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'Direita Socialista"? O ataque à família do Toni Reis.


Cuidado com pastores na política e metendo o nariz na sua vida. O verdadeiro perigo não está em famílias amorosas de dois pais ou duas mães. O verdadeiro perigo pode estar justamente naqueles ambientes que perseguem essas pessoas.

Igreja Católica batiza três filhos de casal gay na Catedral de Curitiba

Da equerda para a direita:
Alysson, Toni Reis, David Harrad, o arcebispo Don José, Filipe e Jéssica 


Em 23 de março desse ano, o Blog Fora do Armário reproduziu o anúncio feito pelo querido Toni Reis sobre o batismo de seus filhos que seria realizado um mês depois, ou seja, no dia 23 de abril.

A cerimônia ocorreu no dia marcado e foi comentado pelo próprio Toni, casado com David e pai com ele dessas três lindezas.

O próprio Toni compartilhou o seguinte através de seu Instagram:

Domingo, 23 de abril de 2017, foi um dia muito especial para nossa família Harrad Reis. Jéssica, Filipe e Alyson foram batizados na Catedral Basílica de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, em Curitiba-PR, na Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana.

Gostaríamos de agradecer imensamente a todas as pessoas que nos ajudaram nessa empreitada: o Arcebispo Metropolitano de Curitiba, Dom José Antonio Peruzzo; o Pároco Cônego Élio José Dall’Agnol; o Diácono Miguel Fernando Rigoni; as madrinhas e o padrinho oficiais pela Igreja, Romy, Araci, Valderes e Sérgio; as outras madrinhas que puderam comparecer – Marise e Rafaelly; e todos e todas que presenciaram este momento muito lindo.

Também gostaríamos de agradecer o Cônego Élio pela apresentação de Jéssica, Filipe a Alyson à congregação no final da missa e pelo posicionamento sensibilizado sobre a adoção de filhos.


O site Catraca Livre publicou um artigo sobre o batismo dos filhos de Toni e David. Leia aqui:
https://catracalivre.com.br/geral/cidadania/indicacao/igreja-batiza-filhos-de-casal-gay-em-catedral-de-curitiba/

Toni Reis e David Harrad: Pessoas que fizeram e continuam fazendo história no Brasil.

Memória é fundamental!

Por Sergio Viula

É uma terrível característica do ser humano esquecer ou não perceber as contribuições que certas pessoas fazem ao avanço dos direitos humanos na sociedade. Toni Reis e David Harrad, que hoje são militantes conhecidos em todo o território nacional, são duas dessas pessoas que marcaram positivamente a história do nosso país nas últimas décadas, e das quais não podemos nos esquecer.

Gostaria de pensar aqui especificamente a questão do direito ao casamento para pessoas do mesmo sexo no Brasil.

Em 08 de junho de 2008, o Fantástico mostrou o drama que Toni Reis e David Harrad enfrentavam para permanecerem juntos e a estratégia que eles tiveram que usar para evitar a deportação de David, que é cidadão britânico e não se enquadrava em nenhum dos pré-requisitos para a obtenção de visto permanente. Assista a matéria. Em três minutos, eles mostraram ao Brasil inteiro o que significa estar desprovido de um direito tão básico como o direito de casar-se com quem você ama, simplesmente porque ama alguém do mesmo sexo.

No dia 09/05/11, os dois fizeram história de novo, assinando o primeiro contrato de união civil depois da decisão do Supremo Tribunal Federal que reconhecia igualmente as uniões civil heterossexuais e homossexuais. A união foi oficializada 20 anos depois dos dois começarem a namorar. O cartório foi o do 6º Tabelionato de Curitiba, PR.

O casal publicou a seguinte carta aberta endereçada ao STF:

“Obrigado ao STF por nos ter considerado pessoas – cidadãos e cidadãs – portadores de dignidade que devem ser tratados em pé de igualdade. Nos últimos tempos alguns parlamentares e alguns religiosos homofóbicos tentaram abalar nossa autoestima, humilhando-nos com suas falas obscurantistas, arrogantes e autoritárias a nosso respeito, igual aos que achavam que a terra era quadrada e nos queimaram na fogueira. Não é mera retórica dizer que o STF lavou nossa alma”, é o que diz um trecho da carta.

Reis ressalta que a decisão do STF não traz perda para ninguém. “E o melhor de tudo é que Brasil inteiro ganha com a decisão do STF. Ninguém perdeu. O Brasil ficou maior, mais belo, mais colorido, mais humano e mais feliz”, escreve ele, que também destaca que muitos casais não vão mais precisar viver com medo. “A decisão do STF abre caminho para que, aos 60 mil casais homoafetivos recenseados pelo IBGE, se somem milhões de outros casais que ainda vivem sob o medo da chacota, da discriminação e da exclusão social”.

Adoção



Os dois já planejavam adotar há muito tempo. E conseguiram. Em setembro de 2011, conheceram Alyson. O menino foi morar com os pais em dezembro de 2011 e, em junho de 2012, eles conseguiram a guarda definitiva (a adoção). Agora ele se chama Alyson Harrad Reis e não podia estar mais feliz.


Toni Reis, David Harrad e Alyson


Desta vez, é Alyson que faz história. Ele acaba de lançar, aos 13 anos, o livro "Jamily, a Holandesa Negra - a História de uma Adoção Homoafetiva."

Apesar do Alyson ser o mais conhecido em fotos e entrevistas, a família Harrad Reis cresceu. Veja só o tamanho do clã agora:


Da esquerda para a direita:
David, Alyson, Jéssica, Filipe e Toni. Os cachorros são Honney e Vitor.


Com a possibilidade de converter as uniões civis estáveis em casamento propriamente dito ou mesmo de fazer o casamento sem ter que passar pela união civil, os casais de pessoas do mesmo sexo passaram a ter os mesmos direitos que qualquer outro casal - o que se coaduna com os princípios de igualdade estabelecidos pela Constituição Federal.

Toni Reis avança ainda mais na sua luta por um Brasil mais justo, e lança, nesse ano de 2014, sua candidatura a deputado estadual pelo estado do Paraná. O blog Fora do Armário não poderia deixar de dar todo apoio a Toni Reis nessa empreitada. Fica aqui a dica para os paranaenses: Votem em Toni Reis e ajudem o Brasil a progredir como Estado laico, pluralista e igualitário.

Filho de Toni Reis e David Harrad, Alyson lança livro sobre adoção homoparental aos 13 anos.


Filho de Toni Reis e David Harrad, Alyson 
lança livro sobre adoção homoparental aos 13 anos.


Descrição - escrita pelos editores no site da Editora Appris

Era uma vez um menino chamado Alyson

...que queria ser um sujeito de afeto. Queria viver aquele amor que contavam que existia entre pais e filhos. Ele não era filho de ninguém, pois com 10 anos, já havia passado por sete abrigos diferentes. Sua vida não era um filme, mas às vezes, parecia. Sentia falta de saber como era ter uma família. Nos abrigos chegou a levar surras e vassouradas e até ficou de joelhos no milho. Coisa de filme ruim. Não dava tempo nem de fazer amigos de verdade, mas ele nutria uma grande esperança lá no fundo do seu coração guerreiro. Ele não ia desistir tão facilmente. Sabia que os adotantes geralmente querem um perfil clássico para adoção, as menininhas brancas. E ele já tinha 10 anos, era menino e negro. Mas tinha um baita sorriso! Daqueles que derretem qualquer tristeza ou cara amarrada. E tinha essa tal esperança no coração, dessas que fazem a gente lutar sempre; um dia após o outro ele revisava o seu desejo de ter uma família de verdade e não esmorecia: vou conseguir!

Um dia a vida deu uma reviravolta e chegaram para conhecê-lo Toni e David. Pais homoafetivos?! No início houve um estranhamento e, simultaneamente, uma curiosidade. A esperança não se aquietava. Em pouco tempo os corações de Toni, David e Alyson se fundiram. Não dava mais para separar. Outra cidade, outra casa, outra escola, outra vida. Preconceitos ele tirou de letra e aprendeu com seus novos pais a militar em favor das minorias, inclusive da adoção. Quem diria, ele agora queria ajudar outros a ter uma família.

Pude ver in loco que Alyson recebe uma educação de primeira linha de seus pais: coerente, clara e sistemática e repleta de afeto. Alyson, esse adolescente de 13 anos faz o que os adolescentes costumam fazer, mas também lê muitos livros e escreve como gente grande, resenhas de livros e artigos de jornais. Isso já é mais raro no mundo atual.

Ao entrar no maravilhoso mundo da leitura decidiu aventurar-se em criar seu próprio livro, Jamily, a Holandesa Negra: a história de uma adoção homoafetiva, uma pérola, um presente para a conscientização acerca de uma nova cultura da adoção em favor das adoções necessárias.

Alyson, o menino-esperança, menino-valente, menino-sorriso, agora também menino-militante, menino-intelectual e menino-compaixão. Recentemente a família recebeu Jéssica e Filipe e novas histórias estão por vir. Esse lindo livro precisa ser lido por todos.

SAIBA MAIS E ADQUIRA AQUI: 

https://www.amazon.com.br/Jamily-Holandesa-Negra-Hist%C3%B3ria-Homoafetiva/dp/8581924026

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