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O culto da mãe perfeita é diabólico, diz Elisabeth Badinter


Simplesmente fantástica essa entrevista com a filósofa e escritora Elisabeth Badinter. 

Assista aqui: 

https://youtu.be/Y6UC7QeeIC0

Bancada evangélica manobra para controlar a reforma do Código Penal na Câmara

Bancada Evangélica. Foto: Internet
Bancada evangélica tenta garantir controle da reforma do Código Penal na Câmara




Fonte: IG

Por Luciana Lima - iG Brasília | 05/09/2013 13:02 - Atualizada às 05/09/2013 13:55


Grupo de 63 deputados quer a presidência da comissão especial e a relatoria da proposta para barrar mudanças sobre temas como aborto, eutanásia e homofobia

A bancada religiosa na Câmara dos Deputados se articulou para ter a relatoria e a presidência da comissão especial a ser instalada para propor mudanças no Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40). A disputa fez com que a reunião para eleger o presidente da comissão e o relator da proposta, marcada para ocorrer na quarta-feira (4), tivesse que ser cancelada.

Tentar impedir mudanças no Código Penal é prioridade na estratégia traçada pela bancada religiosa no início deste ano. Os evangélicos temem que as mudanças na legislação penal, datada de 1940, abram espaço para a flexibilização da punição para crimes como aborto, permita a eutanásia e caracterize como crime a homofobia. A ideia dos 68 deputados que integram a bancada na Câmara é deixar tudo como está.
 
O deputado Alessandro Molon (PT-RJ), que não pertence à bancada religiosa, já havia conseguido a garantia do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), de que seria o relator da comissão especial. No entanto, uma movimentação que contou com o apoio dos líderes do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), e do PR, Anthony Garotinho (RJ), indicou o deputado Hugo Leal (PSC-RJ) para a função. Segundo Leal, o presidente da Câmara também lhe deu a garantia de que será o relator.
 
Molon é considerado mais refratário às pautas evangélicas. Já Leal, embora se beneficie da indicação dos religiosos, diz que não vai acatar prontamente todas as demandas. “Eu aceito discutir, não simplesmente acatar”, disse o deputado.
 
O embate pela relatoria será decidido na próxima semana, quando haverá uma nova reunião com a presença dos líderes, do presidente da Câmara e dos dois deputados para decidir a relatoria.
Já a presidência da comissão, de acordo com Hugo Leal, também é objeto de acordo e será ocupada pelo deputado João Campos (PSDB-GO), que coordena a bancada evangélica e que ficou mais conhecido em todo país por ser autor da proposta que permite psicólogos fazer a “cura gay”.
No Senado, onde tramita o PLS 236/2012, com o mesmo objetivo, os evangélicos conseguiram seu objetivo na comissão especial. O relator, Pedro Taques (PDT-MT) acatou os argumentos dos religiosos e retirou do texto a possibilidade de aborto nas 12 primeiras semanas em razão da incapacidade psicológica da gestante de arcar com a gravidez.
 
A única mudança admitida pelo senador no caso de aborto é a que acrescenta na legislação penal as atuais exceções para os casos de anencefalia, ponto já pacificado pelo Supremo Tribu
nal Federal. Em relação à eutanásia, Taques também manteve a prática como crime de homicídio.

Corajosas e sensatas declarações de Sandy

Fonte da foto: Internet


Sandy defende casamento homossexual, aborto e se diz contrária ao celibato
Cantora falou ainda que não se considera atriz e não pretende virar uma "Fernanda Montenegro" de uma hora para a outra


Fonte: TN Online
https://tnonline.uol.com.br/noticias/entretenimento/13,122828,26,03,sandy-defende-casamento-homossexual-aborto-e-se-diz-contraria-ao-celibato



Sandy concedeu uma entrevista ao jornal “O Globo” deste sábado (24), na qual defendeu o casamento homossexual e também o aborto quando a gravidez representa algum risco para a mulher ou para o bebê. A cantora falou ainda sobre religião e disse que, apesar de suas participações como atriz – tanto em filmes, novelas e seriados –, não se considera uma delas.

A cantora vai interpretar a protagonista de “A Reacionária do Pantanal” da série “As Brasileiras”, personagem que tem preconceito contra homossexuais.

Confira abaixo os principais trechos da entrevista:


Aborto:

“Aborto, sob o ponto de vista jurídico, é crime. Eu defendo a descriminalização, principalmente quando a gravidez representar risco para a mulher ou para o bebê”.

Casamento Homossexual:

“Vejo como uma coisa natural. Sou a favor do casamento gay. Acho que todo mundo tem os mesmos direitos e tem que ser feliz. O problema maior hoje é homofobia, crime hediondo, cruel”.

Religião:

“Sou batizada pela igreja católica, mas não sou praticante. Eu casei na igreja católica e na luterana, que é a do meu marido. Não sou a favor de alguns preconceitos da Igreja [...] Sou contra o celibato, por exemplo, e acho muito retrógrado não usar camisinha”.

Carreira de atriz:

“Não posso dizer que me sinto discriminada e nem que as pessoas tenham preconceitos contra mim como atriz, por um único motivo: eu não sou atriz, no sentido de pronta e acabada. [...] Eu estava brincando de ser atriz. Faço um trabalho de atriz eventualmente. Nesses momentos posso ser chamada de atriz, mas não tenho essa formação. Então, é melhor eu não me encaixar muito para não ser comparada com as feras. Não tenho a pretensão de virar a Fernanda Montenegro da noite para o dia”.

Necessidade de ser mulher:

“Nunca tive a necessidade de me mostrar mulher. Essa é uma coisa que foi criada pela mídia. Eu gostaria que as pessoas tivessem uma imagem real do que eu sou”.

Aborto no Brasil


Atualização feita em 02/02/2025


Legislação sobre o aborto no Brasil

No Brasil, o aborto é legal em algumas situações específicas, conforme o Código Penal Brasileiro (Decreto-Lei 2.848/1940):Risco de vida para a mulher: Quando a gestação representa risco de vida para a mulher, o aborto é permitido.

Anencefalia: Em 2012, o Supremo Tribunal Federal (STF) legalizou o aborto em casos de anencefalia, quando o feto tem malformações graves no cérebro que resultam em morte imediata ou inevitável após o parto.
Gravidez resultante de estupro: O aborto é permitido quando a gravidez for fruto de estupro, desde que a mulher tenha consentido com o procedimento e se o aborto seja realizado até a 20ª semana de gestação.

Em todas as outras situações, o aborto é ilegal e pode resultar em pena de prisão de até 3 anos para a mulher e de 1 a 3 anos para quem realizar o procedimento.
Estatísticas sobre o aborto no Brasil

Embora o aborto seja restrito, ele continua a ocorrer de forma clandestina. De acordo com o Ministério da Saúde e outras pesquisas, algumas estatísticas importantes incluem:Estima-se que cerca de 500 mil abortos clandestinos ocorram anualmente no Brasil, o que representa uma alta taxa de interrupções da gravidez fora do sistema médico legal.

A taxa de mortalidade materna relacionada ao aborto clandestino é alta, com cerca de 200 mortes por ano atribuídas a complicações de abortos ilegais. A maioria dessas mortes ocorre em mulheres de baixa renda e em áreas menos urbanizadas.

Mulheres em situações de vulnerabilidade social, como as de baixo poder aquisitivo e pouco acesso à educação e saúde, são as mais afetadas pelos riscos do aborto clandestino.

1. Redução de Abortos Clandestinos

Uma das principais vantagens de se legalizar o aborto é a redução do número de procedimentos clandestinos, que são realizados de maneira insegura e sem acompanhamento médico adequado. Esses abortos, muitas vezes feitos em condições precárias, representam um grande risco para a saúde das mulheres. Ao legalizar o aborto, ele pode ser realizado em condições seguras, com supervisão médica, evitando complicações e mortes.

2. Proteção da Saúde das Mulheres

O aborto legal oferece um ambiente mais seguro para as mulheres, com acompanhamento médico e condições apropriadas, o que reduz a mortalidade materna e os danos à saúde decorrentes de abortos realizados em condições ilegais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o aborto seguro é essencial para prevenir complicações graves e mortes evitáveis. Quando o aborto é realizado de maneira clandestina e insegura, as mulheres enfrentam um risco considerável de infecção, hemorragias, lesões nos órgãos reprodutivos e até mesmo a morte.

3. Garantia dos Direitos Reprodutivos das Mulheres

A legalização do aborto garante o direito da mulher de decidir sobre seu corpo e sua saúde. Esse direito é fundamental para promover a autonomia das mulheres, permitindo que elas possam tomar decisões sobre sua vida reprodutiva sem a imposição de restrições legais e sociais. A possibilidade de decidir se e quando ter filhos é crucial para o empoderamento feminino e para o desenvolvimento da igualdade de gênero.

4. Redução das Desigualdades Sociais

As mulheres de classes sociais mais baixas são as que mais sofrem com a criminalização do aborto, pois muitas não têm acesso a serviços de saúde de qualidade e, consequentemente, recorrem a procedimentos clandestinos. A legalização do aborto ajuda a nivelar as condições de acesso ao serviço, oferecendo o procedimento de forma segura e equitativa, independentemente da classe social. Dessa forma, a legalização contribui para a redução das desigualdades no acesso à saúde e ao planejamento familiar.

5. Melhoria no Sistema de Saúde Pública

A legalização do aborto pode aliviar a pressão sobre o sistema de saúde pública, que atualmente enfrenta uma sobrecarga de casos relacionados a complicações de abortos clandestinos. Com a legalização, os procedimentos podem ser realizados em clínicas e hospitais regulamentados, com profissionais qualificados, o que ajuda a reduzir os custos de tratamentos de emergência e internações devido a complicações. A legalização também permite uma melhor gestão e controle dos serviços, garantindo que as mulheres tenham acesso a um atendimento digno e de qualidade.

6. Apoio Psicológico e Social para Mulheres

A legalização do aborto também pode proporcionar suporte psicológico e social para as mulheres que enfrentam a decisão de interromper a gravidez. Com o aborto legalizado, as mulheres têm mais acesso a acompanhamento psicológico e a informações sobre os aspectos emocionais e físicos do procedimento. Isso pode ajudar a reduzir os impactos psicológicos negativos, como a sensação de culpa e estigma, que muitas mulheres enfrentam ao recorrer a um aborto clandestino.

7. Promoção de Políticas de Prevenção e Educação Sexual

A legalização do aborto pode ser acompanhada de políticas públicas mais eficazes para a prevenção da gravidez indesejada, como o aumento do acesso à contracepção e à educação sexual. Ao permitir que as mulheres decidam livremente sobre suas gestações, o aborto legalizado também pode ser um incentivo para a implementação de políticas mais amplas de saúde reprodutiva, com foco na prevenção.

8. Desconstrução de Estigmas e Tabus

A legalização do aborto pode ajudar a desconstruir os estigmas e tabus em torno do tema, permitindo que a sociedade trate o assunto de forma mais aberta, sensível e empática. Ao permitir que as mulheres façam escolhas sobre seus corpos de maneira legal e segura, a sociedade pode começar a ver o aborto como uma questão de saúde pública, e não como um ato criminoso ou moralmente condenável.

9. Reforço da Justiça Social

A legalização do aborto é muitas vezes vista como uma medida de justiça social, pois permite que as mulheres tenham controle sobre suas próprias vidas e circunstâncias, independentemente de sua situação socioeconômica. Isso é particularmente importante para mulheres que enfrentam condições de violência, abuso sexual ou falta de apoio social, pois oferece uma alternativa segura e digna para que possam tomar decisões sobre suas vidas.

10. Alívio para o Sistema Judiciário

A criminalização do aborto coloca o sistema judiciário sob pressão, já que muitas mulheres e profissionais de saúde acabam sendo processados por realizar ou recorrer ao aborto ilegal. A legalização ajudaria a diminuir o número de processos judiciais relacionados a esse tema, permitindo que o sistema judicial se concentre em questões mais urgentes.


A legalização do aborto pode trazer benefícios consideráveis para a saúde pública, a igualdade de gênero, a justiça social e o empoderamento das mulheres. Ela proporciona um ambiente mais seguro para as mulheres, oferece mais direitos e liberdade de escolha, e pode contribuir para a redução de desigualdades sociais. No entanto, a questão ainda é objeto de intensos debates, com muitas vozes, especialmente de grupos conservadores, se opondo à legalização.

Mais uma da terra Brasilis: Projeto de lei cria ''''bolsa-estupro'''' para evitar que mulheres abortem

Foto: Internet


Proposta em tramitação no Congresso fixa pagamento pelo Estado de um salário mínimo mensal durante 18 anos


Simone Iwasso - O Estadao de S.Paulo


Projeto de lei em tramitação no Congresso pretende combater o aborto em gestações resultantes de estupro - prática permitida no Brasil desde o Código Penal de 1940 - com base em um pagamento pelo Estado de um salário mínimo para a mulher durante 18 anos. A idéia, conhecida como "bolsa-estupro", pretende, nas palavras de um dos autores do texto, o deputado Henrique Afonso (PT-AC), "dar estímulo financeiro para a mulher ter o filho".

A idéia de subsídio para grávidas vítimas de violência sexual está também no projeto do Estatuto do Nascituro - texto que torna proibido no País o aborto em todos os casos, as pesquisas com células-tronco, o congelamento de embriões e até mesmo as técnicas de reprodução assistida, oferecendo às mulheres com dificuldades para engravidar apenas a opção da adoção.

Os textos provocaram enxurrada de reclamações e protestos de organizações não-governamentais ligadas aos direitos humanos, aos movimentos feministas e até mesmo em esferas governamentais. Ontem, o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher divulgou carta afirmando que as propostas são um retrocesso nos direitos já obtidos no País. "É retrocesso, uma proposta sem cabimento, equivocada desde o começo. Trata a violência contra a mulher como monetária, como se resolvesse dando um apoio financeiro. Nós apoiamos a liberdade de escolha da mulher", afirma a ministra Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres.

"O aborto, para nós evangélicos, é um ato contra a vida em todos os casos, não importa se a mulher corre risco ou se foi estuprada", afirma o deputado Henrique Afonso. "Essa questão do Estado laico é muito debatida, tem gente que me diz que eu não devo legislar como cristão, mas é nisso que eu acredito e faço o que Deus manda, não consigo imaginar separar as duas coisas."

A proposta do deputado inclui ainda outro item bastante polêmico, que prevê que psicólogos, pagos pelo Estado, devam atender essas mulheres para convencê-las da importância da vida, fazendo com que elas desistam do aborto. "O psicólogo comprometido com a doutrina cristã deve influenciar a mulher e fazer com que ela mude de opinião", defende Afonso. No entanto, o Código de Ética da profissão proíbe ao psicólogo, no exercício de suas funções, "induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual".

Na justificativa do projeto, o deputado diz que "se, no futuro, a mulher se casa e tem outros filhos, o filho do estupro costuma ser o preferido. Tem uma explicação simples na psicologia feminina: as mães se apegam de modo especial aos filhos que lhes deram maior trabalho".

"A ciência está do nosso lado, pois a genética diz que a concepção acontece no primeiro minuto, a partir daí já é uma vida e vamos fazer de tudo para que ela seja respeitada", defende o deputado Luiz Bassuma (PT-BA). Questionado sobre a proibição de congelamento de embriões in vitro, o deputado é enfático: "As mulheres que adotem. A resposta para quem não consegue ter filhos é adoção. Estamos sendo pioneiros, o mundo inteiro ainda vai rever essas permissões que se dizem científicas e são contra a vida", diz ele.


REAÇÕES

"Há uma dificuldade em compreender que o Estado democrático surge para assegurar a liberdade de crença da população. Há uma confusão no entendimento de alguns parlamentares entre direito e moral, entre religião e política pública", afirma a advogada Samantha Buglione, do Instituto Antígona e das Jornadas Pelo Direito de Decidir.

"Desse modo, propostas como essas corrompem toda a estrutura legal que nós temos, pois pretendem impor uma determinada crença, um pensamento único, baseado numa moral", complementa.

A jurista Silvia Pimentel, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e vice-presidente da Comissão das Nações Unidas para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra Mulheres, realça o caráter de troca da proposta, de pagamento financeiro num contexto de miséria de boa parte da população. "É lamentável que mais uma vez nossos parlamentares estejam se ocupando de questões sérias de maneira esdrúxula. Adoraria perguntar a eles se gastam tanta energia e dedicação à implantação efetiva do Estatuto da Criança e do Adolescente."

"Não é a proteção da maternidade, senão todas as grávidas receberiam. Nem compensação para vítima de violência sexual, pois senão todas também receberiam. É perverso propor oferecer dinheiro para mulheres aderirem a uma tese. Porque é uma tese que eles colocam", diz a antropóloga Débora Diniz, da Universidade de Brasília (UnB).


FRASES

Nilcéa Freire
Ministra da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres

"É retrocesso, uma proposta sem cabimento, equivocada desde o começo. Nós apoiamos a liberdade de escolha da mulher"


Henrique Afonso
Deputado do PT-AC

"O Estado deve garantir o que pensa a maioria e acredito que a maioria dos brasileiros acredita no que Deus prega, que é o direito à vida. Não posso separar o deputado do cristão"


Samantha Buglione
Advogada

"Há uma dificuldade em compreender que o Estado democrático surge para assegurar a liberdade de crença da população. Há uma confusão no entendimento de alguns parlamentares entre direito e moral, entre religião e política pública"


Luiz Bassuma
Deputado do PT-BA

"A vida é um bem primordial. A ciência já comprovou isso. Vamos lutar para que isso seja garantido no Brasil e no mundo"

Hipocrisia e dogmatismo impedem a necessária discussão sobre o aborto no Brasil


Vale a pena assistir a brilhante análise deste jovem sobre a questão do aborto.

Assista e reflita.

Chega de silêncio e de histeria.

Reflexão e ação bem refletida - é disso que realmente precisamos.



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