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Comemorando os 70 anos de Richard Dawkins completos hoje (26 de março de 2011)

Richard Dawkins



Veja esse documentário "A Raiz de Todo o Mal: A Delusão de Deus"

Em comemoração aos seus 70 anos completos hoje, dia 26 de março de 2011.

Parabéns, jovem septuagenário Dawkins!!!







De onde os ateus tiram sua moralidade?




A velha e carcomida questão que os religiosos colocam na esperança de encontrarem alguma utilidade para a religião: a moralidade.

A resposta de Dawkins é brilhante e bem fundamentada. Assista. Vale a pena!

E compreenda por quê não podemos aceitar as imposições dos fundamentalistas, especialmente aquelas baseadas no machismo, na xenofobia, na homofobia, na intolerância religiosa, na intolerância contra o livre pensamento, etc.





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Os 10 argumentos favoritos dos criacionistas

Tirinha por Carlos Ruas - criador de Um Sábado Qualquer


1. A Complexidade Irreducível

Argumento Criacionista: Muitos sistemas biológicos são tão complexos que não poderiam ter evoluído gradualmente, pois perderiam sua funcionalidade se uma parte fosse removida. Isso sugeriria um "designer inteligente".

  • Refutação Científica: A ideia de "complexidade irreducível" foi popularizada por Michael Behe, mas a ciência mostrou que sistemas complexos podem evoluir gradualmente. Muitos exemplos de complexidade irreducível, como o olho, têm ancestrais que funcionam de maneira mais simples. No caso do olho, por exemplo, organismos primitivos tinham células sensíveis à luz, que com o tempo evoluíram para formas mais complexas. A evolução pode modificar sistemas existentes para aumentar sua funcionalidade, uma prática comum chamada "exaptação". Isso demonstra que a complexidade pode surgir de processos evolutivos sem necessidade de um designer inteligente.

2. Fósseis de "espécies estáticas"

Argumento Criacionista: Fósseis de animais encontrados em camadas geológicas distintas mostram que certas espécies nunca mudaram ao longo do tempo, o que implicaria que não houve evolução.

  • Refutação Científica: As afirmações sobre "espécies estáticas" são equivocadas. Fósseis encontrados em diferentes camadas geológicas de fato apresentam variações genéticas dentro das populações. Além disso, a teoria da evolução reconhece que nem todas as espécies precisam passar por mudanças visíveis em cada geração. Algumas espécies podem permanecer relativamente inalteradas ao longo de um período geológico, mas isso não significa que a evolução não esteja ocorrendo em níveis genéticos. Um exemplo disso é o peixe-cavalo-marinho, cujas variações morfológicas não se refletem nas camadas fósseis de maneira dramática, mas é perfeitamente possível observar mudanças graduais em populações específicas.

3. A Falta de Transição Completa

Argumento Criacionista: Não há fósseis "transicionais" que mostrem uma mudança gradual entre espécies.

  • Refutação Científica: A ideia de que "não há fósseis transicionais" é um mito. Fósseis intermediários são abundantes, e exemplos como Archaeopteryx (entre répteis e aves) e Tiktaalik (entre peixes e anfíbios) demonstram claramente transições entre grandes grupos de seres vivos. Além disso, a evolução é um processo gradual e contínuo, e a ideia de que transições completas devem ser vistas de maneira linear e instantânea está equivocada. A diversidade de fósseis de hominídeos, como Australopithecus, Homo habilis, e Homo erectus, mostra uma linha clara de transição de ancestrais primatas para os primeiros humanos.

4. A Segunda Lei da Termodinâmica

Argumento Criacionista: A segunda lei da termodinâmica afirma que a entropia de um sistema fechado sempre aumenta, o que significa que a ordem não pode surgir espontaneamente e, portanto, a evolução não pode ocorrer.

  • Refutação Científica: A Terra não é um sistema fechado, mas sim um sistema aberto, com energia constante proveniente do Sol. A entrada dessa energia permite que sistemas biológicos locais aumentem sua ordem, o que é totalmente compatível com a evolução. A segunda lei da termodinâmica descreve a entropia em sistemas fechados, mas em um ambiente aberto como o da Terra, a entrada de energia externa permite que processos evolutivos criem complexidade sem violar essa lei. Além disso, a evolução não cria "ordem" no sentido absoluto, mas sim adaptações que melhoram a sobrevivência das espécies em seu ambiente.

5. O "Argumento da Probabilidade"

Argumento Criacionista: A probabilidade de a vida ter surgido por acaso é tão baixa que deve ter sido projetada por um criador inteligente.

  • Refutação Científica: A origem da vida, ou abiogênese, é complexa, mas não é um evento aleatório sem explicação. Experimentos como os de Stanley Miller e Harold Urey, que simularam as condições da Terra primitiva, mostraram que compostos orgânicos básicos necessários para a vida, como aminoácidos, podem se formar espontaneamente a partir de substâncias simples. A probabilidade de a vida surgir "por acaso" é, de fato, pequena, mas isso não significa que seja impossível. Além disso, a evolução não depende de um evento único de origem da vida, mas de um processo contínuo de mudanças graduais ao longo de bilhões de anos.

6. O Argumento do Design Inteligente

Argumento Criacionista: O universo e a vida são tão complexos que precisam de um designer inteligente.

  • Refutação Científica: O "design inteligente" não é uma explicação científica testável, mas uma tentativa de explicar o complexo sem investigar as causas naturais. A evolução oferece uma explicação robusta e testável para a complexidade da vida, baseada em princípios de seleção natural, mutação e deriva genética. A presença de imperfeições, como o nervo laríngeo recorrente (que passa por caminhos subótimos no pescoço de vertebrados), evidencia que a evolução funciona por ajustes graduais e não por um plano perfeito.

7. O Argumento da Perfeição de Design

Argumento Criacionista: O corpo humano e outras criaturas são tão bem adaptados ao ambiente que isso prova um "designer inteligente".

  • Refutação Científica: A adaptação biológica é um processo natural de seleção natural, onde as variações genéticas que conferem vantagens de sobrevivência se tornam mais comuns na população. O fato de que existem muitos exemplos de imperfeições no corpo humano, como o apêndice (um órgão vestigial) ou o nervo laríngeo que percorre um caminho subótimo no pescoço de vertebrados, sugere que a evolução não cria "designs perfeitos", mas adaptações feitas a partir de estruturas preexistentes. Essas imperfeições são incompatíveis com a ideia de um "design perfeito" e indicam um processo de adaptação gradual.

8. O Argumento da "Inexistência de Evidência de Evolução"

Argumento Criacionista: Não há evidências claras de evolução acontecendo em tempo real.

  • Refutação Científica: A evolução pode ser observada em tempo real. Exemplos incluem a evolução de bactérias resistentes a antibióticos, como o caso de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), e a mudança de características morfológicas e comportamentais em populações de peixes e aves. Esses exemplos mostram como as populações se adaptam rapidamente a mudanças ambientais, demonstrando a continuidade do processo evolutivo.

9. A Origem de Espécies na "Natureza Intacta"

Argumento Criacionista: Espécies que permanecem inalteradas em ambientes isolados demonstram a criação divina e a imutabilidade das espécies.

  • Refutação Científica: A adaptação e especiação ocorrem continuamente, mesmo em ambientes isolados. O conceito de "espécies estáticas" ignora o fato de que as espécies podem permanecer relativamente inalteradas quando estão em ambientes estáveis e não enfrentam pressões seletivas significativas. A especiação ainda pode ocorrer em ambientes naturais isolados, e exemplos de microevolução e adaptação contínua são visíveis em populações de peixes, aves e insetos.

10. A Falta de Evidência de "Macroevolução"

Argumento Criacionista: A macroevolução (mudança de uma espécie para outra) nunca foi observada diretamente.

  • Refutação Científica: Embora a macroevolução ocorra ao longo de longos períodos de tempo e não possa ser observada em tempo real, há muitas evidências fósseis e genéticas que comprovam que ela aconteceu. O estudo do DNA mostra como as espécies compartilham ancestrais comuns, e a comparação genética entre seres humanos e chimpanzés, por exemplo, demonstra uma relação direta entre as duas espécies. A comparação dos registros fósseis e os estudos de linhagens evolutivas também corroboram a existência de macroevolução.

Essas refutações baseadas em evidências científicas demonstram que os argumentos criacionistas não explicam de modo algum a complexidade da vida de maneira testável e consistente, enquanto a teoria da evolução oferece uma explicação robusta e comprovada para a diversidade biológica.

Fé demais não cheira bem...



As igrejas têm estratégias diferentes de exploração da fé, mas todas elas são um deboche à racionalidade.


Auto-Flagelação e a Afirmação da Morte


Depois do carnaval, vem a quarta-feira de cinzas que inaugura a Quaresma - os quarenta dias antes da Páscoa que, por sua vez, inclui a sexta-feira da paixão (morte de Jesus), o sábado de aleluia (com o tradicional linchamento de Judas) e finalmente o domingo da "ressurreição", que deveria ser o ponto alto da festa cristã, mas não consegue concorrer pela atenção dos fiéis como tudo o que vem antes, afinal são 40 dias falando de morte contra um falando de "ressurreição", que ainda é projetar a vida real para um além-mundo - o que constitui negação da vida aqui e agora (a única de que temos certeza).

Portanto, quando a morte, o martírio e a tortura são sinais de fé, o que se pode esperar dos mais "devotados" a essa mesma fé? Veja que a igreja católica não se opõe aos absurdos das penitências radicais. Na Espanha, as pessoas que se auto-flagelaram (veja o video) foram para dentro da igreja terminar o ritual. Nenhum bispo, padre, frade ou outro oficial da igreja se pôs a orientar essas pessoas ou corrigir esse absurdo. Pelo contrário, tem frade ajudando a furar as costas do fanático. A igreja capitaliza em cima disso. E isso acontece tanto na Espanha (Europa) como nas Filipinas (Ásia).

Se essas pessoas colocassem toda essa energia canalizada contra si mesmas, por causa da neurose dessa religiosidade, a favor da vida realmente, imagine quanta coisa maravilhosa elas poderiam criar no campo das ciências, da tecnologia, da filosofia, das artes!!! Isso tornaria o mundo melhor e os seres humanos mais felizes. Infelizmente, continuam ignorantes e odiando a si mesmos em nome de um amor por uma "divindade" que deixa claro a que absurdos podem chegar a fé e a sublimação por meio do mito religioso.

As coisas que você verá nesse vídeo não são retratos da Idade Média. Elas estão acontecendo hoje. Observe as pessoas à volta e suas vestimentas. Poderiam estar em qualquer grande cidade do mundo.


O Deus da Bíblia é bom? O mito da criação é uma história de amor?






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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Cristãos e judeus costumam dizer que deus é bom e que a criação foi um ato de amor. Bem, não acredito que o mundo tenha sido criado por um ou mais deuses. Na verdade, não tenho motivo algum para crer que haja um ou mais deuses. Mas, levando em consideração o relato bíblico da criação e da tentação e queda de Adão e Eva, não é difícil perceber o sadismo de deus. Aliás, essa é pergunta que toda criança faz bem cedo: Se deus é bom e sabe todas as coisas, por que foi que ele colocou uma árvore que podia produzir frutos que levariam à morte e ao inferno o ser humano que ele mesmo criou? Elas também perguntam: Por que deus criou a serpente e permitiu que satanás entrasse nela e no jardim que deus mesmo criou, já que ele domina até sobre satanás, caso contrário não seria soberano? Por que foi que ele só procurou Adão e Eva depois que eles já tinham comido do fruto e não antes, a fim de impedi-los, como qualquer pai consciente faria?

É debochar de qualquer sinal de racionalidade dizer que um deus assim é bom! Que bom, porém, que isso não passa de uma idéia, um exercício de imaginação, uma lenada,um mito. Pena que muita gente leve isso a sério e construa uma série de preconceitos em cima disso, inclusive teologias homofóbicas: aquela idéia de que deus fez macho e fêmea acaba sendo usada para perseguir o macho que ama outro macho, e a fêmea que ama outra fêmea, ou mesmo o macho e a fêmea que amam ambos. Esse preconceito, sim, deveria ser banido, mas isso deus não consegue fazer, porque preconceito é tudo a religião sabe criar: homofobia, xenofobia e machismo são apenas alguns deles.

Graças à ciência, em suas mais diversas modalidades, temos acesso a conhecimentos hoje que muitos desconheciam totalmente tempos atrás. Mesmo assim, ainda tem gente fazendo um esforço fenomenal para renegar o que a ciência coloca diante dos nossos olhos para continuar "protegendo" o mito que não oferece evdência alguma, e nem poderia, porque é mito.

Ensino Religioso e Propagação de Preconceitos


📚 Ensino Religioso nas Escolas Públicas: Quando a Homofobia Vira Dever de Casa

Uma pesquisa da Universidade de Brasília (UnB) escancarou uma ferida que muita gente finge não ver: a homofobia, o preconceito religioso e o desrespeito à diversidade estão sendo ensinados como se fossem lição de moral em escolas públicas de todo o país.

O estudo, apresentado no livro Laicidade: O Ensino Religioso no Brasil, analisou os 25 livros de ensino religioso mais utilizados no ensino fundamental. O resultado? Um retrato preocupante da educação brasileira, onde o que deveria ser espaço de aprendizado e inclusão virou campo fértil para intolerância e discriminação.

Homofobia disfarçada de conteúdo pedagógico

As expressões usadas para se referir a pessoas LGBTQIA+ nos livros analisados são chocantes:

“Desvio moral”, “doença física ou psicológica”, “conflitos profundos”, “o homossexualismo não se revela natural”.

Sim, essas são frases que constam nos materiais didáticos usados por milhares de crianças e adolescentes em escolas públicas brasileiras.

Em um dos livros, um exercício com a imagem da bandeira arco-íris termina com a pergunta:

“Se isso (a homossexualidade) se tornasse regra, como a humanidade iria se perpetuar?”

Além de absurdamente ignorante, esse tipo de “conteúdo” reforça o medo, a vergonha e o isolamento que muitos estudantes LGBTQIA+ enfrentam todos os dias em ambiente escolar.

Ateus também são alvos

A intolerância não para por aí. Pessoas sem religião também são retratadas de forma pejorativa. O estudo denuncia que alguns livros chegam a associar o ateísmo ao nazismo, como se a ausência de crença automaticamente levasse ao extremismo ou à violência.

“É sugerida uma associação de que um ateu tenderia a ter comportamentos violentos e ameaçadores”, explica a pesquisadora Débora Diniz, uma das autoras do estudo.

Religiões que “não valem a pena” ensinar?

A pesquisa revelou ainda um desequilíbrio escandaloso na representatividade religiosa:

  • A imagem de Jesus Cristo aparece 80 vezes mais que a de qualquer liderança indígena;

  • O budismo, o islamismo e outras tradições recebem espaço quase nulo;

  • As religiões de matriz africana são tratadas como “tradições” folclóricas e aparecem em apenas 30 citações, contra 609 referências ao cristianismo.

O Estado é laico... mas quem fiscaliza?

Apesar da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) garantir a liberdade de crença e o respeito à diversidade religiosa, o que vemos na prática é uma imposição do cristianismo em sala de aula, com total ausência de fiscalização por parte do Estado.

“Há uma clara confusão entre o ensino religioso e a educação cristã”, alerta Débora Diniz.
“Não há qualquer tipo de controle. O resultado é a má formação dos alunos”, completa a psicóloga Tatiana Lionço, também autora do estudo.

Por que isso importa?

Porque crianças LGBTQIA+ não devem crescer acreditando que são um erro da natureza.
Porque alunos de religiões de matriz africana não precisam se sentir invisíveis ou errados.
Porque o Estado brasileiro é, sim, laico — e precisa se comportar como tal.

A escola deve ser espaço de aprendizado, de acolhimento, de estímulo ao pensamento crítico — não um púlpito disfarçado que propaga exclusão e ignorância.


📢 Vamos continuar falando sobre isso.
Vamos continuar denunciando.
Vamos continuar fora do armário — e dentro das escolas, com orgulho.

#EducaçãoLaica #LGBTQIAnaEscola #ForaDoArmário #EnsinoReligioso #DireitosHumanos


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Minha gente, ensino religioso não combina com Estado Laico. Se ainda fosse para estudar a fenomenologia da religião, talvez ainda pudesse ter alguma utilidade para a formação de uma consciência crítica entre os alunos, mas o ensino religioso presta-se apenas à pregação do cristianismo neste país.

Eu mesmo já fui professor de educação religiosa numa escola particular, na qual uma diretoria evangélica pretendia "evangelizar" alunos e famílias através do ensino religioso. De início eu fazia exatamente isso. Utilizava material da Sociedade Bíblica do Brasil e lecionava de 5a a 8a série com ele. No ensino médio, eu mesmo produzia as apostilas com temas diversificados, mas sempre com uma perspectiva evangélica.

Quando eu comecei perceber as falácias que estava perpetuando em nome de um mito, decidi mudar de direção. Não pregava nem uma coisa nem outra mais. Apenas provocava questionamentos sobre direitos humanos; ética; diversidade racial, religiosa e sexual; etc. Meus alunos mesmo notaram uma diferença enorme como que saindo da radicalidade para a flexibilidade, do evangelismo para a discussão, do dogmatismo para o questionamento.

Infelizmente, eu fui uma exceção, mas logo depois pedi demissão. Estava saindo do armário e prestes a dar entrevistas à mídia. Não haveria espaço numa escola tão intransigente para um professor gay assumido e ateu. Talvez ainda haja outros poucos que tenham uma mentalidade mais aberta por aí, mas a maioria desses "educadores" religiosos estará a serviço do dogma e do preconceito até o fim de seus dias, caso o governo não tome providências para fiscalizar isso.

Vale ressaltar que não precisamos esperar pelo governo. Podemos como alunos ou responsáveis pelos alunos manifestar-nos contra esse tipo de coisa assim que ela ocorrer em sala de aula ou em quaisquer dependências da escola.

Compartilho um caso pessoal aqui:


Meus filhos estudam numa escola onde um professor espalhava homofobia em sala de aula através de piadinhas e comentários de mau gosto sobre alunos gays do colégio. Certa vez, ele foi tão agressivo em seus comentários, tão discriminatório, que um menino gay na turma baixou a cabeça sobre os braços em cima da mesa e fingiu dormir todo o restante da aula.

Minha filha, que estava presente e ouvia tudo aquilo, tomou a palavra e enfrentou o professor dizendo que ele não podia falar assim dos homossexuais, que seu comportamento era preconceituoso, e que como professor ele não podia agir assim. Ele desconversou e mudou de assunto.

Quando ela me contou isso em casa, eu decidi tomar uma atitude imediatamente. Entrei em contato com o MEC em Brasília por e-mail, relatando toda a situação detalhadamente. Eles me ligaram pouco tempo depois para obter mais informações e comunicaram-me que haviam enviado o caso para a Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro, a qual tomaria as devidas providências, pois esse tipo de atitude era inaceitável da parte de um professor. Fiquei satisfeito com atendimento e com as providências. O tal professor foi chamado e deve ter sido advertido de forma muito séria, porque depois disso ele nunca mais abriu a boca para discriminar ou estimular a discriminação contra os homossexuais na escola.

É esse tipo de atitude que TODO e QUALQUER cidadão consciente, gay ou não, precisa ter!!! Fique esperto! Não durma no ponto. Isso é uma questão de direito fundamental do ser humano.

E mais uma vez: Não vote em candidatos comprometidos com agendas religiosas. Cuidado com essa gente cujo lema é "deus, país e família" ou similares. Estes são geralmente fundamentalistas a serviço do dogma.

Deus no banco dos réus... Chupa essa manga! ;)


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

Brilhante análise feita pelo principal interlocutor, mas com um detalhe importantíssimo: Ele não conseguiu livrar-se da idéia de que há um deus. Apenas chegou à conclusão de que este deus não pode ser bom... Já é um começo: ousar questionar o caráter de alguém que os crentes (os que crêem - e ele era um deles) consideram todo-poderoso já é um grande passo. Entretanto, para um ateu, isso é apenas metade da caminhada. É preciso fazer a caminhada toda. E porque fizeram o percurso todo, posso dizer:

Felizes os ateus, porque já se livraram desse fantasma que assombra a humanidade desde seus tempos mais primitivos, tendo sido considerado como um elemento da natureza, uma energia imanente, diversos deuses encarregados de cada coisa no mundo, um deus só responsável por tudo, enfim... o fantasma ganhou diversas formas, mas sua real origem foi sempre o medo. A humanidade teme. Ela teme a natureza, o futuro, outros seres humanos e constrói seus "amigos imaginários", mas tais figuras fantasmagóricas não passam de fruto da imaginação da incrivelmente imaginativa mente humana.

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