a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo ao longo de mais de uma década e meia.


Serviço:


O T da Questão

Quando: 13 de setembro a 29 de setembro de 2013

Horário de funcionamento: Segunda a Domingo das 09h às 21h

Local: Casa de Cultura Itaim Paulista
Rua: Barão de Alagoas, 340 - Itaim Paulista
Telefone: 2963-2742

Fotos: Eduardo Moraes

Curadoria: Franco Reinaudo

Grécia inclui identidade de gênero e orientação sexual em lei de crime de ódio

Identidade de gênero incluída em lei contra crime de ódio na Grécia


'Identidade de gênero' é nomeada pela primeira vez em lei grega. Pessoas transg~enero agora serão legalmente protegidas contra crimes de ódio

08 MARCH 2013 | BY ANNA LEACH 
GayStarNews 
Traduzido por Sergio Viula


Sugerido por https://x.com/WoolfVir?mx=2




'Identidade de gênero' foi nomeada pela primeira vez no sistema legal grego, como um grupo protegido pela legislação contra crimes de ódio.

A mudnaça no Artigo 66 das Emenda do Código Penal foi introduzia pelos Congressistas de oposição Vassiliki Katrivanou e Aphrodite Stabouli, porta-voz do Syriza, a coalizão para a esquerda radical.

O Ministro da Justiça, Antonis Roupakiotis, aceitou a emenda, de modo que a legislação agora diz::

'Executar um ato motivado por ódio nacionalista, racial ou religioso, ou ódio devido à diferentes orientação sexual ou identidade de gênero contra a vítima, é considerado como uma circunstância agravante e a sentença não pode ser suspensa.'

O Grupo de Apoio aos Transgêneros Gregos disse que a emenda foi "uma primeira vitória para a comunidade trans".

O grupo fez a seguinte declaração:

'Além da legislação sobre crimes de ódio, acreditamos que esse dia seja muito importante para a comunidade trans grega, uma vez que é a primeira vez que o termo 'Identidade de Gênero' foi usado no contexto do Sistema Jurídico Grego e, portanto, consideramos esta uma primeira vitória da comunidade trans."

III Semana de Gênero e Sexualidades da Unifesp - Setembro/2012

III Semana de Gênero e Sexualidades da Unifesp






Política, Gênero e Sexualidade: tensões e diálogos
De 17 a 21 de Setembro de 2012


Já estão abertas as inscrições para a III Semana de Gênero e Sexualidades da Unifesp! Neste ano o tema é “Política, Gênero e Sexualidade: tensões e diálogos” e a grande novidade é a inscrição também para Atividades Culturais, além das inscrições em Comunicações Orais, como no ano anterior. Podem se inscrever pesquisador@s de graduação e pós-graduação, independentes, vinculad@s a outros tipos de instituições ou a movimentos sociais.

Isso também vale para grupos que desenvolvam algum tipo de trabalho não necessariamente textual sobre gênero e sexualidades, tais como performances, leituras dramáticas, peças de teatro e dança, vídeos e filmes, apresentações musicais, mostras visuais, etc.

As inscrições deverão ser feitas exclusivamente no site do evento, https://segensex3.blogspot.com/, e se encerrarão no dia 10 de Junho de 2012! O evento ocorre na semana de 17 a 21 de Setembro de 2012. Não percam o prazo!


Participe, compareça, divulgue!

Realização:

MAPÔ - Núcleo Intedisciplinar de Estudos de Gênero, Raça e Sexualidades da Unifesp

Site: http://mapounifesp.webnode.com/
E-mail: unifespmapo@gmail.com
Blog: http://blogdomapo.blogspot.com.br/
Twitter: https://twitter.com/#!/MAPOUnifesp
Facebook: http://www.facebook.com/pages/MAP%C3%94-N%C3%BAcleo-de-Estudos-de-G%C3%AAnero-Ra%C3%A7a-e-Sexualidades-da-Unifesp/128354280584626

Verdadeiras e Verdadeiros Transexuais Precisam ter a Chance de Fazer a Operação de Mudança de Sexo. Porém, ...

Roberta Close

Por Sergio Viula


A operação para mudança de sexo nunca foi tão acessível! E isso é uma tremenda conquista para a parte da população brasileira denominada transexual. Muito disso, porém, se deve à atuação do presidente Lula e seus ministros. Só as pessoas transexuais sabem quanto dói ter uma psique que não combina com o corpo – psique e soma não se harmonizam até que a pessoa transexual passe pela devida adequação do físico ao psíquico. Daí a importância dos tratamentos e das operações para mudança de sexo.

Dou todo meu (singelo) apoio a essas pessoas que finalmente alcançam paz existencial quando completam, com êxito, esse processo.

A maioria das transexuais anda entre nós, sem que percebamos facilmente que são transexuais, tamanha a identificação do aparente (o corpo) com o essencial (a identidade). Outras pessoas, por fatores genéticos e por questões de idade, dependendo de quantos anos têm quando começam o tratamento para a adequação do corpo, podem ainda ser notadas como algo entre o masculino e o feminino, apesar da mudança de genitália. Isso não faz diferença em termos de quão transexual alguém realmente é, se podemos dizer assim.

Logicamente, a pessoa pode ser verdadeiramente transexual, independentemente da aparência, porque o fenômeno da transexualidade é primeiramente intrínseco, e só depois se mostra externamente (ou não).

Dizendo isso, introduzo aqui uma distinção: existem verdadeiros transexuais e existem pessoas que procuram na operação de mudança de genitália uma forma de adequar sua homossexualidade (o máximo possível) à heterossexualidade normativa. Homossexualidade e transexualidade são duas coisas distintas.

Homossexual é o indivíduo, homem ou mulher, que se sente atraído por pessoas do mesmo gênero: homem por homem e mulher por mulher. Transexual é o indivíduo, homem ou mulher, que não se sente pertencente ao gênero que seu sexo biológico aparentemente lhe confere, ou seja, sente-se mulher, apesar de ter pênis, ou homem, apesar de ter vagina, e sofre por causa dessa diferenciação quando entra em contato com os próprios órgãos genitais, mesmo em situações simples como no ato de vestir-se, tomar banho, urinar.

Enquanto um homem gay pode curtir muito prazer com sua genitália (o mesmo valendo para uma mulher gay), o/a transexual - como tradicionalmente definido/a - não obtém prazer algum de sua genitália. Tudo que ela/ela sente pelo próprio órgão sexual é desgosto e repúdio. Essas pessoas, que são verdadeiramente transexuais, precisam da operação, dos tratamentos hormonais, do acompanhamento psicológico, médico, etc., até chegar ao final do processo, que geralmente leva uns dois anos, em média.

Todavia, existem aquelas pessoas que, movidas pela mídia e por toda propaganda que se faz em torno da operação de mudança de sexo, pensam ser essa a solução para uma questão de outra ordem. Essas pessoas (homossexuais, não transexuais verdadeiramente), premidas por diversos preconceitos introduzidos ao longo da infância, adolescência e que ainda podem acompanha-los na fase adulta, acabam vendo na operação de mudança de sexo, uma via de escape dos problemas que enfrentam por não gostarem de transar com pessoas do outro sexo. Sua afetividade é homossexual, mas acreditam que se mudarem de genitália estarão finalmente livres do preconceito que as persegue desde sempre. Neste caso, a operação é mera e trágica amputação, podendo gerar problemas futuros, inclusive arrependimento de ter operado. A operação, contudo, é irreversível, e por isso mesmo, não pode ser banalizada. Se alguém objetar que um pênis pode ser reimplantado, por exemplo, vale lembrar que ele muito provavelmente passará a ser mero objeto de decoração entre as pernas, porque não funcionará como funcionava antes: com ereções, sensações e ejaculações. Pode ser que a ciência ainda avance ao ponto de eliminar esse dilema.

Todavia, não se pode negar a um/uma transexual genuíno/a seu pedido de adequação por meio da operação, e tratamento para a transição entre sexos. Isso condenaria tal pessoa à completa infelicidade durante toda a sua existência. Uma vez que a medicina coloca essa possibilidade, como já fez com tantas outras, diante de nós, deve-se usar esse recurso para o bem dessas pessoas e, consequentemente, para maximizar os índices de felicidade de toda a sociedade, no final das contas. As operações estão cada vez mais avançadas, e, contudo, ainda existem muitos contratempos para o funcionamento pleno dos órgãos modificados, especialmente quando se passa da vagina ao pênis: tamanho e impossibilidade de ereção são duas dessas dificuldades. Em ambos os casos, também existe o problema da impossibilidade da produção de sêmen pelo transexual que fez a transição para homem e a impossibilidade de ovulação e gravidez pelo transexual que fez a transição para mulher.

Além disso, ainda existem muitos problemas de ordem legal e burocrática a serem resolvidos: documentação, direitos plenos como membro do gênero com o qual se identificam, casamento com pessoa do outro sexo, etc. Lógico que tudo isso ainda pode ser resolvido, mas enquanto ainda persistirem esses obstáculos, a pessoa transexual, mesmo já operada, e com toda a transição feita, ainda vai encontrar inúmeros problemas para sentir-se plenamente homem ou mulher, de acordo com seu caso. Todas essas questões, porém, podem ser resolvidas com legislação nova e apropriada.

Pensadas essas questões, não se pode negar que pessoas como Roberta Close, a transexual mais famosa do mundo, sentem-se muito mais felizes quando já fizeram todo o processo de transição, incluindo a mudança de genitália. Roberta foi muito corajosa desde sempre. E as transexuais brasileiras devem muito a ela em termos de conquistas de direitos, inclusive o de operar pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Roberta Close teve que fazer a operação fora do Brasil, porque aqui ainda não era permitido. E se dependesse da insensibilidade dos fundamentalistas e moralistas reacionários, essa parcela da população continuaria esquecida, só sendo lembrada quando chegavam ao cúmulo do sofrimento existencial e tentavam se automutilar, cortando a própria genitália, no caso das transexuais que nasceram com pênis e almejavam ter vagina.



Roberto quando era criança (à esquerda) e depois como Roberta Close,
 já em transição, antes mesmo da operação.



Por tudo isso, parabéns a todos/todas os/as transexuais que lutaram tão bravamente por seus direitos e, não só conquistaram a possibilidade da adequação genital, mas também contribuíram para tornar a sociedade um ambiente existencialmente mais feliz, belo e equilibrado. Lembrando que uma transexual pode ser pré, pós ou nunca operada e deve ser respeitada no gênero com o qual se identifica a despeito de qualquer procedimento médico.

A decisão pelos procedimentos transexualizantes deve ser sempre da pessoa transexual. Os profissionais devem apenas indicar os melhores caminhos para o atingimento dos objetivos das pessoas transexuais em relação a seu próprio corpo. Nenhum profissional, seja qual for o campo, pode legitimamente dizer quem é e quem não é transexual.

Agora, você que é homem gay ou mulher lésbica, como diriam hoje "cis", ou seja, não é transmulher ou transhomem, supere a auto-homofobia e o preconceito homofóbico alheio, e seja feliz como homem que ama homens ou mulher que ama mulheres, e aprenda a usufruir todo prazer que seu corpo lhe proporciona.

É sempre bom lembrar que as pessoas transexuais podem ser homo, bi ou hetero. Orientação sexual e identidade de gênero são coisas distintas.

Por isso mesmo, homofobia internalizada não se cura na mesa de cirurgia. Se você é gay ou lésbica, aceite-se, ame-se, e orgulhe-se do seu amor! Se você é trans, faça o que considerar melhor para viver plenamente sua identidade e para viver o seu amor, seja ele por alguém do mesmo gênero, de outro gênero ou dos dois. ;)

Resumindo: Felicidade é viver de acordo com aquilo que melhor traduz você mesmo/mesma!

Seja feliz!







Leia: Crianças Transgêneres 👈👈👈


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