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Skinheads atacam dois homossexuais


Ilustração customizada por Sergio Viula


Enviado por Osmar Rezende
LIBERTOS Comunicação, Saúde e Cidadania


Skinheads atacam dois homossexuais


Suspeitos deram até pedrada na cabeça de um rapaz; houve ameaça de morte

JOSÉ VÍTOR CAMILO - Publicado no Super Notícia em 30/10/2012


A Polícia Civil tenta identificar dois skinheads suspeitos de ter espancado dois homossexuais - um jornalista e professor universitário, de 32 anos, e um amigo dele, de 28 -, na madrugada do último sábado, na Savassi, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. A agressão aconteceu depois que os dois deixaram um show, por volta de 00h30, e se despediram com um abraço.

"De repente, começaram os socos, a voadora no peito e depois a pedrada na cabeça do meu amigo. Sem falar nas frases de efeito, como ‘vou te matar’ e ‘vamos exterminar vocês do mundo’", lembrou o jornalista, que preferiu não ser identificado.

A dupla foi identificada pelas vítimas como skinheads justamente pelas frases ditas, pelas cabeças raspadas e pelas tatuagens espalhadas pelo corpo. “O pior, pra mim, é que no horário a Savassi estava lotada, ninguém reagiu, tomou uma atitude", lamentou o jornalista. A poucos metros de onde eles foram atacados, estava uma viatura da Guarda Municipal. "Quando pedimos ajuda, os agressores ainda estavam no ponto de ônibus, fazendo gestos obscenos e rindo de tudo o que tinham feito. O guarda informou que não podia fazer nada e pediu que eu ligasse para a Polícia Militar (PM)".

O jornalista reclamou ainda do atendimento prestado pela PM. "Eles pediram meu telefone e meu nome, disseram que era para eu ir ao hospital e que enviariam uma viatura lá e outra para procurar os agressores. Ainda afirmaram que me ligariam, mas nada disso foi feito". “Precisei de três policiais e nenhum deles me atendeu. No dia seguinte, domingo, foi que registrei a agressão na delegacia”, finalizou.

As duas corporações vão apurar as denúncias.


DENÚNCIAS TÊM QUE SER FEITAS.


Para Leonardo Tolentino, do Núcleo de DH da UFMG, a agressão não pode ser analisada de um ponto de vista individual dos agressores. “Não é só o skinhead que é agressivo ou que não aceita sua homossexualidade reprimida. É um sistema, uma teia que tem como resultado os homossexuais sendo vistos como algo pior, menor que o restante”, explicou.
Segundo a coordenadora de Diversidade Sexual da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, Valquíria Laroche, “já existe na capital o Núcleo de Atendimento e Cidadania LGBT (NAC), que é onde devem ser registrados os casos de homofobia. Fica à Rua Paracatu, 822, Barro Preto. Além disso, as vítimas devem denunciar no Disque Direitos Humanos, 0800 0311119”.

OBS: Não me parece que esses casos devam ser resolvidos apenas com o registro da ocorrência em uma delegacia especializada para homossexuais. Temos de parar com esta falácia enganosa de que delegacias próprias são a solução, ou qualquer pretensão neste sentido.

TODAS as delegacias têm de estar aptas a receber a população homossexual, sem qualquer diferenciação, pois são cidadãos e cidadãs como todos os que pagam impostos e cumprem seus deveres como tais. Portanto, o acolhimento policial tem de ser exatamente o mesmo!
O cidadão homossexual é agredido lá em Venda Nova e tem de ir até ao Barro Preto para registrar a ocorrência. Ora, façam-me o favor...

Não queremos tratamento diferenciado; apenas exigimos o mesmo que é dado a todo cidadão e cidadã.

Povo evoluído sabe que em sua essência não são todos iguais, por isso respeita as diferenças.

Osmar Rezende
LIBERTOS Comunicação, Saúde e Cidadania

Com a presença de skinheads, Marcha contra a Homofobia reuniu 1500 pessoas



Do Site de A Capa


Com os termômetros da avenida Paulista marcando 32 graus, cerca de 1500 pessoas compareceram na tarde deste sábado (19) à Marcha Contra a Homofobia, organizada pelo grupo virtual Ato Anti-Homofobia. A manifestação teve início às 15h e terminou por volta das 19h em frente ao número 777, onde jovens foram agredidos com lâmpadas fluorescentes em novembro do ano passado.

O ato contou com a presença da ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário; da senadora Marta Suplicy (PT-SP); dos deputados federais Jean Wyllys (PSOL-RJ) e Ivan Valente (PSOL-SP); e dos deputados estaduais Simão Pedro (PT-SP) e Carlos Gianazzi (PSOL-SP).

Apesar do sol forte, os manifestantes não se desanimaram. Desfilando ao lado de uma van munida com um forte esquema de som, protestaram e puxaram os participantes ao longo da avenida Paulista. Até a ministra Maria do Rosário parou para discursar e dizer que se sentia muito "feliz" por estar presente, enfatizando que a comunidade LGBT pode enxergar no governo da presidente Dilma Rousseff uma "parceria permanente".

Chamou a atenção a participação de um grupo de skinheads no ato. Muitos deles faziam questão de deixar claro que os preconceituosos são "os carecas" e que eles, skinheads, nada têm nada contra os homossexuais. Em dado momento, Monica, que se identificou como "lésbica e skinhead", quis enfatizar que seu grupo não discrimina gays.

Por volta das 18h, o carro de som estacionou em frente ao número 777 da avenida Paulista e, nesse momento, algumas pessoas puderam discursar. Durante a manifestação, um grito de guerra foi considerado o mais criativo por Marta Suplicy e Jean Wyllys: "Se até a cachorra é laica, por que o Estado não é?".

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