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Milei é impedido de prejudicar a saúde de adolescentes trans

Justiça argentina suspende decreto de Milei que proibia tratamento hormonal para adolescentes trans


Javier Milei, presidente da Argentina

Uma importante vitória dos direitos humanos na Argentina reacende a esperança da comunidade trans no país — e serve de exemplo para toda a América Latina.

Em março de 2025, a juíza Elena Liberatori, da cidade de Buenos Aires, suspendeu os efeitos de um decreto do presidente Javier Milei que proibia o acesso de adolescentes trans a tratamentos hormonais. O decreto fazia parte de uma política mais ampla do governo argentino que tenta retroceder conquistas fundamentais da população LGBTQIA+.

A decisão judicial veio após uma ação da Federação Argentina de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Trans (FALGBT+), com apoio de quatro adolescentes trans da capital, que denunciaram a violação de seus direitos à identidade de gênero e à saúde. A juíza argumentou que a medida do governo violava o direito à não discriminação e comprometia gravemente a saúde mental e física desses jovens.

Com isso, a capital argentina garante — ao menos por ora — que adolescentes trans tenham acesso contínuo à hormonização, seja por meio do sistema público de saúde ou de outras vias.

O decreto de Milei, assinado em fevereiro de 2025, alterava dispositivos da Lei de Identidade de Gênero, proibindo tratamentos hormonais e cirurgias de redesignação sexual em menores de 18 anos. A justificativa oficial falava em "proteger a saúde mental das crianças", mas o pano de fundo é nitidamente ideológico, alinhado ao negacionismo de gênero promovido por setores ultraconservadores.

Ainda não há desdobramentos mais amplos: a decisão da juíza vale apenas para Buenos Aires, mas outras ações estão sendo movidas em províncias do país com o objetivo de ampliar essa proteção para todos os adolescentes trans argentinos.

A resistência continua — e precisa de apoio nacional e internacional. O corpo, a identidade e a dignidade das pessoas trans não são negociáveis.


Leia também: Os riscos da nova resolução do CFM para pessoas trans menores de idade: uma análise científica e humanista

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Milei leva tombo histórico em Santa Fé — e o povo começa a cobrar a conta

Milei leva tombo histórico em Santa Fé — e o povo começa a cobrar a conta


A maré virou para Javier Milei.


A Argentina vive hoje um verdadeiro furacão econômico e político. E a primeira ventania veio no último domingo (13), quando os eleitores da província de Santa Fé — que representam 8% do eleitorado nacional — deram um recado direto nas urnas: chega de promessas vazias.

O partido do presidente, La Libertad Avanza (LLA), ficou em terceiro lugar, com apenas 14,11% dos votos. Um tombo brutal comparado aos 55,7% que Milei conquistou ali no segundo turno presidencial, poucos meses atrás.


O que aconteceu?

A realidade bateu à porta.

Em meio a um cenário de caos financeiro, o Banco Central precisou queimar 400 milhões de dólares para segurar a disparada do dólar paralelo. Enquanto isso, Milei — que se elegeu prometendo romper com o sistema — agora corre atrás de um empréstimo com o FMI, no valor de 12 bilhões. Sim, o mesmo FMI que ele demonizou em praça pública durante a campanha.

No dia seguinte à eleição, o governo anunciou o fim do controle cambial. Para os ricos, uma festa. Para o povo, o medo de ver o peso argentino desvalorizado ainda mais, corroendo salários e empurrando famílias para o abismo.

Santa Fé virou um termômetro da insatisfação. Milei apostou alto em reformas ultraliberais e cortes brutais — mas o povo começa a ver que o “remédio” pode estar matando o paciente. Sem estrutura e sem apoio social, o LLA encolhe. E os adversários crescem: Maximiliano Pullaro liderou com 34,6%, e até o peronismo, mesmo dividido, superou o candidato de Milei.

A inflação segue em 12% ao mês. Os preços sobem, os empregos minguam e a paciência também.

O mito libertário começa a ruir. Milei prometeu romper com o sistema, mas está se afundando nas contradições que jurou combater. E o povo, que o colocou no poder, agora começa a virar as costas.

A pergunta que fica: será que o presidente aguentará o tranco até outubro?

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