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Pregadores em sala de espera só não são mais chatos por falta de espaço...

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Por Sergio Viula Fui ao escritório de direitos autorais da Biblioteca Nacional registrar uma obra e ouvi quatro crentes falando sobre suas crenças. Os quatro eram daquele tipo bem fanático. Um sabia meia-dúzia de versículos, que recitava sem o menor senso crítico. Os outros o ouviam e concordavam como se aquela fosse a mais absoluta verdade. Só que não. Fiquei pensando em como as pessoas ‘papagaiam’ o que ouvem sem investirem o menor tempo em raciocinar sobre a validade disso tudo. E o pior é a falsa humildade pretextada cada vez que o cara diz “não sou eu que digo, é a Bíblia” ou “eu não sou nada, sou só um servo”. Na verdade, ele se acha o porta-voz de deus – o que supostamente o coloca numa posição mais elevada que os outros. E a repetição da frase “…porque não somos bastardos, somos filhos”? É muita carência emocional. Muita necessidade de pai, carai! Vê se cresce, bebezão. É engraçado que todo mundo se veja como intérprete fiel da Bíblia e que acredite ter a verdade final sobre...

Da escravidão do vício ao vício de ser escravizado

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Ontem, dia 13 de maio, foi celebrado o Dia da Abolição da Escravatura no Brasil. Também foi dia de Preto Velho nas tradições afro-brasileiras. O belo negro e a bela negra, tais como são todos os filhos da África, foram reconhecidos como homens e mulheres livres. Daí até a inclusão plena, um longo caminho tem sido percorrido, porém ainda não concluído. Num dia em que se celebra o pretenso fim da escravidão (ainda tem trabalho escravo no Brasil, lamentavelmente), decidi escrever esse post para falar, paradoxalmente, na abolição da liberdade - essa que se perde sempre que o corpo - bem como a consciência dele resultante - são submetidos a algum tipo de vício. Irmãos gêmeos de uma mesma matriz (a cocaína), o crack e o oxi conseguiram ser piores que a mãe. Pouca coisa pode ser mais desagradável, degradante, horripilante do que ver esses humanos se arrastando em trapos, debaixo de uma camada espessa de sujeira, exalando o cheiro insuportável da mais absoluta degradação do corpo humano,...