Mostrando postagens com marcador don't ask don't tell. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador don't ask don't tell. Mostrar todas as postagens

FOTOS: Retratos de ‘Guerreiros Gays’ num Mundo Pós-DADT

FOTOS: Retratos de ‘Guerreiros Gays’ num Mundo Pós-DADT*

*Don’t Ask, Don’t Tell – Não Pergunte, Não Diga

O fim da política "não pergunte, não diga” não significou o fim da discriminação contra famílias militares.


BY LUCAS GRINDLEY (para o “The advocate")
https://www.advocate.com/politics/military/2012/12/11/photographer-takes-portraits-gay-warriors-post-dadt-world
traduzido por Sergio Viula
DECEMBER 11 2012 




Zachary & Marvin


Não foi há muito tempo que soldados gays e lésbicas tinham que esconder suas famílias.

Agora a fotógrafa Tatjana Plitt quer viajar pelo país para finalizar sua série de retratos chamada "Gay Warriors — a look at members of the military and their home lives" (“Guerreiros Gays” — um olhar sobre os membros do militarismo e suas vidas domésticas).

Ela diz que as fotos ajudam a chamar atenção para a discriminação que estas famílias ainda enfrentam como resultado do Defense of Marriage Act, que proíbe os militares de reconhecerem seus casamentos e de igualar os benefícios.

The Advocate falou com Plitt sobre a série, sobre sua Kickstarter campaign para apoiar o projeto, e por que as fotos são geralmente tiradas nos quartos. Confiram mais fotos adiante.



Steve & Josh Snyder-Hill


The Advocate: O que você fazia antes desse projeto, e o que repentinamente a inspirou a tirar fotos de militares?

O foco da minha arte sempre foi o retrato. Tenho interesse em como as narrativas culturais influenciam a experiência vivida, as emoções, os desejos, os relacionamentos e as identidades das pessoas que eu fotografo. Antes do projeto atual, eu estive trabalhando numa série de retratos baseados em imagens de romances Harlequin, nos quais os casais viviam momentos altamente teatrais e com clima romântico em seus próprios espaços domésticos. Eu passei a tirar fotos de casais de militares do mesmo sexo porque a desafiadora situação na qual eles se encontram nos oferece uma ponderosa oportunidade para reexaminarmos nossas narrativas culturais em torno do casamento e da família. Apesar do banimento do “não pergunte, não diga” em 2011, casais do mesmo sexo nas forças armadas ainda enfrentam discriminação no mesmo país que eles lutam para proteger. O “Defense of Marriage Act” e algumas políticas do Departamento de Defesa impedem que esses soldados e suas famílias tenham acesso a proteções, benefícios e responsabilidades que seus companheiros heterossexuais automaticamente recebem.


Phillip & Stephen


Qual é a sua conexão pessoal com o militarismo?

Eu tenho um tio que serviu às Forças Armadas por 26 anos e um primo que tem servido por 15 anos. Tendo visto em primeira mão o esforço emocional e financeiro que é colocado sobre a família toda, eu não consigo imaginar quão mais difícil tudo isso deve ser para os casais do mesmo sexo, que não têm acesso ao apoio adicional que as famílias de militares precisam para lidar com o stress que vem com o serviço militar.


Cameron, Kelly e Hannah


Quando você faz um retrato, qual é a mensagem que você tenta passar com a cena?

Eu tenho fotografado a maioria desses casais na intimidade de seus quartos porque é o lugar que entra no debate, essencialmente. A sexualidade é respeitada como privativa nas vidas de outros cidadãos, mas tem sido politizada e transformada em causa para a discriminação para os casais do mesmo sexo. Ao dar as boas-vindas aos expectadores dentro do espaço mais controvertido que tem sido considerado tabu e “alternativo,” esses casais convidam os expectadores a conectarem-se com eles e suas famílias, e ver que há menos diferenças no amor, afeição, esperanças e sonhos do que as pessoas provavelmente imaginam.

Além disso, eu tenho baseado os retratos na imagem dos casamentos do século 17 e seus retratos. A função do retrato de casamento era legitimar a união do casal, uma vez que as estruturas legais e formais que temos hoje ainda não existiam. Essas pinturas também serviam para celebrar a nobreza, respeitabilidade e riqueza dessa nova união familiar. Do mesmo modo, meus retratos celebram a respeitabilidade e validade desses casais do mesmo sexo e provém uma tomada contemporânea sobre a noção do casamento tradicional e da família.


Zachary, Marshal, Emma e Taylor


Existe algo que possa ser mais bem aprendido sobre esses temas a partir de uma fotografia apenas?

Fotografias são impressões diretas da realidade, oferecendo-nos um modo singular de nos relacionarmos com o que, ou quem, está refletido nelas. As pessoas podem olhar nos olhos de seus companheiros seres humanos, não importando quão distantes no tempo, espaço e experiência, e conectarem-se com suas histórias e emoções de uma maneira direta e poderosa. Essas fotografias nos dão a chance de ver quem são essas bravas almas, revelando sua humanidade, fragilidade, força e amor um pelo outro.


Idalia & Angelie


Qual é a história mais impressionante que você ouviu até agora das pessoas enquanto tirava suas fotos?

Todo mundo teve uma história tocante para contar, mas a do Phillip e do Stephen realmente me impressionou. Phillip Zimmerman era um intérprete de árabe e farsi altamente qualificado na Marinha, até que eles o chutaram em 1986 por ser gay. Ele perdeu a carreira que significava tudo para ele; a perda e a rejeição o assombraram por 25 anos, até que o “não pergunte, não diga” foi banido e ele pôde novamente servir ao país que ele ama. Agora ele está servindo a Coast Guard Auxilliary como intérprete de árabe e farsi. Ver Phillip brilhar com o orgulho de estar de volta ao uniforme, com o fardo emocional de 25 anos se dissipando e Stephen, seu parceiro há 17 anos — agora seu marido — apoiando-o em tudo isso, traz lágrimas aos meus olhos cada vez que eu olho a foto deles.

Obama se irrita com silêncio republicano e defende gays

Barack Obama



O Coragem de Defende: Obama, os Republicanos e o Silêncio sobre o Soldado Gay


Em 2011, um episódio que misturou política, direitos humanos e coragem pessoal ocorreu durante um evento do Partido Republicano nos Estados Unidos. No encontro, um soldado gay, visivelmente emocionado, fez uma pergunta a alguns pré-candidatos republicanos à presidência. O que se seguiu foi um silêncio desconcertante, que foi interrompido apenas pela risada de parte da plateia. A indiferença diante do sofrimento e da discriminação foi palpável. O ato foi ignorado pelos candidatos, mas não por Barack Obama, presidente dos EUA na época.

Obama, que sempre se destacou pelo seu apoio às causas dos direitos civis e da igualdade, não deixou o episódio passar em branco. Em um jantar promovido pelo Conselho de Direitos Humanos, uma das mais importantes organizações de defesa dos direitos dos homossexuais no país, Obama aproveitou a oportunidade para fazer uma forte crítica aos republicanos. Com firmeza, ele disse que qualquer pessoa que se apresentasse como possível comandante-em-chefe das Forças Armadas dos EUA deveria defender todos os membros do exército, incluindo os homossexuais, mesmo que isso fosse politicamente inconveniente.

Esse episódio foi um reflexo da postura combativa de Obama em relação à defesa dos direitos dos LGBTQ+, que, mesmo em um cenário de forte oposição de muitos setores conservadores, ele tornou uma bandeira de seu governo. Durante seu mandato, o presidente foi responsável por desmantelar a “Política Não Pergunte, Não Diga” (Don't Ask, Don't Tell), que impedia os militares gays de servir abertamente nas Forças Armadas. Essa foi uma das vitórias mais significativas da comunidade LGBTQ+ nos Estados Unidos.

Embora Obama não tenha se posicionado explicitamente a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo em 2011 — afirmando que seus pontos de vista sobre o assunto estavam “evoluindo” — ele foi claro ao afirmar que todos os americanos mereciam ser tratados com igualdade perante a lei. Essa posição foi uma mudança importante em relação à visão de muitos líderes políticos da época, especialmente em um cenário onde as questões de direitos dos LGBTQ+ eram tratadas de forma hesitante e até hostil por muitos.

A crítica de Obama aos pré-candidatos republicanos foi um posicionamento corajoso, pois tocava diretamente em uma das maiores questões que estavam em jogo na política dos EUA: a aceitação dos homossexuais em todas as esferas da sociedade, incluindo as Forças Armadas. O silêncio dos republicanos frente ao deboche da plateia sobre o soldado gay não foi apenas uma falha moral, mas também uma demonstração de como a questão da homofobia era minimizada por alguns políticos. Ao contrário, Obama se colocou como um líder que não hesitaria em levantar a voz em defesa dos que estavam sendo atacados e marginalizados.

Para muitos ativistas e membros da comunidade LGBTQ+, essa postura de Obama foi um sopro de esperança, uma sinalização de que a igualdade poderia estar ao alcance, mesmo em tempos de polarização política. Embora o presidente não tenha se declarado a favor do casamento gay na época, suas ações falavam mais alto do que suas palavras. Ele estava, de fato, conduzindo os EUA para uma era de maior aceitação e inclusão.

O episódio também deixou claro o abismo que separava a visão de Obama da de muitos líderes republicanos. Para Obama, a luta pelos direitos humanos não era uma questão de conveniência política, mas de princípios. Ele acreditava que todos os cidadãos, independentemente de sua orientação sexual, deveriam ser tratados com dignidade e respeito. Para os republicanos que permaneciam em silêncio diante da zombaria do soldado gay, as questões de igualdade pareciam ser tratadas como uma questão de “política” e não de justiça.

Em retrospectiva, podemos ver que, mesmo sem um apoio explícito ao casamento gay em 2011, a postura de Obama foi um passo importante para a mudança na legislação sobre os direitos dos homossexuais nos Estados Unidos. Seu governo viria a apoiar o casamento igualitário oficialmente em 2012, um marco significativo na luta pelos direitos civis. A coragem que ele demonstrou ao desafiar os opositores e se posicionar em defesa de todos os cidadãos, independentemente de sua identidade sexual, foi um reflexo do seu compromisso em construir uma sociedade mais justa e inclusiva.

Este episódio, mais do que uma crítica a um silêncio político, foi uma demonstração clara de que a mudança era possível, e que líderes com coragem poderiam mudar o curso da história, mesmo em um país profundamente dividido. A crítica de Obama aos republicanos foi um lembrete de que o futuro da luta pelos direitos LGBTQ+ estava nas mãos daqueles que se dispunham a não ficar calados quando a injustiça se manifestava, em qualquer forma que fosse.

Senado Americano aprovou hoje o fim da política "Não Pergunte, não diga" nas Forças Armadas

Senado dos EUA aprova fim de política contra gays nas forças armadas


Foto: Internet



18/12/2010 - 19:09 | Pedro Aguiar | Redação do Opera Mundi



O Senado dos Estados Unidos aprovou neste sábado (18/12) o fim da política de exclusão de homossexuais assumidos das forças armadas do país, confirmando a decisão tomada pela Câmara dos Representantes (deputados) na quinta-feira (16/12).

A derrubada da norma conhecida como Don't Ask, Don't Tell, (não pergunte, não conte) teve o voto de 65 senadores a favor e 31 contrários. Em setembro, o mesmo senado tinha mantido a norma, por 56 votos a favor e 43 contra.

Com a decisão de hoje, os EUA dão início a um processo que deve suspender a proibição de que gays assumidos sejam militares, instituída em 1993 - sob o governo Bill Clinton, do mesmo partido do atual presidente, Barack Obama.

Segundo o jornal norte-americano The Washington Post, Obama deve sancionar o fim da norma já na próxima semana, embora a mudança não tenha efeito imediato. A legislação diz que o presidente e seus principais assessores militares devem certificar que o fim da proibição não prejudicará as tropas em combate. Depois disso, ainda há um prazo de 60 dias de espera para os militares.

"É hora de encerrar este capítulo da nossa história", disse Obama em um comunicado. "É hora de reconhecer que o sacrifício de valor e integridade não é definido pela orientação sexual, nem pela raça, sexo, religião ou credo".

O projeto de acabar com o Don't Ask, Don't Tell foi apresentado pelo senador independente (ex-democrata) Joe Lieberman. A aprovação na câmara, há dois dias, teve 250 votos favoráveis e 175 contrários.

Na ocasião, o presidente Obama parabenizou a decisão da câmara e assegurou que o processo "permitirá uma abolição responsável e sem problemas" da lei atual, de modo que "se mantenha a ordem e a disciplina em nossas fileiras".

Revés

Em outubro, a lei foi derrubada brevemente, e o Pentágono chegou a anunciar pela primeira vez que estava aceitando recrutas declaradamente homossexuais. O porta-voz do Pentágono, Geoff Morrell, disse que o secretário de Defesa, Robert Gates, está muito satisfeito com a decisão e encoraja o Senado a aprová-la antes do recesso do congresso.

A aprovação da medida permitirá que o Pentágono inicie um plano cuidadoso e "responsável" para a aplicação do que seria a nova política, "em vez de arriscar uma mudança abrupta como resultado de uma sentença dos tribunais", explicou Morrell.

A anulação dessa medida encontrava mais resistência entre os senadores do que entre os deputados. Na semana anterior, o Senado tinha optado por adiar a análise de um amplo projeto sobre verbas para o Pentágono que incluía a anulação dessa lei, pela segunda vez no ano. Para que haja discussão em plenário, são necessários pelo menos 60 votos prévios.

De acordo com o jornal, a mudança pode levar as forças armadas a reconhecer sua orientação sexual sem medo de ser expulsos. Mais de 13,5 mil militares já foram exonerados com base na lei de 1993.

Postagens mais visitadas