Mostrando postagens com marcador filhos de pais gays. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador filhos de pais gays. Mostrar todas as postagens

Homens gays cada vez mais têm filhos através de barriga solidária

Homens gays cada vez mais têm filhos 
através de barriga solidária


Traduzido e adpatado por Sergio Viula
Texto original por Nara Schoenberg
http://www.chicagotribune.com/lifestyles/health/sc-gay-men-having-babies-health-1130-20161123-story.html



Cliff Hastings e Ron Hoppe-Hastings com seus filhos gêmeos de 11 meses, Alexandra e Sydney, concebidos com a ajuda de uma doadora de óvulos e gestados no útero de uma mãe de "barriga solidária". Cada vez mais, os homens gays estão recorrendo a doadoras de óvulos e "barrigas solidárias" para terem filhos. (Zbigniew Bzdak/Chicago Tribune) 



Cliff Hastings e Ron Hoppe-Hastings disseram seus votos em 2011 durante uma cerimônia de união civil. Mais tarde, eles tornaram-se pais juntos.

"Choramos copiosamente," disse Hastings, 41 anos. O tema da paternidade era emocionalmente tocante para eles. Os dois realmente queriam ter filhos, mas havia uma questão: "Não sabíamos quais eram as opções. Ambos pensávamos que ter filhos poderia ser mais uma espécie de sonho do que uma realidade de fato."

Hoje, Hastings e Hoppe-Hastings são pais orgulhosos de duas meninas gêmeas com 11 meses de idade. Elas foram concebidas através de óvulos doados e gestados através do que se costuma chamar "barriga solidária" (quando uma mulher se dispõe a cultivar o óvulo fertilizado por outras pessoas, carregando-o em seu próprio útero). Até recentemente, esse processo era muito comum para casais heterossexuais que não podiam ter filhos por motivos relacionados à fertilidade ou à saúde. Agora, cada vez mais casais gays recorrem a essa técnica.

Não existem registros exatos de quantos homens gays estão tendo filhos através de fertilização in vitro e barriga solidária, mas observadores dizem que este número está crescendo.

Uma pesquisa informal sobre clínicas de fertilidade em mais de 10 cidades americanas feita pelo jornal Chicago Tribune através do site FertilityIQ (www.fertilityiq.com), uma página onde os pacientes avaliam seus médicos de fertilidade, descobriu que 10 a 20 por cento dos óvulos doados estão indo para homens gays que desejam ter filhos via "barriga solidária", e em muitos lugares os números subiram 50 por cento há cinco anos.

O custo continua sendo uma grande barreira, de acordo com o co-fundador do FertilityIQ Jake Anderson, com valores cobrados de homens gays que variam entre 100 mil dólares e 200 mil dólares.

O casal Hastings e Hoppe-Hastings pensou em adotar os filhos que desejavam ter, mas, algo mudou o curso das coisas: Cerca de três anos atrás, uma das colegas de turma de Hasting dos tempos de ensino médio postou fotos em seu Facebook. Ela estava grávida, e quando Hasting a parabenizou, ela explicou que tratava-se de "barriga solidária", e que estava carregando o bebê de um casal heterossexual. A amiga colocou Hastings em contato com a mesma agência que havia preparado tudo para que ela fosse "barriga solidária" para aquele casal. A organização era a Family Source Consultants em Chicago.

Desde o primeiro encontro com a agência, ele diz que sentiu que era o que devia fazer.

Houve alguns impasses também. A primeira doadora de óvulo escolhida pelos pais não passou no exame psicológico. Depois, a primeira "barriga solidária" que eles escolheram, que era uma mulher casada e mãe, moradora de Indiana, concordou em carregar seus bebês, mas depois de algumas semanas, ela mesma enviou uma mensagem de texto para Hastings. Sua igreja não havia aprovado que ela fosse "barriga solidária" para um casal homoafetivo. Ela recuou.






10 a 20% dos óvulos doados geram filhos para casais gays.



"Aquilo foi difícil para nós", diz Hoppe-Hastings, 32 anos, um pai "dono-de-casa" que, junto com Hastings, treina o time campeão de garotas na Faculdade Parkland. "Nós quase nos sentimos como se tivéssemos perdido os bebês de certa maneira, porque já estávamos adiantados no processo, e então tivemos que voltar à estaca zero."

Os pais ficaram um mês sem fazer nada em relação à gravidez, mas quando retomaram o processo, parece que tudo simplesmente fluiu.

"Nossa mãe de 'barriga solidária' e o doador do óvulo simplesmente parecem ter caído no nosso colo através da agência," diz Hoppe-Hastings. "Nós as entrevistamos no mesmo dia e simplesmente nos apaixonamos por ambas, então tudo funcionou perfeitamente."

Os óvulos foram extraídos da doadora e fertilizados. Então, dois dos melhores embriões foram implantados no útero da "mãe solidária"; um deles biologicamente pertencente a Hastings e o outro pertencente a Hoppe-Hastings.



Porém, houve mais acidentes de percurso: As garotas nasceram com 6 meses de gestação e tiveram que passar 19 dias na unidade neonatal do hospital. Hoppe-Hastings foi até Chicago para estar com suas filhas e foi hospedado pela Casa Ronald McDonald. O plano de saúde da companhia inicialmente considerou a hospitalização dos bebês como "fora da cobertura", uma discriminação dispendiosa que acrescentou stress aos pais.

No final, porém, tudo funcionou. A empresa do plano de saúde cedeu e as garotas foram para casa em paz.

Hoje, as meninas estão engatinhando e aprendendo a andar.

"Elas são perfeitamente saudáveis," disse Hastings. "Elas são gigantes. O médico fica constantemente surpreso de que ela sejam prematuras."


Dois pais e cinco filhos: natal de uma família homoparental em SP

Casal gay vai passar primeiro Natal com cinco filhos em Angatuba, SP

Há seis meses, as crianças estão definitivamente com os pais.
A guarda foi dada por um juiz do Rio de Janeiro.


Leandro e Miguel com seus filhos


Do G1 Itapetininga e Região
https://g1.globo.com/sao-paulo/itapetininga-regiao/noticia/2011/12/casal-gay-vai-passar-primeiro-natal-com-cinco-filhos-em-angatuba-sp.html


Natal é uma data que mexe com a os sentimentos de todo mundo. Uma família de dois pais e cinco filhos pela primeira vez vai festejar a data em Angatuba, interior de São Paulo. Os pais são gays, as crianças foram adotadas e o amor é o mesmo de todas as famílias que vão celebrar o Natal.

Desde de que se tornaram legalmente filhos de Leandro e Miguel, a vida das cinco crianças mudou bastante. Carinho, afeto, companheirismo e respeito são a base da educação que os novos pais querem transmitir aos filhos.

Todos se reuniram para ajeitar os últimos enfeites da árvore da Natal. Muitos presentes chegaram antes como carrinhos, bonecas e até mesmo uma cachorrinha, o mais novo membro e xodó da família.

O clima de Natal tomou conta do lar. E os filhos estão ensaiando uma apresentação musical surpresa para os pais.

Seis meses depois de estarem definitivamente com os pais, as crianças encontraram no interior de São Paulo tudo aquilo o que realmente precisam. Além do sossego, tranqüilidade e muito espaço para brincar. Alegria virou palavra de ordem.

Quem observa a tranqüilidade toda pela primeira vez nem desconfia que Leandro Fantone Santana e Miguel Fantone Santana enfrentaram grandes obstáculos no passado. Foram meses de tensão e uma longa espera antes de conseguir na justiça a guarda definitiva das crianças concedida por um juiz do Rio de Janeiro. Mas, os momentos difíceis foram superados e agora a família está estruturada.

Um em cada quatro casais gays americanos está criando filhos

Famílias Gays nos EUA: Um Retrato das Mudanças na Estrutura Familiar e a Ascensão das Famílias LGBTQ+


Colagem feita por Sergio Viula a partir de fotos disponíveis na Internet.


Big Gay News
24 de junho de 2011


Estima-se que um quarto de todos os casais do mesmo sexo estão criando filhos nos EUA, de acordo com as informações do U.S. Census (censo americano), o que fornece um dos primeiros retratos da família gay americana. Pela primeira vez na história, o censo conta os casais do mesmo sexo e seus filhos, e destaca estado por estado, revelando que mais famílias gays estão sendo formadas no Sul.  


Nos últimos anos, temos acompanhado uma mudança significativa na estrutura familiar nos Estados Unidos. Um dado importante do U.S. Census (censo americano) revela que, pela primeira vez, os casais do mesmo sexo e seus filhos foram contados em um levantamento oficial. E a descoberta é surpreendente: estima-se que um quarto de todos os casais do mesmo sexo nos EUA estão criando filhos.

O Crescimento das Famílias Gays

De acordo com o U.S. Census, a inclusão dos casais do mesmo sexo no levantamento demográfico é uma das primeiras iniciativas a fornecer um retrato claro da composição dessas famílias. O que antes poderia ser uma realidade marginalizada ou invisível, agora está sendo reconhecido com dados que refletem as novas dinâmicas sociais e familiares da comunidade LGBTQ+.

Além disso, um estudo do Williams Institute, faculdade de direito da UCLA especializada em questões LGBTQ+, aprofundou o levantamento, revelando dados interessantes. Por exemplo, em estados como o Havai e o Alabama, 27% e 23% dos casais do mesmo sexo estão criando filhos, respectivamente. Isso é significativo, especialmente em estados do Sul dos EUA, onde a aceitação da comunidade LGBTQ+ tem sido historicamente mais desafiadora.

A Diversificação das Famílias no Sul

O aumento de casais do mesmo sexo criando filhos no Sul dos Estados Unidos pode ser considerado uma verdadeira revolução cultural. Em estados como o Alabama, conhecidos por sua postura conservadora e religiosa, os casais gays estão começando a criar filhos em um número mais expressivo, desafiando as normas tradicionais de formação familiar. A tendência no Havai, por outro lado, reflete uma realidade diferente, mas igualmente importante, já que as famílias LGBTQ+ têm encontrado um espaço maior para crescer e florescer.

Esses dados são extremamente reveladores e devem ser vistos como um reflexo da crescente aceitação, mas também das questões que ainda persistem. Para muitos casais do mesmo sexo, formar uma família é um processo que envolve não apenas o desejo de ter filhos, mas também uma batalha por reconhecimento e direitos. A inclusão de casais gays nas estatísticas oficiais é um passo fundamental nesse caminho de visibilidade e aceitação.

Desafios e Barreiras para as Famílias LGBTQ+

Apesar dos avanços, a luta das famílias LGBTQ+ nos Estados Unidos não está concluída. Apesar do crescente número de famílias gays em diversas regiões, muitas ainda enfrentam discriminação, desafios legais e sociais. Em alguns estados, casais do mesmo sexo ainda precisam lutar para garantir seus direitos parentais, especialmente quando se trata de adoção e reconhecimento de ambos os pais ou mães.

Ademais, a questão da saúde mental e do bem-estar de crianças em famílias LGBTQ+ também tem sido um tema de debate. Diversos estudos indicam que crianças criadas por casais do mesmo sexo não enfrentam maiores dificuldades do que aquelas criadas em famílias heterossexuais, desde que o ambiente seja estável e amoroso. No entanto, a sociedade ainda precisa superar preconceitos e estigmas para permitir que essas crianças cresçam sem as barreiras psicológicas impostas pela discriminação.

A Importância da Visibilidade

O impacto do censo americano e dos estudos realizados pelo Williams Institute é inegável, pois são os primeiros passos para construir uma sociedade mais inclusiva e menos polarizada. A visibilidade dessas famílias ajuda a combater estereótipos e desinformações, além de contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas que protejam os direitos das famílias LGBTQ+.

A luta pelos direitos civis e pela aceitação das famílias gays nos Estados Unidos reflete uma batalha global que se estende por diversas nações, com a comunidade LGBTQ+ buscando reconhecimento e igualdade de direitos em diferentes contextos. No Brasil, por exemplo, a questão das famílias LGBT também é um tema em ascensão, com muitas famílias ainda enfrentando desafios similares aos vividos nos EUA.

A Caminho da Igualdade

Embora ainda haja um longo caminho a percorrer, o simples fato de que dados oficiais estão sendo coletados e divulgados sobre as famílias gays é um grande passo em direção a uma maior aceitação e compreensão. O futuro promete mais representatividade e, com isso, um apoio maior para que casais do mesmo sexo possam criar seus filhos sem medo de discriminação.

Por enquanto, devemos continuar celebrando os avanços e lutando para garantir que todas as famílias, independentemente de sua composição, tenham o direito de serem tratadas com respeito, dignidade e igualdade.


Referências:

U.S. Census Bureau
Williams Institute – UCLA School of Law
Estudos sobre famílias LGBTQ+ e a aceitação nos EUA


-------------------------------------------------
COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Cadê aqueles profetas da desgraça que vivem dizendo que a família está em perigo? Ou que os LGBT vão destruir a família? Será que eles não tomam vergonha na cara? Será que a má-fé desses pregadores da morte é tanta que são capazes colocar a própria credibilidade (que já não é grande) em perigo de perder-se totalmente diante dos inegáveis fatos?

Esses caras que dizem que os gays vão destruir a família são geralmente os que têm as famílias mais problemáticas. Também pudera, com pais como esses fundamentalistas, quem poderia ser realmente equilibrado e feliz?

Justiça francesa reitera proibição de casamento gay



(AFP) - Há 1 dia


PARIS -- A corte constitucional francesa confirmou nesta sexta-feira a proibição vigente contra o casamento homossexual, alegando que está apenas agindo de acordo com a constituição do país.

A justiça anunciou sua decisão em resposta a uma ação apresentada por um casal de mulheres que vivem juntas há dez anos sob regime de união civil (PACS).

Elas têm quatro filhos.

A França vai contra o exemplo de outros países europeus, incluindo Portugal, Espanha, Bélgica e Holanda, que legalizaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo.


---------------------------------------
COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Se o casamento entre pessoas do mesmo sexo é tão ruim assim, por que é que nenhum membro dessa família parece infeliz?

Bem nutridos, bem vestidos, bem amados. Pode haver destino melhor para as crianças de qualquer parte do mundo do que uma família acolhedora e amável?













Essas mulheres estão de parábens! Existem muitos casais heterossexuais que não conseguem fazer a metade de tudo isso por um ou dois filhos somente, e elas conseguiram fazer por quatro!!!

Miami: Casal gay consegue adotar os filhos com quem já conviviam há seis anos

Martin Gill, à esquerda, e seu advogado Robert Rosenwald



MIAMI -- Um homem gay de Miami adotou oficialmente dois irmãos depois que ele mesmo lutou para derrubar uma antiga proibição da Flória contra adoções gays. A proibição tinha três décadas de existência.

Martin Gill e seu parceiro foram os pais de criação dos meninos durante seis anos antes que a adoção fosse finalizada na última quarta-feira.

Gill e a American Civil Liberties Union (União das Liberdades Civis Americanas) abriram um processo contra o estado, classificando a proibição como inconstitucional. A 3a. Côrte de Apelação do Distrito concordou em dar ganho de causa ao casal no ano passado. O estado decidiu não apelar.

Gill diz que está entusiasmado com o fato de serem "oficialmente uma família aos olhos da lei."

A proibição havia sido promulgada em 1977 e os registros do tribunal indicam que esta era a única lei desse tipo nos EUA.

O Departamento de Crianças e Famílias mudou seus formulários para que pais adotivos não sejam perguntados se são homossexuais.


Fonte: The Washington Post 
Tradução de Sergio Viula para o blog Fora do Armário.


----------------------------------------
COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

Martin Gill e os irmãos que agora são seus filhos
(convivência de 6 anos antes da adoção ser efetivada)


Parabéns aos pais e às crianças! Agora os primeiros têm filhos e os segundos têm pais. Poderia haver final mais feliz? Especialmente, quando fica tão claro que tudo isso é um ato de puro amor paternal.

A luta desse casal mudou a história da adoção num estado que ainda mantinha leis discriminatórias que só serviam para infelicitar quem quer adotar e quem anseia por ser adotado. Esse final feliz é também um começo feliz: o fim de uma angústia e o começo de uma vida completamente nova! No Brasil, há juízes tomando o mesmo tipo de decisão e tornando a vida mais bonita e mais feliz para muitas pessoas cujo sofrimento nem imaginamos qual tenha sido, até conseguirem um veredito justo e realmente humanitário.

Brasil ainda luta para combater intolerância contra homossexuais

Foto meramente ilustrativa.
Fonte: Internet (blog A Nova Era Gay)



Matéria apresentada no Fantástico 
Janeiro de 2011



Agora, casais do mesmo sexo podem recorrer a técnicas de reprodução assistida. No Rio, único estado com estatística oficial de agressão contra gays, foram 378 casos de homofobia em 2010.

Esta semana, o Conselho Federal de Medicina deu um importante passo contra a discriminação aos homossexuais. Agora, casais do mesmo sexo podem recorrer a técnicas de reprodução assistida para ter filhos. Antes esses procedimentos só podiam ser feitos em casais heterossexuais.

“O importante é que todas as pessoas, independente da qualidade ou do estado civil da suas uniões, tenham acesso a esta técnica”, afirmou Roberto d’Ávila, presidente do Conselho Federal de Medicina.

Este é mais um de uma série de avanços recentes no reconhecimento dos direitos de gays e lésbicas, num país que infelizmente ainda luta para combater a intolerância.

Um espancamento brutal. “Eu tenho essas marcas que estão aqui, meus dentes saíram do lugar. Eu estou sempre com a sensação de que algo de ruim vai me acontecer. Sempre em pânico”, conta Bruna Freire Silva, vítima de agressão.

Um tiro a queima-roupa. “A bala entrou aqui e saiu aqui”, lembra outra vítima.

De acordo com o Grupo Gay da Bahia, organização que monitora casos de violência em todo o país, a cada dois dias, um homossexual é assassinado no Brasil.

No Rio de Janeiro, único estado com estatística oficial de agressão contra gays, foram 378 casos de homofobia em 2010, mais de um por dia. E nove assassinatos.

“Ele foi apedrejado, ele foi torturado. O caso do Alexandre se tornou um símbolo nacional da luta contra a homofobia”, lembra Marco Duarte, primo de Alexandre. Alexandre Ivo morreu em junho deste ano.

Todos os acusados respondem em liberdade. “É um garoto de 14 anos. Ele perdeu o direito dele de viver”, destaca Marco.

A intolerância pode acontecer à luz do dia. Felipe foi expulso de um ônibus a ponta pés só porque tentava ajudar um cadeirante a embarcar. “As três pessoas que estavam reclamando se voltaram contra mim alegando que eu não era homem”, lembra ele.

Ele procurou a polícia imediatamente. Se fosse em outra época, talvez Felipe ficasse calado.

“O que acontece é que anos atrás, talvez, as famílias não assumiam que um filho que morreu de homofobia morria de homofobia. Não ia à delegacia falar: ‘meu filho é gay e morreu porque é gay’. E agora essas denúncias têm esse teor”, afirma ele.

“Como estão perdendo no âmbito da civilidade esse debate, estão partindo para o âmbito da violência, para o campo do terror e do ódio”, explica o gestor público Cláudio Nascimento.

Contra o ódio, uma festa concorridíssima. “A gente tinha pensado num evento para no máximo 30 ou 40 pessoas, uns amigos. E foram 300 pessoas”, lembra Cláudio, falando sobre seu casamento.

Como o Brasil não tem uma lei de união civil de pessoas do mesmo sexo, Cláudio e João assinaram um pacto homoafetivo. É um documento público registrado em cartório para oficializar o que a vizinhança inteira já sabia.

“É uma vida normal, como a de qualquer outro casal, com sonhos, desejos, desafios, obstáculos”, afirma Cláudio.

O Estado brasileiro também resolveu enxergar o óbvio. “Dorme, planeja a vida, paga as contas. Vê lá quanto que entrou de dinheiro no final do mês”, diz Cláudio.

A Receita Federal anunciou que casais de mesmo sexo vão poder incluir dependentes ou fazer declaração conjunta do Imposto de Renda deste ano. E uma portaria do Ministério da Previdência, enfim, decidiu tornar regra o que a Justiça já obrigava por força de liminar: homossexuais e seus companheiros terão direito à pensão e aposentadoria.

A Justiça do Rio Grande do Sul foi a primeira a determinar que ações envolvendo pensões, heranças e partilha de bens de casais homossexuais saíssem das varas cíveis e passassem a ser discutidas nas varas de família. Ou seja, o Judiciário entendeu que o caso aí era menos de uma relação de negócio e mais de uma relação de afeto entre pessoas do mesmo sexo. Isso só foi possível graças à atuação decisiva da desembargadora Maria Berenice Dias.

Heterossexual, casada cinco vezes, três filhos, e ainda assim vítima de preconceito por defender os direitos dos homossexuais.

“Parece que é uma coisa depreciativa.Tanto que todo mundo diz: ‘mas, Berenice, tu não te incomoda?’ Mas não me ofende acharem que eu sou homossexual porque eu não acho que eles sejam um segmento assim: ‘ai, que horrível!’ Para mim, em primeiro lugar não me importa o que os outros pensam a meu respeito, né?”, afirma ela.

A desembargadora aposentada Maria Berenice Dias foi a primeira a dar razão a um casal gay numa ação judicial em 2000. De lá para cá, ela já contou 808 decisões favoráveis de dezenas de juízes pelo país afora.

Para ela, só falta o Congresso Nacional mudar de comportamento. “Um fundamentalismo perverso, acho que uma postura covarde do nosso legislador que, não sei se tem medo de ser rotulado de homossexual, tem uma visão muito fechada do conceito de família, mas no Legislativo não se consegue avançar”, destaca ela.

Existem 19 projetos de lei tramitando em Brasília, inclusive, o que torna crime a homofobia. “Isso também não avança”, lembra a desembargadora.

Mesmo sem uma lei específica, por exemplo, sobre adoção de crianças por casais de mesmo sexo, pelo menos 20 sentenças já foram proferidas.

“O que a Justiça faz? A Justiça aplica a Constituição Federal que manda se ter uma proteção integral a crianças e adolescentes”, diz a desembargadora.

O Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro diz que não há qualquer risco de sequela psicológica para a criança. “As pré-condições para que uma adoção seja bem sucedida são afeto e disponibilidade dos adultos em acolher essa criança. E afeto e disponibilidade não estão relacionados à orientação sexual”, destaca Eliana Olinda, psicóloga do CRP-RJ.

“Tudo o que eu faço, desde que eu acordo até a hora que eu vou dormir, é em função da Maria Vitória. Não tem como”, afirma a funcionária pública Cristiane Carvalho Corrêa.

Cristiane adotou Vitória quando ela era bebê. Agora a companheira dela, Sílvia, entrou na Justiça para ser, legalmente, a mãe que já é na prática.

“Aí a Cris falava: ‘Não, Sílvia, feijão tem que dar escondido, põe o arroz e a carne por cima’. Todo um malabarismo na colher para esconder o feijão. Ela vai comer o feijão, ela tem que saber que tem que comer feijão, que feijão é bom para ela”, lembra Sílvia.

Uma tem coração mole. “Às vezes ela deixa fazer as coisas!”, diz Vitória. A outra contrabalança: “O quartel!”, brinca Vitória.

Se tudo der certo, Vitória terá duas mães na certidão de nascimento. Carinho em dobro, ela já tem. “Todos nós podemos viver no mesmo mundo. Não há um mundo separado”, diz Cris.

Fonte: Blog do Cláudio Nascimento

Americanos estão aceitando cada vez mais as famílias Gays


A maioria dos norte-americanos está mais aberta quando o assunto é o conceito de família, encaixando casais Homoafetivos e seus filhos na definição de família.

De acordo com estudo publicado em um livro da Fundação Russell Sage, na visão dos autores, a ideia de família está se expandindo nos EUA, deixando o ambiente social mais aberto à diversidade.

Brian Powell, professor de sociologia na Universidade de Indiana disse que o percentual de pessoas que disse ter um amigo ou parente Gay subiu dez pontos desde 2003, quando o estudo começou a ser feito.

O profissional disse que, ironicamente, as iniciativas anti-Gays dos conservadores geraram um efeito contrário. "Só a discussão sobre o assunto fez com que as pessoas se sentissem mais confortáveis", opina.

Os autores da pesquisa vislumbram "um dia no futuro próximo em que famílias Homoparentais terão aceitação por grande parte da sociedade".

Fonte: Central de Notícias Gays

Filhos de casais homossexuais vão tão bem na escola quanto as demais crianças



🏫📊 Filhos de casais gays têm o mesmo desempenho escolar que filhos de casais heterossexuais, diz estudo dos EUA


Mais uma evidência científica joga por terra um dos argumentos mais usados por quem ainda insiste em negar direitos plenos às famílias LGBTQIA+. Segundo uma pesquisa conduzida pelo sociólogo Michael Rosenfeld, da Universidade de Stanford, crianças criadas por casais do mesmo sexo têm desempenho escolar igual ao das criadas por casais heterossexuais.

Usando dados oficiais do U.S. Census Bureau (o equivalente americano ao IBGE), Rosenfeld analisou informações do censo de 2000 e observou que cerca de 7% das crianças com pais heterossexuais haviam repetido ao menos um ano escolar, contra 9,5% das crianças com pais do mesmo sexo. A princípio, isso sugeriria uma pequena diferença — mas ao analisar mais profundamente, o pesquisador descobriu que:

🟡 A diferença desaparece quando se considera o nível de escolaridade e a renda dos pais.

Casais heterossexuais, em média, tinham acesso a melhores condições socioeconômicas — fator que impacta diretamente na educação de qualquer criança, independentemente da orientação sexual dos pais. Quando essas variáveis são controladas, o desempenho escolar é praticamente idêntico entre os dois grupos.

Essa é mais uma prova do que famílias LGBTQIA+ já sabiam na prática: amor, presença, cuidado e apoio são os ingredientes mais importantes na formação de uma criança. E eles não dependem do gênero ou da sexualidade de quem cuida.

Rosenfeld reforça que o preconceito, e não a estrutura familiar em si, é o verdadeiro obstáculo que essas famílias enfrentam:

“A resistência a aceitar casais gays como pais ainda está profundamente enraizada em mitos — que agora podem ser desfeitos com dados concretos.”

 



📣 Enquanto o mundo tenta avançar na garantia de direitos iguais, é fundamental lembrar que nenhuma criança deveria ser julgada ou tratada de forma diferente por conta de quem a criou.

🌈 Amor não reprova. O preconceito, sim.

#ForaDoArmário #FamíliasLGBT #DireitosIguais #PaisGays #EducaçãoSemPreconceito #Censo #Stanford #MichaelRosenfeld #FamíliaÉAmor

Postagens mais visitadas