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Graças ao Canadá, atletas olímpicos LGBT têm seu próprio espaço na Vila Olímpica

Adaptado por Sergio Viula
Com informações de Doug Criss, CNN
https://edition.cnn.com/profiles/doug-criss-profile




Integrantes da equipe do Canadá caminham na Vila Olímpica de Pyeongchang antes dos jogos começarem em 06 de fevereiro.

De acordo com a americana CNN, atletas LGBT têm um lugar para chamarem de seu na Vila Olímpica de Pyeongchang. Ele é chamado Pride House (Casa do Orgulho), um prédio na Vila Olímpica que oferece um espaço seguro para atletas gays e lésbicas, suas famílias e apoiadores.

A primeira Pride House surgiu durante os Jogos Olímpicos de Inverno de 2010, e desde então elas têm aparecido em vários eventos esportivos internacionais, incluindo as Olimpíadas e Paraolimpíadas de Verão de 2016 em Londres e os Jogos de Verão no Rio, Brasil.

O que torna a Pride House em Pyeongchang especial é que esta é a primeira a ser afiliada e acolhida pelo Comitê Olímpico Nacional. Ela também é a primeira na Ásia.

"A Equipe do Canadá tem orgulho de abraçar sua diversidade na Casa do Canadá, o que inclui um cartaz na porta da frente, dando boas vindas a todos, e sabe que como um time, somos mais fortes quando celebramos nossas diferenças," disse Chris Overholt, CEO e secretário-geral do Comitê Olímpico Canadense. "Temos o prazer de poder compartilhar com o mundo o que significa ser canadense e o que significa #SerOlímpico."

Veja a declaração em (inglês) aqui: https://olympic.ca/press/canada-olympic-house-will-be-a-home-to-pride-house/

All Out na Rússia: Veja o que tem sido e ainda será feito


ALL OUT agindo onde for preciso


Para mais informações e solicitações de imprensa, escreva para imprensa@allout.org.
Assine a petição para que os patrocinadores da olimpíadas de Soche se manifestem contra a homofobia e a transfobia na rússia. Veja aqui: https://www.allout.org/pt/actions/olympic-sponsors


ALL OUT NA RÚSSIA:
FATOS IMPORTANTES SOBRE A CAMPANHA


400.000 ASSINATURAS

Nos últimos dois anos, mais de 400 mil membros da All Out em todos os países do mundo se manifestaram pelo fim das leis homofóbicas na Rússia.

PROTESTOS EM 21 PAÍSES, 34 CIDADES

Milhares de membros da All Out se juntaram numa mobilização global na véspera da reunião de cúpula do G20, em setembro de 2013, para pressionar os líderes mundiais a se manifestarem contra as leis homofóbicas russas. Grandes líderes mundiais se juntaram a nós, de David Cameron, primeiro-ministro britânico, a Barack Obama, presidente dos Estados Unidos.

COMITÊ OLÍMPICO INTERNACIONAL

Em agosto de 3012, mais de 50 membros da All Out na Suíça entregaram ao COI a maior petição que eles já receberam, com 300 mil assinaturas. Como resultado, pela primeira vez na história, o COI declarou publicamente que a Carta Olímpica proíbe a discriminação baseada na orientação sexual.

PRINCÍPIO 6

Em parceria com a Athlete Ally, mais de 50 atletas olímpicos se juntaram à campanha Princípio 6, contra a discriminação homofóbica nos esportes antes do início das Olimpíadas de Inverno de 2014, em Sochi. Os membros da All Out podem demonstrar seu apoio no mundo todo usando os produtos da campanha criados pela American Apparel.

PATROCINADORES OLÍMPICOS


Em outubro de 2013, mais de 150 mil membros da All Out escreveram ao presidente da Coca-Cola pedindo que a empresa condenasse as leis homofóbicas russas. Logo depois, realizamos uma manifestação com caminhões carregando outdoors enormes em frente à sede da empresa em Atlanta.

1 MILHÃO DE VISUALIZAÇÕES


O video "O Amor Sempre Vence", retratando o que poderia acontecer em Sochi com uma atleta olímpica lésbica, teve mais de um milhão de exibições no YouTube desde que foi lançado em novembro de 2013.

CRONOLOGIA DA CAMPANHA

Maio – junho de 2011: Começa a repressãoManifestantes pacíficos são atacados e presos durante a Parada do Orgulho em Moscou – como resposta, o prefeito proíbe a realização da Parada. A All Out lança sua primeira campanha na Rússia, exigindo uma atitude do presidente Dmitri Medvedev. Algumas semanas depois, ativistas gays são presos em São Petersburgo por realizarem uma manifestação pacífica. A repressão começa a avançar.

Novembro de 2011: Não seremos silenciados

Políticos de São Petersburgo propõem uma lei que proíbe a "propaganda de relações sexuais não tradicionais" – a "lei da mordaça gay". A essa altura, cinco outras regiões da Rússia já haviam aprovado leis similares. Trabalhando com ativistas na Rússia, a All Out lança uma campanha para chamar a atenção do mundo todo para a lei, enviando uma mensagem poderosa aos políticos de São Petersburgo: nós não seremos silenciados!

Fevereiro de 2012: Não vá a São Petersburgo!A "lei da mordaça gay" avança em São Petersburgo. Sabendo que o governador pretende transformar a cidade em um grande destino turístico, mais de 100 mil membros da All Out pedem que seus amigos e familiares não visitem São Petersburgo, criando uma tempestade internacional de publicidade negativa para a cidade. No mundo inteiro, 3.521 membros da All Out também pedem que os Ministros de Relações Exteriores de seus países condenem a lei. Em Moscou, a banda punk Pussy Riot realiza um protesto musical contraos ataques do governo russo aos direitos humanos.

Obama manda recado a Putin sobre violações aos direitos das pessoas LGBT

Barack Obama provoca Putin e mandará delegadas gays a Sochi

Presidente dos EUA atende os pedidos de entidades de defesa dos direitos dos gays


18 de dezembro de 2013

Agência Estado
FONTE: ESTADÃO


WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, mandou um claro recado ao governo russo ao anunciar, na noite de terça-feira, a delegação oficial norte-americana que estará presente nas cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, em fevereiro do ano que vem. Isso porque, dentre os escolhidos, estão duas mulheres declaradamente homossexuais.



NYT

A atitude de Obama é uma provocação ao governo de Vladimir Putin, que sancionou uma polêmica lei que tem sido conhecida como ''anti-gay'' porque pune com prisão o que a polícia russa entender como "propaganda homossexual" que atinja crianças. Essa lei criou um temor na comunidade internacional de que os gays e simpatizantes sejam perseguidos e presos durante a estadia em Sochi.

Obama atendeu os pedidos de entidades de defesa dos direitos dos gays e indicou duas homossexuais para representar os Estados Unidos. Na cerimônia de abertura estará a ex-jogadora de tênis Billie Jean King, que nada tem a ver com os Jogos de Inverno. Já na de encerramento, Caitlin Cahow, ex-jogadora de hóquei no gelo, uma das diversas atletas norte-americanas que já ganhou medalhas olímpicas, e que também já se declarou gay.
A Casa Branca não quis comentar especificamente sobre essas escolhas, uma vez que no total são oito os representantes dos Estados Unidos nos eventos, mas exaltou que os nomes representam a diversidade do país.

Pela primeira vez desde 2000 os EUA não vão mandar nem seu presidente, nem vice, nem primeira dama, nem ex-presidente a uma edição de Jogos Olímpicos, também no que seria uma crítica à política discriminatória russa. Os demais delegados Janet Napolitano (presidente da Universidade da Califórnia), Michael McFaul (embaixador na Rússia), Robert Nabors (assistente do presidente), Brian Boitano, Eric Heiden e Bonnie Blair (ex-patinadores) e William Burns (secretário adjunto de estado).

Vejam como foi que a ALL OUT "CAUSOU" em frente à SEDE da COCA-COLA segunda-feira passada


Veja só o que conseguimos juntos! Em apenas algumas horas, atingimos nossa meta e levantamos 30 mil dólares para mostrar à Coca-Cola que eles precisam se manifestar e tomar uma posição firme contra as leis homofóbicas da Rússia.
Na segunda-feira passada, os empregados da Coca-Cola – boquiabertos – fotografaram os 3 caminhões que circularam em frente à sede da empresa com outdoors gigantes e a seguinte mensagem: “COCA-COLA, NÃO SE CALE”, “MANIFESTE-SE CONTRA AS LEIS HOMOFÓBICAS RUSSAS”. Dê uma olhada:

Nossos caminhões viraram notícia no mundo inteiro, e uma das maiores bolsas de valores do mundo, a Nasdaq, disse que a Coca-Cola está “pisando na bola com os direitos LGBT em Sochi”. Isso pode ser um grande problema para o preço das ações da empresa.
Está funcionando: a Coca-Cola tenta se esquivar da pressão, mas quanto mais a empresa demorar a responder, mais isolada ela vai parecer.
Como maior patrocinadora olímpica e grande investidora na economia russa, a Coca-Cola exerce uma influência enorme sobre o governo. Ao se manifestar, eles podem ajudar a pôr um fim nas leis homofóbicas.
Graças aos membros da All Out que doaram alguns dólares e aos quase 150 mil membros que mandaram e-mails para o presidente da empresa, a Coca-Cola está percebendo que nós, consumidores, somos poderosos. Se eles não se manifestarem logo, poderão ter sua reputação e seus lucros seriamente ameaçados.
Obrigado por apoiar a All Out! Vamos em frente!
Andre, Guillaume, Jeremy, Leandro, Marie, Marie-Marguerite, Sara e toda a equipe da All Out.
P.S.: É muito provável que a Coca-Cola nos dê uma resposta em breve – é o que temos ouvido de pessoas ligadas à empresa. A Coca-Cola sabe que a pressão continua e que não vamos nos calar enquanto eles deixam o tempo passar. Se não tivermos um retorno logo, teremos de aumentar ainda mais a pressão. Seria maravilhoso trabalharmos juntos e ouvir ideias sobre o que podemos fazer em seguida. Envie suas ideias para cokeideas@allout.org e nossa equipe lerá cada e-mail recebido enquanto bolamos um plano.

P.P.S.: Daqui a 2 dias lançaremos nosso vídeo para mostrar ao mundo o que acontece na Rússia. Veja imagens dos bastidores!


FONTES (em inglês):
Coca-Cola pisa na bola em relação aos direitos LGBT na Rússia - Nasdaq,
http://www.nasdaq.com/article/cocacola-drops-the-ball-on-gay-rights-at-sochi-cm293403
Organização que luta pelos direitos LGBT busca apoio da Coca-Cola - Atlanta Journal-Constitution, 28 de outubro
http://www.ajc.com/news/business/gay-rights-group-seeks-coca-cola-support/nbbQh/
Dê uma força pra All Out
Não aceitamos recursos de governos ou empresas, o que garante que só nossos membros possam influenciar nossas ações. Nossa pequena equipe trabalha pra que cada doação realmente faça a diferença.

A All Out está mobilizando milhões de pessoas para construir um mundo onde ninguém precise sacrificar sua família ou liberdade, segurança ou dignidade, por ser quem é e amar quem ama.
Essa é uma campanha da Purpose Action, organização sem fins lucrativos, registrada na categoria 501(c)(4) da Receita Federal dos Estados Unidos.
Nosso endereço é: 
Purpose Action
115 Fifth Avenue
New York, NY 10003
USA
Copyright © 2013 AllOut.org, All rights reserved.

ALL OUT (OLÍMPIDAS NA RÚSSIA): Envie seu e-mail para o presidente da Coca-Cola - veja como


META: 100.000

90.530 pessoas apoiam essa campanha. Ajude-nos a chegar a 100.000 mensagens enviadas

Os diretores da Coca-Cola estão decidindo se devem ou não se manifestar contra as leis homofóbicas na Rússia. Como principal patrocinadora das Olimpíadas, a empresa vem sofrendo há meses uma pressão crescente.

A Coca-Cola pode dizer que não tem nada a ver com as leis homofóbicas da Rússia. Mas se milhares de nós mandarmos e-mails, eles verão que a imagem divertida e amigável da empresa está ameaçada.

A Coca-Cola pode fazer uma enorme diferença condenando as leis homofóbicas da Rússia - um verdadeiro golpe no presidente Vladimir Putin. Envie agora mesmo um e-mail!

ESCREVA SEU E-MAIL ATRAVÉS DESSE LINK:

https://www.allout.org/pt/actions/coca-cola


Os diretores da Coca-Cola estão decidindo se devem ou não se manifestar contra as leis homofóbicas na Rússia. Como principal patrocinadora dos Jogos Olímpicos, a empresa está sob pressão.

Espera-se que eles deem uma resposta na próxima semana. A Coca-Cola pode dizer que não tem nada a ver com as leis homofóbicas da Rússia. Mas se milhares de nós mandarmos e-mails exigindo uma posição, eles verão que a imagem divertida e amigável da empresa está ameaçada e acabarão se manifestando.

A Coca-Cola está gastando milhões nos Jogos Olímpicos de Sochi – por isso, o presidente russo Vladimir Putin não vai poder ignorar a empresa se ela se posicionar contra as leis homofóbicas. Envie agora mesmo um rápido e-mail para o presidente da Coca-Cola, Muhtar Kent, pedindo que a empresa se manifeste!

https://www.allout.org/pt/coca-cola

Outros patrocinadores olímpicos, como McDonald's e Samsung, estão esperando o pronunciamento da Coca-Cola. Se conseguirmos uma resposta favorável, podemos começar um efeito dominó e fazer com que mais patrocinadores se manifestem.

A Coca-Cola investe pesado na Rússia para além dos Jogos Olímpicos e, portanto, ela tem um grande poder econômico no país. Se a empresa se manifestar, a pressão para que o Comitê Olímpico também assuma uma posição mais firme também vai aumentar. Todos esses esforços somados podem colocar o governo russo contra a parede, exigindo que eles acabem com as leis homofóbicas antes das Olimpíadas.

A Coca-Cola gosta de se posicionar como uma empresa gay friendly. Isso significa que eles estarão abertos aos milhares de e-mails que enviaremos exigindo que eles se manifestem – afinal, a reputação da empresa corre um sério risco. 

Mande agora seu e-mail:
https://www.allout.org/pt/coca-cola

Os esforços da All Out estão dando resultados. Recentemente, 79.500 membros mandaram e-mails para o Comitê Olímpico Internacional. Eles responderam dizendo pela primeira vez que gays, lésbicas, bissexuais e pessoas trans estão protegidas pelo Princípio 6 da Carta Olímpica, o princípio contra a discriminação.

Juntos, conseguimos fazer com que o primeiro-ministro do Reino Unido discutisse as leis homofóbicas em um encontro com o presidente Putin, depois de uma grande mobilização em 34 cidades do mundo todo. E conseguimos reunir 400 mil assinaturas em nossa petição!
Os membros da All Out também estão agindo em outros lugares – estamos pressionando o presidente de Camarões, Paul Biya, para que ele acabe com a violência homofóbica, e pedindo que a Austrália deixe de mandar refugiados para um país onde é ilegal ser gay.

A Coca-Cola precisa se manifestar agora pelo fim das leis homofóbicas na Rússia. 

Envie um e-mail:
https://www.allout.org/pt/coca-cola


Obrigado por apoiar a All Out. Vamos em frente!
Andre, Guillaume, Hayley, Jeremy, Leandro, Marie, Sara, Tile, Wesley e toda a equipe da All Out.

P.S.: Será um grande acontecimento se a Coca-Cola exigir o fim das leis homofóbicas na Rússia. Mas a empresa ainda pode fazer mais: apoiar financeiramente as organizações russas que lutam para combater essas leis e pressionar o Comitê Olímpico para que eles sejam mais severos com a Rússia. Peça uma posição! 

Envie um e-mail: https://www.allout.org/pt/coca-cola



FONTES (em inglês):

Patrocinadores olímpicos estão alertas à lei homofóbica russa – Reuters, 8 de setembro de 2013
http://www.reuters.com/article/2013/09/08/us-olympics-sochi-gay-idUSBRE9870ER20130908

Direitos em jogo na corrida pela liderança olímpica – Human Rights Watch, 13 de agosto de 2013
http://www.hrw.org/news/2013/08/13/rights-stake-olympic-leadership-race

Coca-Cola de olho na Rússia – Sports Business Daily, 9 de setembro de 2013
http://www.sportsbusinessdaily.com/Journal/Issues/2013/09/02/Global-Special-Issue/Coke-Olympics.aspx

Inclusiva como deve ser: Coca-Cola é reconhecida pela HRC como empresa que promove a igualdade
http://www.coca-colacompany.com/press-center/company-articles/as-inclusive-as-our-brands-coke-again-earns-perfect-rating-in-hrcs-corporate-equality-index

A repercussão olímpica da Coca-Cola – The Guardian, 17 de setembro de 2013
http://www.theguardian.com/sustainable-business/coke-olympics-gay-rights

Governo brasileiro cala-se e ratifica atitudes discriminatórias em jogos na Rússia

Brasil cala-se diante de atitudes discriminatórias 
da Rússia nos Jogos de Sochi


30/09/13 - 13:30

POR VITOR ANGELO


O presidente da Rússia, Vladimir Putin, 
recebe a presidente Dilma Rousseff 
durante encontro no Kremlin, 
em Moscou em 14.dez.2012 

Foto por Roberto Stuckert Filho/Presidência da República


O governo brasileiro se calou e ratificou junto com a Rússia o veto a uma referência aos LGBTs que ativistas dos direitos humanos queriam colocar como uma das cláusulas nos Jogos Olímpicos feita pela ONU. Os russos irão sediar as competições de inverno, em fevereiro de 2014, em Sochi, e os jogos já são alvos de polêmicas.

Para quem não sabe, a Rússia tem uma lei que criminaliza quem promove a homossexualidade, isto é, falar a palavra gay é crime lá e gangues de mafiosos e neonazis têm literalmente caçado e torturado homossexuais com a conivência da polícia e do governo Putin. A situação tem criado muita revolta e protestos no mundo civilizado. Muitos atletas (gays e héteros) ameaçam com boicote esta Olimpíadas e existe uma movimentação forte dos grupos dos direitos humanos para proteger atletas LGBTs naquele país durante os jogos. O COI e até a Fifa estão pressionando o presidente Vladimir Putin para que a lei anti-gay, como ficou conhecida mundialmente, seja derrubada.

Esta é uma das formas de cercear esta clara violação dos direitos humanos: a chamada pressão internacional. E ela tentou marcar presença no texto que foi aprovado na última quinta-feira, 26. Esperava-se (países europeus e ONGs LGBTs) que o Brasil, co-autor do texto, pressionasse para que fosse incluído um parágrafo contra a discriminação pela orientação sexual. Mesmo pressionado, o país calou-se. Quem acabou levantando a questão foi a Noruega, mas sem a força necessária de contestação como seria se o aval tivesse partido de nosso país. No fim do debate, acordou-se que uma referência a “todas as formas de discriminação” (que foi incluída no texto) abarcaria os gays.

É verdade que, em alguns poucos e esparsos discursos, o governo de Dilma Rousseff já disse ser contra o preconceito contra orientação sexual. Sabemos que na prática, ela tem vetado sistematicamente políticas afirmativas para os LGBTs. Do projeto Escola Sem Homofobia à propaganda de prevenção contra o HIV-Aids com casais do mesmo sexo, ela é implacável em negar cidadania justa para gays, lésbicas, transexuais e bissexuais. Calar-se diante da situação russa, foi mais uma forma de concordar com políticas discriminatórias que – tanto Rússia, em um grau elevadíssimo como o Executivo e o Legislativo brasileiro em outro patamar – já vem praticando faz anos.

Se a covardia e o despreparo do governo Dilma para as questões dos direitos humanos nos desanima (entidades dos direitos de negros, índios, mulheres continuam insatisfeitos com suas negligências e omissões), existe um movimento de indivíduos (gays e héteros) que questionam o que está acontecendo na Rússia e – pela forma virtual – tentam mostrar sua indignação mandando mensagens ao presidente do comitê olímpico, Thomas Bach.

De qualquer forma, é lamentável o que acontece na Rússia. Um texto superficial aprovado um dia depois que um dos maiores opositores da política anti-gay russa, Alexey Davydov, morreu. O ativista faleceu na quarta-feira, 25, uma grande perda, mas pelo menos foi poupado de tanta obscuridade. Há algo de podre do reino dos czares e o cheiro chegou no nosso país.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, recebe a presidente Dilma Rousseff durante encontro no Kremlin, em Moscou em 14.dez.2012 – Roberto Stuckert Filho/Presidência da República

https://blogay.blogfolha.uol.com.br/2013/09/30/brasil-cala-se-e-ratifica-atitudes-discriminatorias-em-jogos-na-russia/


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


A presidenta do Brasil comete mais uma injustiça contra os LGBT - como se já não bastasse a infeliz declaração sobre o veto ao projeto Escola sem Homofobia, de que o governo não fará propaganda de 'opção sexual' (sic), discurso muito semelhante ao do Putin agora. Em sua visita à Rússia, a presidenta endossa, pelo silêncio absoluto, o que vem sendo feito contra os LGBT da Rússia.

Enquanto Obama, além de outras autoridades europeias, tomou uma posição de contrariedade à campanha homo-transfóbica promovida pelo governo russo, inclusive reunindo-se com ativistas LGBT naquele país, nossa presidenta Dilma Rousseff, que sempre gosta de bancar a defensora dos direitos humanos e posar como porta-voz dos que se sentem violados em sua privacidade (vide discurso dela sobre a espionagem americana durante encontro na ONU recentemente), fez cara de estátua para o sofrimento dos cidadãos LGBT na Rússia, a despeito de toda a polêmica criada pela insistência do COI (Comitê Olímpico Internacional) em manter os Jogos de Inverno em Sochi, quando poderiam tê-los transferido tranquilamente para o Canadá ou outro país que se conformasse aos princípios que o próprio COI estabelece como fundamentais para que um país hospede uma Olimpíada, entre eles o de não-discriminação de grupos ou indivíduos.

Mais uma vez, Dilma Rousseff demonstra sua homo-transfobia internalizada. Ele fica novamente associada aos que odeiam a diversidade no exterior, não bastassem os conchavos com fundamentalistas homo-transfóbicos no Brasil.

Sinto vergonha desse governo.

OLIMPÍADAS NA RÚSSIA: 3 DIAS DE BOICOTE AOS PATROCINADORES


O boicote internacional foi programado para os dias 4, 6 e 7 de oubutbro, porque é quando a tocha olímpica chegará à Rússia. As Olimpíadas de Inverno serão realizadas na cidade de Soche. O protesto deve-se à obstinação do presidente Putin em perseguir as pessoas LGBT, sob o disfarce de uma lei que supostamente proíbe a propaganda gay, sendo considerados infratores quaisquer pessoas que falarem ou agirem fora do padrão heteronormativo e binário de gênero. Depois dessa lei e várias ações e declarações anti-LGBT do governo russo, pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros têm passado diversos constrangimentos, violências e até encarceramento.

O mundo tem se mobilizado contra essas políticas fascistas do governo Putin, mas o Comitê Olìmpico Internacional não aceitou transferir os Jogos para outros país, mesmo sabendo que tal lei coloca em risco a vida de atletas e turistas. E mesmo que turistas e atletas fossem poupados, Olímpiadas não combinam com fascismo e disso a história já foi testemunha. Os europeus mesmo aprenderam sua lição durante a II Guerra Mundial e o mundo assistiu a mesma 'aula' de longe.

Se os patrocinadores pressionassem o Comitê Olímpico Internacional, eles certamente tomariam outra atitude, mas estes também estão apenas visando o frio lucro, exclusivamente, sem qualquer preocupação com o espírito humanista que deveria caracterizar o evento que estão dispostos a apoiar, mas que também está sendo ignorado pelos próprios organizadores.

Por isso, um boicote de três dias foi programado contra os dois principais patrocinadores: Coca-Cola e Mc Donald's. O boicote é internacional e o Brasil já tem o seu grupo incentivador.

Durante o período de 4 a 7 de outubro, não consuma qualquer produto da Coca-Cola Company (Coca, Fanta, Kuat, Del Valle, Sprite, Aquafresh, Tônica Schweppe, Powerade, I9, Burn, Água Mineral Crystal). Na dúvida, peça o que vc já sabe que é do concorrente ou parta para a água mineral Minalba; não tem erro. O boicote também tem a rede Mc Donald's como alvo. Passe longe dos restaurantes da rede. Por três dias, consuma em outro lugar. Eles precisam sentir o impacto financeiro do protesto.

Fica melhor ainda se você escrever uma mensagem de indignação para as duas emrpesas. Veja os endereços:

Coca-Cola:
https://secure.thecoca-colacompany.com/ssldocs/mail/eQuery_product.shtml
(mensagem pelo site)

Mc Donalds: heidi.barker@us.mcd.com (mensagem por e-mail)

Para quem tiver dificuldade em escrever em inglês, segue um modelo de texto (3 parágrafos) que você pode copiar e colar na caixa de texto das páginas de contato com as empresas, Veja abaixo:

PARA O MC DONALD'S - envie um e-mail para heidi.barker@us.mcd.com com o seguinte conteúdo. Não esqueça de colocar seu nome onde está indicado entre parênteses. No começo e no final da carta. Só o nome, sem parênteses, é claro.

PARA A COCA-COLA - copie e cole o texto abaixo, colocando seu nome nos lugares indicados, na caixa de texto desse site:

https://secure.thecoca-colacompany.com/ssldocs/mail/eQuery_product.shtml

Você precisará preencher um formulário. Depois é só colocar o código de confirmação que eles vão mostrar no final da página e clicar em SUBMIT.

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Dear Sir/Madam,

My name is (coloque seu nome aqui). I am from Brazil, a country that will soon host both the Olympic Games and the World Cup, and I'm really embarrassed by the fact that your company is sponsoring the Winter Olympic Games in Russia. Their recent anti-LGBT policies are pure outraging fascim. How come a company that is always selling an image or respect, friendship and happiness, pour out millions of dollars into a country that has violated several human rights, especially now with those anti-LGBT laws put into effect by President Putin?

Shame on you! Your company should be putting pression on the IOC to transfer the Games from Russia to a country where people of all sexualities and genders are treated with all due respect. Canada showed interest in hosting the games in response to the Russian homophobic-transphobic policies.

As you have not taken a clear stand for humanism and for the opressed Russian LGBT community, I am taking part in the international three-day boycott against your products, coinciding with the time when the Olympic torch will be arriving in Russia.

In Brazil, the boycott group page can be found here:
http://www.facebook.com/events/650070678344766/650804684938032/?notif_t=plan_mall_activity

Faithfully,
(escreva seu nome aqui)


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Foi esse texto que eu acabei de enviar para ambos.

NÃO ESQUEÇA DE ACESSAR O GRUPO E TAMBÉM CONFIRMAR SUA PARTICIPAÇÃO. ;)

http://www.facebook.com/events/650070678344766/650804684938032/?notif_t=plan_mall_activity

CONVIDE SEUS AMIGOS E AMIGAS. DIVULGUE ESSE POST.

Olimpíadas na Rússia: Patinador disposto a ser preso

RIO DE JANEIRO - ATUALIZAÇÃO: COMO FOI O EVENTO NESTA SEXTA, DIA 23/08/13. VEJA VOCÊ MESMO/MESMA NO LINK ABAIXO:

https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2013/08/beijaco-e-intervencoes-artisticas-em.html



Patinador gay assumido, Johnny Weir, 
está disposto a ir à Rússia, mesmo sob risco de prisão



Olimpíadas na Rússia:
Patinador disposto a ser preso



Tradução: Sergio Viula
Título adaptado


Gay assumido, o patinador Johnny Weir falou recentemente ao CBS News sobre a possibilidade de competir nos Jogos Olímpicos de Sochi 2014 no meio da legislação e da cultura de violência anti-gay russa.

Weir, que já competiu duas vezes em Olímpiadas anteriores, espera ganhar uma das duas vagas disponíveis para os jogos do próximo ano. Porém, como um atleta internacionalmente assumido, ele corre o risco de violar a ambígua e subjetiva lei anti-gay de "propaganda".

Oficiais russos têm repetidamente declarado que a legislação anti-LGBT permanecerá efetiva para frequentadores e atletas nos Jogos Olímpicos de Sochi 2014.

"Se as Olimpíadas fossem na Arábia Saudita, na Palestina, em Pyongyang, Coreia do Norte, em Marte, eu iria porque foi para isso que eu fui treinado e foi a isso que devotei minha vida," Weir disse ao CBS News.

"Se me custa a prisão," disse Weir, "para que as pessoas prestem atenção e para que as pessoas façam lobby contra essa lei, então estou disposto a passar por isso."

Anteriormente, Weir falou abertamente sobre se opor ao boicote Olímpico, alegando que seria negar esforços de uma vida inteira e carreiras de muitos atletas jovens.



Fonte: 
https://www.huffpost.com/entry/johnny-weir-russia-olympics_n_3749003?ref=topbar

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