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Carlos Tufvesson fala ao Fora do Armário depois de sair da CEDS-Rio ao fim da administração Eduardo Paes

Carlos Tufvesson - Parada LGBT do Rio (Copacabana) - arquivo pessoal


Um mês depois de sua saída da CEDS-Rio (Coordenadoria da Diversidade Sexual do Rio de Janeiro), Carlos Tufvesson, organizador e primeiro coordenador desse órgão municipal, a convite do ex-prefeito Eduardo Paes durante seu primeiro mandato, fala o Blog Fora do Armário sobre seu trabalho, sobre política e Movimento LGBT e sobre suas planos daqui para frente.

Com a eleição do novo prefeito, a cadeira foi ocupada pelo Nélio Georgini, de 41 anos, do mesmo partido que o prefeito, como informa o jornal O Dia.

Apesar de estar fora do gabinete agora, Tufvesson continua militando, como prometeu fazer quando concedeu essa entrevista no final da semana passada. Acredito que todos se lembrem da violência homofóbica e racista que um casal homoafetivo sofreu no prédio em que moram. Eles receberam uma carta anônima vilipendiando sua relação e sua identidade sexual e racial.

Tufvesson não perdeu tempo - acionou o Ministério Público do RJ. Ele esperou exatamente uma semana entre o ocorrido e alguma providência das autoridades. Como ninguém se manifestou, apesar do Rio de Janeiro ter órgãos de proteção à igualdade LGBT, Tufvesson entrou em ação. O resultado foi o seguinte, de acordo com site R7: 

MPRJ investiga mensagens de ódio enviadas para casal gay no Rio: "gente de cor e afeminada"

Sem assinatura, carta ainda pedia para que jovens deixassem condomínio na zona norte




O  MPRJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) anunciou, neste sábado (28), que vai tomar todas as providências cabíveis e necessárias em relação ao caso do casal gay que recebeu uma carta com mensagens homofóbicas e racistas deixada na janela da casa onde vive, em Vicente de Carvalho, na zona norte do Rio. O caso aconteceu no dia 20 de janeiro. 

O caso motivou uma reunião no MPRJ com o estilista e ativista Carlos Tufvesson, ex-coordenador especial da Diversidade Sexual da prefeitura do Rio. Tufvesson encontrou-se, na quinta-feira (26), com a promotora Eliane Pereira e o subprocurador-geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos, Alexandre Araripe Marinho.


Na reunião, o ativista afirmou que a liberdade de expressão religiosa não pode ser usada para discriminar um cidadão. Ele se mostrou preocupado com o aumento do número dos chamados crimes de ódio revelados por diferentes fontes estatísticas do Governo Federal e da ONU (Organização das Nações Unidas).

Veja, a seguir, uma entrevista exclusiva concedida por Tufvesson ao Blog Fora do Armário:


Fora do Armário: A Coordenadoria da Diversidade Sexual (CEDS-Rio) foi implantada durante a administração do prefeito Eduardo Paes. Quais foram os maiores desafios que você e sua equipe enfrentaram para implementar o programa dessa coordenadoria?

Carlos Tufvesson: Em primeiro lugar, juntar uma equipe competente, independente de partido ou ideologia, pois só isso já estraga as pessoas, que ficam tontas e perdidas, porque estarem cheias boas intenções não basta. Não adianta serem filiadas e nem mesmo saberem do que estão falando, pessoas sem nenhum histórico de militância. Na CEDS, o requisito para entrar na equipe era dedicação à nossa causa.

Depois criar um programa que comunicasse à sociedade a importância da luta contra a LGBTfobia – que não uma causa somente das pessoas LGBT, seus familiares e amigos, mas sim de toda sociedade de bem. Criamos o programa RIO SEM PRECONCEITO e conseguimos inserir uma nova mensagem nessa luta, que é de direitos civis e não de direitos especiais.

Reforçávamos isso em todas as campanhas que fazíamos a cada ano e que são históricas.

Me emociono de pensar nas campanhas que fizemos e em como as fizemos, pois nada é fácil, mas a dedicação e o compromisso com os direitos humanos sempre nos pautou.

Fora do Armário: Seis anos depois daquele início, quais são as realizações ou os resultados dos quais você mais se orgulha?

Carlos Tufvesson: Sim, dia 2 de fevereiro completaríamos 6 anos.

A maior importância foi a criação da CEDS em 2011. 

A nossa cidade do Rio de Janeiro, até então, não possuía nenhum órgão de defesa de direitos LGBT. É incrível imaginar isso numa cidade com a importância da nossa, que possui um dever preponderante como modelo cultural no país. A CEDS assumiu e desempenhou seu papel neste sentido.

Criamos a CEDS do zero e ela se tornou fundamental como políticas públicas, não só para os cariocas e aqueles que nos visitam, mas também toda sociedade LGBT nacional. A CEDS foi reconhecida como modelo de gestão de políticas públicas LGBT no país. Temos orgulho de todo o nosso trabalho. 

Seu maior resultado, talvez, seja a constatação da grande mudança comportamental de parte da sociedade após diversas e intensas ações realizadas, de forma efetiva, em toda cidade durante nossa gestão. 

A mera demonstração de afeto por casais homoafetivos àquela época ainda era vista como caso de polícia por suposto "atentado ao pudor". 

Outro exemplo, travestis e transexuais se escondiam e deixavam de acessar aos hospitais, clínicas da família ou escolas por causa da exposição e da humilhação de não poderem ser chamadas pelos seus nomes sociais. Foram tantas coisas realizadas, com resultados explícitos, que nem dá para relacionar aqui, mas se encontram públicos no site e rede social da CEDS: http://www.cedsrio.com.br/.  

Mas, foi o suporte do prefeito e de toda a administração, assim como do povo do Rio, que entendeu a mensagem do programa e apoiou o nosso trabalho, que nos possibilitou apresentarmos os resultados que tivemos.

Fora do Armário: Com a eleição do novo prefeito, um novo coordenador foi convidado a assumir a posição que você ocupou com tanta dedicação. Existe algum risco de que atividades que já estavam funcionando venham a ser interrompidas? Como você vê o futuro da CEDS-Rio?

Carlos Tufvesson: Não tenho porque achar que o prefeito não cumprirá suas promessas de campanha, pois tenho guardado comigo seus compromissos de continuar os projetos da CEDS, tendo sido até bastante elogioso.

Precisamos dar tempo para o novo coordenador trabalhar. Seguramente, ele sofre ataques e deve receber nosso apoio. Só estranhei, pois não houve transição, e nunca recebi um telefonema dele para se inteirar sobre a gestão  coisa que me parece normal, de praxe e até protocolar. Mas cada um trabalha com seus métodos e suas certezas.

De qualquer modo, como parte de minha antiga equipe está lá, ele tem as informações de que precisa. Eles têm experiência em políticas públicas LGBT. Então, existe uma continuidade na maneira de trabalhar.

Mas política pública não se faz sem orçamento. Eu sempre me virei nos trinta. É muito fácil todo mundo achar fofinho o Damas, mas é preciso aprovar o orçamento, como sempre fizemos em nossos 6 anos de gestão. Senão, é aquele modelo que todos nós da área já vimos: Falar muito e... apenas falar.

Fora do Armário: A campanha Rio Sem Preconceito, realizada anualmente, contava com várias celebridades que chamavam atenção para o combate ao preconceito e para a promoção da inclusão sexual, de gênero, racial, etc. Eles participavam sem qualquer cobrança de cachê porque acreditavam no seu trabalho. Antes de você sair, havia algum planejamento para a próxima campanha? Você acredita que haverá uma?

Carlos Tufvesson: Então minha angústia era essa. De não poder planejar o futuro de um órgão como a CEDS. Sinceramente, vejo a falência desse modelo partidarista na gestão pública exatamente por isso.

Como se interrompe um trabalho que estava indo tão bem, até mesmo pelo reconhecimento do então candidato Crivella, que é distinguido inclusive por honrarias da Câmara Municipal, do Governo Estadual e Federal, e da sociedade, apenas para inserir alguém por ser de um determinado partido? Seria para passar uma imagem de que o partido não é preconceituoso? Isso precisa ser demonstrado no dia-a-dia, em seu histórico e no de seus parlamentares, e não pelo uso de um órgão que presta serviços relevantes à sociedade.

Como cidadão, confesso que não acredito mais nesse modelo, pois vimos a falência dele, e nossa sociedade não aceita mais esse tipo de velha política. Basta olharmos para os resultados dos outros órgãos que agiram dessa maneira para entendermos que esse modelo é falido e não funciona.

Uma das razões do sucesso da CEDS era que ali não existia contratação partidária. Todos ali eram profissionais competentes em suas atividades e estavam ali dando de seu melhor para nossa comunidade, pois merecemos isso.

Não acredito em modelo diferente desse na gestão pública. Quem perde é o cidadão.

Fora do Armário: A CEDS-Rio foi grande parceira da Parada do Orgulho LGBT do Rio (Copacabana) no final do ano passado. Você considera que a comunidade LGBT poderá continuar contando com esse apoio daqui para frente? Caso a resposta seja negativa, quais seriam as alternativas?

Carlos Tufvesson: Não vejo porque não. Repito: O prefeito declarou em campanha e não tenho motivos para achar que ele mentiria. Não o conheço pessoalmente, mas o ex-prefeito Eduardo Paes me apresentou na transição e ele me pareceu uma pessoa muito gentil.

Mas acho que a sociedade civil precisa se reorganizar. E muito rápido.

Fora do Armário: Como você vê as demandas LGBT em relação ao poder público hoje no nível municipal, estadual e federal? Há razões para nos preocuparmos?

Carlos Tufvesson: Sim há razões. E muitas.

A lacuna aberta pela ausência de um movimento organizado, que defenda os direitos dos LGBTs acima dos interesses de partidos, nos deixou hoje sem movimento nenhum.

Há uma década, vemos os índices de crimes de ódio subirem e até a campanha de HIV para jovens LGBT ser barganhada politicamente. O movimento se calou a ponto de perder sua importância e relevância.

Aqui no Rio, fazíamos até uma campanha de prevenção – também nacionalmente reconhecida – exatamente para suprir essa lacuna. O resultado foi que nos tornamos o município que mais testa para HIV no país! Um trabalho de 5 anos de campanhas sérias e efetivas, com resultados para o cidadão.

Hoje um jovem nem sabe direito o que é o Movimento e acha que militar é compartilhar no Facebook.

Não é.

É também.

Precisamos refundar a maneira de lutar e pleitear nossos direitos. De maneira técnica, como sempre foi nossa atuação com meu grupo, e não de maneira subserviente a um partido.


Fora do Armário: O Movimento LGBT está mobilizado o suficiente para enfrentar esses desafios? Em sua opinião, o que está bem e o que precisa melhorar?

Carlos Tufvesson: Não.

Você que segue me diga: Quais inciativas tivemos do movimento nos últimos 8 anos no Rio? Posso te dizer que, na CEDS, nem propostas para apoio chegavam, exceto as da Parada LGBT.

E existem coisas que são de responsabilidade do poder público, mas outras que são do movimento social.

Temos uma lacuna gigantesca aí a ser preenchida e uma galera que não se reconhece nessa maneira antiquada de militar.

Fora do Armário: Quais são seus planos daqui para frente em termos de ativismo LGBT?

Carlos Tufvesson: Nesse momento descanso.

Desde que entrei na prefeitura, não tenho carnaval pois sempre estamos de plantão com a campanha de prevenção coordenada por nós. Será meu primeiro carnaval de folga. 

A CEDS, na prefeitura do Rio, se ocupava de tarefas bem além das questões de políticas públicas para os LGBTs, mas fico feliz pela oportunidade e pela confiança que tivemos de fazer esse trabalho.

Quero me dedicar à moda também, que é minha vida e minha profissão, pois existe uma carência enorme nesse setor tão mal compreendido.

Mas, entenda: Na minha vida, nunca planejei muito as coisas. Elas sempre foram acontecendo. Foi assim com o inesperado convite do Eduardo para ir para a prefeitura. Então, veremos.

Mas, entenda: Sou militante há 20 anos. É minha vida isso. E não tenho como deixar de ser. Porém, quero repensar essa forma e dar à sociedade civil uma nova maneira de poder militar junto.

Fora do Armário: Que mensagem você deixaria para a comunidade LGBT do Rio de Janeiro?

Carlos Tufvesson: DENUNCIE.

Sempre!

Em apenas 4 meses de gestão, assinamos 9 decretos para a comunidade LGBT em nossa cidade, que são direitos adquiridos.

Então exerça-os!

Fiscalize e cobre, ajudando a gestão, pois ela é de todos nós.


Se um de nós não tem direitos civis, então nenhum de nós tem direitos civis”.

Fora do Armário: Agradeço muito, Tufvesson, por sua disponibilidade em falar ao Fora do Armário. Desejo que você realize muita coisa em favor da comunidade LGBT. E espero sinceramente que a CEDS-Rio continue fazendo o trabalho que vinha fazendo, ampliando seus horizontes e que ela nunca se omita diante das demandas dos cidadãos e das cidadãs LGBT da cidade do Rio de Janeiro. 

Um grande abraço para você e para o André Piva, seu amor.

Carlos Tufvesson (à esquerda) e Andre Piva em 2011, quando se casaram.
Foto: Tatiane Amorim Fonte: Época - Coluna do Bruno Astuto.


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Matérias citadas:

Jornal O Dia: http://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2017-01-14/gay-evangelico-de-41-anos-assume-pasta-em-defesa-de-lgbt.html

Site do R7: http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/mprj-investiga-mensagens-de-odio-enviadas-para-casal-gay-no-rio-gente-de-cor-e-afeminada-28012017

Eduardo Paes convoca para apresentação de ações relacionadas ao Dia de Combate a AIDS


10h30 - O prefeito Eduardo Paes apresenta as ações da Prefeitura do Rio para o Dia Mundial da Luta contra a Aids.

Estarão presentes ainda o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, e o coordenador da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual, Carlos Tufvesson.

O evento servirá para atualizar informações sobre resultados das ações em combate à AIDS que são realizadas na cidade do Rio de Janeiro e também para lançar a 4ª Semana Carioca da Prevenção, que terá início em 28 de novembro e encerramento em 05 de dezembro.

Nesta semana, unidades de saúde estarão mobilizadas para reforçar as ações de conscientização e prevenção das doenças sexualmente transmissíveis, com reforço na oferta de testes para detecção de HIV e sífilis.

Local: Palácio da Cidade - Rua São Clemente, 360, Botafogo


João Felípe Toledo
Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (CEDS)
Assessor de Comunicação
Palácio da Cidade
Rua São Clemente, 360 - Botafogo
Tels. 21 - 2976.9137 / 98498.9419/ 96964.2000
comunicacao.ceds@gmail.com

https://cedsrio.com.br/

18° Aniversário da Lei de Combate à Discriminação na Cidade do Rio de Janeiro

Na manhã deste dia 11 de setembro de 2014, a  Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual do Município do Rio de Janeiro ou simplesmente CEDS-Rio, realizou um ato comemorativo pelos 18 anos da lei municipal 2475/1996, de autoria da então Vereadora Jurema Batista, tendo como oradores o Prefeito Eduardo Paes, a Subsecretária de Inclusão Produtiva/SMD Jurema Batista (a própria autora da lei), a Secretária e assessora de gênero da Secretaria de Políticas Sociais do Rio de Janeiro Ana Rocha,  e o Coordenador da CEDS-Rio Carlos Tufvesson.

Tive a honra de ser convidado pessoalmente pelo Carlos Tufvesson e prontamente me dispus a ir. Logo na entrada fui muito bem recebido por uma recepcionista transexual. No andar de cima, num salão belíssimo, com convidados de setores da sociedade civil, da prefeitura e da imprensa, pude ouvir os discursos de Jurema Batista, Carlos Tufvesson e Eduardo Paes - nessa ordem. Infelizmente, perdi o de Ana Rocha, porque cheguei atrasado.


Fui muito bem recebido logo na entrada do Palácio da Cidade.

Foi uma reunião rápida, seguida de uma recepção simples, mas muito bem cuidada. O que saltou aos olhos foi o empenho de Tufvesson e o total  apoio de Eduardo Paes quanto ao combate ao preconceito por orientação sexual, gênero, raça e religião, entre outros.

Duas peças publicitárias foram apresentadas para relembrar o trabalho da CEDS-Rio (braço da Prefeitura) na conscientização de que uma cidade tão linda como o Rio não combina com o preconceito. Aliás, preconceito não combina com qualquer sociedade minimamente esclarecida, diga-se de passagem.

Jurema Batista falando da tribuna




Jurema Batista falou de sua luta para a provação da lei em 1996, quando não havia qualquer outra parecida no Brasil. Ela também falou de seu trabalho no combate ao racismo. Jurema encerrou ressaltando que "na cidade do Rio de Janeiro, os direitos individuais do cidadão estão garantidos."

Como Tufvesson reforçou em seguida, "a lei foi a primeira no Brasil e incentivou várias cidades e estados". Ele também destacou que a própria existência da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual no Rio deve-se ao trabalho de pessoas que lutaram arduamente no passado e que não podem ser esquecidas. Citou de cabeça o Paulo do Grupo Atobá, o Cláudio Nascimento que era presidente do Grupo Arco-Íris, o Almir França, a Loren que organiza a Parada LGBT de Madureira, o Marcelo Esteves e a Yone Lindgren, do Movimento Dellas. Como ele disse, muitos outros poderiam ser citados também.

Carlos Tufvesson - foto G1


Tufvesson também ressaltou que a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República publicou relatório sobre os crimes de ódio contra homossexuais e transexuais. O aumento foi de 46 por cento. E ressaltou que o lema da CEDS-Rio é:


"Eu não preciso ser negro para lutar contra o racismo. Eu não preciso ser mulher para lutar contra o machismo. Não preciso ser judeu para lutar contra o antissemitismo. Você não precisa ser gay para lutar contra a homofobia".

Uma ótima notícia foi comunicada em primeira mão no evento. A Prefeitura do Rio já aprovou o projeto da CEDS-Rio para a criação do primeiro Centro de Referência Rio sem Preconceito. O espaço lindamente planejado contará com seis secretarias, espaço multifuncional, inclusive para exposições e para a continuação do Projeto Damas. O cidadão terá acesso direto e gratuito aos serviços prestados pelas respectivas secretarias municipais e pela própria CEDS-Rio. O local escolhido fica à esquerda daquele largo que se estende em frente aos Arcos da Lapa.

Eduardo Paes se dirige aos convidados.


O Prefeito Eduardo Paes fez um discurso descontraído, mas com diversas declarações de impacto. Entre elas, destaco as seguintes:

"No processo eleitoral, parece que as pessoas estão competindo para ver quem é o mais preconceituoso."

"Fico impressionado com a falta de coragem de se colocarem certos posicionamentos contra o preconceito no debate público."

"Não é admissível que em pleno século 21 a gente ainda tenha que ver pessoas sendo discriminadas por sua orientação sexual, sua religiosidade, seu sexo."

"Não precisamos alimentar a disputa de quem odeia mais quem."

"A gente só combate isso [o preconceito] com ações firmes."

"A gente vai continuar lutando para que as pessoas façam o que quiserem, desde que respeitem os direitos dos outros."

Ele encerrou com a seguinte convocação: "Abaixo o preconceito, o ódio e todos aqueles que pensam que sabem tudo e não sabem de nada."

Eduardo Paes está exercendo seu segundo mandato. Desde o primeiro, logo no começo, abriu espaço e deu apoio para a criação da CEDS-Rio, convidando Carlos Tufvesson para assumi-la como Coordenador. 

Nas eleições para o segundo mandato, Paes continuou firme em seu propósito de inclusão. Aliás, não nos esqueçamos que ele foi o primeiro prefeito que participou de uma Parada do Orgulho LGBT no Rio. Naquela ocasião, o Governador Sergio Cabral também esteve presente. Foi marcante ver as duas maiores autoridades do Executivo municipal e estadual no evento, mesmo sendo de partidos diferentes. Eduardo Paes venceu as eleições para o segundo mandato no primeiro turno com 65% dos votos - fato inédito em todas as eleições realizadas até o momento no Brasil.

Ele, melhor do que ninguém, pode dizer o que disse sobre a pobreza do discurso público em torno dessas questões. Parabéns ao Prefeito e sua equipe.


Eduardo Paes e Loren, responsável pela Parada LGBT de Madureira.

A imprensa compareceu em massa e assediou o prefeito, que respondeu a todas as perguntas com atenção e simpatia.

Quem desejar maiores informações, pode falar com o assessor de imprensa João Felipe Toledo: comunicacao.ceds@gmail.com ou visitar o site da CEDS-Rio:
https://cedsrio.com.br/


E na saída, mais um momento para celebrar a presença transexual no evento.

SAÚDE REALIZA CAMPANHA CARIOCA DE PREVENÇÃO A AIDS



SAÚDE REALIZA CAMPANHA CARIOCA DE PREVENÇÃO A AIDS


Organizado por Sergio Viula
com informações do Diário Oficial
e do Site da Prefeitura do Rio


Termina neste sábado, 01 de dezembro (Dia Mundial de Combate à AIDS), a campanha carioca de prevenção a AIDS realizada em 190 postos de saúde e clínicas da família em toda a cidade. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual, a Secretaria Municipal de Saúde e a Defesa Civil. A campanha oferece testes gratuitos para detecção de HIV e sífilis de faz parte da campanha Fique Sabendo. O trabalho começou no dia 10 de novembro, quando foram realizados 21.600 testes.

Neste último dia, 01 de dezembro, as unidades funcionarão excepcionalmente das 8h às 17h, e qualquer pessoa poderá solicitar os exames, recebendo aconselhamento antes e depois da testagem. Os resultados estarão disponíveis em oito dias no local onde foi feita a coleta.

Na ocasião da testagem, será oferecida vacina contra a hepatite B. As mulheres poderão fazer também o exame preventivo de câncer do colo do útero.

Vale lembrar que, no caso de soropositividade, quanto mais cedo for descoberta a presença do vírus e iniciado o tratamento, menores são as possibilidades de transmissão por desconhecimento do vírus da AIDS e da sífilis. A maioria dos pacientes hoje chega a quase zero de carga viral, graças aos tratamentos disponíveis.





COMPAREÇA. FIQUE SABENDO. E VIVA MELHOR!
E seja qual for o caso, transe sempre com camisinha. ;)






VEJA AQUI ONDE ENCONTRAR UMA CLÍNICA DA FAMÍLIA PRÓXIMA DE VOCÊ:


SMSDC - Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil
SAÚDE
PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

PSF FERNANDO A.BRAGA LOPES
Endereço: RUA CARLOS SEIDL, n° 1281- CAJU
Telefone: 2580-0763


PSF LAPA
Endereço: RUA RIACHUELO, 43 - CENTRO
Telefone: 3231-6031


PSF DONA ZICA
Endereço: RUA JOÃO RODRIGUES, 43 - MANGUEIRA
Telefone: 3278-2302


PSF Dr. RODOLPHO PERISSÉ
Endereço: ESTRADA DO TAMBA, 735 - VIDIGAL
Telefone: 3322-4010


PSF VILA CANOAS
Endereço: ESTR. DAS CANOAS, S/N - SÃO CONRADO
Telefone: 3322-6599


PSF SANTA MARTA
Endereço: Pólo de Inclusão Social Padre Velloso / Rua São Clemente, 312 / 2º andar - Botafogo


PSF BOREL
Endereço: RUA SÃO MIGUEL, S/N° - BOREL - TIJUCA /CIEP MAGARINO TORRES
Telefone: 2570-1704


PSF CASA BRANCA
Endereço: ESTR. DA CASA BRANCA, 200 / TIJUCA
Telefone: 2268-6531


PSF PQ VILA ISABEL
Endereço: RUA ARMANDO DE ALBUQUERQUE, 115 / VILA ISABEL
Telefone: 2576-0602


PSF GUSTAVO CAPANEMA
Endereço: RUA VIA A1 S/Nº - VILA PINHEIRO - MARÉ
Telefone: 3885-6541


PSF 14 DE JULHO
Endereço: AV. BRASIL S/Nº - PRAIA DE RAMOS
Telefone: 3884-9635


PSF ESPERANÇA
Endereço: RUA JOÃO REGO, 363 A / OLARIA / R.ITAJOA nº 258-Olaria
Telefone: 3105-5695 / 3882-8954


PSF NOVA BRASÍLIA
Endereço: AV. ITAOCA, 1961 SALA 201 - COMPLEXO DO ALEMÃO - BONSUCESSO
Telefone: 2590-6993


PSF VIGÁRIO GERAL
Endereço: RUA ANTONIO MENDES, 8 – VIGÁRIO GERAL
Telefone: 3448-6131


PSF VILA DO JOÃO
Endereço: RUA 17 S/Nº - VILA DO JOÃO / COMPLEXO DA MARÉ – BONSUCESSO
Telefone: 2573-4996


PSF PARQUE ROYAL
Endereço: RUA JORNALISTA ALAIDE PIRES, N° 35 PORTUGUESA - ILHA DO GOVERNADOR
Telefone: 3975-1771


PSF MARCÍLIO DIAS
Endereço: RUA DO ALPISTE, 913 / PENHA CIRCULAR
Telefone: 2584-2045


PSF ALEMÃO
Endereço: ESTRADA ITARARÉ, 222B / COMPLEXO DO ALEMÃO - RAMOS


PSF SALSA E MERENGUE
Endereço: RUA PROJETADA D, VILA PINHEIRO - MARÉ
Telefone: 3885-6541


PSF VICTOR VALLA
Endereço: RUA LEOPOLDO BULHÕES, 1480 - MANGUINHOS
Telefone: 2598-2794


PSF MANGUINHOS
Endereço: RUA LEOPOLDO BULHÕES, 1480 - MANGUINHOS
Telefone: 2598-2519


PSF RODRIGO YAMAWAKI AGUILAR ROIG
Endereço: ESTRADA DO ITARARÉ, 650 - RAMOS
Telefone: 2560-6592


PSF CARACOL/GROTÃO
Endereço: RUA BOM PASTOR, 13 - PENHA
Telefone: 3507-9355


PSF SERENO / PAZ E FÉ
Endereço: RUA FREI GASPAR, 186 / PENHA CIRCULAR
Telefone: 3341-1424


PSF PROFESSOR ANTENOR NASCENTES
Endereço: RUA PROFESSOR ANTENOR NASCENTES, 311 / LINS DE VASCONCELOS
Telefone: 2281-7663


PSF PROFESSOR CARLOS CRUZ LIMA
Endereço: EST. DO COLÉGIO, S/N °/ COLÉGIO
Telefone: 3371-5804


PSF SYLVIO FREDERICO BRAUNER
Endereço: RUA DARWIN BRANDÃO, S/N° / COELHO NETO
Telefone: 3835-5817


PSF ENF. EDMA VALADÃO
Endereço: AV. BRASIL, 18476- IRAJÁ
Telefone: 3451-6558


PSF COMUNIDADE DO FUBÁ / CAMPINHO
Endereço: AV. ERNANI CARDOSO, 335 - CASCADURA
Telefone: 2128-4900 RAMAL 34


PSF FAZENDA BOTAFOGO
Endereço: CIEP ZUMBI DOS PALMARES / RUA ARNALDO MILLER, S/N - FAZENDA BOTAFOGO
Telefone: 3855-1545


PSF MORRO UNIÃO
Endereço: RUA DA JAQUEIRA ,S/N - COELHO NETO
Telefone: 3371-6405


PSF DO CANAL DO ANIL
Endereço: AV. DO CANAL DO ANIL, 128
RUA MELO, N. º 02 - ANIL
Telefone: 3432-6548


PSF CURICICA
Endereço: EST. DE CURICICA, 2000. ANEXO AO HOSP. RAPHAEL DE PAULA SOUZA
Telefone: 2472-8984


PSF SANTA MARIA
Endereço: EST. RIO PEQUENO LT1 QD 6 - STA MARIA - JACAREPAGUÁ
Telefone: 3347-2047


PSF NOVO PALMARES
Endereço: RUA JACARANGÁ, S/N - VARGEM GRANDE
Telefone: 2421-8345


PSF Dr. SILVIO BARBOZA
Endereço: RUA RODRIGUES DE FREITAS, S/N°/ SANTISSIMO
Telefone: 2404-2134


PSF VILA VINTÉM
Endereço: RUA BELIZÁRIO DE SOUZA, 677 - PADRE MIGUEL
Telefone: 2401-3870


PSF JOÃO SALDANHA
Endereço: RUA PROJETADA (BICO DO LACRE) 310 - BANGU
Telefone: 3422-1248


PSF JACARE / CAVALO DE AÇO
Endereço: TRAV. HILDA CARLA, 14 - SANTÍSSIMO
Telefone: 3462-1423


PSF COHAB
Endereço: RUA DONA OLÍMPIA, 220 - REALENGO
Telefone: 2401-0043
PROVISORIAMENTE: 3331-0556 (POLICLÍNICA MANOEL GUILHERME)


PSF MINUANO / PSF CATIRI/GERICINÓ
Endereço: PÇA CECÍLIA PEDRO, 60 - BANGU
Telefone: 3291-7252
PROVISORIAMENTE: 3332-9322 (CMS WALDY FRANCO)


PSF FAZENDA MODELO (Dr.Maia Bitencourt)
Endereço: ESTRADA DO MATO ALTO, 5609 - CAMPO GRANDE
Telefone: 2410-7091


PSF VILAR CARIOCA (Adão Pereira Nunes)
Endereço: RUA FLORESTAL, S/N° - VILA CARIOCA INHOAÍBA
Telefone: 2409-6691


PSF ANA GONZAGA
Endereço: PÇA JOÃO WELTZ, 7 CASA DO PASTOR- CAMPO GRANDE
Telefone: 2412-9527


PSF JARDIM ANÁPOLIS
Endereço: RUA FRANÇA LEITE, 126- COSMOS
Telefone: 2418-6962


PSF VILA SÃO JORGE
Endereço: RUA PROJETADA, 02- COSMOS - *Acesso Pela Rua Iairana
Telefone: 3409-0349


PSF VILAR GUANABARA
Endereço: ENG ISRAEL V. FERREIRA, 8 – INHOAÍBA
Telefone: 2409-2708



PSF Dr. ANTÔNIO MOURAO VIEIRA FILHO (BARRA DE GUARATIBA)
Endereço: EST. BARRA DE GUARATIBA, 9748 - CAMPO GRANDE
Telefone: 2410-8158/0573


PSF JARDIM CINCO MARIAS
Endereço: RUA CELIDÔNIA, 96 - JD CINCO MARIAS
Telefone: 2417-5203


PSF NOVA CIDADE
Endereço: RUA GUARUJÁ, 69 - COSMOS
Telefone: 3364-5908


PSF LARGO DO CORREA
Endereço: RUA GENERAL PESSOA CAVALCANTI, 370 - GUARATIBA


PSF Dr. CATTAPRETA
Endereço: PÇ. JOSE BOANEWRGES CESAR (RUA 3) - SANTA CRUZ
Telefone: 3395-3297


PSF PROFESSOR SÁVIO ANTUNES
Endereço: AVENIDA CANAL PISTA 3 ANTARES - SANTA CRUZ
Telefone: 3305-2932


PSF ALAGADOS
Endereço: AV. SANTA URSULINA, 903- SEPETIBA


PSF ANTARES (SAVIO ANTURES)
Endereço: AV. DO CANAL- PISTA 3- SANTA CRUZ
Telefone: 3395-2249


PSF DR. CYRO DE MELO
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Prefeito Eduardo Paes e Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual lançam conjunto de ações contra a homofobia na cidade do Rio

Foto: Eduardo Paes cumprimenta Carlos Tufvesson


O combate ao bullying com motivações homofóbicas e ao preconceito em estabelecimentos comerciais faz parte do pacote de medidas


11h – O prefeito Eduardo Paes e o coordenador especial da Diversidade Sexual, Carlos Tufvesson, lançam nesta quarta-feira (18 de maio) um conjunto de ações contra o preconceito no município em comemoração ao Dia Internacional de Combate à Homofobia, celebrado em todo o mundo no dia 17 de maio. Entre os projetos está a formação de uma frente de trabalho para coibir a prática de bullying motivada por homofobia nas escolas, abrigos, hospitais e outros centros de atendimento da Prefeitura do Rio. Além disso, serão oferecidos cursos de capacitação em estabelecimentos comerciais para orientar os funcionários sobre os direitos dos homossexuais e esses locais ganharão o selo "Rio Sem Preconceito". Também será assinado pelo prefeito o decreto que garante a travestis e transsexuais o uso do nome social em órgãos municipais - como as unidades de saúde e educação.

João Felípe Toledo
Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (CEDS)
Tels. 21 - 2976.9137 / 7891.1676/ 8498.9419

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