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UNA-SUS/UERJ: Curso "Política Nacional de Saúde Integral Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT)"




O curso Política Nacional de Saúde Integral Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), ofertado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UNA-SUS/UERJ), foi organizado para contribuir com os profissionais de saúde, especialmente os trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS), para que realizem suas ações de cuidado, promoção e prevenção da população LGBT com qualidade, de forma equânime, garantindo à população LGBT, acesso à saúde integral.

O curso possui três unidades, que tratam dos temas: Gênero e Sexualidade; Estudo da Política LGBT e seus marcos e o Acolhimento e o Cuidado à População LGBT.

Matrículas podem ser feitas por aqui: http://moodle.uerj.unasus.gov.br/aimoodle/cursos/lgbt/
A partir de 11 de maio a 10 de setembro de 2015.

Carga horária: 45 horas totalmente autoinstrucionais.

Público-alvo: O curso é aberto para todos os profissionais de saúde e demais interessados no tema.

Certificação: Para ser aprovado, o aluno deverá obter o mínimo de 70% de acertos em avaliação somativa. Será possível a realização de até três tentativas, em que será considerada a maior nota atingida. Ao ser aprovado, o aluno receberá seu certificado de conclusão via e-mail cadastrado na plataforma AROUCA, em um período de até duas semanas.

IMPORTANTE: A Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) reconhece o direito de opção por nome social em seus certificados. Para tanto, estamos em processo de revisão de nosso cadastro de pessoas, no intuito de incluir o campo “nome social” em todos os certificados.

Entretanto, não foi possível finalizar esta ação antes do lançamento do curso “Política Nacional de Saúde Integral Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais” (LGBT), que ocorreu no dia 12 de maio. A previsão é de que no segundo semestre de 2015 a opção já esteja possível no ato do cadastro.

Desta forma, para aqueles que desejam ter o seu nome social considerado em seu certificado, siga os passos abaixo:

Caso este seja seu primeiro acesso à Plataforma Arouca, utilize seu nome social no campo “nome” em seu cadastro no CNPS.

Caso tenha realizado cadastro prévio e tenha utilizado seu nome civil, acesse nosso suporte e solicite alteração, caso tenha interesse: https://sistemas.unasus.gov.br/suporte/

Caso já tenha realizado o curso e emitido seu certificado com nome civil e tenha interesse em alterar, solicite a alteração em nosso suporte: https://sistemas.unasus.gov.br/suporte/


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

Durante o jantar de hoje, tive a grata surpresa de ouvir meu marido dizer que está fazendo um curso online oferecido pelo SUS em parceria com a UERJ, a fim de ampliar seus conhecimentos sobre saúde para o segmento LGBT da população. Marcos se graduou em enfermagem e está sempre buscando mais conhecimento sobre sua área.

Decidi dar uma olhada no curso, e ele me mostrou o primeiro módulo, iniciado hoje mesmo. Fiquei super bem impressionado com o nível do conteúdo.

Na verdade, o curso é voltado para os profissionais de saúde, mas seu conteúdo pode ser aproveitado por profissionais de outras áreas, inclusive da educação.

Diante de todas as investidas LGBTfóbicas por parte de fundamentalistas e conservadores nas Casas Legislativas desse país, recomendo muito que profissionais da saúde e da educação, assim como familiares e amigos de pessoas LGBT que se interessem em compreender melhor o que significa diversidade sexual e identidade de gênero se inscrevam. É gratuito e concede certificado.

Se você é lésbica, gay, bissexual, transexual, travesti ou transgênero não binário, os conteúdos podem ser muito úteis e instrutivos. Aproveite.

Só para colocar sal na boca de vocês, meus queridos leitores, apresento um dos vídeos que o curso disponibiliza para reflexão dos alunos a respeito dos papéis de gênero.

O filme é protagonizado por Paulo Betti e Eliane Giardini.

Confiram. ;)



Jean Wyllys: Sobre a não inclusão de gênero e orientação sexual no Plano Nacional de Educação





Tweet da Semana


Sempre costumo dizer que a educação é transformadora. E de fato, é. Ou deveria ser em todos os espaços. A educação proporciona o exercício da (re)invenção de nós mesmos e do mundo à nossa volta, aquilo que a filósofa Hannah Arendt chama de “vida com pensamento”. Uma vida que vai além da mera satisfação de necessidades básicas e da mera repetição de velhos preconceitos.

Ontem a educação de qualidade sofreu um revés. Hoje, em todos os fóruns de educação, discute-se o problema da violência de gênero nas escolas. Um problema que deveria ser combatido, mas que o parlamento determinou que não será. Não será porque, na cabeça de alguns, tratar de "gênero" será uma forma de desconstruir a identidade de gênero de meninos e meninas, para que eles possam escolher, mais velhos, se serão cis ou transgêneros - ou, como pensam estes, se vão querer ser gays ou não. Acreditam que tratar de gênero nas escolas será proibir comemorações de dia dos pais ou das mães. Basta uma rápida pesquisa no youtube por "ideologia de gênero" para entender a razão deste entendimento e os interesses por trás dele.

A escola perde a oportunidade de ultrapassar limites mecanicamente impostos pela sociedade, onde a menina tem que ser educada para cuidar do lar. Onde a agressividade do menino é entendida como parte de sua formação, mesmo que leve à violência escolar. A escola perde a chance de formar alunos prontos à vida em uma sociedade diversa, respeitando as diferenças que existem entre todos nós. Perde a chance, também, de se tornar um ambiente acolhedor, livre do bullying. Nada disto interessa aos que se sentem vitoriosos com a retirada dos pontos que fazem referência à promoção da igualdade de gênero.

Bradam alguns que a família tradicional venceu. Não, meus caros. Quem venceu foi a ignorância, que continuará sendo matéria da grade curricular de nossas escolas já tão castigadas pela falta de recursos. Que ao menos o PNE consiga garantir os 10% do PIB à educação, para que não lamentemos mais dez anos perdidos.

São Paulo: Conferência Livre EDUCAÇÃO - por uma educação sem homofobia



Conferência Livre EDUCAÇÃO


Preparatória à Conferência Municipal de Educação de São Paulo


10 de agosto - 13h30

EIXO 2 " Educação e Diversidade: justiça social, inclusão e direitos humanos"

Venha ajudar a construir uma educação sem homofobia em São Paulo!

Local: UNINOVE - Rua Vergueiro, 235.


Promoção e organização:

Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania

Secretaria de Promoção da Igualdade Racial
Secretaria de Políticas para Mulheres
Secretaria de Pessoas Com Deficiência
Secretaria Municipal de Educação

MEC vai criar plano contra violência e homofobia nas escolas

Ministro Aloizio Mercadante
Foto: José Cruz/Agência Brasil



MEC vai criar plano contra violência e homofobia nas escolas


Por: Cida de Oliveira, Rede Brasil Atual
Publicado em 20/09/2012


O ministro Mercadante (esq.) afirmou que é preciso construir uma cultura de convívio com a pluralidade (Foto: Edson Lopes/Conselho Federal de Psicologia)

São Paulo – O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e o presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Humberto Verona, assinaram hoje (20) um convênio para o estudo da violência e elaboração de um plano para o combate à homofobia nas escolas. A parceria foi firmada durante a cerimônia de abertura da 2º Mostra Nacional de Práticas em Psicologia, em São Paulo. O evento termina no sábado (22).

“Esperamos com esse convênio um trabalho intenso em toda a rede, com trabalho de campo, para o desenvolvimento de políticas para uma escola acolhedora, uma cultura de paz, tolerância, convívio com as diferenças, com a pluralidade sexual, racial, religiosa, que enfrente o preconceito e a discriminação e coloque a escola pública em outro patamar e prepare o país para essa nova era do conhecimento”, disse o ministro.

Mercadante destacou o desafio de colocar a educação, a ciência, a tecnologia e a inovação como eixo estruturante de uma política de inclusão. “E a educação precisa do respaldo intelectual dos psicólogos”, afirmou. Ele lembrou as ações do MEC voltadas à ampliação do atendimento nas creches (o país tem apenas 23% das crianças pequenas matriculadas nesses estabelecimentos) por meio do programa Brasil Carinhoso, e do tempo de permanência na escola dos alunos do ensino fundamental vão requerer o trabalho desses profissionais.

A Mostra Nacional de Práticas em Psicologia é um evento comemorativo dos 50 anos da regulamentação da profissão de psicólogo. Além do ministro Mercadante, estiveram na cerimônia de abertura representantes dos ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, da Saúde e da Secretaria de Direitos Humanos.
Em uma mensagem gravada em vídeo, o ministro Alexandre Padilha, da Saúde, lembrou que o psicólogo, que trabalha para reduzir o sofrimento das pessoas e conhece a mente humana, é cada vez mais necessário em políticas para o setor, onde são previstas a ampliação da oferta de centros de atendimento psicossocial (Caps) e de consultórios de rua.


Kit anti-homofobia

Em maio de 2011, o então ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que kit-antimofobia que estava sendo preparado para combater o preconceito contra homossexuais na escola poderia incluir outros grupos que também são vítimas de discriminação. A sugestão havia sido feita pela Frente Parlamentar em Defesa da Família.

No entanto, após pressão da bancada religiosa, o governo recuou no projeto.

O kit foi elaborado por entidades de defesa dos direitos humanos e da população LGBT a partir do diagnóstico de que falta material adequado e preparo dos professores para tratar do tema. Ele era composto por cadernos de orientação aos docentes e vídeos que abordavam a temática do preconceito, mas foi cancelado depois que a presidenta Dilma Rousseff assistiu a um dos vídeos e não gostou do conteúdo.

Educação para a diversidade de gênero é a principal reivindicação LGBT (Jorna da Câmara Federal)

Educação para a diversidade de gênero é a principal reivindicação LGBT


Movimento quer incluir tema no Plano Nacional de Educação. Segundo estudo da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, quanto mais jovens os estudantes, maior o índice de homofobia




JORNAL DA CÂMARA - DF | GERAL
LGBT
25/11/2011

Maria Neves

A inclusão de conteúdos sobre orientação sexual e diversidade de gênero nos currículos escolares e na formação de professores é a principal reivindicação do movimento LGBT para o Plano Nacional de Educação (PNE - PL 8035/10). A informação é do diretor da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, TRAVESTIS e TRANSEXUAIS(ABGLT), Beto de Jesus, que participou de seminário na quarta-feira na Câmara. Em discussão no Congresso, o PNE estabelece metas para o setor no período de 2011 a 2020.

Beto de Jesus ressaltou que, na versão atual do plano, consta apenas uma estratégia sobre o assunto - a que prevê a adoção de políticas de prevenção da evasão escolar por motivo de preconceito e discriminação em função de orientação sexual.

De acordo com o diretor da ABGLT, todas as metas defendidas pelo movimento foram aprovadas na Conferência Nacional de Educação Básica, tanto em 2008 quanto em 2010. "As demandas não são de gays, de lésbicas, de TRAVESTIS, mas de educadores e educadoras, aprovadas em duas grandes conferências", frisou.

Educação de qualidade - A presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, deputada Manuela d'Ávila (PCdoB-RS), ressaltou que as entidades que representam a população LGTB "dão um salto muito grande quando propõem a inclusão do combate à homofobia no PNE". Na opinião da parlamentar, a educação representa o "principal instrumento para garantir o Brasil diverso, que luta pelo combate às desigualdades".

Representante da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT na Câmara, o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) destacou que o objetivo da população LGBT é discutir a qualidade da educação para todos. "Queremos debater educação de qualidade, que requer melhor formação de professores, salários dignos, mas também um currículo para formação de cidadãos que respeitem a dignidade e a diversidade", sustentou.

Criminalização - Para a pesquisadora do Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero (Anis), Débora Diniz, a criminalização da homofobia representa um instrumento de garantia da igualdade. A especialista destacou ainda que "não há sistema de crença que legitime a homofobia, porque nenhuma religião autoriza o discurso do ódio, muito menos na escola".

Apesar disso, uma pesquisa conduzida por ela mostrou que os livros de ensino religioso utilizados nas escolas apresentam conteúdo homofóbico e discriminatório. Para a pesquisadora, essa é uma questão fundamental que o País deverá enfrentar: o lugar da religião no Estado laico.

Na concepção da especialista, estabeleceu-se no Brasil a ideia de que o "pacto religioso" é anterior ao político, e, por isso, o Estado "não pode botar a mão" em assuntos religiosos. Para ela, no entanto, trata-se de um equívoco. "Se está na escola pública, o Poder Público precisa controlar."
O seminário "Plano Nacional de Educação - mobilização nacional por uma educação sem homofobia" foi promovido pelas comissões de Legislação Participativa; de Direitos Humanos e Minorias; e de Educação e Cultura.

Pesquisa: homofobia é maior em pessoas mais jovens

Segundo a coordenadora de Juventude e Políticas Públicas da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, Miriam Abramovay, o trabalho de conscientização nas escolas deve começar o mais cedo possível, pois quanto mais jovem o aluno mais homofóbico ele se apresenta. Estudo coordenado por ela em 2009 mostrou que, entre estudantes de 11 anos de idade, 48,7% manifestaram preconceito contra homossexuais. Na faixa de 13 a 14 anos, o índice cai para 38,4%.

O mesmo levantamento apontou que os homens são mais homofóbicos que as mulheres. Dos estudantes do sexo masculino pesquisados, 45% disseram que não gostariam de ter colega de classe HOMOSSEXUAL, contra apenas 15% das meninas.

Em trabalho anterior, 55% dos homens ouvidos relataram que não gostariam de ter um vizinho gay. Entre as mulheres, o índice foi de 40%. Um terço dos entrevistados se disse indiferente. "Observamos que, quase sempre, indiferente quer dizer sim, o que torna esses números muito chocantes", explicou. (MN)

Califórnia aprova lei que exige que escolas ensinem história dos LGBTs

Califórnia



Califórnia aprova lei que exige que escolas ensinem história dos LGBTs

O estado da Califórnia aprovou uma lei que torna obrigatório o ensino da história gaynas aulas de estudos sociais nas escolas públicas.

No entanto, os distritos das escolas é que decidirão o que incluir nas aulas e em que matéria o assunto entrará.

A lei foi feita pelo Senador Mark Leno e foi aprovada ontem com 23 votos a favor e14 contra.


Fonte: CENA G
(em 15/04/11)


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Enquanto isso, em terras brasilianas o projeto Escola sem Homofobia e o kit anti-homofobia ficam para depois, graças à própria homofobia e outras fobias dos que manipulam a política nesse país e dos que se deixam manipular.

A notícia que comento acima é de abril, mas agora em 06 de julho de 2011, essa boa nova foi ampliada. 

Veja como:

Lei da Califórnia requer que escolas ensinem História LGBT em todas as séries



A Califórnia não será superada por Nova Iorque no que diz respeito aos homossexuais. Eles tiveram casamento gay diante do Empire State e, ontem, pela primeira vez na nação, a Assembléia da Califórnia aprovou uma lei que requer que as escolas incluam as realizações das pessoas LGBT em todas as aulas de história em todos as séries. O Governador Brown deve assiná-la. O proponente da lei, Mark Leno, disse:

"Não é diferente de instruir alunos sobre o papel de homens afro-americanos como o Dr. Martin Luther King Jr., lutando pelos direitos civis e sendo assassinado por seus esforços de ensinar os alunos sobre gays americanos como Harvey Milk lutando pelos direitos civis de todos os homens e sendo assassinado por seus esforços. Por que negar a todos os alunos o benefício desse conhecimento?"

Para quem estiver preocupado com o ensino de história LGBT no jardim de infância, relaxem e olhem para San Francisco. A cidade adotou esse currículo há quase 20 anos e está funcionando desde 1992.



Boa hora para rever o maravilhoso documentário de Debra Chasnoff's - 
It's Elementary (É Elementar) de 1996.

Fonte: Band of Thebes
https://bandofthebes.typepad.com/bandofthebes/2011/07/california-law-requires-schools-to-teach-lgbt-history-to-all-grades.html

Videos do MEC para combater a homofobia nas escolas. Veja por quê os homofóbicos estão perdendo o sono.




Esses vídeos fazem parte do projeto Escola sem Homofobia: belos e devidamente aprovados pelas principais organizações voltadas para a educação, a psicologia, o bem-estar da criança e do adolescente. Veja você mesmo e perceba que só podem dizer as tolices que dizem certos parlamentares evangélicos aqueles que, como eles, nutrem uma visão fanática e alienada do mundo e do ser humano.



Torpedo
https://youtu.be/EycLuTDWq_0

Encontrando Bianca
https://youtu.be/gr0nns-XPv4

Probabilidade:

https://youtu.be/tKFzCaD7L1U

Medo de quê?

https://youtu.be/SxpKiopAnF0

Boneca Na Mochila
https://youtu.be/xGRTa7BPWy4



UNESCO DIZ QUE VÍDEOS DO MEC
SÃO ''ADEQUADOS''


Para órgão da ONU, material atende às faixas etárias a que se destina

DE BRASÍLIA

A Unesco (órgão da ONU para a Educação) considerou "adequados" os três vídeos do chamado kit anti-homofobia do Ministério da Educação, que vem provocando polêmica no Congresso.

"O material do projeto Escola sem Homofobia está adequado às faixas etárias e de desenvolvimento afetivo-cognitivo a que se destina", afirma a organização.

O parecer foi elaborado com base em um documento chamado Orientação Técnica Internacional sobre Educação em Sexualidade, publicado pela Unesco em 2010.

Os vídeos foram enviados para a avaliação pela ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais).

Trata-se de versão preliminar do material, divulgada para a imprensa em janeiro, e que foi parar na internet. A versão final está pronta, nas mãos do MEC, desde ontem.

"Estamos certos de que esse material contribuirá para a redução do estigma e da discriminação, bem como para promover uma escola mais equânime e de qualidade", afirma a organização.

O documento foi assinado pelo representante da Unesco no Brasil, Vincent Defourny, em fevereiro.

Para o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), o parecer da Unesco é uma prova de que os vídeos não trazem cenas inadequadas. "Não há nada de pornográfico."

Segundo ele, os vídeos seriam aplicados inicialmente apenas para um universo de 6.000 escolas, locais onde foi feita uma pesquisa e foi identificado comportamento homofóbico entre os alunos.

Ele também lembrou que os vídeos poderão ser aplicados apenas com a supervisão de professores.

Fonte: Folha de São Paulo (SP)

Diversidade Sexual e de Gênero na Educação Infantil

Fonte original do texto abaixo:
https://gyblogs.blogspot.com/2011/01/possibilidades-didatico-pedagogicas.html


Possibilidades didático-pedagógicas para um ensino da questão da diversidade sexual e de gênero na educação infantil.






Como abordar a questão da diversidade sexual e de gênero na educação infantil? Qual a melhor forma de introduzir conceitos como sexo, gênero e diversidade na educação infantil? Pais e professores indagam qual seria a melhor forma de fazê-lo e a adequadação à faixa etária. Essas e outras perguntas, de igual relevância, fazem parte dos novos dilemas do professor moderno.

Crianças e adolescentes têm acesso cada vez mais rápido às questões sexuais como: relações sexuais, reprodução, gravidez na adolescência, HIV, doenças sexualmente transmissíveis e violência sexual contra vulneráveis. Também se faz necessário abordar a diversidade de gêneros, a homofobia, o sexismo e demais assuntos que exigem extrema cautela quando trabalhados.

Com o desenvolvimento humano e a necessidade de reeducação sexual, é necessário um novo olhar para as ferramentas intermediárias do processo de ensino, abordagem e aprendizagem relativos à diversidade sexual e de gênero. Fantasiar e tentar abordar o assunto através de contos clássicos e mitos não mais ensinam, sequer educam e muito menos previnem. O conteúdo precisa trabalhado de forma realista, porém adequada à idade.
Na educação infantil, inicialmente, devem ser trabalhadas as questões básicas como: sexo e diferenciação de gênero.

No livro “Gênero, Sexualidade e Educação”, Guacira Lopes Louro chama atenção para as possibilidades de educação sexual com especial atenção às diferentes posições do sujeito e de identidades na modernidade, frisando principalmente as mudanças na relação homem-mulher, nas relações étnicas, classistas, sexuais e políticas.

O professor deverá abolir do seu discurso qualquer resquício de sexismo, racismo ou etnocentrismo. É imprescindível que o professor de educação infantil esteja consciente das
etapas da sexualidade infantil, despindo-se de preconceitos e entendendo que a criança vê a sexualidade de forma diferente do adulto.
É necessário que o professor saiba da necessidade de dar a nomenclatura certa aos órgãos sexuais, com naturalidade, desde a mais tenra idade.

Como se abordar essas questões de forma multidisciplinar?

Esclarecer que a sexualidade faz parte da vida do ser humano e que se deve falar sobre ela, trabalhando a comunicação e expressão nas atividades de roda da conversa.

Dar abertura aos alunos para que perguntem, uma vez que a sexualidade diz respeito ao corpo e a emoção dos seres humanos, desenvolvendo também a comunicação e expressão.

Divulgar que a sexualidade tem a ver com identidade e gênero, sexo e reações do corpo humano a estímulos físicos, trabalhando classificação, seriação e iniciação às ciências.

Entender que a criança é sexual desde o momento em que nasce e tratar com naturalidade o autodescobrimento, abordando também a questão da privacidade e respeito ao corpo, sabendo que a criança não vê o sexo com a mente de um adulto, trabalhando iniciação às ciências, interação social e comunicação e expressão.

Responder, de forma clara e direta as perguntas das crianças, quando elas manifestarem a curiosidade sexual trabalhando, também à iniciação às ciências, interação social e comunicação e expressão.

O professor deve ter ciência que a sexualidade está diretamente ligada com a auto-estima do aluno e, dessa forma, além de usar as palavras e termos adequados, jamais deverá referir-se ao sexo e a diversidade de gêneros como algo sujo ou pecaminoso.

Formas de se trabalhar diversidade sexual e de gênero na educação infantil, através do uso de materiais educativos:

Livros infanto-juvenis: existem, na literatura infantil, ótimos livros, como: “O Menino Que Brincava de Ser”, que conta a história de Dudu, o menino que gostava de se fantasiar de menina e introduz o tema dos papéis sexuais, trabalhando comunicação e expressão e artes.

Vídeos educativos: A série da TV Escola “Direitos do Coração” que é a história de uma família que sofre por causa do alcoolismo, desemprego, só a mãe sustenta a casa e trabalha essa questão de forma lúdica trabalhando interação social.

Jogos, bonecas e bonecos: Família colchete, que são nove bonecos em cada kit, com os respectivos órgãos sexuais, representando pais, avós, casal de jovens, adolescentes e dois bebês. Todos os bonecos possuem colchetes em lugares estratégicos para simular cenas como pegar na mão ou beijar, da Semina Produtos Educativos, trabalhando vários conteúdos.

Pensar em um ensino totalmente livre, sobre a questão da diversidade sexual e de gênero, no ensino infantil, é ilusório, pois exige uma nova postura do professor e o envolvimento dos pais e responsáveis no processo, mas usar recursos didáticos é mais que possível!

Família Colchete Negra.
Família Colchete Branca.




Projeto desenvolvido no CMEI Lar da Criança, no período entre agosto e setembro de 2010, com a turma Maternal I B, turno matutino, sob a responsabilidade da professora Maria da Graça Valndencleide Almeida.


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REFERÊNCIAS


LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e educação. Uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis: Vozes, 2010.


MARTINS, G.C. O menino que brincava de ser. DCL Difusão Cultural.


*Ensaio que escrevi ao saber sobre a existência Projeto Papo Cabeça da UFRJ:

http://www.papocabeca.me.ufrj.br

Encontro de Homoafetivos



Foi uma experiência enriquecedora ouvir meus companheiros de palestra e, por fim, compartilhar a minha. Alexei e Adriano arrasaram! Sem querer, minha palestra acabou "flertando" com a deles em muitos pontos e o resultado foi um Encontro de Homoafetivos para falar sobre o projeto Educação Sem Homofobia, bem como sobre os direitos civis dos homossexuais, que fechou redondo.

O público foi maior que ano passado e composto de gente muito inteligente. Tive o privilégio de encontrar com Andrews, um amigo que tem seguido esse blog e participado do Formspring fielmente. Só posso agradecer. Algumas das pessoas que assistiram a palestra já haviam comprado o livro pela internet, e esse foi o caso dele. Foi bom saber que curtiram a leitura e poder ouvir isso ao vivo. :)

Foi um prazer ver a qualidade de tudo o que foi discutido e a qualidade da audiência! Parabéns a todos e todas!!!

A palestra foi sábado, mas para completar a alegria, o jornal local Diário de Borborema publicou uma matéria de capa sobre a homossexualidade e o casamento civil. Fiquei feliz que minha contribuição para a matéria tenha sido publicada fielmente, exceto pelo uso do sufixo "ismo" em vez de homossexualidade. Sei que foi a influência do hábito de se referir assim ao amor entre iguais. Isso não ofuscou o brilho do restante. Eles colocaram até foto minha com o livro. Fiquei bobo... kkk

UNAIDS aprova o material do Projeto Escola Sem Homofobia




Ao Senhor
Toni Reis
Presidente da ABGLT
Curitiba-PR


Assunto: Moção de Apoio ao material do Projeto Escola Sem Homofobia


Prezado Senhor,

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS – UNAIDS tomou conhecimento e analisou o material educativo destinado ao Projeto Escola Sem Homofobia, financiado pelo MEC e executado em parceria com a Pathfinder do Brasil; a Reprolatina – Soluções Inovadoras em Saúde Sexual e Reprodutiva; e a ECOS – Centro de Estudos e Comunicação em Sexualidade e Reprodução Humana (São Paulo); com o apoio da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT); da Global Aliance for LGBT Education – GALE; e da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT do Congresso Nacional.

O UNAIDS tem entre suas prioridades estabelecidas na matriz de resultados 2009-2011, o apoio à populações vulneráveis, com destaque para a população LGBT no que tange à redução da transmissão do HIV entre homens que se relacionam sexualmente com outros homens e população de pessoas trans (travestis e transexuais). A homo-lesbo-transfobia tem sido um fator agravante das vulnerabilidades da população LGBT para o HIV, a Aids e outras DST.

A educação e a escola devem ser, em sua condição primeira, inclusivas e, portanto, comprometidas com a diversidade como referência para a qualidade do processo de formação do indivíduo. O acesso à educação é um direito previsto pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, documento estabelecido no final da década de 40.

Ao considerar a relevância do enfrentamento da homo-lesbo-transfobia no espaço escolar, assim como a legitimidade e expertise das instituições promotoras de políticas públicas em defesa da cidadania LGBT, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS, o UNAIDS, torna público seu apoio ao material elaborado para educação sexual no âmbito do Projeto Escola Sem Homofobia e reitera seu parecer favorável à distribuição e implementação continuada das atividades previstas no material educativo em referência.

Nos colocamos à disposição para quaisquer esclarecimentos de dúvidas que se fizerem necessários.


Atenciosamente,

Pedro Chequer
Coordenador do UNAIDS no Brasil

UNESCO aprova os materiais educativos do projeto Escola Sem Homofobia.



“Estamos certos de que este material contribuirá para a redução do estigma e discriminação, bem como para promover uma escola mais equânime e de qualidade. Parabenizamos a ABGLT, o Ministério da Educação e as instituições envolvidas pela iniciativa.” Com estas palavras termina o ofício (abaixo e anexo) enviado à ABGLT pelo representante da UNESCO no Brasil, Vincent Defourny.

O ofício também afirma que “Os materiais do Projeto Escola Sem Homofobia estão adequados às faixas etárias e de desenvolvimento afetivo-cognitivo a que se destinam, de acordo com a Orientação Técnica Internacional sobre Educação em Sexualidade, publicada pela UNESCO em 2010.”

Este é o segundo posicionamento de uma entidade com competência técnica para avaliar os materiais educativos do projeto Escola Sem Homofobia. A primeira foi do Conselho Federal de Psicologia.

Toni Reis
Presidente da ABGLT


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Representação da UNESCO no Brasil


Ao Senhor
Toni Reis


Presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
Av. Mal. Floriano Peixoto, 366 – Conjunto 43
80010-130 Curitiba / PR


Brasília, 10 de fevereiro de 2011


BRA/REP/2011-0107


Prezado Senhor Toni Reis,


A UNESCO recebeu, por meio do ofício PR 301/2010 da ABGLT, os materiais educativos do projeto Escola sem Homofobia. Agradecemos o envio dos materiais e abaixo mencionamos as considerações elaboradas pela nossa área técnica sobre os mesmos:

1. Os materiais do Projeto Escola Sem Homofobia estão adequados às faixas etárias e de desenvolvimento afetivo-cognitivo a que se destinam, de acordo com a Orientação Técnica Internacional sobre Educação em Sexualidade, publicada pela UNESCO em 2010.

2. Os materiais utilizam a mesma abordagem teórico-vivencial que é adotada pelo Programa Brasileiro Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE), coordenado pelos Ministérios da Educação e da Saúde, com apoio das Nações Unidas no Brasil.

3. Tanto o projeto SPE quanto o Escola Sem Homofobia se utilizam do espaço privilegiado da escola para articulação de políticas públicas voltadas para adolescentes e jovens, fortalecendo e valorizando práticas do campo da promoção dos direitos sexuais e reprodutivos destas faixas etárias.

4. Neste sentido, entendemos que este conjunto de materiais foi concebido como uma ferramenta para incentivar, desencadear e alimentar processos de formação continuada de profissionais de educação, tomando-se como referência as experiências que já vêm sendo implementadas no país de enfrentamento ao sofrimento de adolescentes lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e transgêneros.

Quanto ao apoio institucional solicitado, informamos que a UNESCO tem como diretriz da área de Comunicação e Informação incluir sua logomarca apenas em materiais produzidas em Edições UNESCO ou materiais produzidos no âmbito dos nossos acordos de cooperação técnica. Não é o caso dos materiais analisados e, portanto, não podemos ceder a utilização de nossa logomarca a esses materiais.

Aproveitamos para informar que podemos colaborar em futuras iniciativas dessa natureza, elaborando juntos novos materiais educativos. Nossa equipe técnica coloca-se a disposição para discutir possibilidades de cooperação futura.

Estamos certos de que este material contribuirá para a redução do estigma e discriminação, bem como para promover uma escola mais equânime e de qualidade. Parabenizamos a ABGLT, o Ministério da Educação e as instituições envolvidas pela iniciativa.


Atenciosamente


Vincent Defourny
Representante da UNESCO no Brasil

Ensino Religioso e Propagação de Preconceitos


📚 Ensino Religioso nas Escolas Públicas: Quando a Homofobia Vira Dever de Casa

Uma pesquisa da Universidade de Brasília (UnB) escancarou uma ferida que muita gente finge não ver: a homofobia, o preconceito religioso e o desrespeito à diversidade estão sendo ensinados como se fossem lição de moral em escolas públicas de todo o país.

O estudo, apresentado no livro Laicidade: O Ensino Religioso no Brasil, analisou os 25 livros de ensino religioso mais utilizados no ensino fundamental. O resultado? Um retrato preocupante da educação brasileira, onde o que deveria ser espaço de aprendizado e inclusão virou campo fértil para intolerância e discriminação.

Homofobia disfarçada de conteúdo pedagógico

As expressões usadas para se referir a pessoas LGBTQIA+ nos livros analisados são chocantes:

“Desvio moral”, “doença física ou psicológica”, “conflitos profundos”, “o homossexualismo não se revela natural”.

Sim, essas são frases que constam nos materiais didáticos usados por milhares de crianças e adolescentes em escolas públicas brasileiras.

Em um dos livros, um exercício com a imagem da bandeira arco-íris termina com a pergunta:

“Se isso (a homossexualidade) se tornasse regra, como a humanidade iria se perpetuar?”

Além de absurdamente ignorante, esse tipo de “conteúdo” reforça o medo, a vergonha e o isolamento que muitos estudantes LGBTQIA+ enfrentam todos os dias em ambiente escolar.

Ateus também são alvos

A intolerância não para por aí. Pessoas sem religião também são retratadas de forma pejorativa. O estudo denuncia que alguns livros chegam a associar o ateísmo ao nazismo, como se a ausência de crença automaticamente levasse ao extremismo ou à violência.

“É sugerida uma associação de que um ateu tenderia a ter comportamentos violentos e ameaçadores”, explica a pesquisadora Débora Diniz, uma das autoras do estudo.

Religiões que “não valem a pena” ensinar?

A pesquisa revelou ainda um desequilíbrio escandaloso na representatividade religiosa:

  • A imagem de Jesus Cristo aparece 80 vezes mais que a de qualquer liderança indígena;

  • O budismo, o islamismo e outras tradições recebem espaço quase nulo;

  • As religiões de matriz africana são tratadas como “tradições” folclóricas e aparecem em apenas 30 citações, contra 609 referências ao cristianismo.

O Estado é laico... mas quem fiscaliza?

Apesar da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) garantir a liberdade de crença e o respeito à diversidade religiosa, o que vemos na prática é uma imposição do cristianismo em sala de aula, com total ausência de fiscalização por parte do Estado.

“Há uma clara confusão entre o ensino religioso e a educação cristã”, alerta Débora Diniz.
“Não há qualquer tipo de controle. O resultado é a má formação dos alunos”, completa a psicóloga Tatiana Lionço, também autora do estudo.

Por que isso importa?

Porque crianças LGBTQIA+ não devem crescer acreditando que são um erro da natureza.
Porque alunos de religiões de matriz africana não precisam se sentir invisíveis ou errados.
Porque o Estado brasileiro é, sim, laico — e precisa se comportar como tal.

A escola deve ser espaço de aprendizado, de acolhimento, de estímulo ao pensamento crítico — não um púlpito disfarçado que propaga exclusão e ignorância.


📢 Vamos continuar falando sobre isso.
Vamos continuar denunciando.
Vamos continuar fora do armário — e dentro das escolas, com orgulho.

#EducaçãoLaica #LGBTQIAnaEscola #ForaDoArmário #EnsinoReligioso #DireitosHumanos


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Minha gente, ensino religioso não combina com Estado Laico. Se ainda fosse para estudar a fenomenologia da religião, talvez ainda pudesse ter alguma utilidade para a formação de uma consciência crítica entre os alunos, mas o ensino religioso presta-se apenas à pregação do cristianismo neste país.

Eu mesmo já fui professor de educação religiosa numa escola particular, na qual uma diretoria evangélica pretendia "evangelizar" alunos e famílias através do ensino religioso. De início eu fazia exatamente isso. Utilizava material da Sociedade Bíblica do Brasil e lecionava de 5a a 8a série com ele. No ensino médio, eu mesmo produzia as apostilas com temas diversificados, mas sempre com uma perspectiva evangélica.

Quando eu comecei perceber as falácias que estava perpetuando em nome de um mito, decidi mudar de direção. Não pregava nem uma coisa nem outra mais. Apenas provocava questionamentos sobre direitos humanos; ética; diversidade racial, religiosa e sexual; etc. Meus alunos mesmo notaram uma diferença enorme como que saindo da radicalidade para a flexibilidade, do evangelismo para a discussão, do dogmatismo para o questionamento.

Infelizmente, eu fui uma exceção, mas logo depois pedi demissão. Estava saindo do armário e prestes a dar entrevistas à mídia. Não haveria espaço numa escola tão intransigente para um professor gay assumido e ateu. Talvez ainda haja outros poucos que tenham uma mentalidade mais aberta por aí, mas a maioria desses "educadores" religiosos estará a serviço do dogma e do preconceito até o fim de seus dias, caso o governo não tome providências para fiscalizar isso.

Vale ressaltar que não precisamos esperar pelo governo. Podemos como alunos ou responsáveis pelos alunos manifestar-nos contra esse tipo de coisa assim que ela ocorrer em sala de aula ou em quaisquer dependências da escola.

Compartilho um caso pessoal aqui:


Meus filhos estudam numa escola onde um professor espalhava homofobia em sala de aula através de piadinhas e comentários de mau gosto sobre alunos gays do colégio. Certa vez, ele foi tão agressivo em seus comentários, tão discriminatório, que um menino gay na turma baixou a cabeça sobre os braços em cima da mesa e fingiu dormir todo o restante da aula.

Minha filha, que estava presente e ouvia tudo aquilo, tomou a palavra e enfrentou o professor dizendo que ele não podia falar assim dos homossexuais, que seu comportamento era preconceituoso, e que como professor ele não podia agir assim. Ele desconversou e mudou de assunto.

Quando ela me contou isso em casa, eu decidi tomar uma atitude imediatamente. Entrei em contato com o MEC em Brasília por e-mail, relatando toda a situação detalhadamente. Eles me ligaram pouco tempo depois para obter mais informações e comunicaram-me que haviam enviado o caso para a Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro, a qual tomaria as devidas providências, pois esse tipo de atitude era inaceitável da parte de um professor. Fiquei satisfeito com atendimento e com as providências. O tal professor foi chamado e deve ter sido advertido de forma muito séria, porque depois disso ele nunca mais abriu a boca para discriminar ou estimular a discriminação contra os homossexuais na escola.

É esse tipo de atitude que TODO e QUALQUER cidadão consciente, gay ou não, precisa ter!!! Fique esperto! Não durma no ponto. Isso é uma questão de direito fundamental do ser humano.

E mais uma vez: Não vote em candidatos comprometidos com agendas religiosas. Cuidado com essa gente cujo lema é "deus, país e família" ou similares. Estes são geralmente fundamentalistas a serviço do dogma.

4º Universidade Fora do Armário tem atividades na capital e interior da Bahia



🌈 Universidade Fora do Armário (UFA): Educação como espaço de resistência e cidadania LGBTQIA+ 🏳️‍🌈


Desde 2007, o Universidade Fora do Armário (UFA) vem ocupando um dos espaços mais importantes na luta pelos direitos da comunidade LGBTQIA+: o espaço acadêmico.

Criado com o objetivo de levar o debate sobre diversidade sexual e cidadania para dentro das universidades, o UFA acredita que a educação é uma ferramenta essencial no combate a todas as formas de opressão.

💡 Falar sobre as múltiplas formas de viver as sexualidades em uma sociedade ainda atravessada por valores machistas, heteronormativos e excludentes não é tarefa simples. Mas é necessário. E urgente.

🎓 Para isso, o UFA propõe seminários, debates e ações formativas que enfrentam os silêncios, promovem a visibilidade e constroem pontes entre o conhecimento, a militância e os direitos humanos.

🚨 Em 2010, o seminário chega à sua quarta edição com um grande desafio: ampliar e interiorizar o alcance do projeto. Ou seja, sair dos grandes centros e levar os debates para outras regiões da Bahia.

🗓️ Confira a programação de 2010:

📍 De 30 de agosto a 03 de setembro – UFA NO INTERIOR
Atividades em:
• UNEB
• UFRB
• UESC
• UEFS
• UESB

📍 De 08 a 11 de setembro – UFA EM SALVADOR
Atividades em:
• UCSAL
• UNIME
• Faculdade da Cidade
• UNIJORGE
• UNEB
• UFBA

💬 Nesta edição, o foco é pensar os rumos das políticas LGBTQIA+ dentro das universidades — com diálogo aberto entre movimento social, instituições públicas e privadas, e todes que acreditam na construção de um futuro mais justo, equânime e plural.

📣 Porque fora do armário a gente educa, resiste e transforma!

#UniversidadeForaDoArmário #UFA2010 #EducaçãoTransformadora #DireitosLGBTQIA #DiversidadeNaUniversidade #ForaDoArmário

USP: Jornal será investigado por incitar ataque a gay



Quando o “humor” vira incentivo ao ódio: jornal estudantil da USP é investigado por incitar agressões contra gays


Publicado em 26/04/2010


Mais um caso escancara os limites entre a liberdade de expressão e o discurso de ódio: um jornal universitário da Faculdade de Farmácia da USP, intitulado O Parasita, está sendo investigado pela Polícia Civil de São Paulo por incitação à violência contra pessoas LGBTQIA+.

O motivo? Uma "piada" publicada na edição mais recente do jornal que dizia o seguinte:

“... jogue merda em um viado, que você receberá, totalmente grátis, um convite de luxo para a Festa Brega 2010.”

Sim, você leu certo. Em pleno ambiente universitário — que deveria ser um espaço de reflexão crítica, respeito à diversidade e promoção dos direitos humanos — uma publicação estudantil estimula agressão contra gays como forma de “ganhar brinde”.

Diante da repercussão, os editores (anonimamente, como é de praxe em covardias desse tipo) enviaram um e-mail aos alunos pedindo desculpas pelo “exagero”, dizendo que sua intenção era apenas “fazer humor”.

Mas quando o humor se torna uma ferramenta de humilhação e violência, ele deixa de ser humor. Torna-se crime.

A Polícia Civil já abriu investigação para identificar os responsáveis pela publicação. Caso sejam localizados, os envolvidos podem ser presos. Paralelamente, uma comissão da Secretaria da Justiça irá apurar se houve homofobia — o que pode acarretar penalidades legais como a aplicação de multa.

Este caso nos lembra que a homofobia não acontece apenas em ambientes religiosos ou conservadores. Ela também se disfarça de “brincadeira” nos corredores de universidades públicas, entre jovens que deveriam ser a vanguarda do respeito e da inclusão.

Ninguém está acima da lei. E nenhuma forma de preconceito pode ser naturalizada em nome do humor.

Fica o alerta: o que começa com “piada” pode terminar em agressão. E quem cala, consente. Que a USP — e todas as instituições de ensino — sejam espaços onde nenhuma orientação sexual ou identidade de gênero seja motivo de ódio, mas sim de respeito e convivência.

🌈 Fora do Armário
Por um mundo onde o amor seja motivo de orgulho — nunca de vergonha ou violência.

PRIMEIRA ESCOLA GAY DO BRASIL


Campinas terá 1ª escola do Brasil voltada para público gay



Rose Mary de Souza
Direto de Campinas



A primeira escola voltada para o público gay do Brasil será instalada em Campinas, no interior de São Paulo, e deve entrar em operação em janeiro de 2010. A nova Escola Jovem LGTB (Lésbicas, Gays, Transexuais e Bissexuais) oferecerá aulas de Expressão Literária, Expressão Cênica e Expressão Artística, além de um curso para formação de drag queens.

A grade curricular engloba tópicos artísticos como dança, música, TV, cinema, teatro e criação de revistas. O objetivo da instituição é fazer circular pelo Estado de São Paulo o material produzido pelos alunos - entre eles, CDs, DVDs, livros, revistas, peças de teatro e espetáculos de drag queens.

A unidade escolar surgiu a partir de um convênio entre a ONG E-Jovem, o governo do Estado de São Paulo e o Ministério da Cultura. Os cursos técnicos são gratuitos e têm duração de três anos.

As inscrições serão abertas em janeiro, ainda sem data prevista. Serão aceitOs prioritariamente interessados com idade entre 12 a 18 anos. Outras faixas de idade serão aceitas se houverem vagas. As inscrições também estão abertas ao público heterossexual.

As aulas terão início em março e, a princípio, devem ser criadas três turmas com 20 alunos cada.

De acordo com Deco Ribeiro, diretor da Escola Jovem LGTB, o contrato de convênio, com validade de três anos, foi assinado no último dia 16 de dezembro. Ainda não há um local definitivo para a sua instalação. "Estamos em uma corrida para acertar tudo até o início das atividades", disse.

Segundo ele, a unidade em Campinas é a primeira do gênero no Brasil e a segunda na América Latina. Nos Estados Unidos existem várias unidades. Ribeiro disse que a intenção também é a de combater a homofobia e colocar em discussão a temática da população gay que, em geral, não é veiculada em currículos de estabelecimentos de ensino tradicional. "Sabemos que muitos alunos deixam de estudar por puro preconceito." Sendo assim, diz ele, a escola dará um suporte no sentido de auto-aceitação do individuo através de cursos voltados às artes. "Os mais conservadores estão de cabelos em pé, já recebemos muitas mensagens nesse sentido como também muitos incentivos de pessoas querendo lecionar ou serem voluntárias. Acho que vai ser muito bom", completou.

Os interessados podem entrar em contato com a direção da escola pelo endereço eletrônico escola@e-jovem.com.



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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO




Considero a ação interessantíssima. Sou favorável a toda e qualquer inciativa que beneficie a população GLBT, especialmente os mais jovens e os idosos GLBT. Só não podemos cair na armadilha de pensar que o problema da homofobia na educação acaba através da criação de escolas especiais para homossexuais. TODA e QUALQUER escola precisa aprender a receber e educar os GLBT que procurarem os seus serviços.

Se até mesmo as crianças com necessidades especiais estão sendo inseridas em turmas convencionais, por que deveríamos fazer o movimento inverso no que diz respeito aos GLBT que não são pessoas com necessidades especiais, mas simplesmente PESSOAS? Acredito que suas necessidades, aspirações, idéias, etc, devem ser naturalmente abordadas como as de qualquer outra pessoa. E isso pode enriquecer até mesmo aqueles que não são GLBT e que participam do processo.

Contudo, acredito que uma escola voltada para o público GLBT tem seus méritos. Os GLBT ficarão mais à vontade para discutirem seus assuntos, aprenderem uns com os outros sobre as dinâmicas da vida, poderão ser educados para uma cidadania plena e para batalhar por uma sociedade livre de homofobia, etc. Contudo, as escolas convencionais (públicas ou privadas) deveriam ser igualmente capazes de fazerem isso. Se não o são, isso atesta contra a competência pedagógica e social destas mesmas escolas.

Desejo sucesso ao trabalhadores que tiveram a heróica coragem de dar início a esse projeto. Parabéns pelo empenho!!!

Aos GLBT interessados, eis aí o e-mail da escola. Entrem em contato e esclareçam suas dúvidas. :)

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