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Senado Americano aprovou hoje o fim da política "Não Pergunte, não diga" nas Forças Armadas

Senado dos EUA aprova fim de política contra gays nas forças armadas


Foto: Internet



18/12/2010 - 19:09 | Pedro Aguiar | Redação do Opera Mundi



O Senado dos Estados Unidos aprovou neste sábado (18/12) o fim da política de exclusão de homossexuais assumidos das forças armadas do país, confirmando a decisão tomada pela Câmara dos Representantes (deputados) na quinta-feira (16/12).

A derrubada da norma conhecida como Don't Ask, Don't Tell, (não pergunte, não conte) teve o voto de 65 senadores a favor e 31 contrários. Em setembro, o mesmo senado tinha mantido a norma, por 56 votos a favor e 43 contra.

Com a decisão de hoje, os EUA dão início a um processo que deve suspender a proibição de que gays assumidos sejam militares, instituída em 1993 - sob o governo Bill Clinton, do mesmo partido do atual presidente, Barack Obama.

Segundo o jornal norte-americano The Washington Post, Obama deve sancionar o fim da norma já na próxima semana, embora a mudança não tenha efeito imediato. A legislação diz que o presidente e seus principais assessores militares devem certificar que o fim da proibição não prejudicará as tropas em combate. Depois disso, ainda há um prazo de 60 dias de espera para os militares.

"É hora de encerrar este capítulo da nossa história", disse Obama em um comunicado. "É hora de reconhecer que o sacrifício de valor e integridade não é definido pela orientação sexual, nem pela raça, sexo, religião ou credo".

O projeto de acabar com o Don't Ask, Don't Tell foi apresentado pelo senador independente (ex-democrata) Joe Lieberman. A aprovação na câmara, há dois dias, teve 250 votos favoráveis e 175 contrários.

Na ocasião, o presidente Obama parabenizou a decisão da câmara e assegurou que o processo "permitirá uma abolição responsável e sem problemas" da lei atual, de modo que "se mantenha a ordem e a disciplina em nossas fileiras".

Revés

Em outubro, a lei foi derrubada brevemente, e o Pentágono chegou a anunciar pela primeira vez que estava aceitando recrutas declaradamente homossexuais. O porta-voz do Pentágono, Geoff Morrell, disse que o secretário de Defesa, Robert Gates, está muito satisfeito com a decisão e encoraja o Senado a aprová-la antes do recesso do congresso.

A aprovação da medida permitirá que o Pentágono inicie um plano cuidadoso e "responsável" para a aplicação do que seria a nova política, "em vez de arriscar uma mudança abrupta como resultado de uma sentença dos tribunais", explicou Morrell.

A anulação dessa medida encontrava mais resistência entre os senadores do que entre os deputados. Na semana anterior, o Senado tinha optado por adiar a análise de um amplo projeto sobre verbas para o Pentágono que incluía a anulação dessa lei, pela segunda vez no ano. Para que haja discussão em plenário, são necessários pelo menos 60 votos prévios.

De acordo com o jornal, a mudança pode levar as forças armadas a reconhecer sua orientação sexual sem medo de ser expulsos. Mais de 13,5 mil militares já foram exonerados com base na lei de 1993.

Pesquisa interna do Pentágono indica que as tropas estão OK com militares gays



O Estudo do Pentágono: Como a Maioria das Tropas Apoia a Inclusão de Gays nas Forças Armadas

Em 2010, o Pentágono conduziu um estudo interno que trouxe à tona novas perspectivas sobre a política do "Não Pergunte, Não Diga" (Don’t Ask, Don’t Tell - DADT), que por anos impôs restrições à participação de soldados gays e lésbicas nas Forças Armadas dos Estados Unidos. A pesquisa revelou uma mudança significativa nas atitudes dos militares e suas famílias em relação à presença de pessoas LGBT+ nos militares. As conclusões desse estudo foram fundamentais para a eventual revogação da política e para a inclusão plena da comunidade LGBTQIA+ nas forças armadas.

O Estudo: Uma Perspectiva Abrangente

Encomendado pelo Secretário de Defesa Robert Gates, o estudo foi realizado com mais de 400 mil militares, incluindo aqueles da ativa e da reserva, além de 150 mil membros das famílias dos militares. Durante um ano, os participantes responderam a um questionário de 103 perguntas, abordando uma série de questões sobre a convivência de militares gays e lésbicas nas forças armadas. As perguntas investigaram desde a experiência de militares que já haviam dividido quartos e banheiros com colegas gays até como reagiriam se um parceiro de serviço gay vivesse com um parceiro do mesmo sexo na base.

Principais Conclusões do Estudo

O estudo revelou que a maioria das tropas e suas famílias não se importavam com a orientação sexual dos militares, se eles fossem gays ou lésbicas. Em vez de considerar a presença de soldados LGBT+ como um problema, muitos participantes do estudo acreditavam que a política do "Não Pergunte, Não Diga" já não tinha mais razão de ser e que ela poderia ser descartada sem causar grandes danos à coesão ou moral das tropas. Essa descoberta foi um marco importante, especialmente considerando que muitos opositores à revogação da política alegavam que permitir a presença de militares gays abertamente prejudicaria a eficácia e a camaradagem nas forças armadas.

A pesquisa também indicou que, embora uma minoria de militares tivesse algumas preocupações sobre como seria a convivência com colegas gays, a maioria estava aberta à ideia. Essa aceitação era ainda mais evidente entre as gerações mais jovens e aqueles com mais experiência em interagir com pessoas LGBT+.

A Revogação da Política "Não Pergunte, Não Diga"

As conclusões do estudo desempenharam um papel crucial na revogação da política do DADT. Em dezembro de 2010, o Congresso dos EUA votou para derrubar a legislação, permitindo que militares gays e lésbicas servissem abertamente nas forças armadas. A decisão foi vista como uma vitória significativa para os direitos civis e para a inclusão da comunidade LGBT+ nas instituições governamentais.

Impacto Social e Militar

O estudo não só influenciou mudanças políticas, mas também refletiu a evolução da sociedade americana em relação à aceitação da comunidade LGBT+. Mostrou que as atitudes estavam se tornando mais inclusivas, especialmente entre os mais jovens, que eram mais propensos a ver a orientação sexual como uma característica pessoal, sem impacto negativo nas habilidades ou no desempenho de um soldado.

Além disso, a pesquisa ajudou a desmistificar a ideia de que a presença de soldados gays comprometeria a eficácia militar. Ao contrário, os resultados indicaram que os militares estavam prontos para aceitar e conviver com a diversidade sexual, sem que isso afetasse o desempenho das tropas ou a unidade dos grupos.

Conclusão

O estudo do Pentágono de 2010 foi um marco na luta pelos direitos LGBT+ nos Estados Unidos, especialmente no contexto militar. Ele não só comprovou que a maioria das tropas e suas famílias eram favoráveis à inclusão de gays nas Forças Armadas, como também ajudou a abrir caminho para a revogação da política "Não Pergunte, Não Diga". Essa mudança foi um passo importante na promoção da igualdade e na criação de um ambiente mais inclusivo para todos os membros da sociedade, independentemente de sua orientação sexual.

Agora, mais de uma década após a revogação do DADT, a comunidade LGBT+ continua a conquistar vitórias importantes, e o exemplo das Forças Armadas dos EUA é um símbolo de como a aceitação e a inclusão podem ser alcançadas, até mesmo em instituições tradicionalmente conservadoras.

E você, o que pensa sobre a inclusão de pessoas LGBT+ nas Forças Armadas? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião sobre a importância de continuar a luta pelos direitos e pela aceitação da comunidade LGBT+.

Convenção Batista do Sul dos EUA opõe-se à suspensão da norma "Não Pergunte, Não Diga"

Pastor Richard Land


Cala a boca, Batista!


🗓 17 de junho de 2010
📍 Orlando, Flórida

Durante o encontro anual da Convenção Batista do Sul, o chefe de Política Pública da denominação, pastor Richard Land, resolveu destilar mais um pouco de preconceito e desinformação. Em um discurso inflamado, Land disse que as Forças Armadas dos EUA seriam destruídas se a política do "Don’t Ask, Don’t Tell" (Não Pergunte, Não Diga) fosse suspensa, permitindo que gays servissem assumidamente no exército.

Segundo ele, haveria uma debandada em massa, discórdia entre os militares e um verdadeiro colapso nas tropas. Como se a simples existência de pessoas LGBT+ assumidas fosse o fim da disciplina militar. Só faltou dizer que os tanques de guerra se transformariam em carros alegóricos.

Ah, e claro, como bom guardião da moral alheia, o mesmo pastor também reafirmou que a denominação está contra qualquer tentativa de legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo na Califórnia. Porque, afinal, nada mais ameaça a civilização do que dois homens se amando com aliança no dedo.


COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

Lembro com carinho da frase ácida do Jô Soares: "Cala a boca, Batista!" — e ela nunca foi tão adequada quanto agora. O problema é que, infelizmente, não há nada de engraçado nesse ódio disfarçado de fé.

É surreal pensar que, em pleno século 21, líderes religiosos ainda consigam convencer parte da população de que um soldado gay é uma ameaça à segurança nacional. Sendo que esse mesmo soldado já está lá, servindo, arriscando a vida, e muitas vezes é conhecido e respeitado por seus colegas de farda.

A verdade é que a igreja ama a hipocrisia. Ela vive do fingimento. Como levar a sério um pastor que chora no púlpito enquanto, nos bastidores, lucra com o medo e a culpa dos fiéis? Lágrimas de crocodilo que amolecem bolsos, não corações.

Quando saí da igreja batista, deixei para trás mais do que uma teologia. Deixei um sistema doutrinário doente, herdeiro direto da mentalidade racista e escravocrata da Convenção Batista do Sul dos EUA — que só reconheceu sua cumplicidade com o racismo em 1995, com séculos de atraso e depois de muita pressão.

Agora, eles repetem a história: trocam os negros pelos gays como alvo de sua cruzada "santa". Será que essa gente não aprende nada com a História, nem mesmo com a própria?

A sociedade e os governos não podem mais dar ouvidos a esses pregadores extremistas, fundamentalistas, irracionais e preconceituosos. O que precisa ser ouvido — e aplicado — é o que diz a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Simples assim.


Só pra não perder o hábito:

CALA A BOCA, BATISTA!








Diz a crente: “Minha igreja pode curar gays?”

Responde o casal homossexual: “E quanto à ignorância?”




Política do "Não Pergunte, Não Diga" relaxada pelo Pentágono

Pentágono



25 de Março de 2010


O Secretário de Defesa Robert Gates aprovou, na última terça-feira, as novas regras que tornarão mais difícil dispensar gays das Forças Armadas, chamando as mudanças de uma questão de "senso comum e decência comum". Gates anunciou as novas intruções sobre como o Pentágono conduz a lei de 1993 que impede gays de servirem assumidamente nas Forças Armadas - regras que essencialmente permitem que oficiais de patentes mais altas procedam a dispensa e imponham exigências mais pesadas para obter evidências a serem usadas contra os gays.

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