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Ninguém pode me bater por ser gay, diz vítima

Ninguém pode me bater por ser gay, diz vítima


Um dos homens agredidos na Av. Paulista por homofóbicos 
(Fonte da foto: Internet)


Homem agredido no último sábado contou sobre agressão, que aconteceu no último sábado na avenida Paulista, em SP

Um dos homossexuais agredidos na madrugada do último sábado, na região da avenida Paulista, em São Paulo, falou nesta terça-feira ao Brasil Urgente. Segundo a vítima, "ninguém poderia ter agredido ele pelo fato de ser gay".

Em entrevista ao programa, ele comentou sobre a hipocrisia do país em relação aos preconceitos e contou um pouco dos momentos de tensão. "Você é novo ainda, pode ter um filho gay também, poque eu não escolhi ser homossexual", disse a vítima contando como foi a conversa com o agressor.

O caso


O fato ocorreu em um posto de combustíveis na rua Fernando de Albuquerque. Um analista fiscal e seu namorado, um coordenador financeiro, haviam saído de um bar na região com uma amiga, quando dois homens começaram a assediar a mulher.

O casal tentou defender a amiga, mas houve discussão com os homens, que passaram a agredir os homossexuais. O coordenador financeiro teve a perna quebrada e o lábio aberto por causa dos socos recebidos.

Agressões

Os casos de agressões contra homossexuais têm se tornado cada vez mais frequentes na região. Em novembro do ano passado, um grupo de cinco pessoas agrediu três rapazes na avenida Paulista.

No mês seguinte, dois rapazes de 28 anos afirmam terem sido atacados, também na avenida Paulista. Em março deste ano, Mais uma denúncia de agressão contra homossexuais foi registrada na região. Um rapaz foi intimidado por um grupo de jovens.

Casal gay é agredido na região da Avenida Paulista (sábado, 1 de setembro de 2011)

(Foto: Roney Domingos/G1)


Casal gay é agredido na região da Avenida Paulista

Homossexuais levaram socos na madrugada deste sábado. Uma das vítimas teve a perna quebrada.

Vítimas foram ao 78º DP, nos Jardins, neste domingo para registrar boletim de ocorrência


Bruno Azevedo e Roney Domingos 
Do G1 SP


Um casal de homossexuais afirma ter sido agredido em frente a um restaurante da Rua Fernando de Albuquerque, na região da Avenida Paulista, em São Paulo. A agressão ocorreu na madrugada deste sábado (1º) quando o casal saía de um bar na Rua Bela Cintra.

O analista fiscal Marcos Paulo Villa, 32 anos, e o namorado, um coordenador financeiro de 32 anos que preferiu não se identificar, foram espancados. O coordenador financeiro teve a perna quebrada e o lábio aberto por causa dos socos. Neste domingo (2), os dois gays ainda reclamavam de muitas dores pelo corpo.

O casal estava com uma amiga no Sonique Bar. Ela foi assediada por dois homens. Segundo Villa, os agressores, com idades entre 25 e 30 anos, voltaram a assediar a moça e começaram a provocar a ele e ao namorado em um posto de combustíveis que fica na esquina das ruas Bela Cintra e Fernando de Albuquerque, chamando-os de “viados”. Villa, então, pediu para que eles parassem com as provocações e atravessou a rua, em direção à sua casa, na Rua da Consolação. Os dois agressores, então, foram atrás do casal e continuaram com as provocações.

O coordenador financeiro ficou nervoso e gritou para que eles saíssem de perto. Quando o casal estava em frente ao restaurante foram surpreendidos com socos na nuca e na coxa.

"A gente saiu e eles começaram a encher o saco nosso. Ela tinha parado o carro no estacionamento do lado. Fomos embora para casa e paramos no posto para comprar cigarro. Na fila do posto, esses dois caras vieram atrás e começaram a falar que a gente era viado, que a gente ia morrer, que não merecia viver."

Villa se dirigiu a um dos agressores e afirmou: "Vocês não sabem o que estão falando. Você é um cara novo ainda, pode ter um filho gay."

O namorado dele contou que em seguida saíram do posto e detalha como foi o início da agressão.

"A gente pegou o cigarro e atravessou a rua. No que a gente atravessou a rua esses dois caras vieram. Aí eu comecei a gritar. Um foi para cima dele e outro veio para cima de mim. Levei um soco na boca e caí. Ele começou a me chutar, falando que eu tinha que morrer. Chutou minha cabeça. Eu desmaiei e não lembro de mais nada."

Ainda no sábado, Villa e o namorado foram à Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, onde foram atendidos.

“Nunca tinha visto nada semelhante, a gente nunca acha que vai acontecer com a gente. Primeiro, porque não somos estereotipados. Se aconteceu com a gente, pode acontece com qualquer um”, disse Villa.

Os dois agressores não eram conhecidos do casal. Villa acredita que a identificação deles será possível com as imagens das câmeras de segurança do posto de gasolina e do restaurante. Ele acredita que um dos agressores era praticante de alguma modalidade de luta marcial. “A forma como ele me deu socos era típica de alguém que praticava boxe ou algo semelhante”, disse.As vítimas tentaram registrar o caso na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que não funciona aos fins de semana. Neste domingo, elas foram ao 78º DP, nos Jardins. “O que pudermos fazer para isso parar, vamos fazer”, disse Villa.


Outros casos

No dia 14 de novembro de 2010, quatro menores de 18 anos e um maior de idade agrediram pedestres na Avenida Paulista. Eles chegaram, inclusive, a desferir golpes com lâmpadas fluorescentes em uma das cinco vítimas do grupo. Para a polícia, a motivação dos ataques foi homofobia. No dia 4 de dezembro, o operador de telemarketing Gilberto Tranquilini da Silva e um colega dele, ambos de 28 anos, foram vítimas de uma agressão nas proximidades da Estação Brigadeiro do Metrô, também na Avenida Paulista. Eles disseram à polícia que o ataque foi motivado por homofobia.


No dia 25 de janeiro deste ano, um estudante de 27 anos afirmou que ele e um amigo foram vítimas de um ataque homofóbico na Rua Peixoto Gomide, quase na esquina com a Rua Frei Caneca, quando levou uma garrafada no olho direito.

No dia 23 de março, o ativista do movimento LGBT Guilherme Rodrigues, de 23 anos, foi agredido em um posto de combustível na esquina das ruas Augusta com Peixoto Gomide, também na região da Avenida Paulista.



Fonte: 
https://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/10/casal-gay-e-agredido-na-regiao-da-avenida-paulista.html

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