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RELIGIÃO: Judeus Conservadores começam a pensar em cerimônias de casamento gay



RELIGIÃO: Judeus Conservadores começam a pensar em cerimônias de casamento gay


Terça-feira, 29 Novembro 2011 
by PortugalGay.pt (Portugal)


Os Judeus Conservadores começam agora a preparar um modelo para cerimónias de casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas os rabinos têm recebido algumas críticas por seguirem demasiado de perto o modelo heterossexual.

Este ramo mais moderado do judaísmo abraçou os direitos LGB em 2006 com o reconhecimento das uniões entre pessoas do mesmo sexo.

Entretanto três rabinos têm começado a preparar o figurino da cerimónia para casais de gays e lésbicas, seguindo de perto a tradição de casais de sexo diferente, justificando que a ideia é que ambas as cerimónias sigam as mesmas normas sagradas.

O problema é que, segundo activistas LGBT, algumas das passagens das cerimónias são sexistas e criticam a falta de capacidade dos rabinos para "aproveitarem esta oportunidade para criar um liturgia mais contemporânea e menos problemática" disse Jay Michaelson do grupo LGBT judaico Nehirim em declarações ao Jewish Daily Forward.

Nas cerimónias tradicionais de casamento, ou kiddushin, o homem é descrito como sendo o dono da mulher. E alguns gays e lésbicas querem aproveitar esta ocasião para promoverem uma linguagem mais equalitária para todos e todas.

Os três rabinos estão a preparar um documento que deverá ser votado numa reunião de rabinos em 2012.

Entretanto casais de gays e lésbicas vão realizando as suas próprias cerimónias de casamento dentro do judaísmo. E muitas vezes esbarram com a forma como kiddushin trata de forma muito diferente o noivo e a noiva na cerimónia.

E também diversos rabinos mostraram cepticismo relativamente à forma como a cerimónia trata das questões de género, incluindo algumas preocupações de rabinos que não querem a cerimónia para casais do mesmo sexo igual à de casais de sexo diferente.

Os rabinos estão agora a trabalhar num guião suplementar que possa ser usado pelos casais que não se revêem na cerimónia mais tradicional.

O ramo conservador é um ramo mais moderado do judaísmo, com o judaísmo reformista o mais liberal (e que já há muito acolheu gays e lésbicas) e do movimento ortodoxo que tem mais problemas de base com as questões LGBT.

Filme polêmico “PECADO DA CARNE”



O filme "Pecado da Carne" (Einaym Pkuhot, título original em hebraico, que significa "Olhos Abertos" em inglês: Eyes Wide Open) é um drama israelense dirigido por Haim Tabakman, que estreou em 2010 no Brasil, em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Brasília. A obra causou polêmica por abordar a homossexualidade em um ambiente religioso extremamente conservador.

✡️ Enredo

O filme se passa no tradicional e ultraortodoxo bairro Meah Shearim, em Jerusalém. O protagonista, Aaron Fleishman (interpretado por Zohar Strauss), é um judeu devoto, pai de quatro filhos, que herda o açougue kosher do pai. A rotina e o equilíbrio da sua vida religiosa e familiar são abalados com a chegada de Ezri (vivido pelo galã israelense Ran Danker), um jovem estudante que Aaron acolhe como ajudante.

O envolvimento emocional e físico entre os dois cresce aos poucos, carregado de tensão, silêncio e desejo contido. A relação coloca Aaron em confronto direto com os valores de sua comunidade, sua fé e sua própria identidade. Quando descoberto, o relacionamento causa escândalo e violência por parte da vizinhança religiosa, levando a um impasse trágico.

🎬 Destaques e Repercussão

  • O filme foi exibido na mostra "Un Certain Regard" do Festival de Cannes 2009, voltada a obras de estilo mais autoral e inovador.

  • O ator Zohar Strauss recebeu o prêmio de melhor ator no Jerusalem Film Festival, pelo seu desempenho contido e poderoso.

  • O roteiro de Merav Doster trata com sensibilidade e sem maniqueísmo os dilemas internos dos personagens.

  • A direção de Haim Tabakman é sóbria, cuidadosa e emocionalmente envolvente, com um ritmo lento, mas profundamente simbólico.

🎭 Temas centrais

  • Conflito entre fé e desejo

  • Identidade sexual em ambientes repressivos

  • O peso da tradição e do controle social

  • A busca por autenticidade e amor verdadeiro

🏳️‍🌈 Relevância para o público LGBTQIA+

"Pecado da Carne" é uma obra intensa e tocante para quem se interessa por histórias de autoaceitação, resistência e amor proibido, especialmente dentro de contextos religiosos opressivos. Sem cair em clichês ou melodramas, o filme mostra como a repressão pode ser devastadora, e como o amor — mesmo quando condenado — pode revelar o que há de mais vivo e humano em alguém.


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🌈 Resenha – "Pecado da Carne" (Einaym Pkuhot)

Quando o desejo desafia a fé: um amor proibido no coração de Jerusalém

Em tempos em que o amor ainda precisa ser justificado, o filme Pecado da Carne, do diretor israelense Haim Tabakman, surge como um sopro de coragem — ou, talvez, um sussurro aflito de quem vive entre dois mundos que parecem inconciliáveis: o da fé e o do desejo.

Ambientado no bairro ultraortodoxo de Meah Shearim, em Jerusalém, o longa retrata com uma beleza melancólica e silêncio eloquente a história de Aaron Fleishman (Zohar Strauss), um açougueiro kosher, pai de quatro filhos, que leva uma vida religiosa aparentemente tranquila — até a chegada de Ezri (Ran Danker), um jovem estudante que entra na sua vida como um raio de luz num quarto escuro.

Aos poucos, os dois homens constroem uma relação marcada pela contenção, pela tensão, pela delicadeza e pela inevitável força de um amor que não ousa dizer seu nome dentro daquela comunidade. Não há discursos inflamados nem cenas exageradas. O filme aposta no olhar, no toque que hesita, no peso do silêncio — e é justamente isso que o torna tão poderoso.

Aaron, até então considerado um exemplo de devoção, passa a ser perseguido por sua comunidade religiosa. O escândalo não se resume a fofocas: há ameaças, violência, exclusão. Quando confrontado, ele resume sua dor em uma frase simples e brutal: "Antes de Ezri, eu estava morto." Essa sentença ecoa como um grito sufocado de tantos que vivem aprisionados por dogmas, tradições e medo.

Pecado da Carne não tenta resolver o dilema. Não oferece saídas fáceis, nem finais felizes. Ao contrário, apresenta o drama de quem ousa amar onde o amor é proibido, e nos obriga a encarar: quantas vezes já dissemos "não" ao nosso verdadeiro eu apenas para caber no molde dos outros?

O filme conquistou prêmios, foi exibido na mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes, e é uma obra obrigatória para quem se interessa por temas LGBTQIA+ dentro de contextos religiosos, culturais e sociais complexos.

É impossível sair ileso dessa história. Porque ela é a nossa história — a de tantos que já viveram (ou ainda vivem) o dilema entre pertencer e ser.


Para assistir de coração aberto — e olhos também.
📍 Estreou em 2010 no Brasil, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Brasília.
🎥 Direção: Haim Tabakman | Roteiro: Merav Doster | Elenco: Zohar Strauss, Ran Danker, Tzahi Grad


Atirador contra gays na mira do governo israelense

Tiros contra adolescentes LGBT em Tel Aviv: Netanyahu promete punição exemplar

Ataque deixa dois mortos e ao menos dez feridos em centro de apoio a jovens gays e lésbicas em Israel


Israelense presta homenagem em local do atentado / Reuters

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu que será feita justiça às vítimas de um atirador que matou duas pessoas e deixou pelo menos dez feridos em um centro para adolescentes gays e lésbicas, em Tel Aviv.

Centenas de policiais foram mobilizados no domingo em busca do homem, que, segundo testemunhas, invadiu o local na noite de sábado e atirou indiscriminadamente usando um revólver. Ele estava mascarado e vestido de preto.

Logo após o ataque, a polícia ordenou que boates e bares gays da cidade fechassem temporariamente por questões de segurança.

Inicialmente, houve relatos de três mortos, mas informações posteriores confirmaram duas vítimas fatais: um rapaz e uma moça.

Marcha à luz de velas e protestos


Centenas de israelenses acenderam velas para protestar / Reuter

Na mesma noite, centenas de homossexuais foram às ruas em uma marcha à luz de velas, em protesto contra o atentado. Líderes do movimento LGBT em Israel classificaram o ato como o pior ataque a homossexuais na história do país.

Yaniv Weisman, diretor da Associação Israelense de Jovens Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros, disse à BBC que o crime foi deliberado: “Não é um local que você pode ver da rua”, destacou, reforçando a suspeita de que o agressor foi direto ao alvo.

Apesar de Tel Aviv ser conhecida por sua mentalidade liberal e por abrigar uma vibrante comunidade LGBT, em outras partes de Israel o preconceito ainda é forte, alimentado por setores religiosos conservadores.


Comentário deste blogueiro

Parabéns ao governo de Israel que entende que um Estado laico é a melhor maneira de garantir o direito de todos — sejam religiosos ou não, de uma ou outra orientação sexual, nacionais ou estrangeiros residentes.

O que é impressionante é como o fundamentalismo adoece as pessoas e afeta diretamente, por meio da violência, aquelas que não se sujeitam ao mesmo.

Israel é um oásis democrático no meio de um deserto de fundamentalismo no Oriente Médio. E essa democracia não se deve à religião, mas ao secularismo que caracteriza essa jovem nação, associado à eterna lembrança de todo o sofrimento vivido, graças ao preconceito e à discriminação contra os judeus, especialmente na Idade Média e na II Guerra Mundial.

Seria uma loucura se o Estado de Israel tolerasse preconceitos de qualquer espécie — fossem religiosos, sexuais, de gênero, raciais, etc.

Esperamos que a punição seja exemplar. Juridicamente, esta é, no mínimo, uma questão de compensação e de exemplo.

Sinagoga da Flórida oferece Pacto de Amor para Gays

Sinagoga judaica da Flórida oferece
Pacto de Amor para casais gays


Entrada do templo Shalon, em Pompano: 
primeiro da linha conservadora a admitir uniões gays

🕍 Amor sob a bênção do rabino: 

Sinagoga na Flórida realiza cerimônias para casais gays


A Sinagoga Templo Shalom, localizada à beira-mar em Pompano, na Flórida, está dando um passo importante em direção à inclusão e ao reconhecimento do amor entre pessoas do mesmo sexo. Ela passou a oferecer aos seus fiéis uma cerimônia chamada "Pacto de Amor" — voltada especialmente para casais gays que desejam celebrar sua união com significado espiritual.

Essa iniciativa faz do Templo Shalom a primeira sinagoga a realizar esse tipo de cerimônia desde que, em 2006, o Comitê do Movimento Conservador de Leis e Padrões Judaicos decidiu dar liberdade de conduta aos rabinos em temas como a união homoafetiva. Ou seja: cada rabino pode, com base em sua própria consciência, escolher realizar ou não casamentos religiosos para casais do mesmo sexo.

Embora a Flórida não reconheça o casamento gay, eu sinto que os homossexuais têm esse direito”, afirmou o rabino Mark David, responsável pela sinagoga. “As pessoas se apaixonam e devem ser capazes de expressar esse amor em um estabelecimento público. Acredito que a religião deve fazer as pessoas se unirem”, completou ele.

A cerimônia do “Pacto de Amor” não é um casamento religioso oficial e, portanto, não inclui um certificado de casamento judaico. Ainda assim, é um momento simbólico de grande significado, que inclui a troca de alianças, recitação de votos e o tradicional quebrar do vidro, gesto que representa a fragilidade do amor e a importância de cuidar da relação com zelo.

Em tempos em que discursos de ódio ainda encontram espaço, iniciativas como essa são um verdadeiro sopro de esperança e um lembrete poderoso de que fé e amor podem — e devem — caminhar juntos.

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