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Imperador Akihito fala aos japoneses

Número de mortos após terremoto e tsunami aumenta para 3.373 no Japão



O imperador Akihito


(Fonte G1)


O imperador Akihito usou a TV para falar aos japoneses nesta quarta-feira (16). Em discurso de tom dramático, disse que está rezando pelas vítimas e pediu calma à população.

Foi a primeira aparição de Akihito desde os desastres naturais que devastaram parte do Japão, na última sexta (11), deixando, segundo último balanço oficial, 3.373 mortos, 1.897 feridos e 6.746 desaparecidos.
As estações de televisão interromperam a programação para que o imperador, que raramente usa esse veículo de comunicação, falasse aos japoneses.

“Espero, do fundo do coração, que as pessoas dêem as mãos, se tratem com compaixão e consigam ultrapassar estes tempos difíceis”, disse Akihito, de 77 anos.

O imperador japonês afirmou que está “profundamente preocupado” com a crise nuclear que o país enfrenta e disse estar rezando pela segurança de todos. Akihito afirmou também que está preocupado com a “natureza imprevisível” da situação na central nuclear de Fukushima, danificada desde o grande terremoto seguido por tsunami.

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


É doloroso ver o que o Japão está enfrentando. A impressão que se tem é que as coisas só pioram. Quanta gente ferida, morta, desabrigada, deslocada de cidade... E ainda tem a ameaça nuclear. Vazamentos já aconteceram. Como saber o impacto disso sobre a vida das pessoas atingidas. Talvez algumas delas nem saibam que já foram atingidas pela radiação?

Além do prejuízo de vidas perdidas ou conturbadas pela tragédia, fico pensando na quantidade de coisas lindas que os japoneses produzem e que foram arrastadas pela água ou queimadas pelo fogo...

A própria capital, Tóquio, está em enormes apuros. Como podem os japoneses continuar levando uma vida aparentemente calma no meio de tanta coisa? Que povo corajoso! Quanta dignidade demonstram eles! Agora, fico pensando que se eu estivesse lá, já teria saído há muito tempo.

Algumas ideias me parecem inevitáveis aqui. São elas:

1. A vida humana é fragilíssima! E a natureza não tem qualquer apreço especial por ela. Varrer uma bananeira do caminho ou um ser humano dá no mesmo para a natureza.

2. Humanos precisam cuidar de humanos. Não é só a inteligência voltada para si mesmo, mas a solidariedade que torna possível a nossa sobrevivência num mundo hostil como o nosso.

3. Não há motivo transcendental para o sofrimento. Podemos sofrer por decisões ou atitudes equivocadas (nossas ou dos outros), mas isso se dá apenas numa relação natural, sem qualquer conotação espiritual ou divina. Se fizermos uma casa onde passam furacões, nossa casa provavelmente será destruída. Os desastres naturais só são desastres para nós, porque se o assunto for natureza, essa é a rotina. Por outro lado, se criarmos usinas nucleares, uma hora ou outra, acabaremos ficando expostos à radioatividade. Isso nada tem a ver com juízos divinos, apocalipses e outras ideias mirabolantes sobre deuses ou fim do mundo.

4. Se nossa limitada ciência (o conhecimento provavelmente tem o tamanho do universo) ainda não consegue contornar todos os problemas que enfrentamos, certamente nenhuma oração o fará. Nem toda oração do mundo daria solução para qualquer um dos problemas que os japoneses já resolveram por meio da inteligência e da sensibilidade humanas no meio desse turbilhão.

5. Ah, e antes que eu me esqueça, o Japão é um dos países com o maior número de não-religiosos ou ateus do mundo. Será que eles estariam atuando com a mesma tranquilidade e meticulosidade se tivessem suas mentes tomadas pelos medos infundados típicos dos mitos religiosos? Basta ver como se comportam as populações muito religiosas: atribuem a si mesmas o problema e esperam de deus a solução. Se sofrem, é porque pecaram. Se deus quiser, tudo vai melhorar. Fazer o quê? Deus quis...

6. O que o conhecimento científico, a solidariedade humana, o poder monetário, a capacidade administrativa, a noção de povo - só para citar alguns - não conseguirem resolver no Japão, deus nenhum resolverá, por mais fé ou pensamento positivo que um crente de qualquer espécie possa depositar nele. E isso pelo mesmo motivo que papai noel ou o coelhinho da páscoa não podem fazer nada, mesmo que a criança mais sincera do mundo acredite neles sem a menor sombra de dúvida.

Aos queridos japoneses, nossos sentimentos e o apoio que nossos países (o Brasil já ofereceu) puderem dar.

Terremoto e tsnumani: O mundo abalado!



Incêndio por causa do terremoto no Japão

Um terremoto de 8,9 graus na escala Richter atingiu o Japão na madrugada dessa sexta feira (11/03/2011). O tremor ocorreu por volta das 3 horas da tarde (horário do Japão), na costa noroeste do país. O epicentro foi há 129 quilômetros da costa do Japão e a 24 quilômetros de profundidade, uma distância relativamente curta para um terremoto dessa magnitude. A rede de TV japonesa NHK transmitiu ao vivo o momento em que o tsunami chegou a Sendai, cidade da costa do Japão.

De acordo com testemunhas o terremoto durou aproximadamente 2 minutos e vários japoneses correram para as ruas com medo de serem atingidos por possíveis desmoronamentos.

A previsão é que por volta das 6 horas da manhã a tsunami chegue há costa da Indonésia, Filipinas e Papua Nova Guiné. Esses três países que ficam na costa do oceano índico e correm risco de serem atingidos pelas ondas gigantes. Também existe a possibilidade do Havaí ser atingido.

As redes de televisão de todo o mundo estão transmitindo ao vivo. Abaixo, disponibilizamos alguns vídeos que mostram flagrantes do terremoto e do tsunami que atingiu o Japão.


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

O Japão enfrenta hoje uma das piores catástrofes naturais já vistas: terremoto e tsunami varrem cidades inteiras. E o terremoto não parou. Há lugares tremendo de 10 em 10 minutos. Quem pode garantir que novos tsunamis não venham a ocorrer?

É impressionante também a quantidade de enchentes que estão ocorrendo no Brasil, matando centenas e centenas de pessoas, desalojando milhares, acabando com o patrimônio conquistado por pessoas que tiveram que suar muito para conquistarem o que tinham. Não têm mais nada.

Vários países estão em alerta, inclusive os EUA e países que têm o litoral banhado pelo Oceano Pacífico, porque o que aconteceu no Japão pode acontecer por lá também.

Nessa hora, um monte de gente vem com teorias escatológicas - e me refiro à escatologia como o "estudo ou conhecimento das coisas do fim". Essas pregações enlouquecidas deixam as pessoas que acreditam nesses profetas de última hora ainda mais tensas. O grande profeta deste século, porém, foi Al-Gore, que quase foi presidente dos EUA, perdendo numa eleição duvidosa para George Bush.

Al-Gore, ignorando qualquer "profetismo apocalíptico" produziu o filme "Uma Verdade Inconveniente", no qual denuncia o avanço do aquecimento global e atribui grande parte dele à indústria e à poluição causada por ela e por seus produtos. Para produzir e vender, florestas são destruídas, gases tóxicos são lançados na atmosfera, lixo em toda parte, águas dos rios e mares são poluídas. Tudo isso enquanto, consumidores ávidos por novidades fúteis continuam consumindo e poluindo desnecessariamente o planeta. 

É verdade que o fenômeno do aquecimento global não se deve somente à ação destrutiva do homem, mas que essas ações podem estar acelerando o processo, isso podem. 

É impressionante ver as cenas no Japão e em cidades alagadas por enchentes e comparar com as imagens do filme e as informações dos estudos científicos sobre as mudanças climáticas.

E não adianta clamar a Deus ou aos Deuses. Eles não podem ouvir. E por que não  podem? Não podem porque não estão lá nem aqui. Quem escapa com vida, escapa como um peixe que, por pouco, não é engolido pela rede que retira centenas de outros do meio do mar. Enquanto estes sufocam fora d'água, os que escaparam (se pudessem pensar como os humanos) diriam: "Foi um milagre! Se não fosse Deus, eu estaria morto agora." E dizendo isso, não percebem que depõem contra a própria divindade que pretendem glorificar, enquanto sentem-se privilegiados por algum tipo de plano divino que os inclui no livramento e  deixa os demais se ferrarem. E entre os que se ferram, muitos deles são exatamente aqueles que citam o salmo 91 de cor: "Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará".

Fica aqui o alerta: Cuidar da natureza no que estiver ao nosso alcance é proteger a nós mesmos, posto que somos natureza ou - se preferirem - a natureza também é homem. Além disso, estudar e conhecer (em vez de crer) sobre como o planeta está se comportando e o que pode acontecer em função dessas mudanças. Isso pode nos ajudar a prevenir desastres maiores, deixando as áreas de risco e buscando áreas mais seguras. É importante não se arriscar em nome de divindade alguma, porque na hora do "pega pra capar", nem os templos escapam. E se os deuses não protegem suas casas de oração ou meditação, como protegerão a minha ou a sua? Fica de pé aquilo que a natureza mesma não destrói. Os deuses - imaginários como são - não podem interferir na realidade. Depois que estão em segurança, os humanos fazem interpretações mirabolantes a respeito dos acontecimentos naturais, tentando dar um sentido espiritualizado ao que é simplesmente e absolutamente natural - terrivelmente natural.

Amanhã ou depois pode ser eu. Pode ser você. E não adianta dizer "Deus me livre!". O que a gente precisa é estudar e trabalhar para estabelecer  comunidades humanas em locais menos arriscados, mas nenhum lugar é absolutamente seguro. Isso é verdade para homens, zebras, frangos, peixes, minhocas. Tudo natureza... O sobrenatural é apenas fruto da inquieta imaginação humana.

Natureza: essa coisa fascinante e assustadora ao mesmo tempo. 

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