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Drag Queens Vaiam Trump em Noite de “Os Miseráveis”: Um Ato de Coragem e Resistência

Drag Queens Vaiam Trump em Noite de “Os Miseráveis”: Um Ato de Coragem e Resistência


Drag Queens contra Trump 👏👏👏👏


Quatro artistas drag enfrentam o ex-presidente em plena estreia no Kennedy Center e viralizam com protesto poderoso contra o apagamento queer.

Na noite de 11 de junho de 2025, o palco da cultura encontrou a política no coração de Washington D.C., e quem brilhou não foi Donald Trump, mas sim quatro drag queens que, com elegância e ousadia, desafiaram abertamente a presença do ex-presidente em um dos maiores centros culturais dos Estados Unidos.

Durante a estreia do musical Les Misérables no prestigiado Kennedy Center, as artistas Tara Hoot, Ricky Rosé, Vagenesis e Mari Con Carne tomaram seus assentos como parte da plateia — mas estavam longe de serem meras espectadoras. Com looks glamourosos e presenças imponentes, as quatro representantes do coletivo ativista Qommittee transformaram a ocasião em um protesto silencioso, porém ensurdecedor: suas identidades eram o manifesto.

A escolha do espetáculo não poderia ter sido mais simbólica. Les Misérables narra uma história de resistência à opressão — e foi justamente isso que essas artistas entregaram. Em contraste com as vaias que Donald Trump recebeu ao entrar na sala, as drags foram calorosamente aplaudidas por grande parte do público. Um gesto que falou alto em meio às tentativas do ex-presidente de censurar e restringir a arte drag nos EUA.

Mari Con Carne declarou à imprensa:

“Como drag queen, queria que fosse sabido que, se impedem a gente de se apresentar nos palcos, não se pode nos apagar da presença.”

Essa ação foi uma resposta direta à nomeação de Trump como presidente do conselho do Kennedy Center e à sua recente promessa de vetar espetáculos de drag em espaços culturais financiados pelo governo. A ironia é cruel: alguém que tentou silenciar vozes LGBTQIA+ foi recebido com protestos silenciosos e uma clara mensagem visual de resistência no próprio local que tenta controlar.

As reações não demoraram. Sites como People, Them, The Advocate e Entertainment Weekly deram destaque ao episódio, que rapidamente se espalhou pelas redes sociais. A presença das artistas representou mais que uma performance de protesto — foi um lembrete de que a arte queer é política, é resistência e é impossível de apagar.
 
✊ Um ato de coragem em tempos sombrios

O episódio evidencia o papel vital da arte drag como expressão política e social. Em tempos em que governos conservadores buscam legislar o silenciamento e a marginalização de corpos dissidentes, ver drag queens ocupando com orgulho e dignidade espaços elitizados como o Kennedy Center envia uma mensagem poderosa: nós existimos, resistimos e não vamos desaparecer.

Do palco à plateia, o grito por liberdade segue vivo. E, como diz o próprio Les Misérables: “Do you hear the people sing?” (Você ouve o povo cantar?) — Nós ouvimos. E não vamos parar de cantar.

#ForaDoArmário #DragResistance #ArteÉPolítica #LGBTQIA+ #TrumpNão #LesMisérables #Qommittee #MariConCarne #Vagenesis #TaraHoot #RickyRosé #OrgulhoLGBT

💣 Trump afunda o valor de mercado de empresas americanas em três Brasis 💣

Em uma semana, as 500 maiores empresas dos EUA perderam 8 trilhões de dólares - o equivalente a três vezes tudo o que o Brasil produz de riqueza num ano inteiro.


💣 Trump afunda o valor de mercado de empresas americanas em três Brasis 💣


Entre os dias 1º e 8 de abril de 2025, as 500 maiores empresas dos Estados Unidos perderam juntas nada menos que 8 trilhões de dólares em valor de mercado. Para ter uma ideia do tamanho do estrago, isso equivale a três vezes o PIB do Brasil. A informação foi publicada pela jornalista Míriam Leitão, com base em dados da Bloomberg.

O responsável por esse colapso? Donald Trump, presidente norte-americano, que decidiu escalar sua guerra tarifária contra a China e dezenas de outros países. Mesmo pressionado pelos próprios aliados no setor empresarial — especialmente as big techs que sempre o apoiaram —, Trump só recuou após ver o mercado despencar como não se via desde 2008.

🌐 A ironia é cruel: as empresas mais afetadas foram justamente as gigantes da tecnologia que dependem de cadeias globais de produção — aquelas que produzem iPhones na China, placas-mãe em Taiwan e software na Índia. Trump quis parecer forte, mas acabou jogando gasolina no incêndio que ele mesmo provocou.

💰 Para piorar, ele ainda está na mira de uma possível investigação por "insider trading". Menos de quatro horas depois de publicar a frase "ESTE É UM ÓTIMO MOMENTO PARA COMPRAR!!! DJT" em sua rede social, Trump anunciou uma pausa de 90 dias nas tarifas, provocando a maior alta das ações desde a crise de 2008 — alta da qual ele próprio pode ter se beneficiado financeiramente.

📉 A guerra comercial entre Estados Unidos e China paralisou o comércio entre as duas maiores economias do mundo — que juntas somam 40% do PIB global. Isso é muito mais do que uma questão de mercado: trata-se de um jogo de poder onde os interesses corporativos e políticos andam de mãos dadas, enquanto as populações arcam com as consequências.

💡 Fica a lição: quando líderes populistas e autoritários usam a economia como palco para alimentar seus egos ou agendas pessoais, os resultados podem ser devastadores. E como vimos aqui, podem custar trilhões.

Sarah McBride responde com classe a transfóbicos pró-Trump e defende a educação pública nos EUA

Congressista Sarah McBride, a primeira pessoa trans eleita para esse cargo

Sarah McBride responde com classe a transfóbicos pró-Trump e defende a educação pública nos EUA


A congressista Sarah McBride, a primeira pessoa trans eleita para o Congresso dos Estados Unidos, tem enfrentado ataques transfóbicos de apoiadores do ex-presidente Donald Trump. Mas, como já se tornou sua marca, McBride não se intimida — responde com firmeza, inteligência e bom humor.

“Estou de calças, Jonathan.”

No dia 8 de abril, McBride usou sua conta no X (antigo Twitter) para rebater o ódio online com uma tirada afiada. “As contas obcecadas por pessoas trans estão em alta nas minhas menções. Isso deve significar que a bolsa está em baixa”, escreveu ela, ironizando o padrão de ataques transfóbicos que costuma aumentar em tempos de instabilidade econômica.

Um dos comentários mais ofensivos que recebeu fazia uso de seu dead name e exigia que ela “tirasse o vestido e começasse a se vestir como o homem que é”. A resposta de McBride? Simples, direta e elegante: “Espero que você esteja bem, Jonathan. E, aliás, estou de calças.”

Defesa da educação pública

Os ataques contra McBride aconteceram após sua participação em um comício de professores e trabalhadores da educação no dia 5 de abril, em protesto contra a ordem executiva assinada por Trump em 20 de março, que visa desmantelar o Departamento de Educação dos EUA.

Ao lado de nomes como o governador Matt Meyer, a procuradora-geral Kathy Jennings, a vice-governadora Kyle Evans Gay e a secretária estadual de Educação Cindy Marten, McBride discursou com firmeza:

“Não serão apenas os membros do Congresso que vão salvar nosso país, proteger nossos estudantes e nossas escolas, proteger nossas comunidades e nossos direitos. Vai ser necessário cada um de nós. Vai ser necessário todos vocês. Vai ser necessário o apoio dos nossos sindicatos.”

Ela reforçou que será preciso mobilização popular para barrar os retrocessos impostos por Trump e pelos republicanos no Congresso:

“Vai ser necessário o poder do povo para reagir plenamente contra este governo e os esforços para enfraquecer e destruir a educação pública neste país.”

A ordem que quer desmontar o Departamento de Educação

A ordem executiva assinada por Trump instrui a secretária de Educação, Linda McMahon, a tomar medidas para fechar o Departamento e devolver o controle da educação aos estados e comunidades locais. Embora um presidente não possa extinguir unilateralmente um órgão federal sem aprovação do Congresso, a medida representa uma ameaça real ao sistema público de ensino.

Protestos vêm ocorrendo em várias partes dos EUA. Em 13 de março, manifestantes se reuniram em frente à sede do Departamento de Educação em Washington, D.C., denunciando cortes orçamentários e demissões em massa.

Ataques no Congresso

Além dos ataques nas redes sociais, McBride também tem enfrentado transfobia dentro do próprio Congresso. Em fevereiro deste ano, durante uma sessão, a deputada republicana Mary Miller (Illinois) a misgenerizou, referindo-se a ela como “o cavalheiro de Delaware”.

McBride não deixou barato e respondeu criticando diretamente a administração Trump e seus aliados por suas políticas anti-transgênero.

A resistência continua

Os ataques contra Sarah McBride deixam evidente o quanto ainda precisamos lutar por dignidade, respeito e inclusão. Mas também mostram a força e a coragem de quem não abaixa a cabeça diante do preconceito.

Em tempos de retrocessos, é preciso amplificar vozes como a de McBride — que além de resistir, inspira. Que suas calças, suas palavras e sua luta sirvam de exemplo para todas as pessoas trans e aliadas que se recusam a ser apagadas.

Juiz bloqueia Trump de deportar não-cidadãos usando uma lei do século 18

Trump impedido de fazer outra loucura


 Juiz Bloqueia Trump de Deportar Não-Cidadãos sob o "Alien Enemies Act"


Um juiz federal nos Estados Unidos impediu a administração Trump de deportar imigrantes com base em uma controversa proclamação presidencial que invoca o Alien Enemies Act, uma lei do século XVIII raramente utilizada. A decisão ocorre após o governo tentar deportar supostos membros da gangue venezuelana Tren de Aragua, levantando preocupações sobre abuso de autoridade e violações de direitos humanos.

Decisão Judicial e Voos de Deportação

O juiz James Boasberg, do Tribunal Distrital dos EUA, emitiu uma ordem de restrição temporária proibindo a administração Trump de deportar não cidadãos atualmente sob custódia do governo. A decisão veio menos de duas horas depois que Trump anunciou sua intenção de utilizar o Alien Enemies Act para deportar venezuelanos, alegando que representariam uma ameaça ao país.

Boasberg determinou que os voos de deportação fossem imediatamente cancelados e que aviões já no ar retornassem aos Estados Unidos. "Os voos estão partindo e continuarão partindo. Não creio que possa esperar mais", declarou o juiz, reforçando a urgência da sua decisão.

Além disso, ele destacou que a deportação desses indivíduos poderia resultar em "dano irreparável", já que muitos seriam enviados diretamente para prisões ou para a Venezuela, onde enfrentam perseguição.

ACLU Defende Imigrantes Acusados de Forma Arbitrária

A American Civil Liberties Union (ACLU) está representando cinco imigrantes detidos no Texas, que, segundo documentos judiciais, foram transferidos para centros de detenção preparados para deportação sob a proclamação presidencial. A ACLU afirma que muitos deles foram acusados injustamente de serem membros da Tren de Aragua, alguns com base apenas em suas tatuagens – um estigma recorrente contra refugiados latino-americanos.

"Nosso entendimento, com base em fontes locais, é que aviões estão partindo agora levando venezuelanos para El Salvador e que alguns podem acabar em prisões salvadorenhas", afirmou Lee Gelernt, advogado da ACLU.

Trump Usa Lei de Guerra para Imigração?

O Alien Enemies Act foi criado em 1798 e permite que o presidente dos EUA ordene a prisão e deportação de cidadãos estrangeiros de países considerados inimigos em tempos de guerra. A última vez que foi invocado foi na Segunda Guerra Mundial, quando serviu para justificar o internamento de imigrantes japoneses nos EUA.

No entanto, a ACLU argumenta que Trump está aplicando essa lei de maneira ilegal, pois a gangue Tren de Aragua não é um país estrangeiro nem representa uma "invasão" conforme definido pela legislação americana. "A intenção da administração Trump de usar uma autoridade de guerra para medidas de imigração é tão sem precedentes quanto ilegal", afirmou Gelernt.

O Que Vem a Seguir?

O Departamento de Justiça já pediu à Corte de Apelações para reverter a decisão do juiz Boasberg, alegando que isso limita a autoridade presidencial. Enquanto isso, imigrantes continuam presos em centros de detenção aguardando um desfecho judicial.

A decisão judicial representa uma importante resistência ao autoritarismo de Trump, que busca criminalizar imigrantes e restringir direitos sob pretextos de segurança nacional. A luta agora segue nos tribunais – e o mundo estará assistindo.

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✊ Fora do Armário segue acompanhando as ameaças contra direitos humanos e denunciando abusos de poder. Fique de olho no blog para mais atualizações!

#Imigração #DireitosHumanos #Resistência #ForaDoArmário

Ucrânia e os direitos LGBTQ+: uma luta dentro e fora do campo de batalha


Ucrânia e os direitos LGBTQ+: uma luta dentro e fora do campo de batalha

Por Sergio Viula 


Desde o início da invasão russa em 2022, a LGBTQ+fobia tem sido usada como ferramenta de propaganda por Moscou. O governo de Vladimir Putin e seus aliados tentam justificar a guerra alegando que a Ucrânia representa uma ameaça aos "valores tradicionais" russos. No entanto, longe dessa narrativa distorcida, a realidade é que a sociedade ucraniana tem avançado significativamente em direção à aceitação e aos direitos das pessoas LGBTQ+.

Se conseguir garantir sua soberania, a Ucrânia pode se tornar um dos países mais progressistas da Europa nesse sentido.

O discurso de ódio como arma de guerra

Logo nos primeiros meses da invasão, o líder da Igreja Ortodoxa Russa, Patriarca Kirill, declarou que a Rússia estava lutando contra a Ucrânia porque os moradores de Donetsk "não querem Paradas do Orgulho impostas pelo Ocidente". Mais recentemente, em 2024, o governador de São Petersburgo afirmou que os soldados russos estavam defendendo o país contra uma suposta "neutralidade de gênero" nas escolas ucranianas – uma alegação sem qualquer fundamento.

Essa retórica não é nova. A Rússia há anos criminaliza e reprime qualquer manifestação de diversidade sexual e de gênero. Em 2023, a Suprema Corte russa classificou o suposto "movimento LGBT internacional" como extremista, colocando-o na mesma categoria de grupos terroristas como o ISIS e a Al-Qaeda. Também proibiu totalmente a transição de gênero, ignorando recomendações médicas e a autonomia individual das pessoas trans. Agora, planeja criar um banco de dados de cidadãos LGBTQ+, o que pode levar a perseguições ainda mais severas.

A resistência LGBTQ+ na Ucrânia

Enquanto a Rússia intensifica sua repressão, a Ucrânia trilha um caminho oposto. Desde a Revolução da Dignidade, em 2014, a sociedade ucraniana passou por mudanças significativas. O governo adotou políticas contra a discriminação, e a aceitação social das pessoas LGBTQ+ cresceu de forma impressionante.

Em 2023, pesquisas mostravam que 58% da população ucraniana tinha uma visão neutra ou positiva sobre a comunidade LGBTQ+. Em 2024, esse índice ultrapassou os 70%. O presidente Volodymyr Zelensky também se comprometeu a legalizar a união civil para casais do mesmo sexo.

Outro marco dessa transformação é a presença de pessoas LGBTQ+ no exército ucraniano. Embora ainda enfrentem desafios dentro das forças armadas, sua participação ativa na defesa do país tem contribuído para mudar percepções e ampliar a aceitação dentro da sociedade.

Curiosamente, um dos fatores que impulsionaram essa mudança foi o próprio discurso da Rússia. O fato de a LGBTQ+fobia ser usada como justificativa para a guerra fez com que muitos ucranianos passassem a enxergar a diversidade sexual e de gênero de forma mais positiva – afinal, se a Rússia é contra, então deve haver algo de errado com essa mentalidade repressiva.

A ocupação russa e o perigo real para a comunidade LGBTQ+

Nas regiões ucranianas sob ocupação russa, o cenário é drasticamente diferente. Relatos indicam que soldados russos têm perseguido deliberadamente pessoas LGBTQ+ e que a repressão contra essa população tem se intensificado. Para essas pessoas, vencer a guerra e retomar os territórios ocupados não é apenas uma questão de patriotismo, mas de sobrevivência.

Diante desse contexto, é crucial que a comunidade internacional continue apoiando a Ucrânia em sua luta não apenas pela soberania, mas pelos direitos humanos. A resistência ucraniana não é apenas militar – é também uma luta pela liberdade, pela diversidade e pela construção de um país mais inclusivo.

A história está sendo escrita agora, e as próximas páginas podem transformar a Ucrânia em um símbolo de progresso para toda a Europa.

Administração Trump mente sobre pessoas trans e usa essa parcela da população para criar pânico moral entre os ignorantes




Chris Hayes é um comentarista político, jornalista e escritor americano. Ele é mais conhecido como o apresentador do programa All In with Chris Hayes, um noticiário de opinião transmitido no horário nobre pela MSNBC. Hayes tem sido uma voz importante na análise política progressista, abordando temas como democracia, desigualdade e justiça social. Antes de sua carreira na televisão, ele foi editor da revista The Nation e escreveu livros, incluindo Twilight of the Elites: America After Meritocracy. Seu trabalho frequentemente examina questões sistêmicas na política e na mídia dos Estados Unidos. 


Por Sergio Viula


Administração Trump mente sobre pessoas trans e usa essa parcela da população para criar pânico moral entre os ignorantes


A existência de pessoas trans tem sido alvo de debates acalorados, muitas vezes distorcidos por interesses políticos e ideológicos. Um estudo recente, revisado por pares, analisou mais de 5 milhões de pedidos de seguro de saúde de adolescentes nos Estados Unidos e revelou que menos de 0,1% dessa população acessou bloqueadores de puberdade ou terapia hormonal. Apesar dos números reduzidos, a questão das identidades trans continua sendo instrumentalizada por setores políticos que a transformam em uma "guerra cultural". Neste artigo, analisamos o respeito às pessoas trans sob o prisma dos direitos humanos e fornecemos informações essenciais sobre o acesso à saúde para essa população no Brasi


Abaixo, você poderá ver uma transcrição do vídeo acima:

Temos um novo estudo revisado por pares. Ele analisou mais de 5 milhões de pedidos de seguro de saúde por adolescentes. Como um dos organizadores do estudo disse à NPR esta semana, menos de 1.000 jovens acessaram bloqueadores de puberdade e menos de 2.000 tiveram acesso a hormônios em algum momento. Em outras palavras, menos de um décimo de 1% dos adolescentes com seguro privado nos EUA são transgêneros e recebem medicamentos relacionados à identidade de gênero.

Aqui está o que é verdade. Há muito, muito menos americanos transgêneros do que a extrema-direita quer que você pense que há. Eles querem que você ache que os números são importantes porque precisam do combustível da ação real de seres humanos para alimentar a máquina de suas guerras culturais cínicas. Quanto mais os republicanos obscurecem essa verdade, mais dano causam a uma verdade ainda mais profunda. Independentemente de seus números, toda pessoa transgênero é tão digna quanto qualquer outra de respeito, dignidade e direitos iguais perante a lei.

☝☝☝☝

Chris Hayes fez esse pronunciamento no episódio de "All In with Chris Hayes" transmitido em 8 de fevereiro de 2025. Durante o programa, ele discutiu um novo estudo publicado no JAMA Pediatrics que analisou mais de 5 milhões de pedidos de seguro de saúde de adolescentes nos Estados Unidos. O estudo revelou que menos de 0,1% desses adolescentes acessaram bloqueadores de puberdade ou hormônios relacionados à transição de gênero. Hayes destacou como esses números são frequentemente distorcidos em debates políticos, enfatizando que, independentemente da quantidade, cada pessoa transgênera merece dignidade, respeito e direitos iguais sob a lei.

Questões que nos são colocadas por essa resposta à loucura trumpista:


1. Independentemente de quantas pessoas trans existam, todas são dignas de respeito e tratamento igualitário.

2. Políticos transfóbicos oportunistas manipulam as pessoas sob o pretexto de que as pessoas trans oferecem algum perigo à ordem social, mas o que fica muito claro é que esses mesmo políticos inflam números e criam.

3. As identidades trans são legítimas e a dignidade dessas pessoas não deve depender de sua representatividade estatística. 

4. Pesosas trans são igualmente titulares dos direitos humanos. Como poderia ser diferente se os direitos humanos aplicam-se a todos os humanos? Por isso mesmo, elas devem ter acesso igualitário a direitos fundamentais, incluindo saúde, dignidade e reconhecimento legal. A menção ao acesso a tratamentos médicos, como bloqueadores de puberdade e hormônios, toca em um direito básico à saúde, que deve ser garantido sem discriminação.

Devemos, portanto, nos posicionar firmemente a favor do respeito às pessoas transgêneras e do reconhecimento de seus direitos como questão de justiça social. É nosso dever moral denunciar estratégias que tentam desumanizar essa população e reforçar que, independentemente de números ou narrativas políticas, toda pessoa trans deve ser tratada com dignidade, respeito e igualdade perante a lei.


Assistência a pessoas trans no Brasil

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimento especializado para pessoas transgêneras, incluindo crianças e adolescentes. O Processo Transexualizador do SUS disponibiliza serviços ambulatoriais e hospitalares que abrangem acompanhamento psicológico, endocrinológico e cirúrgico, realizados por equipes multiprofissionais.

Centros de Referência:

Atualmente, existem quatro Centros de Atenção Especializada no país que oferecem atendimento relacionado ao Processo Transexualizador.

Além disso, o Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual (AMTIGOS) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP é uma referência no atendimento a crianças e adolescentes transgêneros.

Passos para Obter Atendimento:

  1. Unidade Básica de Saúde (UBS): O primeiro passo é procurar uma UBS próxima para uma avaliação inicial. O profissional de saúde poderá encaminhar o paciente para serviços especializados, se necessário. https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/novo-pac-saude/unidades-basicas-de-saude

  2. Encaminhamento para Serviços Especializados: Após a avaliação na UBS, o paciente pode ser direcionado a centros de referência que oferecem acompanhamento psicológico, endocrinológico e, quando indicado, cirúrgico.

  3. Acompanhamento Psicológico: O acompanhamento psicológico visa proporcionar suporte emocional e auxiliar na compreensão e afirmação da identidade de gênero, respeitando a autonomia e singularidade de cada indivíduo.

  4. Terapia Hormonal e Procedimentos Cirúrgicos: A idade mínima para terapia hormonal é de 16 anos, com consentimento dos responsáveis. Para procedimentos cirúrgicos, como mastectomia, a idade mínima é de 18 anos.



Apoio de Organizações Não Governamentais:

Além dos serviços oferecidos pelo SUS, organizações como a "Minha Criança Trans" (https://minhacriancatrans.org/) fornecem suporte a famílias de crianças e adolescentes transgêneros, auxiliando na busca por atendimento adequado e na defesa de direitos.

É fundamental que as pessoas trans e suas famílias busquem informações e apoio em serviços de saúde e organizações especializadas para garantir um atendimento integral e humanizado.

E uma verdade que você nunca pode esquecer e deve praticar rigorosamente: Não vote em políticos transfóbicos e não consuma produtos de empresas que toleram ou promovem a transfobia. Isso já faz uma grande diferença.


Manifestações em defesa das pessoas trans multiplicam-se nos EUA

Desde a posse de Donald Trump em janeiro de 2025, diversas manifestações em apoio aos direitos das pessoas transgêneras ocorreram nos Estados Unidos, em resposta a políticas consideradas prejudiciais a essa comunidade. Abaixo, apresentamos algumas dessas manifestações, incluindo local, organizadores e estimativas de participação:

  1. Marcha das Mulheres em Washington, D.C.

    • Data: 18 de janeiro de 2025
    • Local: Washington, D.C.
    • Organizadores: Women's March
    • Participantes: Milhares de pessoas
    • Descrição: Dias antes da posse de Trump, milhares de manifestantes se reuniram em Washington para defender os direitos das mulheres e de comunidades marginalizadas, incluindo a população transgênera. A marcha partiu em direção ao Monumento de Abraham Lincoln, reunindo cidadãos de todo o país que expressaram resistência ao segundo mandato de Trump.
  2. Protesto em Washington, D.C.

    • Data: 21 de janeiro de 2025
    • Local: Washington, D.C.
    • Organizadores: Coalizão de Direitos Reprodutivos
    • Participantes: Milhares de pessoas
    • Descrição: Manifestantes se reuniram em frente ao Lincoln Memorial para defender o acesso das mulheres ao aborto, os direitos das pessoas transgêneras e outras questões percebidas como ameaçadas pela nova administração. Oradores destacaram a importância de resistir a políticas que possam prejudicar comunidades vulneráveis.
  3. Discurso de Laverne Cox no SCAD TVfest

    • Data: 8 de fevereiro de 2025
    • Local: Atlanta, Geórgia
    • Organizadores: SCAD TVfest
    • Participantes: Centenas de pessoas
    • Descrição: A atriz e ativista Laverne Cox fez um discurso apaixonado criticando políticas anti-trans da administração Trump, incluindo leis que criminalizam cuidados de afirmação de gênero e ordens executivas que proíbem mulheres trans de participarem de esportes universitários. Ela enfatizou a necessidade de mudança sistêmica e de apoio mútuo dentro das comunidades marginalizadas.

Todas essas manifestações e muitas outras que vêm sendo realizadas nas últimas semanas demonstram a resiliência das pessos transgêneras e o apoio de suas famílias, amigos e de uma grande parcela da sociedade. Processo judiciais também já vêm sendo protocolados contra Trump e seus comparsas.

Desde a posse de Donald Trump em janeiro de 2025, várias ações judiciais foram movidas contra sua administração por alegadas violações dos direitos das pessoas transgêneras. Abaixo estão alguns processos judiciais em andamento:

  1. Bloqueio da Ordem Executiva sobre Transferência de Presas Transgêneras

    • Data: Fevereiro de 2025
    • Descrição: Uma ordem executiva emitida pelo presidente Trump determinava a transferência de mulheres transgêneras encarceradas para prisões masculinas e a interrupção de seus tratamentos médicos de transição. Três mulheres transgêneras entraram com uma ação judicial argumentando que essa medida violava proteções constitucionais contra punições cruéis e incomuns, causando danos irreparáveis. O juiz federal Royce C. Lamberth em Washington, D.C., emitiu uma liminar temporária bloqueando a ordem em âmbito nacional.
  2. Proibição de Mulheres Trans em Competições Esportivas Femininas

    • Data: Fevereiro de 2025
    • Descrição: O presidente Trump assinou uma ordem executiva proibindo mulheres transgêneras de participarem de competições esportivas femininas em níveis profissional, amador e escolar. Grupos de defesa dos direitos LGBTQIA+ entraram com ações judiciais argumentando que a proibição é discriminatória e viola direitos constitucionais de igualdade e proteção.Ainda não foi emitida uma decisão pela corte.
  3. Proibição de Pessoas Transgêneras nas Forças Armadas

    • Data: Agosto de 2017 (processo ainda em andamento)
    • Descrição: Em 2017, a administração Trump anunciou uma proibição de pessoas transgêneras servirem nas forças armadas dos EUA. A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) entrou com uma ação judicial em nome de militares transgêneros, alegando que a proibição violava os direitos de igual proteção e devido processo. O caso, conhecido como Stone v. Trump, ainda está em andamento nos tribunais.Ainda não foi emitida uma decisão pela corte.

É fundamental que se ofereça resistência sob todas as formas lícitas possíveis contra esse fascista aspirante a ditador e seus comparsas.Faça a sua parte.

Bernie Sanders: "Estamos vivendo em Tempos sem precedentes com o presidente Trump"

 

Bernie Sanders


Bernie Sanders: "Estamos vivendo em Tempos sem precedentes com o presidente Trump"


Bernie Sanders gravou um vídeo falando sobre os perigos impostos por Trump e sua administração já nas primeiras semanas de seu governo. O alerta foi feito através de um vídeo publicado em 04/02/2025 no YouTube (ontem). Você poderá ver o vídeo todo aqui: https://youtu.be/KtrZg3-eA9Y

Abaixo , apresento uma transcrição do que ele disse nos primeiros cinco minutos de vídeo. Confira:

Muito obrigado por me ouvir. Estamos vivendo um momento perigoso e sem precedentes na história americana. Tenho recebido muitas ligações de pessoas que não apenas estão envergonhadas com o que está acontecendo, mas também se perguntam como devemos seguir em frente. Deixe-me dizer: temos que ser inteligentes, organizados e lutar de volta. Este não é o momento para desespero ou para nos escondermos. Os desafios são enormes, pois não estamos apenas lutando por nós mesmos, mas também pelos nossos filhos, pelas gerações futuras e pelo futuro do planeta.

Nas primeiras semanas de sua presidência, Donald Trump desrespeitou a Constituição, revogou a cidadania por direito de nascimento, enfraqueceu órgãos de fiscalização do governo, permitiu a perfuração de petróleo em áreas costeiras, perdoou insurrecionistas violentos, suspendeu toda a ajuda estrangeira e tentou cortar quase todo o financiamento federal.

Então, como avançamos? Primeiro, precisamos entender o que realmente está acontecendo ao nosso redor. Segundo, devemos ter uma estratégia de curto prazo, decidindo o que faremos amanhã, no próximo dia e no seguinte. Terceiro, precisamos de uma estratégia de longo prazo para construir um movimento que ganhe poder político.

O país está avançando rapidamente em direção à oligarquia, um governo liderado pelos ricos e poderosos, e isso não está sendo feito às escondidas. Recentemente, Trump foi empossado para seu segundo mandato com o apoio de três dos homens mais ricos do mundo – Elon Musk, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg –, que se tornaram 200 bilhões de dólares mais ricos desde sua eleição e agora possuem quase um trilhão de dólares, mais do que a metade da sociedade americana, ou seja, 170 milhões de pessoas.

Mas não é apenas a oligarquia que nos preocupa. Sob Trump, os Estados Unidos estão se movendo rapidamente para o autoritarismo. Um exemplo disso foi sua tentativa de suspender todos os financiamentos e dívidas federais, o que afetaria programas essenciais como Medicaid, Head Start, vale-refeição e benefícios para veteranos, impactando milhões de americanos vulneráveis. Felizmente, a resistência popular ajudou a reverter parte dessas medidas.

Além disso, Trump vem intimidando a mídia com processos contra redes como ABC, CBS e Meta, ameaçando a liberdade de imprensa e violando a Primeira Emenda.

Diante desse cenário, nossa estratégia de curto prazo deve ser mobilizar a oposição mais forte possível contra as propostas perigosas de Trump. Sim, os republicanos controlam a Câmara e o Senado, mas sua maioria na Câmara é estreita, com apenas quatro votos de diferença. Muitos republicanos foram eleitos em distritos de maioria democrata e são sensíveis à pressão pública. Portanto, se há um projeto de lei com o qual você discorda, ligue para o Capitólio no número 202-224-2131.

No momento, os republicanos estão promovendo um orçamento de reconciliação que daria enormes cortes de impostos para os mais ricos, pagos com cortes severos no Medicaid e outros programas essenciais para famílias trabalhadoras e de baixa renda. Em um momento de desigualdade recorde, não podemos permitir cortes nos benefícios dos trabalhadores apenas para aumentar os lucros dos bilionários.

Devemos também nos opor veementemente à política de deportação em massa de Trump. Sim, devemos proteger nossas fronteiras e deportar criminosos condenados, mas não podemos destruir famílias que vivem e trabalham pacificamente neste país há décadas. Além de imoral, essa política terá um impacto severamente negativo na economia.

Enquanto isso, eventos climáticos extremos continuam devastando comunidades em todo o país e no mundo, intensificados pelas políticas de Trump que agravam ainda mais a crise ambiental. Precisamos combater essa doutrina absurda que coloca em risco o futuro do planeta.

Essas são apenas algumas das questões urgentes que enfrentamos hoje.

Joe Biden e Kamala Harris: A presidência mais inclusiva da história americana!


Por Sergio Viula

Biden e Harris fizeram a administração mais inclusiva em relação às pessoas LGBT da história dos EUA e do mundo! Cito abaixo apenas 10 das quase 350 decisões inclusivas para essa parte da população estadunidense:

A administração de Joe Biden e Kamala Harris tem adotado várias políticas e ações significativas em favor da população LGBT. Aqui estão algumas das principais decisões e medidas:

Ordem Executiva de Proibição de Discriminação: No primeiro dia de sua presidência, Joe Biden assinou uma ordem executiva que proíbe a discriminação com base na identidade de gênero ou orientação sexual em diversas áreas, incluindo educação, emprego e saúde.

Reversão da Proibição de Pessoas Transgênero nas Forças Armadas: Biden revogou a proibição de pessoas transgênero servirem abertamente nas forças armadas dos EUA, uma política implementada durante o governo Trump.

Proteção de Direitos em Educação: A administração Biden-Harris reforçou a aplicação do Título IX para proteger estudantes LGBT contra discriminação em escolas e universidades.

Apoio à Lei da Igualdade: Biden e Harris expressaram forte apoio à Lei da Igualdade (Equality Act), uma legislação que busca garantir proteções contra discriminação para pessoas LGBT em áreas como habitação, emprego, educação e serviços públicos.

Políticas de Adoção e Assistência Social: Reversão de políticas da era Trump que permitiam discriminação contra pais LGBT em programas de adoção e assistência social financiados pelo governo federal.

Reconhecimento de Identidades de Gênero: Implementação de políticas que permitem que pessoas transgênero atualizem seus documentos de identidade federal (como passaportes) para refletir sua identidade de gênero.

Ações Contra a Violência: Estabelecimento de iniciativas para combater a violência contra pessoas LGBT, incluindo esforços específicos para abordar a violência contra pessoas transgênero, especialmente mulheres trans negras e latinas.

Saúde LGBT: Restabelecimento e fortalecimento de proteções de saúde para pessoas LGBT, garantindo que não sejam discriminadas em programas de seguro de saúde, assistência médica e hospitais.

Apoio Internacional: Incorporação de questões LGBT na política externa dos EUA, incluindo a nomeação de um enviado especial para os direitos humanos das pessoas LGBT e a promoção de direitos LGBT globalmente.

Reconhecimento de Pronomes: Instituição de práticas inclusivas em agências federais, como a inclusão de opções de pronomes preferidos em formulários e documentos oficiais.

Essas ações fazem parte do compromisso contínuo da administração Biden-Harris de promover a igualdade e proteger os direitos das pessoas LGBT nos Estados Unidos. E por cada uma dessas decisões e todas as outras tomadas em benefício dos americanos e imigrantes LGBT, expresso minha mais profunda gratidão e reconhecimento, torcendo para que Kamala Harris - ou quem quer que seja a pessoa apontada pelo partido Democrata para substituir Biden na corrida eleitoral - envie o opositor de volta para casa com esmagadora vitória contra o fundamentalismo nacionalista e todo atraso que aquele indivíduo representa. 


 

Trump indica candidato abertamente gay para corte federal - elevando o total para 2

Corte Federal: Trump indica candidato abertamente gay


Fonte: Washington Blade
https://www.washingtonblade.com/2018/10/15/trump-names-2nd-openly-gay-judicial-nominee/
Traduzido e adaptado por Sergio Viula


O Presidente Trump indicou Patrick Bumatay
para o Tribunal de Apelações do Nono Circuito dos EUA.
(Foto de Washington Blade por Michael Key)



O Presidente Trump indicou para o Tribunal de Apelações do Nono Circuito dos EUA um promotor federal abertamente homossexual encarregado de combater o crime organizado e as leis sobre drogas, duplicando o número de seus indicados judiciais.

A Casa Branca anunciou a nomeação de Patrick Bumatay por Trump para o Nono Circuito, na semana passada, como parte de um grupo de 18 candidatos a juízes dos EUA. Republicanos de seu gabinete confirmaram ao Washington Blade, na segunda-feira, que Bumatay é gay assumido.

Se o Senado dos EUA confirmar Bumatay, ele seria a segunda pessoa abertamente homossexual designada para um tribunal de apelação federal e um dos juízes de maior hierarquia nos Estados Unidos.

Gregory Angelo, presidente da Log Cabin Republicans, disse que a nomeação de Bumtay para o Nono Circuito por Trump foi significativa.

"Patrick seria um excelente complemento para a corte - a natureza histórica de sua nomeação como um homem abertamente gay acrescenta uma camada adicional de prestígio ao que por todos os aspectos é uma carreira excepcional na lei", disse Angelo.

Obama nomeou o primeiro e atualmente juiz federal de apelações abertamente gay, o Juiz de Circuito dos EUA Todd Hughes. Hughes atua no Tribunal de Apelações dos EUA para o Circuito Federal e atualmente é o juiz federal mais votado.

Butamay já prestou vários serviços na área da advocacia e pertence a várias organizações representativas do Direito.

Outros cargos em que Bumatay serviu no Departamento de Justiça dos EUA incluem o Gabinete do Procurador Geral Adjunto, onde supervisionou os programas de execução civil; e o Escritório de Política Legal.

Bumatay trabalhou para o juiz do Circuito dos EUA Timothy Tymkovich, um nomeado por George W. Bush que ocupa o Tribunal de Apelações do Décimo Circuito dos EUA e a Juíza Distrital dos EUA Sandra Townes, outra nomeada por Bush no Tribunal Distrital dos EUA do Distrito Leste de Nova York. Bumatay graduou-se com honras pela Universidade de Yale e obteve seu diploma em Direito pela Harvard Law School.

É a segunda vez que Trump nomeou uma pessoa abertamente gay para uma cadeira federal. A primeira foi Mary Rowland, a quem Trump indicou para um lugar no Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Norte de Illinois. A nomeação de Rowland permanece pendente perante o Senado. A nomeação de Bumatay por Trump contrasta com seus outros 140 candidatos a juízes, muitos dos quais têm registros anti-LGBT. Os mais extremos candidatos anti-LGBT litigaram contra a igualdade no casamento, em favor da Proposição 8 da Califórnia e trabalharam para facilitar as leis anti-LGBT.

Trump tem um longo caminho a percorrer para bater o recorde de Obama na nomeação de candidatos judiciais abertamente LGBT. Obama nomeou um total de 11 candidatos judiciais abertamente homossexuais, de acordo com uma página arquivada no site da Casa Branca.

Mas Trump já venceu o presidente Bill Clinton na nomeação de candidatos judiciais. Clinton nomeou apenas uma, a juíza distrital dos EUA Deborah Batts, que em 1994 tornou-se a primeira juíza federal abertamente homossexual. Batts atualmente atua com status sênior no Tribunal Distrital dos EUA. Distrito Sul de Nova York.


ATUALIZAÇÃO
19/10/18 - 12:07

Patrick Bumatay é associado a TOM HOMMAN LAW ASSOCIATION, uma organização de advogados e juristas dedicada a avançar os direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros por toda Califórnia e pelo pelo país. Saiba mais sobre essa organização (em inglês) aqui:
https://www.washingtonblade.com/2018/10/15/trump-names-2nd-openly-gay-judicial-nominee/

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

Seja quem for o portador de mandato presidencial ou de outro cargo qualquer, ele não é e nunca será indomável. É preciso resistência, mobilização, estratégia, rede de contatos. Fica a dica.

Pessoas transgêneras nas Forças Armadas: J.K. Rowling solta as bruxas em cima de Donald Trump.

A fantástica J.K. Rowling, criadora de Harry Potter, 
e vocês sabem quem...



Por Sergio Viula
Com informações divulgadas pelo Pink News e pelo Twitter

http://www.pinknews.co.uk/2017/07/27/jk-rowling-takes-on-donald-trump-after-he-bans-transgender-people-from-the-military/amp/


Não é a primeira vez que J.K. Rowling dá uma lavada em Donald Trump publicamente, mas quando o desvairado chefe dos Estados (cada vez mais) Unidos (contra ele) da América baixou uma proibição contra a pessoas transgêneras nas Forças Armadas Americanas, a criadora de Harry Potter soltou suas melhores bruxas contra essa criatura desprezível em seu quase habitat natural - o Twitter.

A ironia não poderia ser mais séria. Ao proibir pessoas trans nas Forças Armadas, Trump colocou em risco as carreiras de 15 mil militares transgêneros já atuantes, ao mesmo tempo em que aprofunda preconceitos e discriminações, em vez de combatê-los.

A resposta de Rowling foi magistral. Ela comparou a cara sorridente de Trump com a de um sapo na fábula "As rãs que queriam um rei", dizendo: 


“Parabéns, Esopo."
"As rãs que queriam um rei não era uma fábula, era uma premonição e tanto”, escreveu J. K. Rowling no Twitter.


Em seguida, ela se voltou para outro desafeto seu e também relacionado a Trump: Tomi Lahren, um expert da ala direita dos EUA que chamou a Marcha pela Igualdade em Washington, DC, de um "pedaço de porcaria".

Lahren havia escrito: “Pres Trump dedicou-se a colocar muçulmanos radicais em túmulos, enquanto o Pres Obama dedicou-se a colocar homens em banheiros femininos."

Em resposta, J.K. Rowling produziu uma pérola de ironia que vai ecoar por séculos.

“De fato, quem entre nós pode esquecer Trump ordenando a morte de bin Laden?" - perguntou ela

“Ou Obama se vangloriando de espiar a nudez de participantes de concursos de beleza?”




Paradoxalmente, de acordo com o site Pink News, o governo americano gasta DEZ VEZES MAIS com DISFUNÇÃO ERÉTIL do que gastaria com assistência médica às pessoas trans.

Isso significa que a maior potência militar do mundo, formada majoritariamente por homens, muitos dos quais acreditam que um pênis seja condição determinante para prestar serviço, gasta uma fortuna com impotência sexual. É... parece que a vida gosta mesmo de uma ironia. Talvez, até mais do que algumas adoradas escritoras de sucesso. ^^

A American Civil Liberties Union prometeu lutar contra a decisão de Trump representando qualquer pessoa que se sinta afetada pela proibição contra a atuação de pessoas transgêneras nas Forças Armadas dos Estados Unidos.

E o ex-vice-presidente Joe Bidem disse: "Qualquer patriota americano que esteja qualificado para servir em nossas Forças deveria poder servir. Ponto final."

EUA: Mais de 100 prefeitos se unem contra a discriminação aos LGBT dias antes do discurso inaugural.

Mais de 100 prefeitos se unem contra a discriminação aos LGBT dias antes do discurso inaugural.


Esses prefeitos estão se unindo para aprovarem 
garantias à população LGBT em seus governos locais.


Por YEZMIN VILLARREAL
http://www.advocate.com/authors/yezmin-villarreal
18 de janeiro de 2017

Tradução por Sergio Viula

FONTE: THE ADVOCATE
http://www.advocate.com/politics/2017/1/18/over-100-mayors-unite-against-lgbt-discrimination-days-inauguration



WASHINGTON, D.C. — Dois dias antes do presidente eleito Donal J. Trump inaugurar seu governo, 175 prefeitos de 42 estados se uniram na quarta-feira para enviar uma mensagem: Eles garantirão proteção aos cidadãos LGBT localmente, mesmo que elas não sejam promovidas federalmente.

O evento foi lançado por uma coalização bipartidária de prefeitos dedicada a prover apoio e recursos para assistir governos locais que queiram aprovar garantias à população LGBT. A coalizão criou um site na Internet que roteiriza os passos que o grupo vai dar, incluindo "encabeçar proteções em nível municipal para as pessoas LGBT", "proibir viagens não essenciais a estados com leis anti-LGBT" e "apoiar leis locais de reforço a treinamento de inclusão LGBT."


Os co-diretores da coalizão incluem o prefeito Muriel Bowser do Distrito de Columbia em Washington, o prefeito Jim Kenney da Filadélfia, o prefeito Ed Lee de São Francisco e o prefeito assumidamente gay Ed Murray de Seattle.
 
O Centro para o Progresso Americano anunciou no encontro que emitirá um relatório explicando a variedade de opções para ações não legislativas que os governos locais podem executar com vistas a proteger as pessoas LGBT. Por ora, apenas 32 estados provêm proteções LGBT. Incluída na lista estão as proteções contra a discriminação para os funcionários do município e do condado e em serviço público; prevenir a discriminação e expandir as oportunidades através de garantias e contratos; e estabelecer alianças, comissões, e comitês de consultoria.
 
O anúncio vem dias antes de pelo menos 60 legisladores democráticos dizerem que não participarão da inauguração de Trump em protesto contra os ataques do presidente sobre o ícone dos direitos civis Rep. John Lewis. Também vem depois que 156 oficiais LGBT eleitos escreveram uma carta aberta na sexta-feira para o presidente eleito Trump, pedindo-lhe que avance a igualdade LGBT. "Como representantes da comunidade LGBT, nós consideraremos sua administração responsável por ações que infrinjam nossos direitos e oportunidades, e nos oporemos às pessoas designadas pelo presidente que denigram ou firam nossa comunidade", diz a carta.
 
O projeto de lei 2 da Carolina do Norte (que trata sobre o uso de banheiros de acordo com o gênero) foi referenciado várias vezes durante o encontro por prefeitos como um exemplo do que pode acontecer à economia de um estado e à população quando a discriminação é legalizada. A Carolina do Norte perdeu, de acordo com relatos, 329,9 milhões de dólares em arrecadação e mais de 730 empregos. Os prefeitos expressaram preocupação de que o mesmo pudesse acontecer no Texas se o estado aprovar um projeto de lei anti-LGBT protocolado recentemente.




A prefeita de Charlotte, Jennifer Roberts, que foi muito cotada na reunião, disse ao The Advocate que ela espera que a coalizão produza proteções LGBT em nível nacional. Roberts disse que a mudança sempre vem em nível local e que depois estimula esforços nacionais.
 
"Existem muitas coisas com as quais esse país ainda luta e, infelizmente, a campanha do presidente eleito inflamou algumas das que nos dividem," disse Roberts. "Tenho esperança de que os prefeitos se levantarão e dirão que não é certo no século 21, e que não é bom para os negócios, não é bom para a moralidade, não é bom para o bem-estar das pessoas." - disse Jennifer Roberts a respeito da discriminação contra pessoas LGBT.

Lady Gaga: Eu farei tudo que puder para defender o progresso LGBT sob o governo Trump

(Foto por Pascal Le Segretain/Getty Images para Victoria's Secret - fonte: Pink News)

Com informações do Pink News
http://www.pinknews.co.uk/2016/12/02/lady-gaga-i-will-do-everything-i-can-to-defend-lgbt-progress-under-trump/

Traduzido e adaptado por Sergio Viula


Eu farei tudo que puder para defender o progresso LGBT 
sob o governo Trump


Lady Gaga prometeu defender o progresso dos direitos LGBT sob a administração Trump.

Ícone gay internacionalmente conhecida, Lady Gaga apoiou Hillary Clinton, oponente de Trump nas eleições deste ano.

Gaga demonstrou preocupação com os poucos registros sobre direitos LGBT nos discursos de Trump durante e depois das eleições. Além disso, uma série de vozes extremistas anti-gays estão sendo apontadas para o gabinete dele.

Falando ao show da Victoria Derbyshire, Gaga disse o seguinte:

"O que é muito importante para mim é que a comunidade LGBTQ na América saiba que eu mesma e todo mundo mais que a ama vamos fazer tudo o que pudermos para proteger o progresso social que fizemos nos últimos oito anos."

"A verdade é que o progresso político não pode acontecer a menos que exista progresso social... as coisas não podem funcionar a menos que as pessoas gostem umas das outras, a menos que as pessoas sejam gentis umas com as outras."

"Estou aqui para ser, de todos os modos que eu puder, uma pessoa que lembre a todos que acima de qualquer coisa está a gentileza."

Perguntada sobre sua nova imagem, ela disse: "... A verdade é que quando eu era mais jovem... eu não entendia bem a quantidade de atenção que eu recebia [ou] a quantidade de pessoas que me ouviam... Sou uma pessoa mais velha agora e estou ciente da minha voz no mundo e quero ser um exemplo tanto quanto eu possa ser." 


------------ COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO ---------------

Cá entre nós, meus leitores brasileiros, precisamos abrir o olho. Não podemos ignorar os tempos tenebrosos que estamos vivendo, tempos de conservadorismo e fundamentalismo cínicos e segregadores que usam jargões úteis à manipulação de mentes ignorantes e acríticas, enquanto ganham terreno no cenário político e enchem seus bolsos com dinheiro de corrupção e de manipulação de incontáveis 'rebanhos' ignorantes o suficiente para caírem na conversa fiada desses pilantras. 


DIGA NÃO AOS FUNDAMENTALISTAS E CONSERVADORES.

A estupidez humana é insuperável mesmo

Por Sergio Viula




Esse final de 2016 tem sido um período de insuperável estupidez em diversas partes do globo e nos mais variados níveis.

Quando eu penso que já vi o suficiente e que agora as pessoas podem mudar o script e começar a agir e falar como se fossem inteligentes de fato, acabo me deparando com a mais nova versão da velha estupidez humana aqui e ali.

Por exemplo, desde que me conheço por gente, o povo da Colômbia vem sofrendo com os conflitos entre as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o governo. Nenhum dos dois lados jamais demonstrou disposição para colocar fim ao conflito. Nada de concessões, quaisquer que fossem. Dos dois lados, prevalecia a lógica do "nós ou eles".

O presidente Juan Manuel Santos, porém, conseguiu capitanear um acordo de paz sem precedentes. E os revolucionários aceitaram. O que dificilmente se poderia esperar era que a população decidisse dizer não à paz, mas disse. E o fez durante um plebiscito realizado no mês de outubro. O acordo poria fim a 52 anos de conflito - uma guerra civil que custou mais de 220 mil vidas.

Quando ouvi isso, eu disse: O quê? Isso é brincadeira. Não pode ser verdade. Como é que os mais prejudicados por essa guerra civil podem dizer não à paz? Não era pegadinha.

Felizmente, apesar da vitória da imbecilidade nas urnas, os dois lados do conflito dizem que estão abertos à paz, mas como lidarão com isso, é difícil prever.



Presidente da Colômbia e líder das FARC celebrando o acordo de paz.
Leia mais em: O Globo - http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/10/por-que-a-colombia-disse-nao-ao-acordo-de-paz-com-as-farc.html

Nesse mês de outubro, um outro absurdo foi legitimado através do voto popular. Um bispo, representante de uma organização religiosa que é suspeita de graves crimes fiscais, para dizer o mínimo, foi eleito prefeito da segunda maior cidade do Brasil: O Rio de Janeiro.

Sobre as suspeitas de crime, vale lembrar os anos de 2010, 2011 e 2016, só para citar três.

Em 2010, a Igreja Universal foi acusada de crime financeiro por envio ilegal de divisas para o exterior. O valor chegava a 400 milhões de reais, segundo o Estadão: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,doleiros-dizem-que-igreja-universal-enviou-r-400-milhoes-ao-exterior,543932

Em 2011, o Ministério Público Federal de São Paulo apresentou acusação contra a organização de Edir Macedo por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O caso foi noticiado pela revista Veja: http://veja.abril.com.br/politica/como-a-universal-lava-o-dinheiro-doado-pelos-seus-fieis/

Agora, em 2016, a Folha de São Paulo publicou a seguinte notícia:

Um ex-bispo da Igreja Universal do Reino de Deus acusa a entidade de ter mantido um esquema ilegal para operar milhões de dólares no exterior por pelo menos sete anos.

O dinheiro, segundo a versão dele, teria sido utilizado para financiar a instituição e sua emissora de TV, a Rede Record, na Europa.

Alfredo Paulo Filho, 49, afirma ter sido responsável pela Universal em Portugal entre 2002 e 2009 e um dos principais auxiliares do bispo Edir Macedo, fundador da igreja, por mais de dez anos.

Antes disso, diz que coordenou trabalhos da igreja em Estados como São Paulo, Rio, Minas e Rio Grande do Sul.

Segundo o ex-bispo, a cúpula da Universal criou uma rota para fazer remessas ilegais de dinheiro, ao menos duas vezes por ano, da África para a Europa.

Os dólares, diz, vinham de uma campanha da igreja em Angola, a Fogueira Santa, e cerca de US$ 5 milhões eram despachados por viagem.

O ex-bispo relata ter participado do esquema e afirma que os milhões de dólares chegavam à Europa em um jato particular, depois de terem sido levados, de carro, de Angola até a África do Sul. Leia mais na Folha de São Paulo: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/08/1802938-igreja-universal-mantinha-esquema-ilegal-no-exterior-diz-ex-bispo.shtml

Apesar de tudo isso, mais de 59% dos eleitores do Rio de Janeiro, foram estúpidos o bastante, para colocarem um dos maiores patrimônios culturais, históricos e turísticos do país nas mãos do sobrinho de Macedo, que se gaba de ter sido mi$$ionário na África - a mesma África que está sendo investigada como rota dessa evasão e lavagem de dinheiro.

Curiosamente, Malafaia, que na eleição para governador, combateu vorazmente o bispo, tornou-se um de seus maiores aliados quando este concorreu para prefeito este ano. Certamente, os dois têm muito em comum. O que me espanta é o que o Rio de Janeiro diz de si mesmo com tal escolha: trata-se de um deslumbrante cenário para atores de baixíssimo nível. E por atores, refiro-me a esses patifes, seus seguidores e eleitores.


Malafaia e Crivella trocando carícias (risos)

Eu poderia até pensar que países considerados desenvolvidos estivessem imunes a esse tipo de fenômeno, mas não. Afinal, se uma cidade cosmopolitana como o Rio de Janeiro pode eleger um bispo fundamentalista como Crivella, e com ele abrir as portas do cofre para seu tio e para pessoas como Garotinho e sua turma, além de Malafaia e outros exploradores da fé e promotores de segregação, por que não poderiam os Estados Unidos fazer algo semelhantemente estúpido com tanta gente fundamentalista por lá também?

E foi o que aconteceu.

Entre uma mulher capacitada, experiente e disposta a trabalhar para que o país se desenvolvesse, respeitando a diversidade que lhe é característica, e um homem que mais parece um pirralho mimado, mal-educado, preconceituoso, segregacionista e sem a menor noção do que é ocupar um cargo público, os americanos elegeram este e não aquela. Para fazer justiça ao cidadão eleitor, é importante que se diga que Hillary ganhou em número de votos válidos, mas em função do sistema eleitoral americano, que trabalha com delegados e não com o número absoluto de votos nas urnas, venceu Trump.

A vitória desse racista, misógino, homofóbico, racista, xenofóbico, entre outros adjetivos que brotam de suas próprias falas discriminadoras, lançou o país em conflitos que já duram três dias desde o anúncio de sua vitória (no momento desse post).


Trump: golpes financeiros, abusos sexuais, criação de uma universidade falsa, lesando centenas de alunos são apenas algumas das falcatruas do novo presidente americano.


Quem diria que depois de tantos avanços nos EUA, a estupidez ainda se faria carne e habitaria entre nós na figura de um presidente como Trump?

Se por lá, a vontade da maioria não elegeu Trump. Por aqui, a vontade da maioria foi nitidamente desrespeitada no que diz respeito a uma presidente democraticamente eleita.

Michel Temer, um vice-presidente que dificilmente seria eleito para o cargo de presidente no Brasil, decidiu aproveitar a perseguição de Eduardo Cunha contra a presidente Dilma por vingança, uma vez que Dilma havia posto fim à mamata do deputado em Furnas muito antes dele ser presidente da Câmara. Cunha, que presidia aquela Casa e podia acatar um requerimento de abertura de processo de impedimento, era do mesmo partido que Temer e os dois sabiam que precisavam apoiar um ao outro se quisessem sobreviver. Tanto que agora que o objetivo foi alcançado, Temer foi convocado por Cunha para ser testemunha de defesa dele no processo da Lava-Jato que o pôs na cadeia por evadir milhões para Suíça.

O processo de impedimento que garantiu a cadeira da presidência a Temer foi tão bem articulado entre a Câmara e o Senado, que docilmente poderia ser revertido. Deputados corruptos insatisfeitos com a linha dura de Dilma contra seus esquemas e desmandos, mancomunados com a grande mídia, a quem Dilma também não alimentava com as 'benesses' que essas mega-organizações ansiavam receber, entre elas a Rede Globo, cujo contrato de concessão seria renovado um ano depois do impedimento, conseguiram o que queriam: Dilma foi impedida, mesmo sem comprovação de crime de responsabilidade. Temer ocupou a cadeira que vampirescamente ansiava em ocupar, mas o Brasil está pagando a conta desse golpe.

Muita gente ingenuamente pensava que as coisas melhorariam sem Dilma. Pioraram. Programas sociais sendo desarticulados. O país continua imobilizado do ponto de vista econômico. Quando a gasolina caiu de preço nas refinarias, a imprensa festejou dizendo que baixaria no posto. Foi o contrário, subiu! Não apenas isso, mas Temer apresentou a PEC do congelamento de gastos por 20 anos - o que significará a sabotagem do sistema público de educação, segurança e saúde - áreas básicas para a vida da esmagadora maioria dos cidadãos do país.

Temer mexeu no financiamento universitário. Teremos menos médicos daqui a poucos anos. Só para mencionar um dos muitos profissionais essenciais à nossa sobrevivência e qualidade de vida.

Nesse momento, o Congresso articula a sabotagem da Lava-Jato através de Projeto de Leniência, que é a garantia de que os deputados, senadores e outros políticos envolvidos em corrupção não serão punidos. E já tem representantes da grande mídia fazendo o deixa-disso com os juízes do Paraná, agora que seus amiguinhos do PSDB e do PMDB são a bola da vez. Uma das queridinhas do Globonews dá o tom desses demagogos tendenciosos.

Tudo isso é assustador, mas muito disso não depende diretamente de um indivíduo ou mesmo de um grupo social. É o resultado de uma configuração ampla e intrincada que envolve muita ignorância por parte de uns e muita esperteza por parte de outros, muito poder e muita vulnerabilidade, alianças e rompimentos, e por aí vai. Porém, quando se trata de uma pessoa fazendo mal a si mesma a olhos vistos, isso é ainda mais impressionante.

E isso é o que vem acontecendo com esses desafios toscos que podem levar à morte ou à deficiência mental e/ou física chamados "choking" (asfixia). Qualquer que seja a explicação para esse comportamento, uma coisa fica muito clara para mim: estamos cercados de idiotas. E é possível que alguns dos que me leem aqui e pensam que os idiotas são apenas os outros sejam, na verdade, bastante idiotas para fazerem, aceitarem ou apoiarem diversas outras coisas igualmente perigosas.

Por exemplo, conheço gente que não toparia o desafio do 'choking', mas votou em Crivella, ou que não votou em Crivella, mas acha que Trump era melhor que Hilary, ou que apoiou o golpe disfarçado de processo democrático no Brasil, ou que é idiota o suficiente para usar as redes sociais para espalhar ou apoiar o fascismo, a homofobia, a transfobia, a xenofobia, o racismo e por aí vai, mesmo sabendo que tem amigos e/ou parentes que são LGBT, negros, estrangeiros, etc.

Por que será que tanta gente vocifera dez mil ofensas contra quem dá seu cu de boa vontade a quem deseja comê-lo ou que agradecidamente come o de quem lhe dá livre e espontaneamente, mas aceita que um indivíduo tão idiota quanto ele exerça poder de morte sobre sua vida, sufocando-o até a morte ou quase morte? Vai trepar, otário!


Desafio do choking (asfixia)

Como pode alguém em sã consciência apoiar grupos de extermínio como esse que vem sendo investigado em Goiânia? O nome da operação policial que investiga esses exterminadores tem um nome super sugestivo: Sexto Mandamento. Se alguém se pergunta o que diz esse mandamento, ele diz "não matarás" - e não interessa quem. É não matar, e ponto.


Tenente-coronel Ricardo Rocha está entre alvos da operação da PF
 (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)


Fiquei ainda mais intrigado quando soube que os investigadores haviam descoberto que são comerciantes que financiam esses exterminadores. E para quê? Para eliminar moradores de rua e outros desafetos.

Ora, os moradores de rua são um dos grupos mais vulneráveis na pirâmide social. São os absolutamente desamparados. Ouvi no noticiário que mais de 100 cidadãos já haviam sido assassinados friamente por esses bandidos, entre os quais muitos são policiais militares, guardas municipais e policiais civis. Há algo de muito podre no mundo quando a população aceita ou tenta justificar a ação de criminosos com distintivo. Se matam seu vizinho, por que não você, estúpido? Não precisa ser muito esperto para chegar a essa conclusão.


Francisco: o escorregadio


Aí, você pensa: talvez possamos encontrar alguma boa notícia na fala do Papa argentino, que alguns acreditam estar humanizando a Igreja Católica. Talvez, possamos festejar algum progresso ali, quem sabe? Talvez, graças a esse simpático argentino, a estupidez que acompanha o Vaticano há centenas de anos no que diz respeito à sexualidade humana e a dignidade das pessoas sexodiversas ou transgêneras esteja recuando e a racionalidade avançando, mas aí o Papa Francisquinho mesmo estraga tudo dizendo que é terrível que as crianças sejam ensinadas nas escolas que podem escolher seu gênero.

Ora, terrível mesmo é que crianças sejam vítimas de violência em todos os sentidos por não se encaixarem nos padrões heteronormativos e que não sejam protegidas contra isso nem na escola.

O que esse senhor e seus companheiros de vestido procuram preservar são as estruturas da violência de gênero a custo da saúde e da vida dessas mesmas pessoas a quem deveriam defender.

Mas, aí um aluno meu salva meu dia. Foi quinta-feira. Eu estava com o começo de uma cistite que me custaria dois dias de cama e antibióticos para fazer a infecção recuar. O simples ato de urinar tornou-se um tormento. A cistite está sendo tratada e já melhorou muito, mas foi aquele garoto de 16 para 17 anos que transformou o meu dia. Ele veio para a aula usando uma camisa preta com letras brancas garrafais que diziam o seguinte em inglês:

DIGA NÃO
À XENOFOBIA,
À HOMOFOBIA,
AO SEXISMO,
AO RACISMO.

Parei a aula no meio de uma revisão, desci do tablado, apertei a mão dele diante de todos e disse: "Fulano, adorei sua camisa. Você renova minha esperança na humanidade. Quando a juventude junta vozes com os opressores, alguma coisa está muito errada no mundo. Obrigado por usar essa camisa. Estou orgulhoso de você."

Ele sorriu marotamente como se pensasse: Sabia que você ia gostar.

Eu sorri de volta e retomei a revisão, mas aquela imagem não saiu mais da minha mente. E espero que não tenha saído da cabeça de nenhum deles também.

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