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Finados: Portal Homofobia Mata abre seu banco de dados (via Eduardo Michels)

 

Nota: Essa postagem foi feita pela primeira vez em 02 de novembro de 2019, porém, ddevido a um problema que estava impedindo seu aparecimento nas buscas do Google, eu decidi eliminar a anterior e fazer essa nova. Agora, qualquer pessoa poderá achá-la nas buscas. A postagem é a mesma, mas vale a pena dar uma olhada se você não viu ainda, especialmente na entrevita lá no vídeo lá embaixo.


Via Eduardo Michels, pesquisador

Fonte: https://www.facebook.com/eduardo.michels.5 



Neste Dia de Finados dedicamos o nosso reconhecimento às pessoas queridas que se foram de forma tão cruel, que estão em nossas memórias permanentemente a guardar todo o nosso amor na saudade daqueles que amamos e de quem nunca esqueceremos!

LGBT+ MORTOS NO BRASIL – 2011/2018
Os crimes de ódio, também chamados de crimes motivados pelo preconceito, são crimes cometidos quando o criminoso seleciona intencionalmente a sua vítima em função de esta pertencer a um certo grupo.

Homofobia no Brasil ainda é um problema presente e constante, havendo estatísticas compiladas pelo site Homofobia Mata que sugerem que o Brasil é o país com a maior quantidade de registros de crimes homofóbicos do mundo, seguido pelo México e pelos Estados Unidos.

De acordo com o site, um homossexual é morto a cada 28 horas no país por conta da homofobia (assassinatos e suicídios) e cerca de 70% dos casos dos assassinatos de pessoas LGBT ficam impunes. O país teve mais de 2.700 assassinatos homofóbicos ou transfóbicos entre 2011 a 2018, e desde 2008 concentra quase metade do total de homicídios de transexuais do mundo, de acordo com o relatório da organização europeia Transgender Europe.


CONFIRA: https://homofobiamata.wordpress.com/inicio/

Eduardo Michels foi pesquisador do GGB por oito anos. O site Homofobia Mata, agora chamado HomoTransfobia Mata, foi criado por ele, bem como toda uma nova maneira de pesquisar e de publicar os casos de homofobia e transfobia letal no Brasil. 

Para saber mais, assista uma entrevista feita com o autor das pesquisas em seu período mais elaborado acesse esse vídeo no meu drive: 


https://drive.google.com/file/d/1S5uqeApqxXI97NBcEigAmDRoYF656zNy/view?usp=sharing

TV norueguesa entrevista Eduardo Michels e fala sobre homofobia no Brasil




Por Sergio Viula


Eduardo Michels e Flavio Miceli são um casal que compartilha a vida há 23 anos. Os dois ganharam visibilidade nacional e internacional a partir de uma agressão sofrida no dia 21 de abril de 2017. Atualmente, Eduardo tem 65 anos e Flavio, 63. Os dois foram entrevistados para a maior rede de notícias da Noruega nesse mês de dezembro. A matéria foi ao ar no dia 24.



Agressão homofóbica


Eduardo e Flavio foram agredidos por vizinhos que faziam uma festa numa vila de casas na Tijuca, bairro da zona norte do Rio de Janeiro. Segundo Eduardo, os agressores eram pastores, membros de igrejas evangélicas e milicianos, os quais, além de atacarem os dois fisicamente, gritavam palavras de ódio usando o nome de Jesus. 

Ainda segundo Eduardo, quando os policiais chegaram ao endereço para controlar a situação, agiram como se fossem amigos do principal agressor, que, além de pastor, era policial também. Com a presença da patrulha, contudo, as agressões cessaram.

Durante três meses, Eduardo ficou impedido de entrar em casa e de ter acesso a seus pertences. Isso só foi resolvido quando a Dra. Maria Eduarda Aguiar conseguiu uma ordem judicial e acompanhou Michels com força policial. Posteriormente, Nélio Georgini, coordenador da CEDS-Rio (Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual), mobilizou setores da prefeitura a fim de oferecer alguma proteção ao casal. Com o apoio da CEDS-Rio, a rua foi fechada e, sob escolta, os dois puderam ter acesso ao imóvel novamente para retirarem suas coisas.


Nenhuma ONG para assumir o caso

Desde o começo, Eduardo e Flavio sofreram abusos e descaso. Na delegacia, tiveram dificuldades para registrar a ocorrência. Sem advogado que os orientasse e sem o apoio efetivo de qualquer ONG, os dois ficaram à deriva até que a advogada e transexual Dra. Maria Eduarda Aguiar se ofereceu para defendê-los. Foi graças a ela que os agressores se viram impedidos de reverter o processo para acusar as vítimas em vez de responderem pelo que fizeram. Infelizmente, Eduardo e Flavio nunca receberam qualquer indenização, nem mesmo o reembolso de seu depósito caução, creditado em favor da imobiliária quando da contratação de aluguel da casa onde ocorreu a agressão. O caso foi simplesmente arquivado pelo juiz.


Desdobramentos da violência sofrida

Por causa dos golpes sofridos e de toda a angústia decorrente das agressões e do processo, Flavio e Eduardo acumularam vários problemas de saúde.

Apesar de Eduardo ter se tornado conhecido do grande público a partir dessa violência, sua atuação em favor da comunidade LGBT é antiga. Entre 2010 e 2018, Eduardo Michels foi o pesquisador responsável pelo relatório anual de crimes homofóbicos e transfóbicos publicado pelo GGB (Grupo Gay da Bahia). Eduardo também criou e mantem a hemeroteca e o banco de dados sobre homotransfobia vinculados ao site Homofobia Mata (https://homofobiamata.wordpress.com/), que traz informações detalhadas sobre crimes de ódio contra LGBT. 

Como não recebia qualquer apoio financeiro para realizar esse trabalho, apesar dos custos para sua realização, e devido ao sofrimento emocional causado pelo acompanhamento diuturno dos casos de homotransfobia no Brasil, Eduardo anunciou o encerramento de sua atividade como pesquisador dos casos de LGBTfobia no final de 2018. O relatório que saiu no início de 2019 (ref. 2018) foi seu último.

A atuação de Eduardo Michels no campo dos Direitos Humanos, todavia, é anterior ao seu trabalho de pesquisa sobre crimes de ódio  contra LGBT. Eduardo trabalhou com a Dra. Nise da Silveira (https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2019/09/quem-foi-nise-da-silveira-psiquiatra-que-humanizou-os-tratamentos-no-brasil.html) para a humanização dos tratamentos psiquiátricos no Brasil. Essa luta ficou conhecida como movimento antimanicomial, derivado de uma série de eventos políticos globais e baseado no discurso do médico italiano Franco Basaglia (http://www.revistahcsm.coc.fiocruz.br/franco-basaglia-biografia-de-um-revolucionario/).


Repercussão internacional

Logo depois da agressão sofrida em 2017, o jornalista norueguês Arnt Halvard Stefansen entrevistou Eduardo e Flavio. Agora, três anos depois, Stefansen produziu nova matéria com o casal, que foi publicada tanto em formato impresso como em formato televisivo através da emissora NRK, empresa de propriedade do governo norueguês e maior organização de mídia da Noruega.

Eduardo e Flavio continuam firmes, apesar de todos os sofrimentos pelos quais têm passado. Suas vozes continuam sendo ouvidas dentro e fora do país. 

Veja um print da capa da matéria impressa abaixo:






- INCENTIVA OS HOMOFÓBICOS


O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, fez repetidamente comentários depreciativos sobre as minorias sexuais. Em uma conferência aqui no Rio no mês passado, ele comentou sobre sua oposição a medidas rígidas de corona - da seguinte forma:


- Todos vamos morrer um dia. Todo mundo deve morrer. Não podemos fechar os olhos para a realidade. Devemos deixar de ser um país de gays, disse Bolsonaro....


Flavio Micelli continua lesionado após o ataque, mas não recebe qualquer indemnização.


FOTO: ARNT STEFANSEN / NRK Ver menos



Assista também a um dos programas veiculados na NRK no vídeo (legendado):

OS HORRORES DE SER LGBT+ NO BRASIL - 2020  -  https://vimeo.com/496396673 

No YouTube, o vídeo encontra-se aqui: https://youtu.be/dJErkOfB_MU

Fontes:

Matéria escrita: Brasil: Et drap i døgnet på grunn av seksuell legning – NRK Urix – Utenriksnyheter og -dokumentarer - https://www.nrk.no/urix/brasil_-et_drap-i-dognet-pa-grunn-av-seksuell-legning-1.15301393


Matéria televisiva: NRK TV – NRK Nyheter – 22. des. kl. 12:00

https://tv.nrk.no/serie/nyheter/202012/NNFA12122220/avspiller 



Exclusivo: pesquisador do GGB deixa ofício

HOMOFOBIA MATA 
(www.homofobiamata.wordpress.com)





EXCLUSIVO
Por Sergio Viula
Blog Fora do Armário



Nesta entrevista feita por Sergio Viula, exclusivamente para o Blog Fora do Armário, Eduardo Michels nos conta um pouco de sua trajetória e de seu trabalho pesquisando e produzindo o relatório GGB sobre mortes por LGBTfobia nos últimos oito anos, que agora entrega de volta ao fundador do GGB (Luiz Mott). Assista e sinta um pouco da leveza dessa conversa que tomou o final da tarde e parte da noite de domingo passado, dia 31 de março de 2019. 

Na segunda parte da entrevista, que você poderá ver logo abaixo, Eduardo e Flávio nos contam como se conheceram e nos falam um pouco de seu relacionamento ao longo dos últimos 22 anos. Eles também compartilham detalhes sobre o ataque homofóbico que sofreram no bairro da Tijuca, local onde moram no Rio de Janeiro. Não deixe de assistir, pois você verá muito mais do que a imprensa mostrou quando cobriu o caso. Acredite, você vai rir e se emocionar com este relato. 

Assista ao vídeo através desse link:

https://drive.google.com/file/d/1S5uqeApqxXI97NBcEigAmDRoYF656zNy/view?usp=sharing

Sobre a criminalização da homofobia



Este foi um texto que eu coloquei num fórum no orkut. Achei válido colocá-lo aqui para reflexão.


Sobre a criminalização da homofobia


Por Sergio Viula


Quando se fala em criminalização da homofobia, as pessoas pensam logo em coisas como o direito de abraçar ou beijar o namorado (ou a namorada, no caso das lésbicas) em público. Mas será que essa deveria ser nossa primeira imagem do que significa combater a homofobia? Não que isso não possa estar no pacote, mas será que deveria ser a nossa mais forte impressão pessoal a respeito do assunto?

Quando penso em quantos homossexuais sofrem agressões violentas, indo parar no hospital ou no necrotério por causa de grupos homofóbicos extremistas; ou quando penso nas pessoas que perdem seus empregos apenas por assumirem um relacionamento fixo com alguém do mesmo gênero (caso de duas professoras, no ano passado, apresentado no Fantástico); ou quando penso no sofrimento dos viúvos ou viúvas que viveram anos com seus parceiros e que são literalmente expulsos de casa, sem direito a nada, quando algum parente — que desprezou o falecido a vida inteira por ser gay — se mete a herdeiro único; ou quando penso nas crianças que são agredidas dentro de casa por serem homoafetivas, ou nos adolescentes e jovens que são expulsos por terem sido descobertos homossexuais ou por terem voluntariamente assumido sua homoafetividade... Quando penso em tudo isso, a última coisa que me vem à mente é que a lei anti-homofobia seja importante para que eu possa beijar meu namorado em público. O que me vem à mente é que essa e outras leis semelhantes são de urgência máxima para manter o direito e a dignidade dos cidadãos homossexuais contra aqueles que querem espezinhá-los pelo prazer de vê-los sofrer.

A pergunta que eu lanço é a seguinte: por que os homossexuais e suas ONGs estão tão passivos quanto a isso? Falar nisso na Parada Gay e recolher assinaturas somente não é suficiente. Já temos algumas leis estaduais e municipais no Rio de Janeiro que são grandes conquistas — talvez em outras cidades também. No Judiciário, muitas lutas por adoção têm sido vencidas por pais e mães gays. Temos a parceria civil. Mas ainda falta...

O que falta pra você, como cidadão gay? E se você não é homossexual, o que você acha que ainda falta ao Brasil em termos de cidadania plena, especialmente no caso dos homossexuais?

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